28 de dez. de 2013

My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 3 - Um dia Divertido

POV ANNA
- Agora, vou passar pelas mesas para avaliar e dar as notas, okay? - perguntou o professor e todos assentimos. Minha barriga roncou levemente, e tentei não olhar muito pra minha comida em cima da pequena bancada de mármore. O professor - muito gatinho - de Gastronomia ia passando de mesa em mesa, avaliando e dando notas; era uma prova prática e eu queria me sair muito bem. Esse era um sábado muito importante para mim; vai que eu consigo ficar na turma avançada de culinária, né? Justin não gostava muito do meu professor ser o tipo de cara que só em olhar pra você, te faz babar: olhos azuis, cabelos escuros e bem cortados, corpo atlético, voz sensual e muitas outras coisas. Ele era realmente um homem maravilhoso, mas eu só estava aqui por causa da comida mesmo. As garotas suspiravam e até se insinuavam pra ele, na medida que ele passava pelas mesas e provava a comida delas.
- Você precisa acertar mais na medida do sal, Margô. - disse ele para a garota da mesa atrás de mim. Como sempre, eu era a última a ser testada. - Ainda está muito salgado, diminua da próxima vez, certo?
- E qual foi a minha nota, professor? - perguntou ela e eu revirei os olhos. Ela era o tipo de garota que tem peitos grandes e decotes maiores ainda; ou seja, os peitos dela chegam sempre antes dela e eu tinha certeza que ela tava flertando com ele. Resumindo, era aprendiz de puta.
- Vai ficar de recuperação, me desculpe. - ouvi ele suspirar frustrado. Olhei pra minha comida, e logo alguém cutucou meu ombro; sorri depois para ele. - Agora é sua vez, vejamos o que temos aqui. - ele deu atenção para meu prato e arregalou os olhos. - Minha nossa, pelo visto você realmente adora comida salgada.
- Eu gosto de qualquer coisa, contanto que seja comida. - ele riu com minha revelação. - Esse é um Empadão de Camarão, mas eu prefiro chamar Empadão Tudo de Bom. - ele riu de novo; porque esse pessoal ri tanto assim? Até agora não entendi o porque.
- Me explique mais sobre o seu prato. - disse ele, enquanto a sala de aula ia ficando vazia.
- Bem, professor...
- Já disse que pode me chamar de Bruce, e caramba, nem sou tão velho assim! - dessa vez, foi eu quem riu.
- Tudo bem, Bruce. Esse prato demorou, aproximadamente 1 hora e 30 minutos, serve 8 porções. Diferente do tradicional, fiz algumas pequenas mudanças como, tirar o coentro e pimentão o que o deixa com um gosto melhor, principalmente para quem não gosta desse tipo de verdura.
- E a sua história? Me conte um pouco mais. - perguntou interessado. Eu sou o gênio da culinária, tá pensando o que? É claro que eu vou passar nessa prova.
- Bem, empada ou empadinha é uma espécie de salgado popular no Brasil e em Portugal. A origem dessa comida maravilhosa é desconhecida, mas é um prato encontrado em quase todos os lugares do mundo. É claro que é encontrado em qualquer lugar, ele é muito bom! - comentei no final, arrancando algumas risadinhas do meu professor bonitão. - Provavelmente, tem origem nos pastelões portugueses, que consistiam em grandes tortas salgadas, com recheios diversos, com forte influência medieval. No século XIX os pastelões pequenos eram conhecidos como empadas de caixa. Uma outra razão do sucesso das empadas e empadões, era de que serviam como refeições para os seguidores da Igreja Católica, nos dias de abstinência de consumo de carne de vaca ou suína. Ou seja, eles comiam muito bem já naquele tempo, sortudos, não? - tá legal, é impossível não fazer uma observação desse tipo, Justin tem razão. -  Em Portugal, as empadas de frango são hoje as mais populares, e onde quer que você vá, pode encontrá-las na maior parte dos cafés e pastelarias.
- Muito bom resumo...
- Calma, ainda tem mais. - interrompi, tomando fôlego pra continuar. -.O salgado é feito de massa podre (massa preparada de farinha com gordura para assar), e com recheios variados: carne, carne-seca, frango, requeijão (catupiry), camarão, palmito, entre outros. Qualquer recheio fica bom nessa maravilha. - sorri, sabendo que poderia levar minha comida pra casa; depois que o professor provar e dar a nota, é claro. -  A etimologia da palavra Empada é uma simplificação para a palavra empanada (também usada no idioma espanhol), com origem no latim panis, que significa pão. O significado mais próximo seria de iguaria de massa com recheio de carne (normalmente), com fechamento (tampa) da própria massa. Aqui nos Estados Unidos, pode-se encontrar uma empada de frango, chamada chicken pie, e na Inglaterra encontra-se uma empada de frango e cogumelos,e a famosa Melton Mowbray Pie, recheada com carne de porco picada e colágeno. - sorri satisfeita, terminando meu discurso. 
- Muito bem, você realmente conhece a história. Meus parabéns, Anna. - sorriu de volta. Viu? Eu sabia, quando o assunto é comida, posso me considerar um "Justin" da vida.
- Obrigada.
- Agora vou provar o seu prato e dar a nota. Se bem que, isso não seria preciso, afinal, você é minha melhor aluna. - sorriu chegando mais perto. Pegou o garfo e cortou uma porção. É impressão minha, ou ele está olhando demais para mim? Okay, é só impressão mesmo.
POV JUSTIN
- Tudo bem, Ashley eu já sei. Vou dizer a ela para comprar seu conjunto de esmaltes. - falei sentado no banco do motorista, com o carro parado no estacionamento, esperando por minha Anna.
- E não esquece de comprar também, aquele livrinho de Como Deixar as Unhas ainda Mais Lindas pra mim. Ou você sabe o que vai acontecer se não me obedecer, não é? - eu não precisava estar perto pra saber que ela tava com uma carinha ameaçadora. Ainda bem que era apenas uma conversa pelo telefone.
- Sei sim, assistir Querida, Querida Unha. - ri.
- Muito bem, você é uma Jujuba muito boa. Diga pra minha abelha que eu mando um beijão cheio de cor de rosa pra ela. E beijocas pra você também Juju, mas agora eu tenho que ir porque preciso dar umas beijocas no meu Damon, enquanto ele aprecia minha beleza.
- Se a Anna soubesse disso, ela chutaria o traseiro dos dois, sabe disso, não é?
- Uhum, é por isso mesmo que vou aproveitar. Eu só liguei pra avisar isso mesmo. Depois você e a abelha podem admirar minha beleza, até loguinho. - ela encerrou a ligação do jeito doido de sempre, e eu, ri como sempre fazia. Amora e Collin latiram no banco do carona; Anna e eu prometemos que sairíamos para passear com eles depois da aula dela. Olhei para meu relógio de pulso, incomodado com a demora.
- Oi fofo, o que você está fazendo aqui? - perguntou Margô, colega de classe da minha namorada.
- Estou esperando a Anna, ela está em prova prática não é? - perguntei, enquanto ela se inclinava para a janela do carro, deixando seu decote ainda mais a mostra. Okay não olhe, são peitos feios, muito, mais muito feios; pensei comigo mesmo tentando apenas para o rosto dela.
- Ela está, mas faz algum tempinho que ficou sozinha com o professor. - respondeu. Ela sozinha com aquele cara? Acho que vou chutar um traseiro hoje, ele que não se atreva a tocar na minha morena. - Se quiser, eu olho seus cachorrinhos enquanto você sobe para verificar o porque dessa demora. 
- Faria isso por mim?
- É claro fofo, pode ir. - sorriu e eu agradeci por ter alguém pra cuidar deles. Sai do carro e os dois me seguiram. Pus a coleira nos cães e as deixei nas mãos da morena à minha frente. - Vou cuidar deles, pode ir tranquilo, lindinho. - sorri meio constrangido quando ela deu um beijo na minha bochecha. Com um aceno de cabeça e uma última olhada em Collin e Amora, saí quase que em disparada para dentro do edifício. 
- Oi Justin, que bom ver você! - uma loira me parou sorrindo feliz. 
- Oi Laura, como está? - respondi educado; era ela aluna fazia uma semana e já era uma espécie de "amiga de classe" da minha namorada, mesmo sendo de turmas diferentes.
- Estou ótima, e você?
- Também. Olha, estou procurando a Anna você sabe onde ela está? Passei na sala de Culinária 2 e ela não estava lá. - cocei a cabeça. Eu tinha que encontrar minha namorada, não vou deixar nenhum idiota de olhos azuis tentar alguma coisa com minha doida por nachos.
- Ah, sim, ela está na sala 402B, a sala de provas. Acabei de passar por lá.
- Obrigada. - sorri agradecido, e continuei meu caminho: entrando e saindo de corredores, subindo escadas e outros afins - não vou ser doido de usar o elevador. Quando estava perto da porta, ouvi algumas risadas e fiquei ainda mais nervoso. Ao abrir a porta, vi que ele ria alto - provavelmente de alguma bobagem que ela falou - enquanto ela comia descaradamente sua Empada de Camarão; ela também ria.
- Justin querido, vem cá. - ela chamou feliz. Me aproximei, ficando de pé ao seu lado. - Eu passei para a turma avançada, acredita? - um sorriso lindo brincava em seu rosto, enquanto segurava o garfo cheio de comida. Dei um beijo em sua bochecha, feliz por ela. Vocês não sabem o quanto ela me enchia os ouvidos falando do quanto queria ir pra Culinária 3 - A Turma Avançada; e não me entendam mal, eu adorava ouvi-la falar disso, era muito fofo.
- Meus parabéns, querida. - falei em seu ouvido enquanto a abraçava; dava pra sentir que ela não se contia de felicidade. Enquanto a mim, bem, eu queria chutar o professor dela, então, estava atento a qualquer tentativa de flerte dele.
- Você tem uma namorada maravilhosa, Bieber. Tem muita sorte. - falou o carinha que eu odeio e que prefiro não dizer o nome. Meu sorriso não foi aqueles de se mostrar os dentes.
- Eu sei que sim. - respondi, finalizando a conversa, em seguida, ajudei Anna a guardar a comida e por na bolsa - que ela comprou apenas para guardar esse tipo de coisa - depois ela arrumou as coisas e guardou as anotações. 
- Até sábado que vem, professor. - ela acenou para ele enquanto saíamos da sala. Fiz questão de abraçar sua cintura enquanto andávamos para longe dali. 
- Não precisa ficar com ciúmes, Juju. - ela riu, quando descemos o último degrau: pois é, descemos de escada. Eu odeio ter claustrofobia, mas o que poderia fazer?
- Ciúmes? Aquele idiota está dando em cima de você, não vê? - me defendi, sentindo o calor do sol assim que finalmente saímos do prédio. - Eu odeio aquele cara. - ela riu. - Só não bati nele, porque você está feliz.
- Com o que você ia bater nele? Um livro? - brincou. - Justin, você sabe que só tenho olhos para você, e que só estou lá por causa da comida. Além do mais, ele é só um amigo.
- Então está me dizendo que ele já passou para a "qualidade" de amigo? Bom saber. - ironizei.
- Deixe de ser bobo.
- Algum problema se cuido do que é meu? - continuei irritado. O sorriso que Anna mantinha no rosto, morreu no exato momento em que percebeu Margô brincando com Amora e Collin, no estacionamento, próximos ao nosso carro. E depois, eu que sou o ciumento de nós dois.
- Vejo que encontrou sua namoradinha. - disse a morena peituda, assim que viu nos aproximar. Levantou e limpou as mãos na saia do vestido.
- O que você está fazendo aqui? Com eles? - Anna apontou para os cachorros, mas sem tirar os olhos da garota a sua frente. Margô lhe devolveu as coleiras e sorriu calma.
- Fiquei cuidando desses pequenos cães adoráveis, um pequeno favor para o seu namorado fofuxo. - ela passou por mim e deu uma piscadela rápida para que minha namorada não percebesse; e bem, não deu muito certo. - Até sábado que vem.
- Mas você foi reprovada. - disse Anna.
- Já ouviu falar em recuperação, neném? - ela riu, enquanto ainda caminhava para longe. - Ah, e se enjoar do seu nerd, eu o aceito de braços abertos. Você já sabe onde fica minha casa. - nesse momento, eu sabia que Anna não chutou o traseiro dela, por ter coisas demais nos braços para carregar. E quando percebi isso, tratei de abrir o carro e por a bolsa dela no banco de trás - ouvindo-a resmungar e ofender sua colega de classe a cada instante - e assim ela ficou segurando apenas as coleiras. Se ela estava furiosa? Isso ela com certeza estava.
- Eu não gosto dessa garota. Por mim, ela poderia até morrer que ninguém ia sentir falta. - reclamou vendo Margô entrar no carro e sumir com ele.
- E depois eu quem sou o ciumento aqui, né? - eu ri.
- Você acha isso engraçado? Acha mesmo? - parei com minhas risadas assim que percebi seu tom ameaçador. - Se você gosta do seu traseiro é melhor ter cuidado com o que diz. - ela pôs Amora no colo e entrou no carro do lado do banco do carona. Pus Collin no banco de trás e agora foi minha vez de entrar no carro de fechar as portas. Anna tinha um biquinho tão fofo que não consegui segurar a risada.
- Desculpa, mas, cara! - bati levemente no volante enquanto ria. - Você é muito linda com ciúmes. - falei em meio as gargalhadas enquanto ligava o carro. Amora latiu concordando, se mexendo feliz no colo da dona.
- Para, isso não é justo. - cruzou os braços. - Hoje é o meu dia, então feche a sua cara.
- Doida. - ri e ela mostrou a língua. - Nem a Ashley consegue ser tão bipolar quanto você.
- Hey! - reclamou batendo no meu ombro. - Não é só porque você é nerd que pode me chamar de... Não, pera. O que é que eu ia dizer mesmo? - ela parou para pensar e em seguida deu de ombros. Tudo que fiz, foi rir dela.
[...]
POV ANNA
- Então quer dizer que você conseguiu ir pra classe avançada, abelha? - perguntou a loira pegando um biscoitinho de dentro do potinho de vidro. Piquenique no parque, no meio da tarde de um sábado era um dos meus programas favoritos. Todos os meus amigos estavam ali; e claro, nossa pequena cachorrada. Era exatamente isso que fazíamos quando não tínhamos nenhuma coisa da faculdade para fazer, e eu simplesmente adorava esses pequenos momentos com eles.
- Uhum, sou a mais nova aluna da Culinária 3. - afirmei orgulhosa, mordendo um Doritos encharcado de molho. Perto de nós, nossos cães brincavam felizes com uma bolinha de ping pong: Amora era a única que estava se divertindo mais, perseguindo uma borboletinha.
- Então, meus parabéns Anna. - Cait sorriu.
- É mesmo, parabéns, abelhuda! - exclamou Ashley com a boca cheia. - Eu ensinei tudo que ela sabe. - se gabou mentirosa.
- Ensinou nada, nem lavar um prato você sabe. - rebati.
- Eu vou chutar o seu traseiro se continuar me chamando de mentirosa.
- Não chamei de mentirosa.
- Falou indiretamente. - disse ela.
- Não não, você não vai chutar o meu traseiro porque você está com preguiça demais para levantar e correr atrás de mim.
- Isso também. - concordou rindo, deitando na toalha enorme de deixamos sobre a grama e apoiando a cabeça na perna de Damon.
- E quem vai ser o seu professor, Anna Mel? - perguntou Mike, mordendo um sanduíche.
- O idiota do Bruce. - reclamou Justin.
- Ih, se ferrou! - Damon riu mostrando a língua.
- Pensei que fosse aquela velhinha simpática que...
- É Cait, mas ela foi substituída por ser velha de mais. E então, aquele retardado ficou no lugar dela. Me diga, desde quando aquele cara entende de cozinha? - continuou resmungando. Peguei outro nacho encharcado de molho, olhando para o meu namorado.
- Ele entende desde que é dono de um restaurante. - respondi e ele quase me mata com o olhar.
- Porque você está defendendo ele? Se gosta tando dele, case-se com ele então. - resmungou irritadinho. Gargalhei, sentando no seu colo e beijando sua bochecha.
- Ciumento.
-Vocês são doidos ou oque? Eu já disse um milhão de vezes para não fornicarem no parque! Tem crianças por aqui. - repreendeu Mike. Olhei estranho para ele.
- Pelos Doritos mais lindos do mundo, Mike! Não estamos fornicando, é só um beijo na bochecha.
- Parecem estar fornicando.- deu de ombros, mas eu continuei sentada no colo de Justin. Dessa vez, peguei o pãozinho de queijo mais grande que encontrei.
- Alguém vai a festa de hoje a noite?
- Que festa, Caitlin? - perguntou Damon curioso.
- A festa da Raquel Anderson, todos sabemos que ela também odiava a Angelina, então não cancelou a festa. Mesmo que Angelina tenha morrido a menos de um dia. - explicou ela.
- Vai ter comida?
- Uhum, comida e bebida a vontade. Ela acabou de me enviar um SMS, e convidou a todos nós. - sorriu. Peguei outro pãozinho de queijo.
- Então eu vou.
- Não acho isso certo. - comentou Justin. - Eu sei que ela não era uma boa pessoa, mas devemos respeitar a sua morte. Ao menos por uma semana, mostrar respeito. - todos nós o olhamos estranho. - Vocês entendem?
- Não! - respondemos em uníssono.
- Esqueceu que aquela vaca quase matou a Amora queimada? Que tentou empurrar você da escada? Que pôs uma cobra na mochila da Caitlin? Ou que fez a Ashley chorar?
- Não, querida, é claro que não. - ele arrumou o óculo com o dedo enquanto tentava se explicar. - Só estou tentando dizer que podemos mostrar que não somos como ela.
- Nós entendemos a sua boa intenção, Jujubona. - Ashley começou. - Mas acho que o que ela fez não tem perdão. Não eramos os únicos alvos dela, ela fazia coisas ainda piores com outras pessoas. Angelina não merece que as pessoas se lembrem dela.
- A não ser, que se lembrem dela como a vadia que destruiu as nossas vidas. - completou Mike.
- Porque você é tão bonzinho, cara? - Damon resmungou e Justin deu de ombros. Amora chegou mais perto, - provavelmente cansada de perseguir a borboleta - e apoiou a cabecinha no meu colo, assim que saiu de cima do meu namorado e sentei ao seu lado. Os demais animais, imitaram-na e se juntaram aos seus respectivos donos. Justin tomou um gole do suco.
- Vamos deixar de falar de coisas ruins, pessoas que me amam, minha pele vai ficar feia desse jeito. - resmungou a loira, mordendo um morango. - Vamos comemorar pela abelha, e pela festa que vamos daqui a algumas horas. Aí, o pessoal da faculdade vai poder admirar um pouco mais a minha beleza linda.
- Não podemos ir a festa hoje. Eu tenho que ensinar matemática a Anna.
- Ainda está tentando fazer a minha irmã entender álgebra?
 - Não vou desistir, ela tem potencial e vai aprender.
- Boa sorte, cara. Vai precisar. - ele riu e joguei a pedrinha mais próxima que encontrei na cabeça do meu irmão bobão.
- Não me chame de burra, seu mané!
- Mané é a vovozinha!
- Caso não tenha reparado, nós temos a mesma avó. - aquilo era um risinho de Justin, ou um barulhinho qualquer?
- Cala a boca, sua pirralha.
- Me obrigue. - respondi e ele bufou, pondo fim a nossa pequena discussão. E aí está, o psicólogo brilhante; deu pra sentir a ironia? - E pirralha é a vovozinha!
- Temos a mesma avó, retardada mental.
- Retardado é seu pinto que não cresceu. - rebati irritada. Todos arregalaram os olhos, mas ouvi as risadas de Justin e Damon. - Ou você pensa que eu não ouvi você reclamar porque tinha um 'equipamento' muito pequeno?
- Eu vou esganar você, Anna! - acho que não preciso dizer que as bochechas de Mike estavam mais vermelhas que o meu pacote de Doritos. - Eu juro que não tenho pinto pequeno, é mentira dela. - virou-se para Caitlin, nervoso e ansioso para que ela acreditasse nele.
- Eu não sabia que você sofria da Síndrome do Pequeno Príncipe! - Justin não aguentou e gargalhou tão alto que Amora pulou do meu colo, assustada. Ele estava jogado na grama, rindo como um camelo. Eu estava rindo mais da risada dele do que do meu irmão. - Meus pêsames, cara. - Damon também ria.
- Eu vou assassinar todos vocês, um por um! Infelizes! - esbravejou. - Não os ouça, Cait, eu não tenho pinto pequeno. Eu posso provar, eu...
- Não, obrigada. - ela riu, se afastando um pouco dele, o deixando ainda mais envergonhado e desesperado. Depois que olhou para nós, ela riu como uma besta, se jogando na grama como Justin, rindo loucamente como ele.
- Eu juro que vou te matar, Anna Mel Montês. - disse bravo. Pisquei para ele, pegando Amora no braço. Quando olhei para meus amigos, tudo que fiz, foi me unir a eles nas gargalhadas.

Notas Finais
Oie pessoal, como é que vocês vão? Como foi o natal de vocês? Primeiro eu queria pedir desculpas por demorar tanto pra postar, parece que passei uma eternidade sem atualizar. A verdade, é que eu estava com muita preguiça e as ideias para o capítulo pareceram ir embora da minha mente toda vez que começava a escrever. Eu não queria deixar um cap pequeno, sem graça, bobo e ruim pra vocês, e foi por isso que não postei nada até agora. Queria algo com mais qualidade, então, eu parei, reli o que já tinha escrito e quando vi, tinha feito o capítulo. E mesmo achando que precisa de mais alguns ajustes, vou entrá-lo a vocês. Desejo um maravilho fim de ano, e um 2014 cheio de coisas boas pra todas vocês. Grandes beijos meus amores, e até ano que vem :D
Comida da Anna
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Professor de Culinária
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Roupa da Cait: http://data1.whicdn.com/images/78078882/large.jpg
Roupa da Ash: http://data3.whicdn.com/images/81356221/large.jpg
Roupa da Anna: http://data2.whicdn.com/images/82082798/large.jpg

2 de dez. de 2013

My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 2 - Aulas Suspensas

POV ANNA
Passei a geleia na torrada e dei uma longa mordida, enquanto colocava a ração da Amora, minha cachorrinha. Bem, há alguns segundos atrás, tive a maravilhosa notícia de que Caith tinha feito um café da manhã especial em agradecimento, sabe, por acolhermos ela em nossa casa. Ela já tinha se instalado, e morava no quarto da frente. Acho que não preciso dizer que enchi ela de beijos por ter me feito comida, e quando digo que a mesa estava farta, acredite, eu não estava brincando. A comida estava muito boa, não me culpe. E segundo ela, faria o café da manhã sozinha por uma semana inteira apartir de hoje. Era sexta feira, e como sempre, tinha uma festa. Mas ainda era de manhã e nos preparávamos para ir a faculdade. Os outros ficaram meio tensos ao saber que Frad tinha saído da prisão; aquilo não me afetou tanto. Afinal, ele só era um idiota que queria atenção. Porque teria medo de alguém assim? Só incomodava saber que depois de tudo que fez, estava livre, para mim ainda não era o suficiente. Sentei na minha cadeira e dei uma colherada no meu cereal, ou como diria, meu prato de entrada. Amora comia quietinha e educadamente sua comidinha perto de mim. Meus fones de ouvido estavam um pouquinho alto, mas eu adorava quando estava nesse volume. Especialmente quando ouvia David Bowie - Heroes.
- Você cozinha muito bem. - elogiou Mike, comendo uma panqueca. Bati em sua mão assim que ele ia pegar outra panqueca, tirando quatro ou cinco para mim e deixando-as no meu prato, pus bastante calda de chocolate. Ele me olhou feio, mas eu não liguei. O que importa se peguei todas as panquecas restantes? Me aproveito mesmo, e sem vergonha na cara.
- Não tão bem quando a Anna. - admitiu ela, feliz. Eu usava apenas o lado de batatas fritas dos fones, então, pude ouvir o que ela e os demais diziam.
- Obrigada pela sinceridade. - falei como pude, mordendo minha panqueca. Os outros riram, e ao meu lado direito, Justin tentava comer e rir ao mesmo tempo.
- Eu também sei cozinhar muito bem. - falou a loira.
- Ashley, você não sabe nem fritar um ovo. - falou Mike, de testa enrugada, olhando para a loira sem entender. A música estava na parte lenta, e mentalmente ajudei o cantor com a música, cantando alguns trechos da música.
- Quer perder o traseiro? Te derrubo da escadaria da escola se quiser.
- É faculdade, Ashley. - Justin corrigiu rindo, comendo mais um pouco do seu cereal. E quando as panquecas acabaram, peguei meu punhado - bem avantajado - de morangos com cobertos de chocolate derretido. Levei um deles a boca.
- Isso também. - ela resmungou olhando para Justin. Desci do banco, empurrando meu pratinho de cereal - já vazio - para o centro do balcão de mármore. Caith e Mike colocaram os pratos no lava louças - Ashley não lavava os pratos, ia acabar com as unhas perfeitamente lindas dela - e caminharam para fora de casa. Os outros se despediram de seus cachorrinhos e me virei para desligar a Tv; e bem na hora, vi o comercial do meu programa de culinária e fiquei parada ali, sabe, só admirando.
- Vamos anjo, não quer se atrasar, quer? - perguntou Justin, abraçando minha cintura e deixando um beijo em meu pescoço. Arrepiei com o contato.
- Mas é o Culinária Gostosa. - murmurei sem tirar os olhos da tela, mas adorando os carinhos que ele deixava no meu pescoço.
- Você prefere o Culinária Gostosa a mim? - perguntou, apertando o abraço e agora, brincando com minha orelha. Ele perdeu a nerditude dele só porque estamos sozinhos? Safadinho ele, né?
- Isso não é justo, não posso escolher entre os dois. É muita gostosura. - reclamei baixo e ele riu. Amora continuava comendo como se nada estivesse acontecendo ali. Minha garota. Continue assim, coma mesmo, e coma sem vergonha na cara. Ou será no focinho?
" O corpo de uma mulher aparentando ter 22 anos foi encontrado hoje, dentro da Faculdade da Califórnia com sinais de tortura. A identidade da moça por enquanto ainda é desconhecida assim como a autoria do crime. Voltaremos com mais informações. "
- Nachos de Queijo, alguém morreu na nossa faculdade! - comentei perplexa assim que ouvi a notícia do jornal da manhã. Virei, ficando de frente para Justin e ele me deu um beijo carinhoso nos lábios.
- Vai ficar tudo bem, não precisa ficar com medo. - disse ele, segurando meu rosto com as duas mãos para não tirar os olhos dele.
- Não estou com medo, eu só... Vai que esse tal assassino queira matar comidas inocentes? Não, nem pensar! - ele riu negando com a cabeça.
- Não mata dizer que está com medo. - ele e seus trocadilhos.
- Não estou com medo. - menti cabeludamente. - Você quem deveria estar com medo por não ter me chamado para o café da manhã. - tá, essa última frase tinha um tanto de verdade, ele demorou demais e deixar uma pessoa com fome não é uma boa atitude.
- Mas eu fui até seu quarto e fiz você levantar. Até tomamos banho juntos! - protestou ele, tirando as mãos do meu rosto. E foi culpa dele também de termos fornicutado no banho e não ter dado tempo de descer e comer antes dos outros. Ele é uma gostosura, cês acharam mesmo que eu ia resistir um banho gostoso sem tirar um pouquinho do seu "doce"?
- Mas não foi rápido o suficiente, ué! Quando cheguei tava todo mundo comendo. - dei de ombros dando um último abraço na Amora. Ao trancar a porta da frente, ouvi um barulhinho de brigas. É, esse é o ruim de dividir um carro com três doidos; era assim todo dia antes de ir pra faculdade, só pra ver quem ia dirigindo.
- Não, é a minha vez!
- Não é não, loira. Você dirigiu ontem, é a minha vez. - reclamou Mike. Caith só assistia, sentada no capô do carro, rindo daqueles doidões que são meus amigos e irmão. E olha que ele tá fazendo psicologia, imagina só se não estivesse.
- Sua vez uma pinóia! Eu não dirijo há quase uma semana. - disse Damon entrando na briga. Justin uniu nossas mãos enquanto andávamos até o grupo.
- Não seja dramático, você foi ante-ontem. - rebateu meu irmão. Caith riu da careta que ele fez.
- Quem vai dirigir sou eu e ponto final. - se irritou Ashley.
- Nada disso! - reclamaram os dois para a loira. Depois Damon arregalou os olhos - lindos olhos - azuis  e deu um pequeno empurrão em Mike.
- Hey, não grite com a minha namorada. - exclamou Damon. Ashley pareceu boba com o ato de cavalheirismo do namorado. Chegamos mais perto deles.
- Precisamos de um segundo carro. Essa briga todos os dias por causa de uma porcaria de um volante. E depois dizem que eu sou a doida por comida. - reclamei baixo e Justin riu.
- Quando eu ficar rico teremos um carro só para nós dois. - disse no meu ouvido e sorri quando ele deixou um beijo molhado na minha bochecha.
- Vai ter comida no carro? - perguntei e ele riu baixo, abraçando minha cintura.
- Toda a comida que quiser.
- Então por mim tudo certo. - ele riu quando concordei e nós finalmente chegamos perto dos quatro, parados perto do carro, ainda discutindo sobre quem iria pegar no volante hoje.
- É a minha vez.
- Sua vez é um esmalte ressecado, Mike. Sou eu quem vou dirigir. - falava Ashley.
- Desculpe querida, mas é a minha vez de dirigir. - interviu Damon, sendo doce com ela.
- Podem me dizer o que está acontecendo aqui? - perguntou Justin por mim, mesmo já sabendo a resposta.
- Você pode, por favor, dizer para esses dois mongols que sou eu quem vai dirigir hoje? - disse Mike irritado.
- Eu vou acertar a sua cara se continuar chamando a minha namorada de mongol. - ameaçou Damon.
- Já chega vocês três. Mas que coisa! Teremos de ter carros individuais, é isso? - perguntei.
- É, boa ideia. - falou a loira.
- Nada disso. Vamos resolver logo essa briguinha ridícula, temos um dia cheio hoje. - falou Justin.
- Tá, mas quem vai dirigir? - foi a vez de Damon perguntar.
- O Justin. Faz cinco dias que ele não dirige. - dei de ombros.
- Mas ele fez isso ontem! - reclamou Damon; revirei os olhos.
- Deixe de ser mentiroso, Damon, você quem dirigiu ontem...
- É mentira...
- CHEGA! - berrei e eles se calaram assustados. - A Caitlin dirige, pronto.
- Eu?! - questionou assustada. Os outros olharam para ela e depois para mim.
- Não comecem, ela foi a única que não dirigiu até agora e já fazem quatro dias que ela está morando com a gente.
- É,... Tudo bem, a Caitlin dirige. - concordou Mike ajudando-a a descer do capô do carro. Okay Anna, você não pode chutar o traseiro da Caith ela é sua amiga. Respire fundo e pense nos nachos com queijo e o pudim que vai comer na hora do almoço.
- Vamos fazer assim; Caith pega o volante e Mike vai no banco do carona. Justin, Ashley, Damon e eu iremos atrás. - propus. - Todos concordam?
- Tá, concordamos. - resmungaram Ashley e Damon entrando no carro. Sentei ao lado dela no meio, Damon ia sentado perto da janela do lado esquerdo e Justin no direito. O trajeto até lá foi mais rápido do que o comum, e precisava admitir que minha amiga morena era melhor em direção do que a loira; sim, Ashley já matou dois esquilos fofinhos enquanto estava no comando do carro. Os dois da frente foram os primeiros a descer; logo Damon e minha loira fizeram o mesmo, e em seguida eu e Justin descemos fechando a porta atrás de nós. Tudo que pude ver era uma tremenda confusão. O campus estava absurdamente lotado: muitos repórteres, policiais, alunos curiosos; era uma loucura total. Justin apertou minha mão enquanto tentávamos entender o que estava acontecendo; bem, eu sabia exatamente o porque de tudo isso, mas tinha certeza de que era uma surpresa para os outros afinal, eles não assistiram o pequeno aviso na televisão.
- O que houve por aqui? - ouvi Caitlin perguntar baixinho, talvez mais para si mesma do que para nós. Observando com firmeza uma roda de pessoas gigantesca perto da entrada da faculdade, comecei a andar instintivamente, arrastando Justin sem querer junto comigo. Parecia que alguma coisa me chamava para mais perto daquela roda de curiosos. Justin, por vezes, apertava um pouco a minha mão tentando me fazer voltar. Não me importei com aquilo e continuei andando até o limite de uma fita amarela onde se tinha escrito "não ultrapasse".
- O que acha que aconteceu com ela? - ouvi alguns garotos falarem ao meu lado esquerdo. Odiava o fato de policiais e investigadores bloquearem minha visão do corpo da provável vítima, mas não deixei de ouvir a conversa, mesmo que sem querer.
- Não faço a mínima ideia. - murmurou o outro. - Mas pra falar a verdade, ouvi um dos investigadores dizerem que ela foi jogada pela janela do seu quarto.
- Caramba,... De ser horrível morrer assim.
- Mas aí é que está. - o loirinho fez um pequeno suspense, deixando o amigo ruivo ao lado curioso; e a mim também é claro. - Ela já estava morta quando a jogaram pela janela. - enquanto eles trocavam ideias, olhei para cima na direção dos quartos e confirmei mentalmente o que os dois rapazes disseram. Mas eu queria ver quem era. Queria ver a garota.
- Não é bom você ver isso anjo, ela deve estar horrível. - senti a mão de Justin segurar firmemente meu braço, fazendo um pequeno carinho com o polegar. Por um momento, esqueci completamente que ele estava do meu lado. Porém, não movi um único músculo para sair dali. - Estou falando sério, não vai ser bom pra você ver isso. - continuou ele, falando baixinho no meu ouvido, sem tirar os olhos de onde o corpo estaria, assim como eu fazia agora. Tinha um policial gorducho na minha frente, e se pudesse, jogaria uma pedrinha nele para entender que estava atrapalhando a minha visão.  Apertei um pouco os olhos, vendo algo escrito em sangue na parede, próximo ao corpo: "Você precisa pagar!" Uma onda de calafrios tomou conta de mim assim que terminei de ler e nesse exato momento, o gordinho saiu da minha frente. Sem acreditar no que via, percebi que a garota era Angelina Torres, estava no segundo ou terceiro - não sei bem ao certo - período de Advocacia e eu a odiava. Era o tipo de garota de nariz em pé, humilhava os outros por ter dinheiro, uma tremenda egoísta; briguei por várias vezes com ela e em uma dessas quase saímos aos tapas se não fosse pelo Justin chegar na hora e me impedir de continuar com aquela briga. E isso tudo, tirando o fato dela adorar uma erva; sim ela usava drogas e todos sabiam disso, mas eu só não sabia que ela tinha dívidas com traficantes até ontem, quando ouvi sua conversa com um cara bonitão, porém de olhar frio e assustador. E agora ela estava assim: caída no chão, machucados por onde quer que a olhasse, olhos azuis abertos e vidrados; tinha a horrível sensação de que ela me encarava mesmo estando morta, e não pude evitar um arrepio. Olhei mais uma vez para a mensagem na parede e outra vez para ela.
- Vamos sair daqui, já chega. - a voz de Justin me trouxe de volta para a realidade e me puxou para fora da roda de curiosos, enquanto cobriam o corpo de Angelina com um lençol branco. Ele me abraçava de lado de forma protetora, mas nada me faria tirar aquela imagem da cabeça. Angelina indefesa e torturada, Angelina morta. Não parecia em nada com a garota que matava mentalmente todos os dias, a garota que odiava e que também me odiava.
- Foi você, não foi? Foi sim é claro, você a odiava! Desgraçada! - gritou Emília Stwart, melhor amiga de Angelina: outra idiota e egoísta, quase tão pior quanto a amiga.
- Está maluca? Ela não teve nada com isso, deixe-a em paz. - Justin respondeu por mim enquanto caminhávamos de volta ao carro.
- Cale sua boca, não falei com você sua barata asquerosa! - respondeu aos gritos, com lágrimas molhando severamente seu rosto. Ainda sim não sentia pena dela. - Assassina! - gritou para mim, e um garoto a puxou antes que chegasse perto demais a ponto de iniciar uma briga. - Foi ela, só pode ser! - alguns policiais olharam-na com pena, mas tudo que conseguia fazer era manter meus olhos fixos na criatura que gritava enlouquecidamente para mim. Justin continuou ao meu lado, mantendo o abraço mais caloroso e protetor.
- Acho que você esqueceu que ela era usava drogas, e que metade dessa faculdade, se não ela inteira, odiava Angelina profundamente. - começou Caitlin ao perceber o que acontecia. Alguns se viraram para observar aquele pequeno escândalo.
- Então cale-se antes que acusar alguém sem provas. Ela não era uma santa e você sabe muito bem disso, até muito mais do que todos aqui presentes. Pense bem antes de gritar absurdos como esse novamente, você entendeu? - completou Ashley ao lado de Caitlin, e Emília calou-se.
- Sugiro que tome um bom chá para acalmar os ânimos e aconselho também a repensar no que acabou de dizer e fazer. Essa cena que armou foi absurdamente ridícula. - terminou Justin olhando-a de cima para baixo; depois disso tornamos a caminhar até o carro onde Mike e Damon esperavam à espera de respostas.
- Eu ouvi aquilo mesmo, ou foi ilusão da minha cabeça? - perguntou Mike descruzando os braços e olhando para nós.
- Aquela garota é doida, acusou Anna de algo que não fez. - respondeu Justin.
- Ela é uma ridícula. - concordou Caith
- Mas porque ela te culparia, o que houve? - questionou Damon sem entender.
- Angelina Torres está morta. - falei pela primeira vez depois de minutos.
- A garota que vivia implicando com você e o Justin? - afirmei vendo ele fazer uma careta de surpresa, mas é claro que tinha um pouquinho de alegria ali: quando se dizia que quase toda a faculdade não gostava dela, é porque tenho razão. - Então foi por isso que a Emília armou esse barraco todo?
- Exatamente Damonlindo, aquela tonta que usa tanto baseado que não sabe nem que está no mundo, veio tentar acusar a minha abelha. É um absurdo! - respondeu Ashley, abraçando-o e ele fez o mesmo com ela. - Ela é minha abelha e só eu posso acusá-la de algo.
- O que vocês acham que aconteceu? - perguntou Caitlin, e aproveitei que eles discutiam formas de como Angelina teria sido morta, para abraçar meu nerd e apoiar a cabeça no seu ombro; ele abraçou minha cintura e deixou um beijinho em meus cabelos.
- Eu avisei que não era para ter presenciado aquela cena terrível. - disse Justin, mas ele não estava brigando comigo; sua voz era baixa e calma. - Se ficar com medo posso dormir com você esta noite. - o encarei ao ouvir sua sugestão.
- Não estou com medo. - falei o vendo rir fraco e beijar a pontinha do meu nariz.
- Quando vai entender que pode confiar em mim?
- Mas eu confio em você. - respondi simples. - Mas como disse, eu não estou com medo, só fiquei um pouco impressionada. - a sua mão que estava em minha cintura fez carinho naquela região e sorri leve com o contato. - Nunca imaginei que ela acabaria daquele jeito, sabe, parecia tão indefesa...
- Completamente diferente do monstro que era quando viva, eu sei. - disse ele. - Eu só não quero que fique com medo pelo que aconteceu, ok?
- Porque eu teria medo? Talvez seja só um traficante quitando sua dívida, não é? Ela usava drogas Justin, e não era só maconha.
- Ela era rica.
- E se os pais dela perceberam algo errado e deixaram de dar a mesada? Aí, talvez, ela fez muitas dívidas e ficou sem dinheiro para pagá-las. - propus e depois respirei fundo. - Quer saber? Não me interessa o que aconteceu, só estou feliz por aquela víbora ter nos deixado em paz. Ela era a pior pessoa em que se sonha conhecer. - Justin sorriu, me puxando ainda mais para perto; nos abraçamos novamente.
- Hey, vocês dois! - senti uma bolinha de papel bater na minha cabeça e quando virei, vi Ashley rir.
- A diretora acabou de dizer que as aulas foram suspensas por hoje, mas com todo esse furnico vocês provavelmente não escutaram. - disse a loira entre risinhos. Desci meus olhos até sua cintura, onde vi as mãos de Damon abraçarem-na. Okay Anna, ainda estamos em público, você não pode chutar o traseiro dele agora. Se controle e conte até dez rosquinhas. Uma rosquinha...
- O que acham de fazermos uma coisa legal? - perguntou Damon sorrindo para o grupo. Duas rosquinhas, três rosquinhas...
- Que tal um salão de beleza? - perguntou a loira animada, Caith concordou com a cabeça. Quatro rosquinhas, cinco rosquinhas...
- Que tal uma biblioteca? Tem livros legais por lá. - sugeriu Justin atrás de mim, todos olharam estranho para ele. Qual é pessoal, ele é nerd, o que mais ele poderia sugerir? Ah já contei que ele, meu nerd, agora é fã de Harry Potter? Ele tem até poster no quarto; bem, graças a mim é claro. Damon beijou a bochecha da loira. Seis rosquinhas, sete rosquinhas...
- Bem melhor irmos a uma sorveteria e encher a barriga. - falou Caith. - Hi, rimou. - ela riu se apoiando no carro e Mike riu da risada dela. Ashley riu da gargalhada do meu irmão e Damon aproveitou para dar uma rápida "cheiradinha" no pescoço dela. Oito rosquinhas, nove rosquinhas...
- É, vamos pra uma sorveteria, é bom comer. - concordei com a doida que ainda não parava de rir.
- Tudo bem, vamos pra sorveteria. - Damon concordou alegre. Pera, ele passou a mão perto do traseiro dela?! Dez rosquinhas, onze rosquinhas, Doze rosquinhas... - Eu dirijo!
- Uma pinóia! - reclamou Mike. Ele passou os olhos por todo o grupo e os parou justamente em mim, em seguida, riu nervoso largando a loira devagar e sem jeito. Adoro o jeito como intimido as pessoas sem precisar fazer esforço. Mas eu ainda quero chutar o traseiro dele, quero muito mesmo.
- A Caith é quem vai dirigir. - falei um pouco mais alto.
- Mas ela já dirigiu, abelha. Não é justo! - reclamou a loira, cruzando os braços.
- Tudo bem, tenho uma solução muito eficaz e adulta. - Mike fez pose. Olhou para todos nós, fazendo o seu tão conhecido - e chato - suspense. - Pedra, papel e tesoura.
[...]
- Pare de tentar roubar o meu sorvete, Caith! - reclamei enquanto ela ria. Ainda ria.
- Ainda acho que deveríamos ter ido á biblioteca. - disse Justin, nerdeando. - Tem mais coisa pra se aprender do que se imagina. Ainda me sinto um completo burro em várias áreas da...
- Qual é, Justin! Não acha que estudar demais vai te deixar doidão? Lelé da cuca? - perguntou Damon.
- Porque doidão? - questionou meu nerd confuso: aquela carinha de quem não entendia nada era perfeitamente fofa.
- Ele é responsável e maduro, é diferente. - defendeu Mike.
- Maduro? Olha quem fala! O rei do pedra, papel e tesoura. - ironizou Damon. Caitlin riu mais ainda. - Verdade Mike, você é com certeza, o mais maduro entre nós. - pus a mão na boca enquanto ria, ou acha mesmo que vou cuspir o sorvete da minha boca? Mas nem morta! Isso é desperdício, e ainda mais quando é meu sabor preferido, napolitano com pedaços grandões de chocolate, caldas de quase todos os sabores, M&M e pedacinhos de biscoito. Minha taça de sorvete era a maior e a mais cheia da mesa: ou até mesmo da sorveteria. Sabe, o carinha do balcão ficou com os olhos arregalados quando me viu por toda aquela quantidade de coisas gostosas na minha taça. Veja o que é a inveja, você não pode ser feliz com sua comida, sempre tem alguém de olho dela. Affs. Justin ao meu lado arrumou o óculo com o dedo indicador. Com a outra mão, fez um carinho em minha perna, fiz o mesmo com ele com a mão que estava livre. Ainda bem que somos os únicos nesse lado da mesa, assim ninguém vai ver essa nossa safadeza.
- Vou chutar a sua cara. - ameaçou Mike.
- Tenho pena dos seus pacientes. Você devia ser Psiquiatra isso sim. - continuou Damon, Caitlin continuou rindo e Ashley a acompanhou nas risadas.
- Ele pode ser um bom profissional se quiser, não é porque ele é doido que não possa conseguir ser um bom Psicólogo. - disse Justin inocente. Dei uma gargalhada alta junto as meninas e Damon.
- Cara, você é demais! - dizia Damon entre muitas risadas. Justin ainda não conseguiu entender e nos olhava a procura de resposta.
- Você quer me ajudar ou acabar comigo? Eu não sou doido! - reclamou Mike. Justin pareceu finalmente entender e riu junto com o resto da mesa. Continuei meus carinhos na perna de Justin, enquanto ele se curvava levemente pra frente para tomar um pouco mais do seu sorvete de chocolate.
- Você é doido sim. Foi o único garoto até hoje que usou roupa de abelha no dia das bruxas. - falei sapeca - já que ele não queria que ninguém soubesse - e como eu já esperava, meu irmão parecia um pimentão de tão vermelho que estava; não sei se era de raiva ou de vergonha, mas ainda acho que pode ser os dois juntos. Caitlin ria tanto, que até caiu da cadeira: mesmo no chão a doida continuou rindo e Mike tentou ajudá-la a levantar, ainda irritadinho. Aproveitei que estavam todos distraídos e dei uma apertada gostosa do membro do meu namorado. Ele arregalou os olhos, e eu ri da cara de indignado que fez quando tirei minha mão dali. Então você gostou né, safadinho?
- Eu ainda quero saber o que houve com aquela desgliterizada da Angelina. - disse Ashley de repente. Dei outra colherada, ainda lembrando da carinha de Justin quando parei de acariciá-lo por cima da calça.
- Pensei que não gostasse dela, querida.
- Eu não gostava e ainda não gosto, só estou curiosa mesmo. - a loira deu de ombros. - Será que toda pessoa que é desgliterizada como ela, vai morrer assim? - perguntou a loira e ri de sua inocência.
- Não querida, só as que merecem. - respondi sorrindo. Mike me olhou estranho e não entendi porque fez isso. - O que foi? Eu não gosto que me olhe assim.
- Você está feliz por ela ter morrido? - perguntou ele.
- Não diria feliz, mas ela era cruel. E você sabe muito bem, Angelina não era um anjo, ela já fez coisas muito ruins. Você estava lá quando ela tentou jogou um garoto escada a baixo, porque ele recusou sair com ela; você estava lá quando ela tentou falar mal de mim para todo o campus, estava lá quando ela tentou incendiar minha mochila com a Amora dentro dela. E não foi a primeira vez que ela tentou machucar a Amora ou algum de nós. - argumentei levando uma colherada de sorvete a boca. - E para ser sincera, sim, estou feliz que ela está morta; poderemos seguir nossas vidas de forma tranquila sem ter medo do que ela possa fazer em seguida.
- Nisso ela tem razão. - concordou Ash e Caitlin também afirmou com a cabeça. - Ela era má, assustava as pessoas.
- É verdade, se ela sozinha já era assustadora, imagine-a com Emília. Eu vi quando ela matou um gato afogado perto do lago; foi terrível. - comentou Caitlin.
- E porque você não tentou denunciar aquela garota? - perguntou Justin.
- Pelo mesmo motivo que ninguém fez nada para impedi-la. Ela era rica, tinha um nome influente e...
- Então porque ninguém sabia que era ela quem tinha sido assassinada? - perguntou Damon a Mike, interrompendo-o no meio de sua explicação.
- Você sabe que ninguém gostava daquela garota. Acha mesmo que alguém perderia seu tempo dizendo quem ela era e como se comportava na faculdade? Os únicos que podem ter dado alguma informação os policiais podem ser  Luke, Emília e Rick. - respondeu meu irmão. É, até que fazia sentido. Peguei minha taça e me arrumei melhor na cadeira, apoiando minha cabeça no ombro de Justin. Logo ele tinha um dos braços em volta do meu corpo, e fazia um carinho na minha pele com a mão livre.
- Acho melhor mudarmos de assunto ou vocês querem que eu vomite aqui mesmo? Não é legal desperdiçar coisas, principalmente quando o assunto é comida. - falei um pouquinho alto e eles riram.
- Certo, porque não falamos sobre livros? Encontrei um bem legal, são curiosidades sobre o universo. - falou Justin alegre. Ri comendo mais um pouquinho; ele era tão fofo quando nerdeava.
- Ah não, por favor não! - reclamou Damon.
- Bem, eu li que a via láctea... - Justin começou com seu discurso.
- Alguém atire em mim, por favor! - Justin fez uma carinha brava quando Dam voltou a reclamar com os braços erguidos. Depois ele continuou com a sua nerditude muito mordível. Ah, por falar em mordível, acho que vou pegar mais comida.

NOTAS FINAIS
Oie gente! Voltei, depois de um tempão mais voltei. Hehehe, ainda acho que peguei um pouco pesado nesse cap, já metei alguém e a fic nem começou direito, hihi. Quase que o Jubs não nerdeava nesse cap, né? No próximo ele vai aparecer mais, prometo. Quem ai viu ATM? Quase tive um ataque cardíaco, o Jubs com essa safadeza toda. Aí eu penso, se ele fizer o clipe de PYD o youtube não vai permitir que menores de 18 assistam haha. Ah, mudei a capa da fic, depois deem uma olhadinha e me digam o que acharam, ok? Espero que vocês tenham gostado do cap, fiz com muito carinho para vocês minhas doritas lindonas e salgadonas como um nacho hihi. Beeeeijocas pra vocês :D
Roupa da Caith: http://data2.whicdn.com/images/85824583/large.jpg
Roupa da Ash: http://data3.whicdn.com/images/85787217/large.jpg
Roupa da Anna: http://data1.whicdn.com/images/87560570/large.jpg

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