19 de jun. de 2013

My Dear Nerd - What If - Capítulo 10 - Namorada e Namorado


POV ANNA
Bufei deixando o copo em cima da mesinha de centro da sala. Encarei mais uma vez a loira, com os braços cruzados e sobrancelha arqueada.
– nossa, mas que lindo.
– é eu sei. Apesar de estar sofrendo muito, a menina esta recuperando as unhas. Olha só, olha. – a comentou apontando para a televisão a nossa frente.
– não estou falando disso, bobona! Você me deu um baita susto! Está louca? Pensei que estivesse alguém morrendo por aqui, e quando vejo, percebo que minha melhor amiga estava gritando porque cortaram as unhas de uma garota.
– ué! Você queria que tivesse alguém morrendo aqui? – perguntou ela. Levando mais algumas pipocas a boca.
– é claro que não!
– então está reclamando de que? Senta aí e assiste. – ela deu de ombros. Revirei os olhos, vendo Juju ao meu lado, encarando a loira estranho. Hum... Até que não foi má ideia ela ter gritado. Afinal ele está na minha casa, já é um bom começo.
– bom... Já que está tudo bem, acho melhor ir. – falou ele. Porém quando eu ainda pensava em alguma coisa para fazê-lo ficar, Ashley puxou ele pelo braço com força. E assim, ele acabou sentando desajeitado no sofá. O que me fez sentar ao lado da loira de pijama.
– hey, como conseguiu entrar aqui? – perguntei a ela.
– a tia Rose deixou. Ah, por falar nisso ela teve um compromisso de ultima hora e precisou viajar. – explicou ela.
– como assim?
– bom, seu pai lindão ligou pra ela e ela teve que ir. Mas como você demorou muito, teve que ir sem se despedir.
– e ela disse para onde ia?
– foi encontrar seu pai, sabe, naquele lugar onde se cuida dos doentes, feridos e blá blá blá. – explicou dando de ombros. Bufei. Bom para quem não sabe, meu pai Alex é médico e está há oito meses em um vilarejo estranho cuidando de doentes. Ele é o tipo de médico conhecido e famoso na cidade, por seus feitos e claro por sua beleza. Afinal, tenho que admitir que meu pai seja um gatinho. Imagina a dor de cabeça que minha mãe tem com isso? Mas enfim, ainda não tinha caído a ficha de que ela tinha ido encontrar ele e nem me esperou para explicar algo. E ainda por cima ficarei sozinha nessa casa enorme.
– tem certeza, Ashley?
– claro flor que me ama. E só pra lembrar, eu vou morar aqui com você até seus pais voltarem. – esclareceu ela. O que me deu até certo alívio, eu não gosta de ficar sozinha em uma casa grande como essa. E saber disso, me fez sorrir.
– pensei que quisesse chutar meu traseiro Ashley. – comentou Juju, mudando de assunto.
– ah, isso foi traseiros passados Juju... Vou ali pegar mais pipocas. Volto logo. – cantarolou ela. Levantando do sofá, caminhando rápido em cima de suas pantufas em formato de coelho para a cozinha. Engoli a seco olhando rápido para Juju quando nossos olhares se encontraram. Respirei fundo, mirando o chão. Eu estava nervosa, e não sabia bem o que dizer e como dizer. Eu só queria ao menos que ele me deixasse explicar tudo, mas nem isso ele fazia. Sempre olhando para baixo, ajeitando os óculos no rosto.
– ok, já chega. Eu não aguento mais isso, eu preciso falar...
– não, você não precisa falar mais nada. Falou o que tinha que dizer naquele baile idiota. Era para isso que você queria que eu a acompanhasse? Para me humilhar? Ah é. Porque você é igualzinha a eles. É mentirosa. – rebateu ele levantando do sofá. Fiz o mesmo parando a frente dele.
– olha aqui, só pra você ficar sabendo, eu não sou mentirosa, não enganei você e muito menos humilhei. Para mim todos os nossos momentos foram os mais reais possíveis. Eu fiz de tudo, para não ter que fazer mal a você...
– mas acabou fazendo.
– fiz? Ser ameaçada é fazer mal? Tentar proteger você é fazer mal? Tentar me livrar do Frad e fazê-lo deixar você em paz é fazer mal? Amar você é “fazer mal”? É isso mesmo que eu ouvi? – rebati irritada, o vendo engolir a seco.
– vo-você me ama? – perguntou ele. Bufei caminhando para perto da porta.
– nossa demorou muito para notar foi? – rebati irônica rindo sem graça.
– mas...
– olha agora já chega. Ser chamada de mentirosa já foi o suficiente.
– mas porque te ameaçariam o que foi que você fez?
– eu sou disléxica.
– e porque tem vergonha disso? Milhões de pessoas no mundo tem essa doença...
– as pessoas são cruéis Bieber. Você não sabe que eu acordo todos os dias com medo de me mandarem ler em voz alta. As letras às vezes parecem uma sopa de letrinhas, e é terrível. Para você pode parecer tolo, mas não para mim. Eu fiquei com medo, mas ainda sim eu tentei de tudo para não machucar você, porque eu te amo. Mas olhem só a ironia das coisas. Acabou que eu fui a mais machucada da história. E você ainda vem com o papinho de que foi enganado? Quer saber? Foda-se! Saia da minha casa agora. – continuei irônica, com uma risada sem graça ao fundo. Abrindo com força a porta da sala.
– mas...
– saia agora! Não sou mentirosa? Pois certo. Não olhe mais para a “mentirosa”.
– mas...
– VAI EMBORA! – gritei furiosa. E como ele ainda não saia da minha frente, o puxei pelo braço com agressividade, pondo ele pra fora quase que a ponta pés. Podem me falar mal, quererem me matar, mas eu não me importo. Simplesmente odeio quando sou chamada de mentirosa. Aquela simples palavra cortou meu coração mais do que qualquer outra. E assim, fui deslizando pela porta já sentindo as drogas das lágrimas molharem meu rosto. Como eu queria ter um coração de pedra. Só pra não ter que sofrer tanto. Mas que droga.
[...]
Abri os olhos um pouco atordoada. Sentindo alguém me cutucar os ombros. Quando dei por mim, percebi que estava no carro e notei também que o mesmo tinha parado na vaga do estacionamento da escola. Suspirei, pegando a bolsa nos ombros descendo do mesmo, completamente desaminada. A essas alturas, eu rezava para que a maquiagem tivesse escondido todas as olheiras e quaisquer vestígios de tristeza que passaram pelo meu rosto. Eu só queria não ter que olhar pra ele novamente. Esquecer esse sentimento e partir de encontro aos meus pais e nunca mais voltar. Nunca mais pensar nele. Mas isso parecia uma missão impossível. E eu me pergunto o que foi que eu fiz para isso acontecer comigo? E ainda dizem que o amor é o sentimento mais lindo do mundo.
– hey amoreca, minhas unhas estão mais do que perfeitas não é mesmo? – perguntou Ashley, mostrando-me as unhas pintadas de rosa. Apesar do espanto, devo admitir que as suas unhas estavam lindas. Pela primeira vez vejo que ela realmente caprichou nas unhas. De corpo de alma. Estavam simplesmente lindas.
– sim realmente estão. Quando as fez?
– enquanto você dormia. - respondeu ela. Simples, admirando suas unhas pintadas. Muito bem pintadas.
– mas, lembra que ainda temos o treino da torcida. – lembrou-me ela. Suspirei cansada. Não tinha nenhum ânimo para isso. Era terrível dançar depois de passar a noite em claro.
– tudo bem. Mas antes eu vou ir ao banheiro. Encontro você na quadra, ok? – comentei vendo a mesma assentir, e assim caminhei tranquila pelos corredores da escola em busca do banheiro feminino.
– me deixe em paz. – ouvi uma reclamação. Voz parecia dolorosa, e aquilo me apertou o coração. Eu conhecia aquela voz. Corri o mais rápido que pude, e assim que o vi joguei a bolsa no chão perto da parede. Abracei o mesmo, deixando um beijinho nos seus cabelos sentindo o mesmo me abraçar de volta.
– qual é a sua Frad? Está achando pouco o que fiz com você no dia do baile? Deixe-o em paz! – comentei irritada. Ele riu, enquanto eu sentia a respiração descompassada de Justin em meu pescoço. E quando mirei o chão vi nele seus óculos agora quebrados.
– o que? A humilhação? A tinta vermelha que jogou na minha cabeça? Não, isso não foi o suficiente. Deixa-me ainda mais forte. Forte para acabar com a raça desses nerd filho da...
– não ouse terminar essa frase. – ameacei.
– vai embora e deixe-o em paz. Você é um covarde, mas não é incorrigível. Um dia você vai aprender o que é ser um homem de verdade.
– nossa que tocante. – debochou.
– vai ser tocante, quando eu der um chute nas suas partes baixas.
– estou indo, mas que fiquem avisados. Não estou aqui para brincadeiras. Vamos rapazes. – disse ele. Caminhando para longe de nós. Suspirei olhando para Justin. E mais uma vez ele tinha o rosto machucado e parecia ter chorado bastante. Quando percebi que estava fazendo, me levantei pegando a bolsa e deixando a mesma sobre os ombros. O ajudei a levantar, pondo nos ombros a bolsa dele.
– vou levar você para a enfermaria. – falei o ajudando a caminhar. É. Seria um longo dia.
– nã-não precisa. Eu estou bem. – o tentou. Neguei ajudando-o a andar com um pouco de dificuldades, porém resolvi insistir e continuar carregando ele.
– não. Vou te levar para a enfermaria. Lá vão cuidar de você. Não vou te deixar assim.
[...]
Ouçam essa música enquanto lêem.
POV JUSTIN
Suspirei segurando o guarda-chuva com mais força. O vento era forte, a chuva não perdoava e as sacolas que carregava também não ajudavam muito. A maquiagem corretiva que minha mãe pôs nos meus olhos para esconder meu olho roxo estava saindo pouco a pouco devido à chuva que por certas vezes molhavam meu rosto com a ajuda do vento. Mas isso não era nada. Pior do que isso, era ser posto para fora da casa da pessoa que se ama quase que a ponta pés, e ainda ser xingado pela mesma. Depois que a loira me contou toda a história, detalhe por detalhe percebi o quão incompreensivo fui. Agora eu entendia a raiva que ela sentiu quando a chamei de mentirosa. O que de fato ela nunca foi. Senti-me o pior ser humano do planeta. A fazendo chorar, quando ela tentava me proteger. Era até ridículo ver a inversão de papeis. Deveria ser o inverso. Eu protegendo-a, cuidando-a, amando-a. mas também admito que foi incrível saber que ela também me ama.
Na primeira vez, pensei que esse “amor” que ela sentia por mim fosse o amor da amizade. Mas depois do que Anna me contou antes de me expulsar de sua casa, e com a confirmação de sua amiga loira eu tinha certeza de ela me ama. E como prova, ela mais uma vez me salvou dos idiotas que estavam me batendo. E me levou até a enfermaria e só saiu de lá quando teve a certeza de que eu estava bem. Isso foi mais do que uma prova de que ela nunca foi uma pessoa má como eu pensei. Ela é diferente, sempre foi. E é por isso que a amo. Em meio dos meus pensamentos, o vento forte passou sobre meu corpo quase levando meu guarda chuva de minhas mãos. E com a visível dificuldade segurei com mais firmeza o objeto, parando no meio da rua no mesmo instante. Engoli a seco, sentindo um pequeno sorrisinho invadir meu rosto. Era ela. O amor da minha vida.
POV ANNA
Engoli a seco, deixando o copinho de café expresso cair no chão lavado pela chuva. A água molhava minhas roupas, meu rosto e meu cabelo. Mas nada disso importava. Eu estava confusa. Eu o queria perto de mim, mas ao mesmo tempo sentia raiva por ter sido chamada de mentirosa. Ele nunca entenderia o que tentei fazer por ele. Isso não seria surpresa. O problema era que eu o amava mais a cada dia. Ele me olhava um breve sorrisinho no rosto e apesar de amar seu sorriso, naquele momento aquilo me incomodou.
Suspirei, torando a caminhar ignorando o copo de café derramado no chão. Pondo o cabelo para trás da orelha, passando a mão pelo rosto tentando tirar as lágrimas que insistiam molhar meu rosto, e eu agradecia pelas mesmas se misturarem com a água da chuva. Caminhando mais rápido, ouvindo passos rápidos atrás de mim. E assim continuei andando e andando. Tentando ser mais rápida do que ele. Por que eu sabia que eu não iria resistir se encarasse por muito tempo àqueles olhos cor de mel inocentes e apaixonados. Meus passos ficavam cada vez mais longos e rápidos. Meu coração baita descontrolado e eu tentava fugir dele em uma tentativa de ser forte o suficiente para não voltar atrás no que falei. E dei graças quando estava chegando perto da minha casa, vendo-a a alguns metros de distancia. Eu estava quase lá.
– espere, por favor. – dizia ele. Ajustei o casaco molhado em meu corpo, caminhando mais depressa, tendo desta vez a caminhada interrompida por ele que me segurou o braço virando-me para ele. Colando nossos corpos no mesmo instante abraçando minha cintura. Meu coração pareceu bater ainda mais rápido devido à proximidade. Notei agora que ele tinha largado o que segurava para abraçar meu corpo. Deixando ser molhado pela chuva, tirou os óculos com alguns remendos, guardando-os no bolso da calça. Respirei fundo, repousando as mãos em seus ombros tentando me afastar. Uma tentativa falha. Minha respiração era rápida, meu estômago parecia dar voltas e voltas. O sorriso traiçoeiro que eu tentava reprimir.
– me solta, por favor.
– me perdoe, mas não posso. Eu sinto muito por tudo o que disse. Eu sei que me excedi em alguns momentos. Mas entenda que eu estava magoado pelo que quase fez comigo. Se estivesse no meu lugar agiria da mesma forma. – dizia ele. Olhando-me com firmeza nos olhos.
– não tiro sua razão. Mas tente entender também que me doeu ouvir o cara que amo me chamar de mentirosa. Eu fiz de tudo para não fazer aquilo com você, e consegui. Eu sei que parece loucura, mas desde que conheci você melhor passei a sentir algo que não sabia o que era. Momentos depois a saudade, os ciúmes, o instinto protetor, as “borboletas” no estômago... Tudo isso foi o ápice para perceber que eu estava perdida de amores por você.
– mas eu também amo você. E se me der uma chance, irei mostrar que posso fazê-la feliz. A mulher mais feliz do mundo. Eu te amo e tudo o que peço é uma chance de mostrar o quanto posso fazê-la feliz. – disse ele. E mais uma lágrima desceu se confundindo com a chuva que molhava seu rostinho de bebê. Sorri fraquinho, segurando seu rosto com as duas mãos acariciando o mesmo.
– tem certeza? Não sou o tipo de garota certinha, e que gosta de estudar. Ou que canta bem, que sempre pensa antes de agir. Que é extremamente linda. Não sou nada disso. Mas ainda sim eu amo você e tenho medo de que algum de nós saia machucado depois disso.
– ninguém saíra machucado. Não onde há amor. Eu prometo, vou te amar para sempre. Minha namorada. – disse ele sorrindo largo.
– meu namorado. – sorri ainda mais, selando de uma vez por todas nossos lábios em um beijo doce e apaixonado. Abracei seu pescoço, sentindo Juju apertar mais forte minha cintura nos unindo ainda mais se era possível.
Nós sorriamos entre o beijo, enquanto a chuva emoldurava aquele momento perfeito. Tão mágico e único. Nossas línguas brincavam com carinho dentro de nossas bocas, e nossos corpos molhados parecia não sentir o frio em que nos encontrávamos, e pouco nos importávamos se ficaríamos resfriados depois disso. Minha alegria era imensa, e tenho a certeza de que se ele não estivesse me segurando eu cairia de tão mole que estou. Partimos o beijo, nos encarando com sorrisos bobos no rosto. Aquilo me fez sentir uma completa boba. Uma completa boba apaixonada. E assim, tornamos mais uma vez a nos beijar.
[...]
– awn que fofo. Que bonitinho. Até que enfim vocês se acertaram. Não aguentava mais ouvir a Anna ter sonhos pervos todas as noites. Eu ia bater na cabeça dela com um esmalte de gliter. – comentou Ashley de pijama. Ouvi uma risadinha de Juju que me abraçava de lado e me olhava risonho. Fiquei vermelha no mesmo instante. Não era para ela ter deixado escapar que eu tinha sonhos pervos com o Juju quase todas as noites.
– que sonhos, Ash? Do que está falando? – perguntei um pouco nervosa. Torcendo para ela captar a indireta.
– não se lembra daquela noite que tive que jogar um balde de água fria em você pra acordar, porque estava gemendo tanto que parecia que estava tendo uma dor de barriga. – esclareceu ela. Fiquei ainda mais vermelha quase matando ela com o olhar. Ele riu ainda mais, quando dei um leve tapinha em sua coxa.
– Ashley, acho que a pipoca já está pronta. – mudei rápido de assunto engolindo a seco.
– ah é mesmo. É Juju vê se leva ela lá pra cima de dá “aquele” jeitinho nela. Eu preciso descansar minha beleza, se é que me entende. – comentou novamente risonha. Bufei jogando uma almofada nela vendo a mesma caminhar calma em direção à cozinha.
– VOCÊ ERROU! – berrou ela da conzinha.
– E VOCÊ IMITOU O JACK SPARROW! – gritei em resposta ouvindo uma risada alta vir da cozinha.
– é mesmo verdade o que ela disse? – perguntou ele risonho. Mordi os lábios envergonhada escondendo o rosto em seu pescoço. Não foi preciso dizer nada para ele entender minha resposta. Ele me abraçou enquanto ria alto. O que me fez ficar ainda mais envergonhada.
– hey não precisa ficar com vergonha. É bom saber que não fui o único a sonhar com esse tipo de coisa. – o comentou. O encarei no mesmo instante de olhos arregalados.
– sério mesmo? Você... Eu... Você sonhou com “aquilo”? – perguntei curiosa e espantada, pelo meu garoto certinho ter um sonho tão... Safado. E quando ele assentiu, respondendo minha pergunta eu não me aguentei. E ri. Ainda risonha deitei no sofá o puxando pela gola da camisa fazendo o mesmo ficar em cima de mim. Ele riu com as bochechas coradas.
– é mesmo safadinho? Anda tendo sonhos safadinhos comigo, é? Danadinho. – comentei brincalhona. Abraçando a cintura dele, deixando um beijinho em sua bochecha.
– AHHHHH! DE NOVO NÃO! NÃO SE PEGEM POR FAVOR! NÃO NASCI LINDA PARA SER VELA! NÃO! – um grito agudo invadiu meus ouvidos e nem precisei virar para saber quem era. Eu ri com aquilo. Ainda segurando Juju em cima de mim pude o ouvir rir também. Escondendo o rosto no meu pescoço. Tímido. Ri ainda mais. Que bobos.
[...]
Descemos do carro batendo a porta do mesmo. Eu estava feliz. Com um sorriso de orelha a orelha. Caminhando pelos corredores da escola de mãos dada com Juju. Dois bobões sorrindo mais do que bobamente. Bobões apaixonados eram como nos definíamos. Quando ele foi embora, Ashley ficou tirando comigo. Dizendo que iria me dar camisinhas de presente de aniversário. Nesta parte aí eu fiquei assustada. Ela é tão lelé da cabeça que é capaz de fazer isso mesmo. Algumas pessoas nos olhavam surpresas, e algumas até cochichavam por me ver de mãos dadas com Justin. Mas eu não esta nem aí para esses idiotas que só se importam com a popularidade, dinheiro e mais popularidade.
– Jujuba que aula vamos ter agora? – perguntamos eu e minha amiga loira.
– nossa primeira aula é de educação física. Infelizmente. – comentou Juju um pouco chateado. O encarei de imediato, preocupada.
– porque parece chateado? – perguntei. Ele suspirou tratando de por um sorriso lindo no rosto, ato que me fez sorrir também.
– não é nada. Nada irá me tirar a alegria que sinto. Vamos meu anjo. – respondeu doce, me dando um beijinho na bochecha um pouco tímido por conta das pessoas que nos encaravam confuso quando passavam por nós. E assim caminhamos em direção à quadra da escola. À medida que o tempo passava, eu via um sorriso cada vez maior no rosto do Juju, mesmo com as pessoas sempre jogando a bola nele no queimado. Ainda sim ele não tirava o sorriso do rosto, e aquilo me fazia sorrir ainda mais. Ele era muito doce e preocupado comigo. Até poderia ser porque estamos namorando á apenas um dia, mas, como eu fui amiga dele antes disso percebi que esse é o jeitinho Juju de ser. Sempre fofo, preocupado, inteligente e cavalheiro.
– certo turma, agora vamos jogar sete cortes. JÁ! – gritou o professor na última frase. Fizemos uma grande roda no meio da quadra e eu ri. Eu era muito boa nesse jogo, que era um pouco parecido com o vôlei. A diferença é que na 7 vez que se toca na bola se arremessa a mesma com força. Se bater em alguém quando chega ao numero sete essa pessoa é queimada. Mas ainda têm outros tipos de regras, inúmeras regras e é melhor deixar isso para depois e concentrar no jogo antes que alguém me queime.
As pessoas jogavam a bola para mim e muitas das vezes eu ia para o centro da roda para dar a sétima jogada. Eu sempre tentava acertar Frad, e ele fazia o mesmo comigo. Era uma disputa que se via sempre que jogávamos juntos. Já Juju ao meu lado dificilmente pegava na bola já que quase ninguém jogava para ele o tadinho ficava moscando. Ainda mais com Frad e mais dois tentando acertá-lo a todo custo. E nisso ficávamos eu e outra garota tentando acertá-los em troca.
– vamos jogar de três cortes. – sugeriu Frad me olhando com malicia. É eu estava certa, ele queria acabar logo o jogo. Assim que todos concordaram, retomamos os três cortes. Juju tinha um olhar levemente assustado, com os óculos dentro da calça que usava já que era perigoso usar um óculo jogando aquele tipo de jogo. Vai que a bola bate na cara dele, né? E agora imagine ele tentando jogar aquilo sem ver quase nada?
E em mais uma tentativa de protegê-lo da próxima jogada, que era o tão temido terceiro corte, fiquei na frente dele no mesmo momento em que Frad também fez o mesmo. e quando socamos a bola no mesmo tempo, em uma “travada” dolorosa me ajoelhei um pouco rápido no chão, depois de sentir a bola ir com tudo na minha cabeça. Como Frad era mais alto, e com a nossa trombada ele acabou me acertando com tudo. E por um momento eu vi tudo virar, sentindo Juju me abraçar por trás. Segurando-me firme. Depois disso, tudo ficou escuro.

2 comentários:

  1. seguindo amor!! muito bom! começei uma historia tambem http://justinbiebermydreamkidrauhl.blogspot.com.br/
    da uma olhadinha la!

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    1. Seja bem vinda linda. Pode deixar, vou dar uma passadinha por lá! Muitos beijos :D

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