29 de ago. de 2014

My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 12 - Blackout parte 1

POV ANNA
- Olha, eu sei que dá trabalho, aliás, que deu trabalho pra encontrar isso, mas eu acho que cê errou em alguma coisa aí. - comentei, sentada ao lado de Cailin, levando um doritos a boca. Ela tinha o macbook sobre o colo, fazendo a parte dela em nosso trabalho em grupo. Como eu já tinha feito minha parte logo no primeiro dia em que o professor passou o seminário - viu, só, Justin, sinta orgulho, estou estudiosa -, aproveitava o momento livre para devorar uma bela e maravilhosa rosquinha. Nós estávamos no mesmo lugar onde encontrei Justin escrevendo uma canção, e onde também Collin nos encontrou e resolveu parar para conversar. Minha amiga respirou fundo, ainda olhando pra tela.
- No que foi que errei, agora? Quero dizer, onde é que você está vendo o erro? - perguntou ela.  Faziam exatamente dois dias desde que fomos jogar boliche, era uma bela quarta feira, mas isso não pareceu afetar em nada no humor da minha amiga. Acho que ela andou brigando com Mike, e hoje apareceu no intervalo das aulas com uma garota a tira colo. Ele estava chateado com ela - por algum motivo que não sei - e ela estava, mais do que claramente, com ciúmes do meu irmão. Ela tentava disfarçar, mas não dava muito certo. Penso que ela ainda não admitiu para si mesma que está com ciúmes.
- O que houve entre vocês? - perguntei, sem mais delongas.
- Hein?
- Não sou idiota, Cait, o que tá havendo entre vocês? E pro caso de querer dar uma de "do que está falando", é sobre você e Mike. - ser mais direta do que aquilo era impossível. Porque eles não ficavam logo juntos? Mas que presunto!
- Não esta acontecendo nada. - me olhou.
- Eu sei reconhecer uma mentira cabeluda quando me vejo uma. Desembucha.
- Eu só estou preocupada com ele, okay? - se defendeu. - Não é legal ficar saindo com qualquer uma, só porque é bonito e tem que satisfazer o ego. Quero dizer, ele vai parecer desesperado por uma namorada. Isso não faz bem pra ele, sabe?
- Não faz bem pra ele ou não faz bem pra você? - perguntei arqueando a sobrancelha. Tá com medo da concorrência, é?!, preguntei mentalmente.
- Como?- questionou, engolindo em seco.
- Vocês tem a minha bênção.
- O que? - arregalou os olhos, assustada. - Não, Anna! Eu não estou apaixonada por ele ou algo parecido. E, além do mais, ele é seu irmão, e você é minha melhor amiga. Simplesmente não rola. - falou rápido, o que me fez ir. - Até porque, somos apenas bons amigos.
- Não precisa fingir pra mim, Caitlin. E idaí que ele é meu irmão e você é minha melhor amiga? Não há nada de mau nisso, vocês se gostam, e adoro saber que o meu irmão bobão vai ter alguém pra cuidar dele e amar. - falei sorrindo. - E claro, me ajudar a roubar a comida dele e todas essas coisinhas.
- Endoidou o cabeção? - perguntou com os olhos arregalados. - Eu hein? Cada doido com suas manias. - ela deixou o computador do meu lado e levantou da grama, limpando o traseiro. Dei de ombros.
- Sabe que não adianta em nada tentar esconder esse tipo de coisa de mim, não é? - perguntei, pondo o computador no meu colo. - Até porque tá bem na cara que ele gosta de você também.
- É claro que não. - respondeu ela, tentando fazer o tipo de "não ligo", mas, ainda sim, pude captar um tom de quem quer saber mais. - Quer dizer, porque você acha que ele gosta de mim? Como tem tanta certeza? - por já esperar que ela perguntasse exatamente aquilo, eu ri.
- Uma das coisas que faço melhor do que comer, minha cara, é saber quando algo maior do que um 'clima' entre duas pessoas está surgindo. - dei de ombros, fazendo aquela pausa dramática que tanto gostava. - Mas só falei pra deixar ao menos um de vocês cientes que tem todo meu apoio, e se não estão juntos ainda, por minha causa, esqueçam isso.
- Hein? - Caitlin não sabia como agir, pelo simples fato de eu ter 'desmascarado-a' sem que ela tivesse tempo de se preparar. Se Mike e Cait não fossem tão frescos, com essa de 'não devo ficar com você" seriam fofos.
- Ah, me trás uma caixa bento? Obrigada. - agradeci antes mesmo dela dizer qualquer coisa.
- O que é uma caixa bento? - o tom de sua pergunta deixa claro que ela me achava doida.
- É assim que embalam sushi pra viagem. - expliquei e fiquei feliz quando ela finalmente entendeu.
- E porque está adicionando coisas na minha parte da pesquisa? - perguntou ela, curiosa.
- Vou ajudar você, já que não tenho nada melhor pra fazer com meu quase abundante tempo livre. - ela fez careta, e eu ri mais uma vez. - Brincadeirinha.
- Sua palhaça! - ralhou, para depois sorrir. - Volto logo.
  Enquanto ela saia, dei uma olhada básica no que ela escrevia. Como sempre, Cait tinha começado certo e se perdido no meio do caminho, saindo o foco do assunto principal. Arrumei o notbook melhor ao colo e comecei a digitar do ponto em que o trabalho ainda 'valia a pena', por assim dizer.
- Seria ousadia perguntar o que você está fazendo aqui? - quando reconheci o rosto de quem falou, o garoto já estava sentado do meu lado.
- Tenho esse tempo livre, John. - respondi, com um sorriso simpático. Eu não o conhecia bem, na verdade. Ele era amigo de Justin, não meu. - E o que você está fazendo aqui?
- Não estou muito na vibe de assistir aulas, se me entende. - deu de ombros, bebendo uma cerveja, cuja garrafa reparei apenas agora. - Você quer um golinho?
- Não, obrigada. - recusei, certa de que foi uma decisão correta. Para ser sincera, de alguma forma, não confiava nele. - Porque não está gostando da universidade? - perguntei curiosa, mesmo não gostando da companhia dele.
- Tem um grupinho chato de manés metidos a besta na minha turma. Bati em um deles hoje de manhã, que era amigo de uma tal de Emilly. Se não tivessem me impedido, teria acabado com aquele idiota.
- Emília. - corrigi. - Bem vindo ao nosso mundo. - dei de ombros. - Ela adora atormentar os outros, principalmente depois de Angelina, outra amiga dela, morrer. É assim desde que chegamos aqui.
- Eles, esse grupinho de idiotas, atormentam a você também? - questionou, curioso. Não gostava do jeito como seus olhos castanhos não desgrudavam dos meus.
- Mas do que possa imaginar. - fui sincera, no final das contas. - Era pior quando Angelina estava aqui. Ela adorava nos atormentar. Não só a mim ou meus amigos, mas também o resto do pessoal que estuda aqui. Mas graças a Deus isso acabou. - sorri.
- No fim das contas, Emília é menos aterrorizante do que a tal de Angelina. - ele concluiu por mim. - Justin me contou que ela era horrorosa. Que todos tinham medo dela.
- É verdade. - assenti.
- Você tinha medo dela?
- Hein? - me senti encurralada com aquela pergunta. Era como se ele pudesse adivinhar que eu tinha medo. E eu tinha medo. Tinha muito medo dela. Mas não queria admitir. - Não sei, John. Na maior parte do tempo, eu só podia sentir ódio dela. - respondi por fim, me livrando de dizer a verdade, mas sem mentir. Eu a odiava o tempo todo, também.
- Então foi legal ela ter morrido. - concordou ele, bebendo mais um pouco de sua cerveja. Era como se estivesse vendo um reflexo de mim mesma falando aquilo, feliz pela morte de outra pessoa, e percebi o quão horrível aquilo era. E fiquei surpresa ao ver que não tinha ficado feliz por alguém ter a mesma opinião que eu. - Foi um alívio para todos nós, então. Pois se a conhecesse, e se ela fosse realmente como todos vocês dizem, eu mesmo a mataria. - John deu uma risada alta. Fiquei horrorizada com aquilo. E aquilo bastou para que entendesse o que Justin queria dizer com "você está sendo cruel, Anna". - Você e Justin são um casal legal.
- Obrigada. - sorri forçado, ao perceber o quão rápido ele tinha mudado de assunto. Me perguntei se ele era assim na companhia de Justin.
- Vocês se conheceram aqui ou em outro lugar? - sua curiosidade sobre meu relacionamento com Justin não me deixou confortável.
- Nos conhecemos desde os onze anos de idade. Mas, claro, só ficamos juntos depois disso. - sorri aliviada ao ouvir a voz de Justin. Ele sentou do meu outro lado e beijou minha bochecha. - Tempos maravilhosos, cara. Maravilhosos!
- Posso imaginar que sim. - John sorriu.
- Cait virá nos trazer uma caixa bento. - falei, olhando pra Justin. - Você quer?
- Caixa bento? - perguntou o moreno, confuso.
- Sushi. - Justin respondeu por mim. - É assim que eles embalam o sushi pra viagem. É muito bom, você deveria provar. - fiquei nervosa só de imaginar dividir minha comida com John. Eu ofereci a Justin, e não ao moreno bonitão.
- Ah, aqueles trecos de peixe cru? Não, muitíssimo obrigado.- recusou-se e fiquei feliz por isso.  Justin apenas riu. - Gosto muito mais das coisas quando estão bem fritas.
- Não sabe o que está perdendo. - Justin rebateu. - Tempo vago? - se dirigiu a mim.
- Sim, e você já foi liberado da aula?  ele balançou a cabeça, afirmando.
- Não acredito que você está bebendo durante as aulas. - disse Justin, apontando para a garrafa já quase vazia nas mãos do amigo.
- Cara, esse líquido aqui salva minha vida. - John riu, dando um último gole na cerveja. - Eu pensei que ia gostar daqui, mas estava enganado. Só suporto este lugar por causa de vocês.
- É bom saber disso. - falou Justin.
- Mas, voltando ao sushi, como é que vocês conseguem comer segurando aqueles pauzinhos? Não escorrega, não? - aquela foi a primeira vez que ele me fez rir de verdade. Perto de Justin, até que ele era legal.
[...]
- Ainda tem essa gaveta aí, pra arrumar. - falei, apontando para a primeira gaveta da direita.
- Essa aqui?
- Essa mesmo. - concordei, com um aceno de cabeça. Era uma bela noite, depois de um dia cansativo de estudos na faculdade. Conversamos com John naquele jardim por um longo tempo, e ele se mostrou mais legal do que quando estávamos apenas nós dois. Agora, depois do jantar, dei a Justin a tarefa de organizar meu closet. Sentada em um banquinho, observava-o e dava instruções de como ele deveria fazer as coisas. Amora estava sentada perto dos meus pés, e eu comia minhas batatinhas onduladas.
- Ual! Porque eu nunca descobri isso antes? - ouvi ele murmurar. Quando Justin se virou para mim, tinha em mãos uma calcinha roxa. Estava tão concentrada na comida que eu devorava com fervor que esqueci completamente que a gaveta que mandei ele arrumar, era, exatamente, a gaveta de calcinhas. - Lembro dessa. - disse ele, sorrindo. - Muito sensual. - andei até ele e puxei a peça de suas mãos com minha outra mão livre.
- Deixe de ser bobo. - reclamei, envergonhada. - Não precisa arrumar isso, está dispensado.
- Não, querida, agora faço questão de concluir meu trabalho. - ele tirou todas as peças , e quando as colocou novamente em seu lugar de forma organizada, separou-as em quatro pilhas:
1) As que apenas a vi usar;
2) As que não apenas a vi usar, mas como também tirei de seu corpo;
3) As que não fazia ideia da existência.
4) As suas favoritas
  A terceira pilha, obviamente, era bem menor do que as outras. Ele fazia pequenos comentários a cada uma que pegava, colocando-as em suas pilhas. No começo foi estranho ter meu namorado arrumando minha gaveta de peças íntimas, mas depois, aquilo se tornou engraçado. As coisas que ele falava, as caras e bocas que fazia, o jeito como falava que a terceira pilha, faria, em breve, parte da segunda. Fiquei ao seu lado, supervisionando tudo, e rindo da cara dele, como não poderia deixar de ser.
- Quando foi que você comprou essa? Nunca vi você com ela. - disse outra vez, com uma calcinha de renda azul escuro. Ele parecia quase indignado. - Em breve, esta partirá para a pilha dois.
- Você é muito idiota! - ri daquilo, terminando de comer minhas batatas onduladas. Joguei o saco vazio no lixo e voltei para o closet. Ele segurava outra peça em sua mão, e sorria orgulhoso quando fiquei novamente ao seu lado.
- Essa é memorável! - disse, tocando-a. - Me faz lembrar do quão louco me deixou nesse dia com essa calcinha vermelha. Lembro como se tivesse acabado de acontecer. E, apesar de ter vestido bem em você, ainda te prefiro sem ela. - dei um tapa na cabeça dele, que riu. - Mas ainda sim, vai pra pilha quatro.
  O clima estava esquentando entre nós, era claro. Mas eu ainda não conseguia deixar de pensar no quanto me senti irritada com a presença do amigo de Justin, hoje de manhã. Ele parecia ser legal, mas tinha algo nos olhos dele que me faziam querer vomitar. Talvez fosse pelo falo dele ser parecido com Frad em alguns aspectos, ou até mesmo na aparência, mas o jeito dele me incomodava. Ele me incomodava. Eu só não sabia como dizer para Justin, sem dar a entender que adoraria se ele se afastasse desse cara. Eu não sabia se era uma cisma boba, por simplesmente não ir com a cara dele, ou se ele realmente era quem eu suspeitava. Tentei esquecer aquilo e me concentrar no presente, meu namorado e no clima que estava surgindo.
- Tem mais alguma que eu ainda não tenha visto? - ele se virou para mim, e percebi que ele já tinha organizado tudo. Tinha alguma coisa a mais ali. Um sorriso safado cresceu em seus lábios e entendi perfeitamente onde ele queria chegar. Ele tirou os óculos e chegou mais perto, me segurando pela cintura.
- Na verdade tem uma. - respondi baixo o suficiente para soar sexy.
- Tem, é? - rebateu ele, o rosto ficando mais perto do meu.
- Tem sim. E pra sua sorte, estou usando nesse exato momento. - mordi os lábios, encarando seus olhos castanhos arderem de desejo. Quando dei por mim, ele tinha me pressionado contra a parede do closet, esfregando seu membro duro exatamente no meio das minhas pernas. Sua boca estava agora em meu ouvido, e sussurrou as palavras seguintes de maneira tão sexy que pensei que não poderia esperar mais.
- Então vamos mudar isso. Ele tomou meus lábios em um beijo sexy, que rapidamente foi correspondido por mim. Nossa felicidade, porém, não durou muito. Quando sua mão avançava para dentro da minha blusa, as luzes se apagaram como se as lâmpadas tivessem queimado. Amora começou a latir, assustada, e logo nos separamos. Consegui achar minha cachorrinha, me guiando pelos latidos estridentes dela. Peguei-a no colo, e fiz carinho em seu pelo com a mão livre.
- Anna? - ouvi Justin me chamar.
- Aqui, querido, perto da porta. - respondi alto, para não ter dúvidas de que ele me ouviria. Ele tropeçou algumas vezes antes de tocar meu braço.
- PUTA MERDA, PORQUE SEMPRE COMIGO? - ouvi meu irmão gritar de raiva, o que dava a entender que tinha caído da escada; de novo.
- SE ALGUÉM SE ATREVER A AFANAR MEUS NOVOS ESMALTES COR DE ROSA COM GLITTER EU MATO! - Ashley gritou logo em seguida. Ri dos dois bobos que gritavam, percebendo que a casa inteira estava sem energia.
- Seu celular tem alguma lanterna? - perguntou Justin, já tirando (possivelmente) o seu do bolso da calça. Tive certeza disso, quando uma luzinha branca e fraca iluminou um pouco o cômodo. - Porque justo na parte boa, a luz acaba desse jeito? Não dá pra me concentrar direito com seres caindo da escada e loiras gritando para não afanarem os esmaltes dela. - reclamou ele, insatisfeito.
- Pessoal, venham para a sala agora para ouvir um comunicado urgente! - Damon berrava do andar de baixo, convocando-nos para uma reunião de grupo. Sem escolhas, saímos do meu quarto sendo guiados pela luz da lanterna do celular de Justin, e fiquei feliz ao ver a lareira acesa, o fogo crepitando agradavelmente, nos aquecendo e concedendo um pouco mais de luz. Cait, Ashley, Mike e Damon estavam sentados no sofá maior, a nossa espera.
- Se alguém tentar afanar alguma comida minha, eu deixo sem traseiro. - adiverti, sentando na poltrona restante. Justin sentou no braço desta, e apoiei meu braço em suas pernas.
- Eu liguei pra companhia de luz, e todo o quarteirão está sem energia. E enquanto eles tentam resolver o problema, temos que esperar. - disse Damon, por fim.
- Tenho uma ideia fabulosa do que podemos fazer pra passar o tempo! - a sugestão de Ashley fez todos os restantes trocarem olhares assustados. Oh Céus!


NOTAS FINAIS
Olá meu povo! Aqui estou eu, de novo, depois de um tempão sem atualizar. Como estão? Cara, será que alguém ainda lê isso aqui? Enfim, espero que tenham gostado do capítulo. Beijos e até o próximo! :D :3
Roupa da Ash: http://weheartit.com/entry/81047750/in-set/13959417-my-dear-nerd?context_user=cutelectra&page=22
Roupa da Cait: http://data3.whicdn.com/images/78542395/large.png
Roupa da Anna: http://data1.whicdn.com/images/82247634/large.jpg

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