31 de mai. de 2013

My Angel - Capítulo 8 - A Salvo

Fanfic / Fanfiction de Justin Bieber - My Angel - Capítulo 8 - A Salvo
14 de Fevereiro, New York City, 14:22pm
   Uma luz branca e forte me despertou da escuridão, obrigando-me a abrir os olhos. Minha cabeça doía, mesmo que levemente e logo pude perceber onde me encontrava. Ainda deitada sobre o colchão, observei lentamente o que me rodeava. Era um ambiente aparentemente calmo. Era um quarto levemente luxuoso em cores claras. Uma enorme televisão de LCD se encontrava pregada a parede, a frente da cama macia, ao qual me encontrava deitada relaxadamente. As cortinas de cores em creme encontravam-se abertas dando passagem à luz do sol que por sua vez me despertou dos sonhos. E apesar de ser um belo lugar, seu luxo aparente não me deixou desconfortável. Era de fato agradável e acolhedor, pensei, enquanto sentava-me com certas dificuldades sobre o estofado.
   De mãos sobre a barriga, levantei confusa uma espécie de pijama azul claro, vendo ali, na região ferida, um curativo de tamanho médio. Já não sentia dores no estômago, o corpo estava relaxado, cheiroso e macio. Porém não me lembro de ter me banhado enquanto andava pelas ruas frias de New York. A única lembrança que sobreviveu, antes de tudo apagar-se, foi do rosto preocupado de Justin. De uma luz de um provável farol de carro. De um homem abusando de mim, roubando a única coisa que eu realmente achava que jamais poderiam tirar. Ainda sentia dores um pouco fortes na cabeça. A única dor que ainda parecia resistir firmemente. E abraçando as pernas e relaxando a cabeça sobre os joelhos, pedi para que onde quer que estivesse, nada mais atormentasse minha vida.
- Que bom que acordou, fiquei preocupado. Como se sente? – uma voz rouca atravessou meus ouvidos, e assim olhei na direção da porta, que se abriu lentamente. E vi passar por ela, um Justin levemente atrapalhado carregando em mãos uma bandeja. Esta por sua vez, continha frutas, torradas, waffles, um belo e grande copo de suco de laranja e um prato de cereais com leite. E claro, um pedaço considerávelmente grande de bolo de chocolate. Já sentado na cama, ele deixou a bandeja de madeira sobre ela e encarou fixamente meus olhos. Não poderia estar mais envergonhada.
- O que foi?
- Pode me contar o que houve? – perguntou cuidadosamente. Passei a língua entre os lábios, controlando o nervosismo. Essa luta não era dele.
- Você viu, eu acho. Além do mais estou melhor agora.  - contei, mentirosa. Era muito para se esquecer de uma hora para outra. Mas ele não precisava saber disso.
- Não tenho tanta certeza.
- Porque está dizendo isso?
- Você não está sentada corretamente. Sua... hum... Bem, aquilo... Aquilo que tem entre as pernas, ... Está doendo, não é? – perguntou novamente, levemente constrangido. Olhando rapidamente para baixo, e tornando a encará-lo entendi finalmente a que ele se referia. Sim, doía também. Mas não como antes, não como doía no exato momento em que tudo aconteceu. Mas doia, ardia. E envergonhada, abaixei a cabeça encarando as mãos.
- Você viu tudo? – questionei baixo.
- Vi o suficiente para sentir ódio de quem fez aquilo. Em um momento estava passeando de carro com um velho amigo, e em outro, me deparo com gritos de dor e terror pedindo por socorro.
- Há quanto tempo estou aqui?... Onde estamos realmente? – tornei a interrompê-lo ainda de cabeça baixa. Não me sentia bem para encará-lo neste momento. Tinha extrema vergonha por saber que ele, viu-me em um estado tão deplorável e penoso. Mil vezes droga.
- Não quer falar sobre isso agora, não é? – continuou com cuidado nas palavras.
- É.
- Tudo bem, não precisa sentir vergonha. Não vou forçá-la a falar, tenho certeza de que foi uma terrível experiência. Vou dar seu espaço, quando estiver pronta, irei ouvi-la... E bom, respondendo sua pergunta, estamos em minha casa. Então se sinta a vontade, por favor. – falou educado, tocando carinhosamente minha mão. Ainda duvidosa sobre meu ato, ergui a cabeça e encarei seus olhos sinceros e brilhantes. Ele parecia dizer a verdade. E no fundo, acreditei em cada palavra dita por ele.
- Mas... Não quer prestar queixa na policia? Fazer um boletim de ocorrência? – continuou ele, sempre cuidadoso e calmo em suas frases.
- Não. – respondi baixo.
- Do que você tem medo? – perguntou ele por mais uma vez. Neguei com a cabeça. Não seria uma boa ideia denunciar Luca. Ele sabia exatamente onde ‘tocar’ para machucar alguém. E não é apenas medo por mim. Acredite. Além de que, ele é influente, e o dinheiro que adquiriu era o suficiente para ser acusado de todas as acusações.
- Fui expulsa de casa... Esfaquearam-me o estômago. Foi você que cuidou dos meus ferimentos? – perguntei duvidosa, sem responder sua pergunta anterior. E ele moveu a cabeça em um gesto positivo. Ou quase isso.
- Em partes sim. O Dr. Simon, um grande amigo da família examinou você enquanto dormia. O ajudei a fazer alguns curativos, porém precisei sair quando ele foi cuidar dos ferimentos da... Hum... Você sabe... Das partes baixas. Da ‘entrada da nave mãe’. – respondeu mordendo os lábios em vergonha, e pela primeira vez desde que fui posta para fora de casa, eu gargalhei. Gargalhei alto, da maneira mais estranha que se pode conhecer. Ele, levado por minha onda de gargalhadas, acompanhou-me em algumas risadas. Evidentemente confuso, mas ainda sim risonho.
- Entrada da nave mãe...  Você realmente é doido. Só poderia ser você, para dizer algo tão bobo. – falei entre risadas, agora, controladas. Entendo então, ele riu balançando a cabeça.
- Fiz você rir, já é um bom começo...
- É verdade, obrigada por ter me salvado. Talvez se não houvesse chegado a tempo...
- Não mencione isso. Não iria acontecer nada, tenho certeza de que Deus não seria cruel a deixar você sofrer horrores nas mãos daqueles infelizes. Além do mais, não precisa agradecer. Fiz apenas o que deveria fazer. – interrompeu, segurando minha mão com mais firmeza e pude me permitir assentir e beijar seu rosto em agradecimento.
- Eu insisto em agradecer. Afinal, não são todos os dias que um estranho doido, salva uma donzela em perigo, certo? – brinquei o vendo rir por mais uma vez. O que esse garoto faz para deixar-me assim? Divertida e risonha? Bolas!
- Mas acho melhor ir. Não quero fazê-lo perder tempo. Ou mais do que já perdeu...
- O que? Como assim, o que está dizendo?
- Não precisa ficar assim, apenas vou embora da sua casa, não vou mudar-me para Londres. – brinquei. Justin segurava, agora, meu braço com firmeza impedindo de que me levantasse da cama. Mas seu toque continuava cuidadoso, talvez até carinhoso. Um toque que arrepiou os pelos de minha nuca. Céus, Hanna! No que está pensando? O que está sentindo? Enlouqueceu de vez? Alertou meu cérebro.
- Mas você está sem dinheiro, comida ou roupas. Foi expulsa de casa. Como acha que vai encontrar um lugar para chamar de lar, com apenas dois mil dólares?... E se os mesmos homens a encontrem? E se eles tentarem machucá-la, novamente? Você pode ficar aqui por quanto tempo quiser... Ou até que tenha condições de ter um lugar digno para viver. Na verdade, não me importaria se morasse aqui. Faço questão que fique.
- Mas...
- Eu repito. Faço questão que fique... Não posso deixá-la na rua, jogada a própria sorte. Por favor, fique aqui.
- Não quero incomodar. Além do mais, você é um garoto. Vai querer ter privacidade caso queira trazer alguma garota para sua casa. Não irei me sentir bem, sabendo que estou atrapalhando sua vida. Realmente agradeço a preocupação, mas realmente não acho necessário. Eu sei me virar. – respondi baixo. Era horrível depender de outras pessoas, mas de fato ele estava completamente certo. E esse choque de realidade foi necessário para ver que precisava de sua ajuda.
- Pare com isso Hanna, por favor. Eu insisto, você jamais será um incômodo. Por favor, fique. Quanto tempo quiser, se desejar ficar aqui permanentemente não tem problemas. Na verdade até ficaria feliz. Assim poderíamos jogar Banco Imobiliário, comer torta todos os dias... Ou até mesmo apostar quantos peixes mortos se consegue beijar. – comentou rápido, retirando a mão de meu braço lentamente. Utilizando-as para gesticular em meio às palavras.  Um comentário engraçado o suficiente para me arrancar mais uma gargalhada controlada.  E suspirando em seguida, resolvi respondê-lo, antes que falasse algo relacionado a peixes.
- Tudo bem, você venceu. Ficarei aqui. Mas apenas até conseguir encontrar um lugar para morar.
- Isso é ótimo! Irei arrumar o quarto de hóspedes e...
- E lembre-se. Nada de beijar peixes ou algo parecido. – brinquei e ele riu por mais uma vez. Tentando, claro, imitar uma risada maligna. Obviamente não deu muito certo.
- Isso nós veremos, mademoiselle. Afinal, sei que você anda observando-me. Sei também que deseja meu corpinho nu. – brincou piscando olho. Em seguida, mandou um pequeno beijo com os lábios e moveu as sobrancelhas, brincalhão. Ri por mais uma vez, escondendo a boca com as mãos. Ele é, de fato, o rapaz mais maluco que vai conheci. E de longe, o melhor.
- Justin, ela já... Srta. Evans que bom que acordou, estávamos ficando realmente preocupados. Como se sente? Já comeu algo? – um homem alto, forte e negro entrou no quarto com um lindo e branco sorriso no rosto. Ele usava uma camiseta xadrez, e uma bermuda jeans. Estava descalço. Ele parecia ter rosto de segurança particular, e pensei no quanto ele poderia ser assustador em um acesso de raiva. Porém ao observar melhor seu sorriso gentil e extremamente largo, tive a certeza de que não era necessário sentir medo.
-  Oh sim, estávamos conversando tanto que esqueci de dizer. Eu trouxe isso para você. – disse Justin apontando para a bandeja de alimentos repousada sobre a cama. Ele pegou-a e deixou a minha frente. Sorri agradecendo o cavalheirismo.
- Obrigada.
- É uma moça muito linda e educada. Justin falou muito de você, Srta. Não faz ideia de como ele me encheu os ouvidos falando o quanto é...
- Kenny! – bronqueou o homem que riu erguendo as mãos em rendimento.
- Tudo bem rapaz. Não irei comentar que falou o quanto ela é bonita e...
- Kenny! – brigou mais uma vez para ele que riu ainda mais alto. Segurei o riso quando seu rosto encarou o meu, e sorriu nervoso.
- Mas enfim, é um prazer conhecê-la Srta. Evans.
- Hanna. Chame-me de Hanna, por favor. É um prazer conhecê-lo Kenny. – falei gentil, apertando levemente a mão que ele estendeu para mim.
- Tudo bem, Hanna. Agora que sei que está tudo bem com você, irei comprar alguns nachos. Devo demorar a chegar, então se comportem. E caso ele queria ficar pelado, alegando que quer vê-lo nu, ligue-me. – brincou na ultima frase piscando. Justin riu negando com a cabeça.
- Não há com o que se preocupar. Ele anda paquerando alguns peixes. Não posso competir com eles. – entrei na brincadeira e o grandalhão apontava para o garoto enquanto ria e saia do quarto. Essa era a risada mais estranha de toda minha vida. Mas era impossível não acompanhar. E ri também.
[...]

Ainda no mesmo dia, New York City, 22:10
Arrumei-me melhor a cama, puxando um pouco mais os cobertores para mim. A noite estava um pouco fria. A única luz vinha do televisor. As cortinas encontravam-se fechadas, e as luzes do quarto, obviamente apagadas. Justin, deitado ao meu lado esquerdo, ria de uma das frases ditas pelo ator principal do filme. Usava apenas uma calça de moletom azul e meias brancas. Sem a camiseta, ele exibia os músculos a cada vez que, se curvava para frente em meio a uma risada.
Era dono de um belo abdômen. Não era exagerado, tão pouco magrelo. No antebraço esquerdo, havia três tatuagens. A primeira eram letras que formavam a palavra Believe. A segunda era uma coruja. Um tanto grande, para ser sincera. A terceira era uma tatuagem em formato de X, também um pouco grande. Nos ombros, ao que parecia era um desenho de um índio.  Na frente, estavam desenhados uma coroa, e uma inscrição em números romanos. Eram até agora, as únicas que notei. E descendo um pouco mais o olhar, observei que ele segurava um balde de pipocas. Justin as devorava com rapidez enquanto gargalhava. Por um momento achei que ele morreria engasgado.
- Você quer mais pipoca?
- Não, obrigada. Comi tanto que me sinto uma verdadeira bola de basquete. – recusei o balde extragrande que ele oferecia. Sentados a cama de seu quarto, assistíamos a um filme bobo de comédia romântica que passava na televisão. Era 14 de Fevereiro. O dia em que os amantes se reuniam para comemorar um dia, para eles, mágico. O Valentine’s Day. Ou dia dos namorados. Em tempos passados, nesta mesma data, estaria em alguma festa, beijando alguns garotos. Bebendo e me drogando. Mas a companhia de Justin era altamente agradável. Os comentários bobos, as piadas sem graça sempre me causavam crises de risos. O que não era uma grande novidade, de fato.
- É uma bola de basquete muito fofa. – piscou.
- E você é doido.
- E você quer ver meu corpinho nu. Ou acha que não percebi sua atração por mim? Mas tudo bem, não a culpo. Sei que sou muito sexy. – brincou. Quando percebi ele passou o braço em volta de meu corpo, trazendo-me para mais perto dele.
- Relaxe, eu não vou morder você. Só se pedir é claro. – continuou e em resposta dei-lhe um pequeno beliscão na barriga. Ele riu novamente.
- Se for para beliscar, é melhor fazer isso em outro lugar. Só peço que não machuque meu traseiro, ainda preciso sentar.
- Você é doido e atrevido. Porque acha que tenho a intenção de ver seu ‘corpinho sexy nu”?– perguntei brincalhona, quando ele me apertou mais contra seu corpo.
  Contato suficiente para arrepiar-me em questão de segundos. Com a cabeça apoiada sobre seu peito descoberto, e a mão apoiada sobre sua barriga me permitir respirar fundo. Controle-se Hanna. Ele é apenas um amigo. Um amigo que salvou sua vida, mas que, porém, não pode salvar a única coisa que é mais importante e valiosa do que qualquer outra coisa. Sua virgindade. Tirada de maneira errada. Roubada. Da pior forma possível. Não é hora de pensar em beijos. A beleza dele não importa agora. Lembre-se, ele é um garoto. E você sabe o que os garotos querem. Alertou minha mente. Mas era tão estranho. Ele não parecia ser igual aos outros.
- Hanna?
- Hum? – perguntei quando a voz de Justin puxou-me para a realidade.
- Está tudo bem mesmo? Quer conversar? – tentou fazendo pequenos carinhos em meu braço com a o dedo polegar. Não havia percebido que passei tanto tempo pensando.
- Deve estar sendo o Dia dos Namorados mais chato de todos, não é? – falei olhando para cima e encarando seu rosto.
- Está brincando? Finalmente encontrei alguém que ri das minhas piadas sem graça, e que gosta de comer tanto quanto eu. Além de claro, desejar meu corpinho nu, o que todas querem é claro... – comentava ele brincalhão. Ri pela milésima vez, encaixando minha cabeça na pequena curva de seu pescoço. Ele era maluco. Mas algo dizia que com ele, estaria segura. Sempre. E foi assim que segui com a noite mais divertida de todas.
 

Ele tá bem mais 'atrevido' né? haha  Então o que acharam do cap? Ah, leiam minha fic My Dear Nerd - What If. Não é tão boa, mas prometo boas gargalhadas, com um Justin fofo e nerd. Haha. Comentem para o que eu saiba o que estão achando, ok? Se virem qualquer erro, pode falar, e aceito críticas construtivas, ok? Muitas beijocas :D

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