POV ANNA
Eu
tenho quase certeza de que ele quem come minhas batatainhas. E hoje eu
pego ele. Ninguém sabe disso, afinal se soubessem o plano não daria
certo. Até que ouvi um barulho no andar de baixo. Seguido de um grito de
dor. Pulei da cama em uma velociade incrível. Na mesma velocidade, saí
do quarto. Assim entrando da cozinha.
–
Peguei você com a boca na batata Micha... Juju? – perguntei confusa ao
final da frase. Vendo ele tentando tirar a ratoeira dos dedos.
Ele tinha a boca melada, enquanto haviam
vários sacos abertos e vazios no balcão. Ele mantinha o olhar de
culpado, enquanto acariciava os dedos machucados pela ratoeira que pus
dentro de um dos pacotes. Ele me encarava como se tivesse pedindo
desculpas.
– Justin, Anna. O que está havendo por
aqui? – perguntou Pattie aparecendo de repente na cozinha. Com cara de
sono, ao lado de Michael.
– O Juju, Pattie. Ele é o Carnibatatas! Oh
céus! Vocês ainda podem falar? Respiram normalmente? Vamos respondam, eu
estou aqui pra salvar vocês. – falava eu. Ajoelhada no chão a frente de
Justin. Com os ouvidos sobre sua barriga. Acariciando a mesma, a
prorcura de algum sinal das minhas batatatinhas. Mas elas nada
respondiam.
– An-Anna me per-perdoa...- dizia ele. Quando dei leves batidinhas com a palma da mão em sua barriga.
– Saiam. Vamos saiam, estão livres desse
carnibatatas agora. Vamos, saiam. Respondam! – tentei mais uma vez,
comunicação com minhas batatinhas. Mas elas pareciam mortas. Devoradas.
Sim. Devoradas por um Carnibatatas.
– Quanta bobeira. – ouvi um comentário do futuro defunto Michael. Levantei no mesmo instante, correndo até ele. Pisando forte no seu pé. Ouvindo um grito desesperado do mesmo.
– Crianças, será que dá para se
comportarem? Deste jeito, acordaremos a vizinhança inteira. E Anna tire
seus pés de cima dos joanetes do Michael. E Justin, acho que deve algo a
sua namorada. Vamos, explique-se. – falava Pattie, mandona. Obedeci
ela, virando para encarar Justin melhor. Eu podia ver o nervosismo em
seu olhar, assustado. Prorcurando palavras ideais para o momento. Talvez
com medo que eu o deixe, e antes disso esgane seu lindo pescocinho.
– Eu não queria fazer isso. Não, eu não
queria. De verdade, não queria de jeito nenhum, mas... – dizia ele. Até
que caminhei até ele, segurando seu rosto com firmeza. Juntando nossos
lábios em um selinho doce e demorado. Ainda sem entender meu ato, senti
Juju abraçar minha cintura acariciando-a com o polegar. Parti o selinho,
encarando ele de imediato. Tá legal, ninguém tá entendendo o porquê
disso. Eu sei.
– você não precisava comer escondido. Era só pedir. A única coisa que eu falaria é...
– “Eu quero um poucão.” – respondeu ele por mim, o que eu falaria se o visse comendo minhas batatinhas. Levemente risonho.
– Se fosse eu que tivesse comendo essas batatinhas, não perdoava. – resmungou Michael.
– Cala a boca, ninguém falou com você. – resmuguei pra ele em troca.
– Então quer dizer que me perdoa? Que não
vai ficar brava por, eu ter comido suas batatinhas? Eu posso regorgitar
elas pra você, eu...
– Não. Por favor, não faça isso. Seria
nojento, e eu não comeria batatinha vomitada. Claro que não estou
contente por esconder isso de mim, mas, você merece uma chance. Seria
bobo ficar chateada com você por uma bobagem. Que não é tão bobagem
assim, mas... Enfim. Posso te perdoar, mas você sempre vai ser um
Carnibatatas. – falei.
– Se fosse eu não perdoaria. E ainda chutaria meu traseiro. – comentou Michael novamente. Bufei.
– Michael cala a boca. – resmunguei.
– Certo querido, vamos deixar as crianças
sozinhas. Já sabem, desliguem as luzes quando não precisarem mais delas.
Estaremos no quarto, qualquer coisa nos acorde. Amo vocês. – falava
Pattie. Subindo as escadas sonolenta, junto a Michael. Virei, encarando
Juju. Que sorria pra mim.
– Me desculpe de verdade. Não sabe o quanto
me sinto culpado. Você gosta tanto dessas batatinhas. Eu sei que está
decepcionada por descobrir que sou um Carnibatatas. Mas eu prometo, que
não faço mais. Prometo. – dizia ele. Rápido. Em uma tentativa de
desculpar-se.
– Eu não estou magoada, ou decepcionada com
você. Certo, só um pouquinho surpresa, mas, e também triste, por não
ter comido todas as batatinhas que você devorou antes, mas eu não estou
com raiva de você. Só acho que não precisava ter comido escondido.
– Mas e se fosse o Michael? – perguntou ele. Curioso.
– Ah sim. Ele eu não perdoaria e como um bônus, daria um chute no traseiro dele. – respondi firme. Ouvindo o som de sua risada.
– Então você não vai me por de castigo? – perguntou ele, mais uma vez. Hehehe. Castigo? Hum, interessante.
– Bom, pensarei a respeito. Temos que
dormir. – falei o puxando pelo braço em direção ao quarto. Enquanto ele
seguia para a cama, após fechar a porta do quarto, segui um caminho
diferente. Indo direto para o banheiro. Tirando o simples e confortável
pijama, trocando-o por uma lingerie mais ousada. Sensual. Hehe. Sou má
não é? Eu sei que sou. Eu ia deixar ele louco. Muito louco. Pus um
perfume por todo o corpo, passando as mãos pelos cabelos. Os organizando
levemente. Com um suspiro, saí do banheiro parando em frente a cama.
Mordi os lábios.
– Amor? Anna, é você? – perguntava ele. Sentado na cama. A luz da lua entrava no quarto, iluminando a
cama. E assim, eu podia vê-lo olhar para todos os lados. A prorcura de
um abajur. Após, encontrar o mesmo acendeu-o. Revelando minha presença
no quarto. Ele arregalou os olhos, engolindo a seco. Encarando meu
corpo, assustado. Arqueei a sobrancelha, caminhando lentamente em sua
direção. Ele parecia paralisado. Me encarando, como seu eu fosse um et.
Mas eu podia notar a animação de seu parceiro de vida, dando sinais de
vida. Fiquei a sua frente, mordendo os lábios. Ele observava cada
movimento meu, paralisado. O que me fez rir internamente. Mas que
bobinho. Parece que nunca viu uma mulher.
– Oi Juju. Como estou? Você gostou? É pra
você. – falei sexy encarando seus olhos fixamente. Ele por sua vez,
engoliu a seco. Ainda com os olhos extremamente arregalados.
– Está mu-muito linda. Nossa. – fala ele.
Ainda me encarando bobo. Ainda mordendo os lábios, subi na cama. Ficando
em cima dele. Com as pernas em lados diferentes de sua cintura. Senti
quando ele segurou minha cintura com firmeza, sem tirar os olhos dos
meus seios. Cheguei bem pertinho de seu ouvido.
– Que bom que gostou. É uma lingerie nova, e pensei em usá-la com você. – falei sexy em seu ouvido.
– Ma-mais essa lingerie não cabe em mim. – argumentou ele. É. Ele não entendeu o sentido de “usar”.
– Você não vai precisar usar. Apenas vai
tirá-la do meu corpo. – continuei sexy em seu ouvido. Vendo o mesmo
arrepiar-se de imediato. Logo estava beijando seu pescoço, rebolando em
seu membro. Enquanto eu sentia ele respirar descompassadamente. Meus
beijos foram subindo, até eu finalmente, atacar seus lábios sedenta. Eu
os beijava loucamente, enquanto nossas linguas faziam trocas sexy de
carícias dentro de nossas bocas. Eu rebolava com mais força em seu
membro, sentindo o mesmo ficar cada vez mais duro abaixo de mim. Aquilo
estava começando a ficar muito quente. Eu sentia minha calcinha ficar
cada vez mais molhada, com os gemidos abafados que Juju soltava entre o
beijo. Logo interrompi o mesmo, arfante. Parando para encarar seu rosto.
– Você gosta disso, amor? Hum? Gosta do
jeito que eu rebolo em você? – perguntei mordendo levemente seus lábios,
numa tentativa de ser mais sexy. Até que vi ele balançar a cabeça,
ainda bobo. Encarando meus peitos. Logo suas mãos grandes e atrevidas,
estavam sobre eles. Apertando meus seios com vontade. Aquilo me fez ir
as nuvens e voltar. Nossa, que delícia. Ainda sobe o efeito da luxuria, Juju
destribuiu beijos sobre meu colo muito próximos dos meus seios. Arfei
puxando seu rosto para mim. Tomando seus lábios em mais um beijo. Senti
ele me segurar com força, colando nossos corpos. Viramos na cama, agora
com ele por cima. Olhei de relance para seu membro. Ele fazia um volume
enorme na calça. Desci minhas mãos até seu membro, o apertando com
força.
– Oh céus. – gemeu Juju. Partindo o beijo.
Sorri internamente. O empurrando pelo peito para o outro lado da cama.
Cobrindo meu corpo em seguida, com o lençol da cama. Vendo Juju me
encarar estranho. Completamente confuso, pela minha completa
bipolaridade.
– Hã? Você vai me deixar assim, amor? Não é
justo! Está me pondo de castigo? É isso? – perguntava ele. Podia notar
sua frustração, o que me fazia gargalhar por dentro. Agora sim, foi
aplicado o corretivo nele. Depois dessa, ele nunca mais será um
Carnibatatas. Hehehehe.
– Este foi o seu castigo. Desligue as luzes
assim que acabar. Boa noite querido. – falei virando para o lado oposto
a que ele estava. Prendendo com todas as forças uma gargalhada
escandalosa. Hehe. Eu sinto pena dele, mas, quem mandou ser um
Carnibatata? Agora, vai ter que pagar o pato. Quero dizer, a batata.
[...]
Sentei na cadeira, nervosa. Sim, a semana
se passou muito rápido e com isso meu nervosismo foi aumentando. Nós já
estavamos dentro do avião, depois de longos minutos nos despedindo de
Pattie e de Ashley. Ela grudou em mim, como ciclete. Chorando mais do
que tudo, com medo de que fossemos deixá-la sozinha. Mas eu sabia era
que ela tava com medo de não ter mais ninguém pra assistir Querida
Querida Unha com ela. Alguém pra ela chantagear, com batatinhas
onduladas sabor cebola. Mas no fundo, apesar de ser apenas uma semana,
sabia que sentiria saudades da loira.
Mas meu nervosismo era por outro motivo. Eu
tinha medo. Medo de os avós, pai e irmãos de Justin não gostarem de
mim, ou acharem que eu não sou tão perfeita pra Justin, como eles
imaginam que sou. Tinha medo os irmãozinhos do Juju, não irem com minha
cara. Eu não sou boa com crianças. Sim, eu não sou perfeita. Sou um ser
humano como qualquer um, e meu ponto fraco são crianças. Não que eu as
odeie. Pelo contrário. O problema, é que sempre travo quando estou perto
de uma. Não sei o que falar, como devo falar, como devo brincar com
elas.
Eu fico nervosa, e por muitas vezes acabo
fazendo a criança não gostar de mim. Achando que sou chata, ou fechada
demais. Com um adulto eu ainda conseguiria alguma coisa. Mais criança já
é outra história. Porquê quando uma criança não gosta de você, ela fala
na cara. Doa o que doer, ela é sincera. Já Ananda, sempre conquistava
as crianças de uma maneira que nem eu sei explicar. Ela odeia crianças,
mas todas sempre gostam dela. Era bem estranho, e eu me praguejava por
não ser tão perfeita como ela. Mas, eu sei que nunca serei perfeita o
suficiente. Este é um fato incontestável. Suspirei, encarando mais uma
vez minha Jujuba ao meu lado. Olhando pra mim, com um belo sorriso no
rosto.
– Você está linda, meu anjo. Muito linda. – falou ele. Me dando um doce selinho.
– Tem certeza? Estou bonita? Não estou
arrumada demais né? Mas também não estou horrorosa, não é? Será que sua
familia vai gostar de mim? E se não gostarem, você tem algum boraco pra
eu enterrar minha cabeça, como um Avestruz faz? Hum? – disparei em
perguntas, tirando o cinto que me prendia ao banco. Encarando mais uma
vez minha roupa. Insegura. Tava na cara que eu queria causar uma boa impressão. A primeira impressão, é sempre a que fica.
– Não precisa ficar nervosa, anjo. Você
está perfeita. Eles vão te amar, quase tanto quanto eu te amo. Apenas
respire fundo, e seja você mesma. Eles vão amar você, eu garanto. –
dizia ele. Sorridente, segurando minha mão. Entrelaçando nossos dedos.
Eu podia ver o quanto ele estava feliz por apresentar a familia a sua
primeira namorada. E não duvide, eu também estava feliz. Mas estava
muito mais nervosa.
– Você parece feliz. – comentei. Vendo o sorriso, ficar cada vez maior em seu rosto.
– Estou mais que feliz. Vou apresentar a
garota que amo para o resto da minha familia. Isso é um sonho. Sem falar
que eles vão adorar conhecer você, meu anjo. Vou poder te mostrar meu
pai, avô, avó, irmã e irmão. Vai ser muito divertido. Estou empolgado. –
dizia ele.
Apoei a cabeça na curva de seu ombro,
sentindo seu abraço carinhoso. Suspirei com isso. Deixando um doce beijo
em seu pescoço. Espero mesmo que gostem de mim. não seria nada legal se
todos gostassem de mim, exceto as duas crianças. As que mais me dão
medo. Espero que não falem a palavra mágica. Eu não goxto de você. Ouvir
uma criançar falar isso, é completamente assustador. Muito mesmo. vão
por mim, agradar uma criança não é tão fácil quanto parece. Não mesmo.
Seja o que Deus quiser.
[...]
Pela milésima vez no dia, suspirei. Quando o
táxi parou na frente da casa que tanto me deixou assustada. Juju e eu
descemos do mesmo, pagando o carinha do táxi. Logo em seguida, pegando
nossas malas. Eu podia ver de longe, Juju abraçar um casal de velhinhos.
Provavelmente seus avós maternos. E junto a eles, estavam um homem e
duas crianças. Um menininho, e uma menininha. Que por sua vez, abraçava a
perna de Juju o quanto podia. Era uma cena linda, mas não vou negar que
senti calafrios. Crianças. Crianças. Essa palavra me assustava. Aposto
que o pequenininho não vai gostar de mim. Ou será a maiorzinha que o
Juju está segurando, enquanto caminha até mim? Espera! Caminhando até
mim? Porquê tá todo mundo caminhando pra cá? Ai caramba, é agora.
– Olá querida. É muito bom finalmente
conhecê-la. Estavamos anciosos para conhecer a namorada do meu neto.
Como se chama, meu bem? – perguntou a senhora. Ela tava sendo gentil.
Será que ela pode ser mais gentil? Sabe, nem tá me deixando nervosa.
Sacô a ironia?
– Olá, me chamo Anna Mel. É um prazer conhecê-los. – falei o mais amigavel possível. Olhando para todos de uma vez.
– É um belo nome, para uma bela moça.
Justin não mentiu quando nos contou, você é realmente linda, criança. Me
chamo Bruce, prazer em conhecê-la. – falou agora o velinho. Com um
lindo sorriso no rosto. Me convidando a um aparto de mãos. Eu logo,
atendi seu pedido. Um pouco vermelha de vergonha.
– Gentileza sua, senhor. Obrigada. – falei sentindo minhas bochechas queimarem. Espero que eles não notem.
– Não meu bem, não precisa ficar com
vergonha. Me chamo Diane, seja bem vinda a nossa casa. – falava a
senhora. Até tentei sorrir, mas foi inevitável sorrir, com tanta gente
me olhando. Eu simplismente não estou conseguindo relaxar.
– É bom conhecer a garota que roubou o
coração do meu filho. É um prazer conhecê-la Anna. Me chamo Jemery. –
falou o homem. Que estava com um menininho no colo. Parecia dormir
tranquilamente. Abraçado a um ursinho de pelucia. Era uma cena muito
fofa.
– O prazer é todo meu senhor. É muito bom
conhecê-los. – falei com um sorrisinho de lado. É o único que consegui,
já que estou nervosa. É assim que fico quando estou sobe pressão. Estou
revendo isso com meu ternapeuta. Quer dizer, terapeuta. Hehe. Devo parar
de escutar o que a Ash fala.
– E amor, essa é minha irmã. Diga oi para
Anna, Jazzy. – dizia Juju, ao meu lado. Com uma linda menininha em seus
braços. Ela olhou para o irmão, e depois pra mim. Analisando-me por
completo. Engoli a seco. Crianças geralmente fazem isso, quando estão
prestes a me odiar mortalmente.
– Oi Jazzy, tudo bem? – tentei falando a
primeira coisa que me veio a cabeça. Ela continuava me olhando,
fixamente. Sério, aquele olhar tava me dando muito medo.
– Meu nome é Jazxmyn. – corrigiu-me ela. Errando o próprio nome. Viu? Eu não disse que ela ia me odiar.
– Jazmyn é um nome muito bonito, como você. – tentei mais uma vez. Ela por sua vez, bufou cruzando os braços.
– Pála de me xamá de buita. – protestou Jazmine. Irritada. Engoli a seco mais uma vez. É, ela não gostou mesmo de mim.
– Bom, vamos para dentro. Assim vocês podem
arrumar as coisas de vocês no quarto. Depois disto podemos conversar.
Sabe, para nos conhecermos melhor. – propôs Diane, cortando o clima
levemente tenso que se instalou no local.
[...]
– Você gostou deles, meu anjo? – perguntou
Juju. Me abraçando por trás. Enquanto eu olhava meu reflexo no espelho.
Eu também estaria feliz se, não tivesse levando um belo fora de uma
criança de quase três anos.
– Eu os adorei, são muito simpáticos. – afirmei.
– Mas parece que você não está contente. Me
fala o que houve. Algum deles falou mal com você, enquanto eu não
estava, é isso? – perguntou ele. Sim, Juju. Sua irmãnzinha me deu um
belo fora na sua frente e nada você fez. Mas eu também não posso fazer
nada, porquê não posso obrigar sua irmã a gostar de mim. Pensei.
Respirei fundo, tomando coragem para encará-lo. Enquanto ainda sentia
ele abraçar minha cintura com as duas mãos.
– Bom, ninguém me tratou mau Juju. Do contrário. Todos foram muito gentis, mas...
– Mas...
– Mas, é que o problema é que tenho medo de
seus irmãos não gostem de mim. Você não sabe o que é uma criança não
gostando de alguém. É terrível. Eu não quero que eles me odeiem.
– Eles não vão odiar você. Apenas estão um
pouco tímidos. Eles nunca virão você, mas não precisa ficar assim. Logo
eles vão gostar mais de mim, do que você. Não precisa ficar preocupada. –
falava ele. Suspirei, sentindo ele juntar nossos lábios por poucos
segundos.
– Tem certeza que eles vão gostar de mim? – insisti. Ele riu.
– Não precia ficar com medo. Eles vão amar
você, tenha certeza. – respondeu ele. Com um belo sorriso no rosto.
Espero mesmo que ele esteja certo. Vai ser muito complicado, disputar
com irmãozinhos ciumentos.
– Boo-Boo cadê voxê? – ouvi uma voz fininha
e doce passar por meus ouvidos. Suspirei, vendo um pequeno ser entrar
no banheiro. Encarando-nos estranho. E sem demora, podia ver a pequena
nos braços de Justin. Que ainda mantinha o sorriso largo no rosto.
Tentei sorrir. Sem sucesso. Estou novamente sobe pressão. Que droga,
cara.
– O que houve linda? – perguntou ele. A garotinha olhou pra mim, de um jeito que me deu medo. Certo. Ela não gosta de mim.
– Boo-Boo vem blincá comigo. – pedia ela. Agora, encarando o irmão.
– Claro. O que acha de levarmos a Aninha
para brincar com agente? Vai ser muito divertido, ela adora Barbie. –
falou ele. Me olhando risonho. Engoli a seco.
– Ela num. – disse ela.
– Porquê não? Ela é muito legal. – continuou Justin. Respirei fundo.
– Putê num! Eu quelo blincá com você. Só
cum vuxê. – disse ela. É. Mais uma criança que me odeia profundamente.
Fala sério, eu joguei pedra na Cruz é isso?
– Tudo bem. Eu vou tomar um banho, e você
espera no quarto com a Aninha, certo? Quando eu terminar, brincamos. –
propôs ele. Ela sorriu largo, lhe dando um beijo estalado na bochecha.
Depois disto, Justin a pôs no chão. E juntas, caminhamos para fora do
banheiro. Jazzy caminhava a minha frente. Quando derrepente parou, pondo
o pé na minha frente. Foi muito rápido, e mal consegui desviar de suas
perninhas curtinhas que ainda sim, me levaram ao chão. Com a queda, pus
meus braços a frente tentando proteger meu corpo contra um impacto mais
forte. E claro que isso consequentemente, resultou em uma dor terrível
nos braços e cotovelos. Virei no chão, ficando sentada no mesmo.
Encarando aquele pequeno pedaço de gente, inacreditável. De olhos mais
que arregalados.
– Vuxê num vai blincá com agente, num. Eu não goxto de vuxê! – disse ela.Então o que acham de uma Jazzy malvadinha? hum? haha Dá vontade de apertar as bochechas dessa ciumenta! haha beijocas e até o próximo? :)
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