25 de mai. de 2014

My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 9 - Descontrole

POV ANNA
   Respirei fundo olhando para meu reflexo no espelho do banheiro da faculdade. Fazia exatamente quase duas semanas que ela tinha partido. E eu me encontrava completamente perdida com tudo isso. A ficha ainda parecia não ter caído, e por vezes, pensei que iria encontrá-la na cozinha, preparando o café da manhã para Mike, meu pai e eu antes da escola e do trabalho, como ela sempre fazia. Quando ainda eramos uma família de verdade. Pensei que iria vê-la arrumando meu quarto, reclamando da bagunça e da quantidade de potes de sorvete e sacos de salgadinhos espalhados pelo quarto. Me lembrava muito bem de como ela sabia lidar perfeitamente com meu horror á baratas e de como ela dava boas broncas no meu irmão. De como ela separava nossas briguinhas, e o jeito como conversava comigo sobre garotos. Eu sabia que podia contar a ela que nutria um sentimento especial por Damon naquela época, e seus conselhos eram ainda mais incríveis.
   Aquilo me fez lembrar também do meu pai, e de como eu sentia falta dele apesar de tudo. De como ele nos ensinou a andar de bicicleta, de como empurrava meu balanço o mais alto para que me deixasse feliz. Das bonecas que me comprava e dos muitos potes de sorvete que me deu. Do primeiro real que ganhei com o dente de leite em baixo do travesseiro, que eu jurava ser a fada dos dentes, descobrindo mais tarde, quem realmente que deixou o dinheiro. De como dizia que eu deveria chutar todos os garotinhos que tentassem ser meus namorados quando tinha seis anos.
 "Não foi acidental, sentimos muito."
  Aquela droga ainda estava na minha cabeça, presa como uma música muito ruim que não conseguimos esquecer. Aquilo queria dizer que, naturalmente, quem fez isso ainda estava livre. Fui interrogada assim que cheguei de viagem, porém, depois disso nada mais me foi dito, nenhuma novidade. Nenhuma. E minha irritação parecia ficar maior a cada dia que passava. Briguei com meu irmão por ele estar chorando, fiquei furiosa com o olhar de pena que os meus amigos sempre me dirigiam. Sentia ódio de Emília e seu grupinho com suas provocações e detestava a compaixão de Justin. Era um absurdo ver pessoas felizes e minha mãe morta. Eu odiava esse novo mundo sem ela.
  E aquilo me fazia pensar que, definitivamente, estava ficando louca. Eu via uma pessoa que, provavelmente estava morta, de vez em quanto. E quando falo isso, me refiro a Kate.  Sim ela. Eram rápidos vislumbres, em que ela estava sempre de vestido algo preto. O sorriso era o mesmo de sempre. Quase me peguei contando para Justin o que estava acontecendo. Que via Kate, que conversei com ela na última festa que Raquel Anderson deu antes de morrer. Me pareceu certo em um momento em que quase contei tudo; agora, agradeci por não ter falado. Ele com certeza diria que estou louca e eu não tirava sua razão, se esse fosse o caso. Poderia contar para Ashley, mas ela diria a mesma coisa.
   Abri a torneira e molhei as mãos, em seguida joguei água no rosto tentando acalmar os nervos. O professor de história não ofereceu resistência em minha saída da sala, mesmo quando saí no meio da explicação. E também não me importava. E sem surpresa nenhuma, lavar o rosto também não resolveu.
  Vesti novamente o casaco de couro preto, mas não tive forças de andar novamente na direção da sala. Até que ouvi um grito. Confusa, saí dali parando no corredor. Outro barulho estranho, que dessa vez parecia vir de um lago próximo, perto do jardim de trás. Tentei não fazer barulho com as botas de salto, para ouvir qualquer ruído. Senti o sol bater em meu rosto assim que saí do prédio. Estava no jardim agora.
- Querida? - quando virei para o lado, vi Justin sentado no jardim, papel e lápis na mão. E um violão. Ele levantou, caminhando em minha direção. Parecia confuso. - O que faz aqui? Você deveria estar na aula. - beijou minha testa, segurando minhas duas mãos em seguida. Como estávamos frente a frente, pude ver perfeitamente preocupação em seus olhos. E a maldita compaixão também.
- Fui ao banheiro e escutei um barulho estranho vir daqui. E porque você está aqui?
- Tenho esse período livre e resolvi escutar música e escrever novas melodias. Quando estiverem prontas vou mostrá-las para você. - sorriu deixando um beijinho em meu nariz. - Mas o que você disse sobre barulhos estranhos?
- Alguns gritos. - expliquei como se fosse óbvio. - Você não ouviu? - ele mostrou os fones de ouvido em resposta. O barulho veio novamente, e nos viramos na direção do lago. Os arbustos bloqueavam nossa visão, mas a curiosidade era bem maior. Eu quase gritei também assim vi um homem de casaco preto e que correu em nossa direção de braços abertos, saindo de trás dos arbustos. Desisti de fazê-lo segundos depois, assim que reconheci seu rosto. Justin sorriu mas eu não consegui repetir o ato.
- Pessoal! - quase berrou ele, abraçando-nos apertado e contente. - Como é bom ver vocês.
- Também é ótimo ver você, Collin. - disse Justin para o ladrão. Sim aquele mesmo ladrão da loja de doces, o mesmo dia em que um Doritos morreu. - O que veio fazer aqui?
- Estava dando uma passada pelas redondezas e resolvi falar com vocês.
- E os gritos que escutei?
- Ah, foi uma garota que tentei assaltar. Ela gritou assim que cheguei perto e nem esperou eu terminar de falar "passa a carteira!". Isso é muito frustante. - balançou a cabeça negativamente.
- Frustante é você continuar nessa vida. Pensei que tinha arrumado um emprego e que frequentasse uma igreja. - disse Justin, e me apoiei nele segurando seu braço. Estava à um bom tempo sem comer, e meu corpo estava mais fraco do que o comum.
- Eu tive um emprego!
- E?
- Cara, você não vai acreditar que se tem horário pra chegar e sair! - falou de olhos arregalados como se aquilo fosse a coisa mais absurda do mundo. Justin riu daquilo. - E tem muitas regras, tem fardamento, salário certo.
- Isso é ótimo! - Justin falou alegre.
- Não é não! - reclamou o outro. - Não nasci pra trabalhar, nasci pra ficar sem fazer nada. Não sei como vocês, pessoas de bem, conseguem ficar presos numa rotina pela vida inteira. Não cansa não?
- Você não sabe o que está dizendo. - repreendeu meu namorado.
- Pelo menos tentei.
- Deveria continuar tentando. - insistiu o nerd.
- Mas vamos sair desses assuntos tristes, porque hoje estou muito feliz. - disse Collin, o ladrão. Ele parecia mais jovem e bonito do que me lembrava. - Como está sendo a sensação de ser certinho e estudar nesse lugar perto desse bando de esnobes? Conseguiu gravar o primeiro disco? Vocês ainda namoram? - disparou em perguntas.
- É claro que estamos juntos! - falei na defensiva, irritada com a possibilidade que ele criou de estarmos separados. Como se já não bastasse ser órfã.
- Não entenda mal, baixinha, mas é que geralmente os casais do ensino médio não duram muito tempo. - justificou. - Eu sei disso, já tive muitos "clientes" assim. Mas estou muito feliz por vocês dois.
- Com "clientes" você quer dizer "vítimas"; e baixinha é a vovozinha! Eu cresci desde que terminei o ensino médio, okay? - ele riu e Justin o acompanhou.
- Okay. Mas porque você está com essa cara de enterro? - riu mais uma vez. - Quem morreu?
- Minha mãe.
- Oh! - ficou sem jeito ao perceber que eu não brincava. Uma raiva sem razão cresceu dentro de mim, pela milésima vez ao dia, e tudo que eu queria era sair daqui. - Foi mal, eu não sabia. Faz muito tempo?
- Duas semanas. - respondi seca. Justin me abraçou de lado, receoso por mais um ataque de raiva.
- Sinto muito, baixinha. Ela era uma velhinha legal, me deu até uma nota de cinquenta dólares uma vez.
- Você assaltou a minha mãe? - perguntei sem acreditar no que tinha acabado de ouvir. Fiquei ainda mais furiosa. - Seu canalha ridículo, eu vou acabar com você! - antes que eu pudesse fazer alguma coisa, Justin me segurou ainda mais firme. - Desgraçado!
- É melhor você sair daqui, Collin.  - Justin falou de um modo tão firme que o outro não se atreveu a discordar. Ainda tentava me livrar dos braços fortes do meu namorado.
- Eu sinto muito, muito mesmo, baixinha. - ele correu para longe, e quando ele sumiu no horizonte, Justin me soltou. Virei para ele, furiosa, esmurrando seu peito e ele apenas tentava me acalmar.
- Como você pode? Deixou aquele cretino fugir, canalha! - berrei, tentando machucá-lo como podia. Tive que parar quando ele segurou meus pulsos com tanta firmeza, que não tinha forças para me soltar. Minha visão ficou turva e por um momento pensei ter visto dois dele.
- Você precisa se acalmar, Anna. - quando consegui me livrar de suas mãos, dei um passo para trás, furiosa demais para me acalmar.
- Vá a merda.
 Aconteceu quando tentei fugir para longe dele. Caí na grama, o corpo sem forças, escutando Justin gritar por mim, correr ao encontro do meu corpo desmaiado no gramado da faculdade.
[...]
POV JUSTIN
Ainda Quinta-Feira, 21:30pm
Abri a porta que dava para o jardim e a vi sentada na grama. Vestia um pijama simples, fazendo pequenos carinhos na pequena Amora, deitada em seu colo. Ao seu lado vi a bandeja de comida parcialmente vazia, mas fiquei feliz por ela ter comido algumas frutas.

Ouçam: Demi Lovato - Heart By Heart [Karaoke / Instrumental]

 Andei devagar até ela e sentei ao seu lado. Algumas estrelas cintilavam no céu negro daquela noite fria. Enrolei o edredom ao redor de seu corpo, e logo a abracei por trás. Anna recostou a cabeça em meu ombro, e aproveitei para deixar um pequeno beijo em seus cabelos.
- Sinto muito por ter gritado. Você não é um canalha. - sua voz baixa, entregava o quanto ela estava magoada.
- Está tudo bem.
- Você me perdoa?
- É claro que sim. - respondi em seu ouvido, baixo e suave como um sussurro. Ela continuou fazendo carinhos no pelo macio e brilhante de Amora.
- Eu não vou conseguir, Justin. - simplesmente disse, depois de alguns segundos em silêncio. - Viver em um mundo sem ela. Sem eles. Estou tentando, mas se torna pior a cada dia. Não consigo.
- É claro que consegue.
- Você está errado. Quanto mais tento é pior. Não encontro razões para continuar lutando. Não consigo controlar minha raiva. - ela virou o rosto para olhar o meu. - Eu fracassei com ela.
- Não diga isso...
- Digo porque é verdade. Fracassei como filha, não contei a ela o que vi meu pai fazer, guardei uma mentira e deixei que ela partisse o coração da pior forma possível.
- Não foi sua culpa o que aconteceu com seus pais. Não tem como prever uma coisa dessas, Anna. Você não poderia saber o que se passava na cabeça dele...
- Eu deveria ter desconfiado, ou sei lá. Ter feito alguma coisa para impedir, ajudar.
- Você ajudou muito mais do que imagina. - a apertei mais forte contra mim. Escutei um ela suspirar, como sempre fazia para tentar impedir o choro.
- Sinto tanto a falta deles.
- Eu sei, querida. - beijei sua bochecha, tentando transmitir para ela todo meu carinho e cuidado.
- Soube que meu avô tem problemas no coração. Eu só cheguei a saber porque ouvi meu irmão falando com minha tia e avô por telefone, há dois dias. Eles não queriam que eu soubesse por causa da minha, segundo eles, "reação estranha à morte da minha mãe". Foi por isso que briguei com ele, Justin. - eu não sabia o que dizer, horrorizado com a notícia. - Estou perdendo meu avô. - continuou. - E ninguém me disse nada. - notei mágoa nas últimas palavras. Eu precisava fazer alguma coisa.
- Eles só estavam tentando proteger você. - tentei.
- Não quero proteção, Justin, eu só quero a verdade. Ao menos eu estaria preparada quando chegasse o dia. Tentaria ajudá-lo de alguma forma.
- Entendo o que está passando, meu bem, mas assim como eu, eles amam você. - segurei seu rosto para que ela olhasse para mim. - Eu sei que eles contariam para você, mas agora não era a hora certa para saber. Os acontecimentos foram muito recentes, e apesar da dor que você está sentindo, eu peço que lute pela sua vida. Tenho certeza de que Rose jamais gostaria de ver como você está agora. Você é a pessoa mais forte que conheço. - quando me permitir beijá-la, seus lábios eram macios contra os meus, um encaixe perfeito, um beijo que me fazia sentir vivo mesmo com ela estando triste. Não tirei as mãos de seu rosto delicado, sentindo sua respiração quente em meu rosto. A gota de uma lágrima rolou, molhando meu rosto e o dela durante o beijo; uma única e solitária lágrima. Quando nos separamos, observei seus olhos verdes, lindos e brilhantes encararem os meus. Meu polegar fez um carinho em sua bochecha, e sorri com a beleza daquela garota a minha frente, esbanjando dor e inocência.
- Eu amo você. - disse perto da sua boca.
- Eu também. respondeu ela.


NOTAS FINAIS
Então meu povoooo! Como vocês estão? Eu estou muito animada, adoro um draminha básico hihi. Mas o que acharam do cap? Ficou bom? Vão ter mais surpresas daqui em diante, rsrs. Demorei muito pra atualizar? kkkk Eu espero mesmo que tenham curtido o cap, eu adorei escrevê-lo (como disse adoro um draminha, rsrs)
Beeeijocas e até o próximo!!! :3
Roupa da Anna: http://data1.whicdn.com/images/88624316/large.jpg

16 de mai. de 2014

My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 8 - Uma Despedida


 


POV JUSTIN

 Me acomodei melhor ao banquinho pequenino, observando o dia ficar frio com uma rapidez enorme. Acho que não poderia contar nos dedos o tempo que Anna passou em seu quarto, com a mãe, resolvendo os assuntos inacabados do passado. Ela sentia falta da mãe, e talvez esse fosse o momento de por tudo em pratos limpos.
 Daquela varanda na frente da casa, podia se ter uma excelente vista da rua, e lá estava eu, tentando pensar em uma forma de confortá-la caso elas se desentendessem. Não me importava com as aulas que estava perdendo e tinha certeza de que minha namorada achava o mesmo.
- Oie, jujubona. - a loira sentou ao meu lado e estendeu um copo de chocolate quente para mim. Peguei-o, incerto dos talentos dela na cozinha. - Pode tomar, essa é uma coisa que sei fazer muito bem, pra sua informação. - argumentou ela, irritadinha. Ri dando um bom gole, satisfeito com o doce sabor do chocolate em minha boca.
- Ela ainda está lá dentro? - perguntei sem rodeios.
- Sim. Mike decidiu sair para deixá-las mais a vontade e já foi pra faculdade. Eu mandei uma mensagem pra minha abelhinha dizendo que teríamos uma conversa a noite, sabe, pra ela contar como foi. Se ela quiser é claro. Acho que seria melhor para ela refletir um pouco depois desse encontro inesperado. Todos sabemos o quanto ela sentia falta da tia Rose.
- Sentia falta mesmo. - comentei concordando com a loira.
-Você vai ficar aqui e esperar elas terminarem? - perguntou o que me fez balançar a cabeça, confirmando. - Cuide bem dela, tá?
- Eu sempre cuido. - sorri fraco, mas antes que ela pudesse responder a porta da frente se abriu, e Anna saiu de lá ao lado da mãe. As duas sorriam como nunca, e todo o medo de algo dar errado desapareceu.
- Oi oi, tia Rose dos cabelos lindos! - Ashley acenou muito alegre e me levantei para observá-las. Toda aquela felicidade me atingia de uma maneira maravilhosa.
- Olá minha querida. Você está maravilhosa. - respondeu a mulher.
- Ah, para. - gesticulou com as mãos envergonhada. - Mentira, pode continuar. - rimos.
- É bom ver você de novo, Justin. - falou Rose, agora para mim. - Vejo que está cuidando bem da minha menininha.
- Sempre cuidarei bem dela, senhora.
- Muito bem. Caso contrário, vai ter um traseiro chutado. - dei uma risada, sabendo exatamente onde ela tinha aprendido aquilo.
- Quem vai levar um chute no traseiro é aquele girafão idiota! - reclamou Anna, ao lado da mãe. Não entendi, mas Rose riu da filha.
- Como assim, tia Rose, pessoa que me ama? - perguntou a loira. Ao longe, vi Damon finalmente perceber o movimento, sair do carro e andar em nossa direção.
- Mamãe me mostrou uma foto ao lado do novo "barra" velho namorado dela. O cara parece ter mais de dois metros de altura! - argumentou ela, meio irritadinha. - Se aquele girafão acha que não consigo alcançar o traseiro dele com o pé, está muitíssimo enganado.
- O que foi que perdi aqui? Quem é o infeliz que vai levar um chute no traseiro da anã? - indagou Damon, assim que se juntou a nós. Nós rimos do que ele falou, mas Anna pareceu bem zangada.
- A girafa e você.
- O que é que eu falo sobre agressividade, querida? - repreendeu a mãe antes que a baixinha desse um passo na direção do amigo. O moreno deu um sorriso de vitória, pela proteção da ex-sogra. - Me deixe sair daqui primeiro, depois você solta os cachorros. - completou e Damon arregalou os olhos e todos rimos mais uma vez. A baixinha pareceu esquecer que foi chamada de anã.
- Eu realmente quero conhecer esse cara. Vou dar umas boas lições nele.
- Ele tem o dobro do seu tamanho, querida. - ela segurou o riso.
- Não me importo. Tamanho não é documento, afinal, as melhores comidas estão nos menores pacotes.
- Acho que o ditado não é assim. - tentei corrigir e minha namorada deu de ombros. Ela não conseguia conter a felicidade.
- Está na minha hora, é melhor eu ir andando.
- A senhora vai andando? A senhora tá morando aonde? - questionou a loira pensando que ela realmente iria andando até em casa.
- Não, meu bem, é uma forma de expressão.
- Ah tá. - mexeu nos cabelos dourados, aliviada.
- Aquele carro do outro lado da rua é o seu?
- É sim, filha.
- Vou levar você até lá. - a mulher concordou com a proposta da filha e caminharam juntas a nossa frente. Quando pararam perto da pista e Rose deixou um beijo afetuoso na testa da filha. Elas se despediam em silêncio, aguardando o momento de se encontrarem mais uma vez. Então elas acabaram com o abraço e Rose caminhou pela pista na direção dos carros. No meio do caminho, deu uma rápida virada para acenar para nós e se despedir, e foi quando tudo aconteceu.
  Aconteceu muito rápido, e não tivemos tempo sequer de gritar ou pensar em gritar. A ficha caiu, quando vimos o corpo ensanguentado, estirado no chão e sem vida. Mas ainda tive tempo de ver Anna paralisada onde estava, os olhos arregalados e chocados, sem acreditar no que tinha visto.
[...]
(Ouçam Birdy - Skinny Love)

Quatro Dias Depois
  Porto de Galinhas, Pernambuco - Brasil

- Eu não consigo acreditar nisso. - murmurrou Ashley, os olhos cheios de lágrimas.
   Era a primeira vez em toda vida que a via usando preto. Pus as mãos nos bolsos, sem acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Era um péssimo modo de conhecer o país natal dela. Anna estava com a família, as cinzas de sua mãe tinham sido jogadas no mar. Ela não derramou uma lágrima sequer, se manteve impassível e consolou o irmão. Mas aquele era o jeito de Anna de lidar com uma perda como aquelas. Ela abraçava o irmão, e era abraçada pelo avô, há alguns centímetros de nós. Conhecemos Ian, o namorado de Rose e tudo que minha pequena fez, foi, simplesmente, balançar a cabeça de forma positiva pra ele.
 Os olhos verdes que antes eram de pura alegria, tornaram-se um olhar ferino e de ódio, assim que descobrimos que o "acidente" foi proposital. Ela quase não falava e comia, o que me deixava sem saber o que fazer. Não se tinham palavras para amenizar aquela dor. Na maior parte do tempo ela era fria, desejando estar sempre sozinha. Eu entendia sua dor, mas não gostava de saber que seu coração tinha sido partido da pior forma possível. Quando senti um vento frio em minha pele, percebi, finalmente, que o sol que antes estava absurdamente quente há alguns instantes, tinha desaparecido para dar lugar ao tempo nublado e triste.
- Parece mentira que ela morreu. - continuou a loira, abraçada por Damon de forma afetuosa e protetora. Nenhum de nós sabia o que aconteceria a partir de agora. O avô fez a proposta de que ela e Mike retornassem a morar no Brasil, definitivamente, para se afastar do lugar onde perdeu a mãe, seguir a vida no lugar onde nasceu. Nenhum dos dois irmãos tinha respondido, pedindo apenas tempo para pensar e pôr as ideias no lugar. Seria indelicado questioná-la sobre isso em um momento como esses, mas tinha medo de que no calor do momento, ela resolvesse aceitar a proposta.
- Eles devem estar muito mal. - disse Caitlin. - Mas eu nunca sei o que dizer numa hora dessas. Mike parece tão frágil, e por outro lado a Anna parece tão calma, mas...
- Mas ao mesmo tempo abalada. - completei baixo. - Tudo o que podemos fazer é oferecer nosso apoio, eles vão precisar muito.
- Eu não sei porque alguém mataria a senhora Montês. - disse Damon, pensativo. - Quer dizer, ela era uma boa pessoa, sempre foi. Nunca teve nada contra ninguém, pelo menos pelo que sei.
- O motorista nem parou para prestar ajuda. - continuou Caitlin. - Primeiro pensei que ele estava bêbado, mas depois do que o investigador disse, tudo fez sentido. Ela foi acertada em cheio, o carro desviou o caminho comum para bater nela...
- Quem bateu em quem? - perguntou Anna, surgindo atrás de nós de repente, nos assustando e interrompendo Cait. Ela parou a nossa frente, de braços cruzados e olhar cruel. Como um adulto que descobre que seu filho desobedeceu uma de suas ordens.
- A Ashley esbarrou na Cait sem querer, e acabou derrubando o copo de vidro no chão. - menti o mais rápido que pude.
- Não foi o que me pareceu...
- Mas foi exatamente o que aconteceu. - continuei firme na mentira, porém mantendo o tom de voz doce.
- Vou ficar com vocês um pouco. - se pôs ao meu lado, o que me permitiu abraçá-la gentilmente de lado. Ela não me abraçou de volta. - Mike está fazendo um escândalo do outro lado. Nem meu avô está assim. - reclamou, parecendo irritada com os berros do irmão. - Mamãe não gostaria disso. Parece um franguinho.
- Ele só está passando por um momento difícil, é normal que fique assim.
- Eu também estou passando por um momento difícil, Cait, e caso não tenha reparado, quem a viu morrer fui eu e não ele. - retrucou Anna, impaciente.
- Não foi bem... O que eu quis dizer... É que...
- Tudo bem, eu entendi. Você está defendendo seu namorado. Normal. - respondeu, sem sequer dirigir seu olhar para ela.
- O que ela está tentando dizer é que o modo dele de reagir é diferente. Você é mais forte, e vai ajudá-lo a lidar com isso, assim como fez com o seu paie sua avó. - Ash tentou ajudar Caitlin, mas não obteve resultado.
   Quando uma chuva fraquinha começou a nos molhar, acompanhamos de longe os parentes de Anna caminharem de volta para casa, Mike e seu avô abraçados. Ele parecia mais calmo, porém não menos triste. Minha pequena finalmente abraçou minha cintura e apoiou a cabeça em meu ombro; acho que não tinha coragem de olhar pra trás e saber que a mãe, agora, fazia parte do mar. Deixei um beijo em seus cabelos. De repente, ela soltou-se de mim e andou o mais rápido que podia de volta a praia. Apenas quem estava perto viu que ela tinha voltado, e percebendo o olhar preocupado de todos, principalmente da loira, falei alguma coisa.
- Podem continuar, eu vou atrás dela. - não tive tempo de ver ou ouvir a resposta deles, pois já estava correndo/andando rápido de mais atrás dela.
   A praia estava praticamente vazia, e não era difícil encontrá-la com aquele vestido preto e simples até o joelho. As sapatilhas lisas da mesma cor, o casaquinho que a cobria até os pulsos mesmo que o inicio do dia estivesse quente, o cabelo preto em um penteado que eu não sabia o nome. Parei atrás dela, as mãos nos bolsos, observando-a jogar algumas flores ao mar. Por um momento esqueci que ela carregava flores nas mãos.
- Será que foi rápido? - a voz dela era quase um sussurro; Anna permaneceu parada onde estava, admirando o horizonte, praguejando por sua mãe fazer parte dele sem que ninguém mais perceba que ela está lá. Minúscula. Reduzida a pó. Dei um passo a frente. Não sentia mais calor com aquele terno fúnebre.
- Tenho certeza de que ela não sofreu. - afirmei, mesmo sendo mentira.
- Não quero ir embora agora. - revelou no mesmo tom de voz. Sentei na areia e a convidei para sentar comigo. Anna sentou entre minhas pernas, apoiando a cabeça em meu ombro.
- Vamos quando você quiser, okay? - ela balançou a cabeça. Abracei seu corpo, trazendo-a ainda mais para perto de mim.
- Fale alguma coisa de nerd. Fale alguma coisa. Qualquer coisa. Preciso de uma distração. Mamãe precisa.
- Quer saber um pouco mais sobre Einstein? - perguntei em seu ouvido, a voz perto de um sussurro.
- Eu adoraria. - concordou, e me deixei falar baixo em seu ouvido, alguns dos meus conhecimentos sobre aquele homem, sabendo que ainda sim não conseguiria ser uma distração o suficiente. Ela ainda não aceitava a morte da mãe.
 Não conseguia, não queria, não podia.
  Essa era a questão.

NOTAS FINAIS
Oi oi oi , meu povo bom! rsrs Demorei pacas, desculpas mesmo, mas aqui estou eu com um cap novinho em folha pra vocês. Aproveitei da greve da PM pra escrever e finalmente terminei esse capítulo. \o/
Então, o que acharam? Ficou bom? Meio triste né? Eu sendo má. rsrs A partir daqui as coisas vão dar uma remexida muito boa por aqui :D
 Me desculpem por qualquer erro existente, okay? Até o próximo! Beeeijocas :3
Ps: não tem muitos gifs do JB de óculos, então, imaginem que ele tá usando quando tiver gif dele. rsrs

3 de mai. de 2014

My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 7 - O Garoto Novo

POV ANNA
- Não podemos simplesmente pensar que a Arte efêmera, é o tipo de obra que não dura por um longo tempo. Afinal, como todos nós nessa sala temos telefones celular, creio eu, com apenas um clique, a imagem pode ser eternizada. - falei para o professor, em resposta a sua pergunta. Era dia de apresentação de trabalho individual sobre Arte Efêmera, e eu acreditava estar me saindo muito bem. Em uma pequena mesa de rodinhas a minha frente, estava um lindo desenho uma abelha de tamanho médio, usando apenas doritos e queijo derretido. Foi um sufoco trazê-lo para a escola, com aqueles ladrões de comida que moram comigo. Um dia desses, peguei Justin comendo meu Ruffles Cebola & Salça, enquanto assistia a tv à cabo(outra noite que ele passou sem amorzinho gostoso).
- Porém aí, vamos para outro tipo de arte. Como já foi explicado, arte efêmera é tudo aquilo que não dura por muito tempo, e por tanto, a obra em sí não durará por anos ou séculos. No caso, o que está tentando me dizer é que esse tipo de arte não está sozinho, já que é acompanhado muitas vezes pela fotografia. - discursou meu professor, enquanto eu tentava me concentrar no trabalho e não na comida a minha frente. Mas aquilo era um trabalho muito complicado.
- Exatamente. - concordei, dando um passo a frente e ficando mais perto da mesa. Só precisava ter o cuidado de não sentir muita fome e comer tudo na frente de todo mundo. - E é fácil percebermos que esse é o melhor tipo de arte, porque só existe "aquele" momento para ser apreciada e é emocionante ver e até mesmo participar de todo o processo. Talvez seja por isso que mesmo registrando em fotografias, a emoção e o modo de observá-la é muito diferente da real. Por isso eu trouxe esse exemplo para vocês verem. - apontei a minha obra de arte com doritos para a turma.
- Vamos poder comer sua obra depois? - perguntou um menino ao fundo.
- Nem em sonho. - a turma riu, e eu continuei. - E se tentar eu vou te chutar até perder esse seu traseiro gordo aí.
- Com tudo... - disse o professor, interrompendo a minha pequena conversa ameaçadora com aquele garoto de olhos verdes que me lembrava muito o Frad. - Adorei a apresentação do seu trabalho, e a criatividade que teve em demonstrar para nós como isso tudo funciona.
- Obrigada. - sorri agradecida. Mas ainda de olho no danadinho que propôs comer minha obra de arte.
- Então estão todos liberados. - ele concluiu, e parecia que uma avalanche humana passava por mim tão rápido que mal tive tempo de puxar a mesa com minha comida mais para trás. Quando apenas poucos restavam ali, ou seja, Caitlin, Kris a garota dos fones de ouvido, que guardava suas coisas para sair da sala como o outros, o professor e eu. Vi minha amiga morena (e mais alta do que eu) andar em minha direção, trazendo minha bolsa em uma das mãos.
- Adorei a apresentação do seu trabalho. - falava ela, me observando guardar a comida em um recipiente mais adequado. - Você vai comer isso quando? - perguntou ela, parando ao meu lado.
- Quando estiver sozinha para que ninguém me peça um pedacinho.
- Até mesmo a Amora?
- Até mesmo ela. - concordei e ela riu. - Acha o que? Que vou me "derreter" toda vendo aqueles olhinhos fofos me  observando? Não vou resistir. - peguei minha bolsa, enquanto minha amiga gargalhava de forma contida ao meu lado. O professor chega mais perto, com sua velha prancheta de avaliação.
- Você realmente fez tudo sozinha? - perguntou ele, curioso.
- Sim senhor. E acordou durante a madrugada para dar os ajustes finais. - disse Caitlin, respondendo por mim. - Acordou todo mundo com aquela barulheira toda. Eu avisei pra ela fazer algo legal enquanto todo mundo tivesse acordado.
- Mas eu tive a ideia de fazer isso durante a noite, não posso fazer nada! - me defendi, como sempre faço quando Justin descobre que comi alguma coisa dele, ou quando não vou muito bem na aula particular de cálculo ou álgebra. - E além do mais, esqueci de fazer uma carinha mais redondinha pra esse desenho. Ah, e vale lembrar que se fizesse quando todos estivessem acordados, vocês comeriam tudo.
- Eu gostei muito do seu trabalho, muito bem desenvolvido. - ele escreveu algo na prancheta. -Tirou a nota máxima, Anna Mel. Muito bem.
- E eu, professor? - perguntou Caitlin, entusiasmada.
- Nota máxima também, senhorita. Teve um ótimo desempenho no desenvolvimento e apresentação do trabalho. - respondeu ele com um sorriso sincero nos lábios. - E pra falar a verdade, vocês são as alunas que mais se esforçam nas aulas e nas apresentações. Os outros não querem nada com a vida.
- São um bando de retardados. - falei dando de ombros e ele riu.
- Não sabem o que estão perdendo, mas o senhor precisa saber que eu sempre estou lá para 'puxar' a orelha dela. - a voz de Justin atravessou os meus ouvidos da mesma forma que ele entrou na sala com as mãos nos bolsos e sorriso brincando nos lábios. Parou ao lado de Caitlin, enquanto eu ainda podia ouvir a risada do professor. Deve ser um tipo de piada nerd ou qualquer coisa do tipo.
- Não sabia que ele precisa puxar sua orelha pra você fazer os trabalhos, Anna. - brincou ele, ainda rindo.
- Mas como assim? Eu lembro sempre de fazer os trabalhos, eu faço tudo sozinha. Até levo chutes da minha outra amiga loira por acordá-la no meio da noite! - argumentei na defensiva.
- É verdade. Adorei ver Ashley correndo atrás da Anna com um esmalte cor de rosa. - comentou Caitlin rindo como uma idiota. Fiz bico. - Ri tanto que cai da cadeira. - afirmou ela. É mesmo, ela caiu da cadeira de tanto rir. Ela faz isso com muita frequência.
- Qual é, esse é o dia de "chatear" a Anna? - resmunguei cruzando os braços. Todos riram. De novo.
[...]
- Dá pra você parar de tentar roubar a minha comida? Mas que feio, Cait! - reclamei, puxando o prato de comida mais para perto de mim. Esse, realmente é o dia de chatear a Anna.
- Até hoje tento descobrir porque você consegue comer tanto e não engordar. - disse Ashley, na mesa a frente, quase lambuzando a cara inteira de torta de limão.
- Eu também não sei como isso funciona, mas gosto disso. Acredite.
- Eu sei que gosta, por isso não para de comer.
- Sabe como é, né? - dei de ombros com um sorriso.
- Não, não sei não. - discordou e sua carinha engraçada me fez sorrir.  - Me falaram que tem um aluno novo por aí. Muito bonito por sinal. Mas acho que ele não viu minha beleza linda no meio de tanta gente feia naquele corredor enorme.
- Como é que é? - Damon se virou para ela, parecendo indignado. - Mas e eu? Você pode tirar o cavalinho da chuva e esquecer esse cara! Tá pensando o que? Eu hein!? - reclamou enciumado, sendo muito fofo e apertável. Ela deve ter achado a mesma coisa, porque apertou as bochechas dele, feliz pela reação do namorado.
- Tá tudo bem, fofinho! Não precisa ficar com ciúmes, ele é fofo, mas você é muito mais "tudo" do que ele. Tudinho mesmo mesmo mesmo mesmo. - tentou tranquilizar, mas ele ainda continuou resmungando até receber um beijo na bochecha da loira. Okay, eles se merecem, são dois doidos.
- Qual o nome e a idade? Faz que curso? Tem algum parente por aqui? - Caitlin perguntou em disparada, sem nenhum tipo de vergonha em demonstrar interesse. Acho que vi uma pontada de ciúmes no rosto do meu irmão boboca. Lá estava a Cait doida por garotos novamente.
- Porque você está tão interessada nesse cara? Nem conhece ele direito.
- Mas vou conhecer, ué!
- Como é que é? Não quero ver você perto dele nem pintada de outro e banhada de diamante.
   Levantei da mesa (já tendo deixado o prato de comida vazio, porque não sou idiota) pus a bolsa no colo e me despedi dos meus amigos, dizendo que tinha esquecido um porta retrato muito querido no meu antigo quarto da faculdade. O que era verdade, mas adorei usar aquilo como desculpa porque não aguentava mais ouvir aqueles dois brigando por ciúmes bobos. Pareciam casados, cara!
   Deixei um beijo nos lábios do meu namorado e sai da lanchonete perto da faculdade, passando pelo campus. Muitas pessoas, gente rindo, brincando e falando comigo. Pois é, acredite se quiser, eu sou popular aqui também. Atravessei a porta principal e subi alguns degraus na maior preguiça. Quando olhei para baixo, já no primeiro andar, senti meu corpo ser arremessado ao chão. Quando olhei para frente, foi que entendi que tinha esbarrado em alguém. Mais precisamente um garoto. Eu e minha velha mania de esbarrar nas pessoas.
- Me desculpe, não te vi aí. - falei para o garoto que me ajudou a levantar do chão. Tá, eu admito, ele era realmente bonito. Damon vai precisar se cuidar um pouco mais. - Eu tenho essa mania de esbarrar nas pessoas. Se não me cuidar, vai acabar virando alguma profissão maluca. - gesticulei com as mãos.
- Tudo bem, isso acontece. - ele deu um sorriso de canto, mostrando um pouco da fileira perfeita de dentes brancos perfeitos.
- Você é o aluno novo, não é?
- Eu e mais alguns. - manteve o sorriso, os olhos não saiam de mim. - Você deve ser Anna Mel, se estiver certo.
- É, mas como sabe meu nome? Quero dizer, essa faculdade é enorme e...
- Você é muito popular por aqui. - deu um passo a frente, e aquilo me fez engolir a seco. - Poderia me mostrar tudo isso, não é? Você deve conhecer esse lugar muito bem.
- E conhece. - a voz de Justin atrás de mim atingiu meus ouvidos antes mesmo que pudesse formular alguma resposta para o garoto bonito a minha frente. Virei e vi que ele estava na companhia de Caitlin, que não parava de olhar para o rapaz. - Olá, querida. - me abraçou e beijou a minha bochecha. Ele não parecia nem um pouco afetado pela beleza do garoto. - Como vai, cara? - perguntou Justin educado, e ambos deram um aperto de mãos.
- Estou ótimo, obrigada pelas dicas. Me ajudaram bastante. - agradaceu o moreno bonitão.
- Por nada. - sorriu. - Pelo visto já conheceu minha namorada. Anna esse é John. - apresentou Justin, e percebi que não tinha perguntado o nome do rapaz. Cait permanecia anciosa perto de nós. - Ah, e John, essa é Caitlin.
- Oi. - sorriu tímida. Acho que ela brigou com o meu irmão de novo. Ele sorriu pra ela, e acho que ela estava delirando por dentro com aquele gesto.
- Anna está ocupada agora, mas acho que a Caitlin não se importaria de levá-lo para conhecer melhor o lugar. - sugeriu meu nerd. Os olhinhos azuis dela pareciam brilhar. O garoto se virou para ela.
- Não quero incomodá-la, se não puder entenderei perfeitamente. - disse.
- Não, de forma alguma, será um prazer. - respondeu ela um pouco rápido demais. Oh sim, eu sei o quanto vai ser "prazeroso" pra ela esse pequeno passeio.
- Foi muito bom conhecê-la, Anna. Seu namorado falou muito de você nos poucos momentos em que pudemos nos falar. Vejo vocês por aí. - disse por fim, dando o braço para Caitlin segurá-lo. Os dois logo desapareceram de nossas vistas, e pude enfim dar um beijo longo no meu nerd, quando finalmente estávamos a sós no meu antigo quarto de faculdade. Ele me segurava pela cintura, comigo sentada em seu colo, sentados na cama de solteiro, e sorri para ele.
- Ele é seu amigo desde quando? - perguntei curiosa.
- O conheci hoje, mas parece ser um cara legal. - passou as mãos pela minha perna.
- Pareciam se conhecer há muito tempo.
- Foi a impressão que teve? - segurou o riso.
- Uhum. - concordei beijando-o novamente. - E acho que Caitlin achou a mesma coisa. - rimos juntos, supondo o que se passava na cabeça da nossa amiga.
- Vi os olhos dela brilharem enquanto segurava o braço dele. - comentou rindo. - Mas não quero falar sobre ele. - uma de suas mãos seguraram minha cintura, me trazendo para mais perto de si.
- Então o que quer fazer?
- Isso aqui. - ele respondeu em um sussurro, antes de estarmos com os lábios grudados de novo. Minhas mãos faziam pequenos carinhos em sua nuca, enquanto sentia a mão dele avançar pela minha perna. Os toques mais firmes, o beijo mais quente sugeriam claramente que ele queria muito mais do que um beijo. Aproveitando isso, rebolei bem forte e devagar em cima dele, e senti seu membro despertar. A mão que segurava minha cintura, foi para minha bunda, dando um apertão ali.
- Mas como você é safado! - fingi surpresa quando desgrudamos nossos lábios.
- Você de deixou de castigo por quase dois dias. E durante isso, ficou me provocando o tempo todo. Como achou que eu fosse resistir? - se defendeu, o que me fez rir. - Você é gostosa!
- Eu não estava provocando...
- Você dormiu apenas de roupas íntimas, tomou banho comigo e fez insinuações por um bom tempo. - argumentou e gargalhei diante de seu sofrimento. - Sem mencionar ontem a noite, quando você ficou pegando no meu pinto por debaixo das cobertas na hora do Cine Pipoca.
- Não fiz isso, eu sou um anjo. - ri, lembrando que nossos amigos estavam bem do nosso lado e o coitado tinha que fingir que nada de mais estava acontecendo. Tá, foi muito engraçado brincar com ele.
- Acho que mereço um perdão absoluto depois de todos esses dias de sofrimento. - sugeriu. - Além do mais, ajudei você com o pudim ontem..
- Não preciso de ajudar pra fazer qualquer comida que seja, você estava apenas se aproveitando. - arqueei a sobrancelha e ele riu.
- Você quem começou tudo. - mordeu os lábios apertando novamente meu traseiro.
- E sou eu quem vai acabar com isso. - sorri de forma nada inocente para ele. - Mas no próximo castigo, pare de se comportar como um cão no cio.
- Próximo castigo? Cão no cio? Eu não me comportei assim, e como você já pode estar pensando em um futuro castigo? - perguntou indignado e resolvi calá-lo com um beijo. Bem, deu certo. Ele nem protestou, na verdade até aproveitou, me trazendo para o mais perto que podia. Rebolei em seu colo e sua mão saiu do meu traseiro e tirou meu casaco cinza, sem interromper o beijo. Senti suas mãos nos meus braços desnudos, enquanto sua boca avançava para meu pescoço. Nos separamos por um momento para que eu tirasse sua camisa de mangas e o óculos dele. Ele me olhou e sorriu.
- Você é o borrão mais sexy que já vi na vida. - disse e ri baixo, beijando-o novamente. Senti os dedos de Justin por baixo da minha camisa, fazendo pequenos carinhos na minha barriga, subindo cada vez mais, até encontrar meus seios, onde apertou-os por cima do sutiã. Gemi baixo em sua boca, e nos interrompemos mais uma vez para que ele retirasse minha blusa. Deixei minhas mãos em seus ombros, enquanto sentia sua boca caminhanho graciosamente pela minha pele, deixando rastros de beijos e mordidinhas por onde passava. Deixou um selinho no espaço entre meus seios e beijou-me novamente. Enrrolei minhas pernas ainda mais ao redor dele, e finalmente estávamos deitados na cama.
 Em cima de mim, ele se apoiou na cama com os joelhos e tirou meu sutiã com muita faciliadade. Deitou por cima do meu corpo e nos beijamos novamente. No momento em que sua boca se deliciava com meus seios, meu celular tocou, em cima da mesinha de cabeceira perto de nós. Ignoramos a chamada, intrertidos demais no que faziamos, entrertida demais com a boca de Justin me sugando. O telefone tocou pela segunda vez, e novamente o ignoramos, avançando ainda mais nos carinhos. Na terceira, porém, irritada demais com aquela interrupção, peguei o celular e atendendo a chamada, sem sequer olhar para o identificador de chamadas.
- Você tem noção do quanto está sendo irritante? Quem é você e o que quer? E fale logo. - respondi grosseira. Justin permaneceu deitado sobre mim, esperando que eu finalmente encerrace a ligação.
- Calma, nervosinha.
- O que você quer Mike? - perguntei impaciente e Justin bufou irritado ao meu lado.
- Onde você está?
- Não interessa! A pergunta certa é o que você quer comigo?
- Preciso que venha para casa agora. É importante. Te vejo em dez minutos. - depois disso, encerrou aligação, sem dar tempo o suficiente para que eu respodesse algo.
- O quão importante é? - perguntou meu nerd, um pouco irritado. Sentou ao meu lado na cama, onde pude ver o volume que insistia em aparecer ali.
- Quando ele desliga desse jeito, é porque é muito importante. - respondi. Pude ouví-lo resmungar um "Mas que droga!".  - Sinto muito.
- Tudo bem. Acho melhor você se arrumar, enquanto eu dou um jeito nesse garotão. - disse apontando para suas partes baixas. Mordi os lábios e me ajoelhei de frente para ele, os peitos a mostra, o corpo em uma posição que ele já conhecia muito bem.
- Quem disse que você dará um jeito? - entendendo o recado, se apressou em tirar o cinto, abaixar as calças e a cueca. Sorri, começando com meu trabalhinho prazeroso, ouvindo-o gemer baixo por mais.
[...]
- Que saudades eu sinto de comer isso! - exclamei de boca cheia, muito feliz por sinal. Justin ria, andando com o braço enlaçando minha cintura de lado. Atravessavamos a esquina para nossa casa, e apesar do dia estar nublado, me sentia feliz. - Há quanto tempo eu não como um Ruffles assim?
- Faz 40 minutos, Anna. - respondeu ele, rindo.
- Faz muito tempo. - argumentei, ofendida.
- A propósito, o que você fez com aquela abelha de doritos? - perguntou curioso.
- Está bem guardada, sã e salva. E nem tente procurar por ela durante a noite, você nunca vai achar.
- Nunca diga Nunca. - piscou.
- Quer ficar de castigo de novo?
- Tudo bem, me calei. - ergueu uma das mãos se rendendo. Rimos e abri a porta de casa com mais rapidez do que esperava. Logo vi meu irmão, parado de frente para a porta e perto do sofá.
- Finalmente você chegou, pensei que não viria nunca. - foi a primeira coisa que ele disse assim que me viu. Revirei os olhos.
- O que você quer, bobão? - perguntei, segurando o pacote de Ruffles cebola e salça na mão.
- Já pode vir. - meu irmão disse para alguém, que provavelmente estaria na cozinha. Não pude conter o espanto e a felicidade com o que vi.
- Mãe?
- Olá, querida.


Notas Finais
Oi gente! Nossa! Há quanto tempo eu não atualizo essa fic? Parece até uma eternidade, e, UAL, como eu sinto saudades disso. Eu sei que vocês, provavelmente, estão querendo chutar meu traseiro, isso se alguém ainda lê essa fic, mas mesmo assim peço desculpas. Estou realmente muito atarefada com a escola, faço 3 ano do ensino médio, então é muito puxado. Trabalhos enormes, apresentações pra resolver a atividades de matemática todos os dias estão consumindo meu tempo quase inteiro.  Consegui escrever hoje, não achei o cap muito bom, mas mesmo assim espero que tenham curtido. Nos vemos em breve, pessoal. Muitos beijos, mini doritas :D
Roupa da Anna: http://data1.whicdn.com/images/106109508/large.jpg
                           

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