tag:blogger.com,1999:blog-71912950425693236362024-02-19T17:52:35.966-08:00Fanfics para BelieberAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.comBlogger167125tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-74689786335277610372015-10-05T09:39:00.001-07:002015-10-05T09:53:31.065-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 28 - Nova Chance<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxlOAdh9vAqC2ZSqRSEdR_iygMKNSmgGFsji5phTkGNmaPGgMk-haKNTm1hZ29-fXkQRYhyfJXsaQs63NEyyuzdm-2zz4F2C_saSrmASgfcOAvE8jeZeIS2fcJ19SXm6gX5QsyKzhr7Kym/s1600/tumblr_ll6nh8h8u61qzmrt9o1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxlOAdh9vAqC2ZSqRSEdR_iygMKNSmgGFsji5phTkGNmaPGgMk-haKNTm1hZ29-fXkQRYhyfJXsaQs63NEyyuzdm-2zz4F2C_saSrmASgfcOAvE8jeZeIS2fcJ19SXm6gX5QsyKzhr7Kym/s1600/tumblr_ll6nh8h8u61qzmrt9o1_500.gif" /></a></div>
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
Respirei fundo antes de abrir a porta do quarto. Encontrei Anna sentada perto da janela, com Amora nos braços. Não sei por quanto tempo fiquei parado à porta, observando-a, mas ela sentiu minha presença e virou-se lentamente para mim. Percebi que tinha chorado. E Anna me deu um dos sorrisos mais tristes que vi.<br />
<i>Ouçam</i> <b><i>Lauren Aquilina - Sinners </i></b><br />
- Oi. - disse ela. Por um minuto, toda a raiva por vê-la aos beijos com Sara desapareceu. Em seu lugar, uma tristeza me abateu. Respirei fundo mais uma vez antes de dar um passo a frente.<br />
- Ashley me pediu para chamar você para o jantar. - falei, o que era verdade. Anna agradeceu com um aceno de cabeça.<br />
- Descerei num instante, obrigada. - virei de costas para sair, mas fiquei parado onde estava. Arrumei o óculos no rosto, me virando para ela novamente.<br />
- Estou fazendo você chorar? - perguntei. Ela me deu outro sorriso triste.<br />
- Você já me fez chorar antes. Mas, dessa vez, nesse momento, não é por você. - respondeu, baixinho. Entendi por quem ela chorava. O avô morto.<br />
- Anna...<br />
- Amora está cuidando de mim. - fez carinho na cadelinha com o braço livre. - Você não faz ideia do quanto ela me ajuda.<br />
- Sinto muito por sua perda. - dei outro passo, sem saber o que dizer. - Se eu pudesse voltar no tempo e...<br />
- Mas não pode. Também gostaria de tê-lo salvo, mas não posso. Vou ficar bem, não se preocupe.<br />
- Não há como não me preocupar. Odeio ver você assim. <br />
- Então não veja. - sua voz transmitia todo o cansaço, toda a dor que tentava esconder.<br />
- Não posso te deixar sozinha.<br />
Anna apoiou Amora delicadamente no lugar onde se sentava e caminhou em minha direção, ficando a uma considerável distância de mim, e se aproximando, até não sobrar mais espaço entre nós no abraço que veio em seguida. Ela apoiou a cabeça no meu peito, e meus braços rodearam sua cintura. Me peguei abraçando-a apertado contra mim<br />
- Por favor, não fique chateado com Sara. Ela se sente sua falta mais do que imagina. É sua melhor amiga. - disse, entre o abraço.<br />
- Ela se apaixonou pela minha namorada.<br />
- Não sou mais sua namorada, Justin. - respondeu, nunca mudando o tom de voz. Ela tinha razão, afinal. - Ela pode estar apaixonada por mim, mas sente muito mais sua falta do que admite. Sara precisa de você. Por favor, não se afaste. Não a odeie. - ela saiu devagar dos meus braços, e olhou nos meus olhos, e me surpreendi mais uma vez com a beleza de seus olhos verdes que agora estavam tão tristes e sem vida.<br />
- Vocês estão juntas? - perguntei, com estranho medo da resposta.<br />
- Não. Gosto de Sara como uma grande amiga, nada além. - tentei não parecer aliviado com o que ouvi.<br />
- Eu quero, qu-quero tentar de novo.<br />
- Não faça isso. Não pode forçar um sentimento que não existe, será pior. - ela disse, com aparente calma.<br />
Quis dizer que não estava forçando nada, que havia algo, que era importante pra mim. Muito mais do que tinha reparado, até encontrá-la aos beijos com Sara, quando senti medo de perdê-la. Mas nada disso saiu. Só olhei pra ela.<br />
- Na última vez que nos falamos, eu fui egoísta. Pensei apenas em mim quando desisti de você. A verdade é que não consigo desistir fácil de você, por mais que eu tente, no entanto, não posso fechar os olhos e fingir que não vejo que estou amando sozinha. Não posso obrigar você. E não posso fazê-lo feliz, não mais. Eu amo você, Justin. E por isso não posso, não quero ser egoísta com você. Eu escolho deixar você ir, ser feliz.<br />
- Está me deixando ir.<br />
- Estou. Você não me ama, e assim sendo, nenhum de nós seria genuinamente feliz. Você merece ter uma vida, e agora é o melhor momento para começar do zero. Amber te convidou para um encontro. Vá. Desculpe, acabei ouvindo sua conversa no telefone sem querer. - se desculpou quando percebeu meu olhar confuso. - Eu quero que vá a esse encontro, que se divirta.<br />
- Mas e você? Anna, você precisa...<br />
- Preciso que viva sua vida. Tem uma vida novinha em folha. O que tivemos foi maravilhoso, mas acabou. Está na hora de seguirmos definitivamente em frente. E não se preocupe, ficarei bem. Agora vá e se divirta.<br />
Anna Mel deu dois passos para trás. A olhei antes de sair. Fui ao meu quarto, encontrando Collin brincando com uma bolinha. Sentei na cama e fiz carinho atrás de sua orelha quando ele se aproximou de mim. Mandei uma mensagem para Amber, confirmando o jantar de hoje. A noite estava bonita, nenhuma nuvem no céu sem estrelas.<br />
Olhei para o quarto, buscando algo de que me fosse familiar, mas até as lembranças que vinham, eram confusas e incompletas. Faltava algo. Me sentia mais vazio do que podia lembrar. A custo levantei da cama e fui me arrumar para sair com Amber. Tomei um banho rápido e me vesti. Procurava um cinto, quando minha mão se chocou em algo. Olhei melhor. Era uma caixinha preta. Peguei-a e abri.<br />
Encontrei um par de anéis dourados e um papelzinho dobrado muitas vezes. Com ele na mão, fui até a cama onde sentei. Deixei a caixinha com os anéis na cama e desdobrei o papel. Comecei a ler.<br />
<i> PS: Para dar à Anna Mel em um momento muito especial, provavelmente no ano novo. Já que passamos por tantas coisas juntos, já que salvou minha vida, já que a amo. E dar acompanhado de uma comida que ela goste, porque somos esse tipo estranho de casal. </i><br />
Peguei a caixinha e a olhei por um bom tempo.<br />
<i>Parem a música</i><br />
[...]<br />
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
Ri de uma piada que Caitlin disse, enquanto fazia as unhas da loira. Era a noite das garotas. Só das garotas. O que significava que Damon e Mike não eram bem vindos. Justin saiu, assim como disse, para jantar com Amber, e eu sinceramente não queria pensar no que estaria acontecendo lá.<br />
Ashley e Caitlin me faziam esquecer essas coisas, o que ajudava bastante. Hoje o quarto estava mais rosa que o comum, até mesmo para os padrões da loira. As garotas estavam elétricas. Deixei me levar pela alegria delas.<br />
- Ah, esqueci de falar, abelha. A Cait tem uma coisinha pra te contar. - a loira piscou pra mim, e minha amiga morena ficou vermelha como um tomate. Fiquei confusa, e a risada de Ash encheu o quarto. - Ela tá namoraaaaaaaaando! - ela cantarolou<br />
- Ashley! Eu ia falar! - reclamou ela.<br />
- Ai! Isso doeu, viu? Você já foi melhor manicure. - reclamou a loira.<br />
- Não me diga que...<br />
- Isso mesmo, abelhuda! - ela riu.<br />
- Eu juro que ia contar, Anna. Ele queria dizer no mesmo dia, mas pedi pra ele tempo, pra te contar juntos. Eu notei que você não parecia tão bem, e decidimos esperar e...<br />
- Tudo bem, Cait. - tranquilizei, rindo. - Quer dizer, é nojento saber que vocês vão transar, então, lavem-se bem antes de tocar em mim.<br />
- Idem! - concordou Ashley, levantando a mão livre.<br />
- É muito estranho, quer dizer, ele é seu irmão. - ela estava realmente sem graça.<br />
- A gente se acostuma. - brinquei. - Mas me conta: quando foi? Ele que fez o pedido? Foi fofo?<br />
- Aconteceu na última festa que ocorreu no campus. Ele foi romântico. Não tive como dizer não. - ela sorriu, apaixonada. Tentei não pensar que na mesma festa, Sara se declarou e Justin presenciou a cena.<br />
- Também, né? Como dizer não para aquele gostoso?<br />
- Ashley! - reclamou Cait.<br />
- Eca! Ele é meu irmão.<br />
- Desculpa, mas mesmo assim não deixa de ser um gatinho. Não tão lindo como meu Damon, é claro.<br />
- Acho que agora posso vomitar. - fiz drama.<br />
- Não. É ela que vai dar uns pegas no seu irmão. - ela riu.<br />
- Ashley! Anna está ficando verde! - Caitlin riu, e acabei me juntando a elas.<br />
- Ele beija bem? - minha amiga loira quis saber.<br />
- Sério? Eu não preciso saber da vida amorosa do meu irmão nos mínimos detalhes, obrigada.<br />
- Sou curiosa, você sabe. - ela piscou.<br />
- Você não presta.<br />
- Me ama que eu sei. Todo mundo me ama. - ela mexeu nos cabelos, dando aquele sorriso lindo que tinha, e não pude conter outra risada. Peguei outro Doritos do saco, molhei-o no molho cheddar e levei a boca. Estava saboroso.<br />
- Que fofinho! Todo mundo namorando. - a morena quase bateu palminhas.<br />
- Quase todas. - corrigi.<br />
- Desculpe.<br />
- Tudo bem. Quem precisa de um namorado quando se tem Doritos e molho Cheddar? - dei de ombros. - Amora, você é nanica, mas estou te vendo. Nem pense em tentar por essa boquinha na minha comida sorrateiramente. - anunciei para a cadelinha que se aproximava.<br />
- Tal cão, tal dona. Vocês foram feitas uma para a outra. - disseram as garotas.<br />
- Eu sei. - ri. - Mas não divido a comida.<br />
- É claro que não. - concordaram. Não me lembro de ter dado tantas risadas desde que ele se foi. Estava feliz pelo meu irmão, que tentava ser feliz com a garota que ama. Pelas minhas amigas estarem aqui, me fazendo bem e completa. Nossos cães conosco, brincando. Foi uma bela noite. Lembro de ter ido dormir sorrindo. Tive uma madrugada tranquila e sem sonhos.<br />
Fui a primeira a acordar com a barriga roncando. Deixei as garotas dormindo no quarto, tomei um banho rápido e fui até a cozinha, preparar algo para comer. A casa estava silenciosa, a vizinhança tranquila naquele domingo de manhã. Quando terminei de comer, no entanto, ouvi um barulho vir da sala. Quando lá cheguei, encontrei a porta entre aberta. Justin estava lá fora, com as roupas que tinha saído, as mãos nos bolsos, observando a rua deserta, o nascer do sol.<br />
<b><i>Ouçam Ella Henderson - Yours</i></b><br />
- Oi. - falei da porta. Ele se virou para mim, e sorriu. Estava lindo, mas sem os óculos. - Bom dia.<br />
- Bom dia. - respondeu calmo.<br />
- Chegou agora? Posso preparar um café.<br />
- Na verdade, cheguei antes da meia noite. E não quero café, mas obrigada.<br />
- Espero que tenha se divertido.<br />
- Foi uma noite agradável. - ele disse. Mordi os lábios, direcionando meus olhos para o chão. Aguente firme, pensei. - Ela é uma boa garota, mas não estava dando certo. Terminamos. E a sua noite? Como foi? - perguntou. Dei alguns passos até ele.<br />
- Foi muito boa. Noite das garotas.<br />
- Noite das garotas. - ele riu, concordando. - Você me disse ontem que estava me libertando para que pudesse ser feliz.<br />
- Eu percebi que desisti de você pelos motivos errados. Fui egoísta porque fiz aquilo por mim, não por você. Dessa vez, não foi apenas por mim, foi por nós. Não posso fazer você feliz, por favor não vamos voltar a esse assunto, acabou.<br />
- Não acabou pra mim. Agora é minha vez de falar. Está errada, Anna. Errada se acha que não pode me fazer feliz. Se acha que não sinto nada por você. É verdade, não sei o que aconteceu antes de acordar naquele hospital, não sei do passado, mas sei do agora. - ele pegou minhas mãos e olhou firmemente nos meus olhos. - E eu amo você. E pra mim basta. Quero começar uma vida nova com você.<br />
Nossos rostos se aproximaram lentamente, até que só houvesse espaço para nossos lábios se tocarem. Senti a boca dele na minha, Justin totalmente entregue a mim, o calor do sol nos meus braços. Bastava pra mim. Estava tudo bem.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-90892495944169014242015-07-25T13:03:00.003-07:002015-07-25T13:03:43.754-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 27 - Me Ame ou me Deixe Ir<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkQXx4NoUDnVC6LOnrrsK5qOErtBqFriCdYB1vyx59MN7D1gEAHdIh5IUVsLgwUQxYr4CGBQcptysHFQJIR4DxePKu9b4xE5992xVIELGNCqfd6r8tnXUkpXdvC2mb917rfkArH88AOsoH/s1600/tumblr_mrkxknhpze1rjxfbno1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkQXx4NoUDnVC6LOnrrsK5qOErtBqFriCdYB1vyx59MN7D1gEAHdIh5IUVsLgwUQxYr4CGBQcptysHFQJIR4DxePKu9b4xE5992xVIELGNCqfd6r8tnXUkpXdvC2mb917rfkArH88AOsoH/s1600/tumblr_mrkxknhpze1rjxfbno1_500.gif" /></a></div>
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
Poucas pessoas estavam no refeitório desde que cheguei. Essa era uma vantagem de intervalos em horários diferentes. Dava tempo para pensar. Apesar de que, mesmo sem Caitlin aqui, minha mesa estava cheia de pessoas que faziam parte do meu grupo de estudos, discutindo o que fazer para o próximo trabalho. Pus o nome dela no grupo, já que minha amiga estava gripada demais para vir hoje. Os alunos de psicologia estavam do outro lado, conversando, estudando, contando piadas de psicólogos. Tentei me concentrar o máximo que pude no livro de história da arte, e até iluminei algumas coisas com marcador azul. Disse para meus amigos que voltaria logo, e deixei meus livros e lápis na mesa, ao lado de Vitória, uma colega de classe e grupo que eu gostava muito. Peguei meu celular e fui.<br />
Sai do prédio e fui até a mesma pontezinha de quatro dias atrás, e vi Sara para de costas para mim, observando a água abaixo de si. Andei devagar sob o piso de madeira até ela, parei ao seu lado. Ela continuou olhando pra frente, e assim ficamos alguns segundos em silêncio.<br />
- Sempre gostei desse lugar. - disse ela, baixo, como se não quisesse perturbar a paz daquele ambiente. - Venho aqui muitas vezes para pensar, ou simplesmente observar a natureza. É como se nada de ruim pudesse me atingir. Mas atingiu. - então Sara olhou pra mim. - Eu falei com ele.<br />
Engoli em seco, mas não desviei meus olhos dela. Lembro que naquela noite, Justin estava irredutível, e não queria ouvir nada. Sara não insistiu e deixou que ele tivesse seu momento de fúria e se acalmasse. Eu, por outro lado, sequer me movi do lugar, porque não queria explicar nada. Ele tinha feito bobagens demais para exigir algo, para sequer se sentir no direito de ter raiva. Ele foi embora dali sem deixar a amiga falar, e recomendei a Sara que esperasse até o momento certo.<br />
Durante esses quatro dias, é claro que ele me evitou como o diabo correndo da cruz. Fiz o mesmo com ele, irritada pelo conjunto de coisas idiotas que ele estava fazendo. Não estava disposta a perdoar. Mas os dias passaram, ele se acalmou e ela conversou com ele. Então Sara me ligou e marcamos aqui, para conversar, mesmo que ela tivesse que perder metade da aula.<br />
.- E como ele está?<br />
- Confuso e furioso. - respondeu ela. - A verdade é que ele não sabe o que quer. E ainda está chateado comigo. E até entendo, já que a situação de vocês é complicada demais.<br />
- Vocês continuarão sendo amigos?<br />
- Não sei dizer. Sinceramente não sei. - ela suspirou. - Sinto muito por tudo isso. Estraguei tudo.<br />
- Você não estragou nada. Não foi culpa sua ele ter caído dali, muito menos ter se tornado um idiota depois disso.<br />
- Acha que as coisas vão voltar ao normal? Acha que ele vai recobrar a memória? E se ele nunca mais me perdoar? - perguntou, e parecia triste com a possibilidade de perder o amigo.<br />
- Um dia, tudo isso vai ser só uma vaga lembrança de tempos distantes e incertos. As pessoas que eu amava e perdi.... eu sequer sabia sua cor favorita, ou o que panejava para o futuro. Sigo firme pensando que um dia vai parar de doer. Talvez nunca pare. Mas a vida é assim. E se ele nunca perdoar você, se nunca mais me amar... vamos ter que seguir em frente mesmo assim.<br />
- Acha que pode me amar algum dia? - perguntou, virando-se completamente para mim.<br />
- Não quero mentir para você. Ainda amo Justin. Preciso me livrar desses sentimentos antes, estar livre primeiro para mim mesma, antes de me apaixonar de novo. Não quero usar você para esquecê-lo, e não quero que pense que é isso que estou fazendo. Preciso de um tempo para mim, entende?<br />
- Sei o que quer dizer. - ela sorriu fraquinho. - Sabe, me apaixonei por você desde a primeira vez que te vi. Quando descobri que você era a namorada do meu grande amigo, decidi te odiar, porque assim seria mais fácil não trair a confiança dele ou de fazer alguma bobagem. Com isso você me odiou automaticamente, porque, vamos ser sinceras, sei muito bem como ser irritante. - ri daquilo. Ri porque era verdade e porque entendi toda a antipatia do começo.<br />
- Sabe mesmo. - concordei.<br />
- Mas quer saber? Não adiantou muita coisa me afastar de você. Mas não vou forçar você a nada. Se um dia puder retribuir,vou estar aqui. - ela se aproximou e deixou um beijo em minha bochecha. - Agora tenho que ir.<br />
Observei-a enquanto se afastava, aliviada por ser tão compreensiva e uma pessoa maravilhosa. Dois ou três minutos depois, voltei para meu grupo de estudos, sentei e conversei sobre como seria desenvolvido o trabalho. Mas ainda tinha uma coisa a se fazer, e eu não podia esperar mais, apesar de querer muito. Precisava falar com Justin.<br />
[...]<br />
<i>Ouçam Claire De Lune - Skipping Stones</i><br />
Liguei para Ashley avisando que não iria com ela e os outros no carro. Quando a última aula do dia terminou, fui andando até um pub que ficava mais ou menos perto do campus. Pedi um café e uma fatia de bolo, Agradeci por não ter visto Justin durante todo o dia. Observei o céu cinza que se estendia infinitamente, pela enorme janela de vidro do lugar, Me sentia um pouco deprimida.<br />
Estava pensando nas consequências do que falaria para Justin e talvez até no que ele pensaria de mim se recobrasse a memória. Eu estava desistindo dele. E não tinha muita coisa a ser feita em relação a isso. Peguei minha agenda onde fiz anotações como comprar ração e novos brinquedos para Amora e materiais novos de arte, tentando focar apenas em mim. Já que é assim que seria daqui em diante.<br />
Agora chovia forte lá fora. A água fazia barulho quando batia no teto, o cheiro de grama molhada rondava o ar e tudo parecia acolhedor. Olhei ao redor, observando as pessoas e imaginando como seria suas vidas, se tinham tantos problemas quanto eu, se tinham olhos cansados ou não, ou se estavam felizes com a vida que tinham ou se desejavam ter mais. Foi assim que reconheci um par de olhos cor de mel, que já me encaravam há algum tempo. Talvez ele tivesse me visto chegar, pensei. Quanto tempo ele estava aqui?<br />
Fiquei nervosa quando ele suspirou e levantou, vindo na minha direção, então, sem saber porque fiz isso, deixei uma nota de vinte pratas na mesa e levantei, abrindo a porta. Do lado de fora a chuva parecia ainda mais forte, e já estava molhada quando tirei meu guarda chuva portátil da bolsa. Quando o abri, no entanto, percebi que estava quebrado, larguei com uma mistura de raiva e nervosismo na primeira lixeira que vi pelo caminho.<br />
- Anna! - ele gritou atrás de mim. Quer saber? Acabe logo com isso, pensei. Me obriguei a virar e esperar que ele viesse até mim, se parecer se importar em estar totalmente molhado, assim como eu. Tentei ignorar o quanto ele estava bonito.<br />
- O que você quer?- perguntei, quando ele parou na minha frente, um braço de distância.<br />
- O que eu quero? Quero entender o que aconteceu naquela noite. - ele estava calmo quando falou.<br />
- Bacana pra você... estou tentando entender minha vida inteira. Mas em resposta, foi exatamente o que viu.<br />
- Você beijou minha amiga. - acusou ele.<br />
- Sim, beijei.<br />
- E não devia ter feito isso.<br />
- Você está brincando comigo. - acusei de volta. Dei um passo a frente. - E não devia ter feito isso.<br />
- Brinquei com você? Pelos céus, Anna Mel! Você ainda não entendeu minha situação? Eu não lembro de merda nenhuma! Minha cabeça está confusa. Cada um que diga uma coisa e nunca chego a uma conclusão... está tudo embaralhado na minha cabeça. Como quer que me concentre em você? Como pode dizer que estou brincando com você? Eu jamais faria isso.<br />
- Jamais? - eu ri. - Tá. Finjo que é verdade.<br />
- Como é que é?<br />
- Eu entendo, muito mais do que pensa, pelo que está passando. Sei que não é fácil. E não estou te obrigando a se concentrar em mim, a única coisa que eu queria era que você se lembrasse de nós. Dos seus amigos, seu cachorro, sua namorada, sua faculdade, sua vida, Mas você não pode brincar comigo. Uma hora diz que está tentando achar o caminho de volta pra mim, dá a entender que sente algo por mim e me enche de falsas esperanças. Basta apenas uma morena gostosa te dar atenção que você ignora tudo isso. Não sou sua válvula de escape, não sou um brinquedo, sou uma pessoa. Com sentimentos. E estou cansada de sofrer.<br />
- Nunca tive intenção de brincar com você. Mas tente me entender, por favor.<br />
- Tente entender a mim, só por um segundo. Você pode ter perdido a memória, mas eu perdi pessoas que eu amo. E não posso fazer nada para mudar isso. Mas posso mudar as coisas em relação a você. Não vou permitir que me magoe, de qualquer maneira que seja. Me recuso. Por isso, Justin, se decida de uma vez. Não posso esperar você pra sempre, não assim. Já chega! Chega de sofrer. Quero viver minha vida, ser feliz, estou cansada de tudo isso. Vou você me ama, ou me deixa ir.<br />
Ele não me interrompeu uma única vez, e aproveitei para dizer tudo que pensava e sentia. Quando terminei, ainda chovia forte, estava completamente molhada e ele ainda olhava pra mim. Abriu a boca uma, duas, três vezes, mas nenhuma palavra saiu dela. Decidi não esperar mais, mesmo que doesse muito fazer aquilo.<br />
- Eu faço isso por você. - suspirei, vendo aqueles olhos castanhos completamente perdidos, ainda amando-o, e prometi ser a última vez a encará-lo daquela forma. - Adeus, Justin. Tenha uma boa vida.<br />
Me virei e continuei andando, deixando-o parado na chuva, sem olhar pra trás.<br />
<br />
<br />
<b><i>NOTAS</i></b><br />
Oi oi gente! E então, o que acharam do cap? Espero que tenham gostado. Beijos e até a próxima.<br />
<b><i>Roupa da Anna:</i></b> https://lh4.googleusercontent.com/-tGrAjsxDaxw/VNlIqibUHgI/AAAAAAAAApE/_2wPkkR5UUI/w928-h1353/0009.png<br />
<h1 class="yt watch-title-container" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #222222; display: table-cell; font-family: Roboto, arial, sans-serif; font-size: 24px; font-weight: normal; margin: 0px 0px 13px; padding: 0px; vertical-align: top; width: 824px; word-wrap: break-word;">
<br /></h1>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-5853685321382402552015-07-17T15:05:00.003-07:002015-07-17T15:05:46.645-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 26 - Elastic Heart<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUZOXNQMmqMRZqPbwvdF9bDG0sYdnXYGodrnmi7UDDP-z41BxDvZzFiPXO0nH_W7141sUh1CrsRrO-fAZoRI2w9BpQdlga170nsRFgAK4Is-b5tmm1w1n65lhXFOFN_GgGC0hxkVCLp1UY/s1600/Wesley-and-Aria-3-pretty-little-liars-tv-show-33440755-500-250.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUZOXNQMmqMRZqPbwvdF9bDG0sYdnXYGodrnmi7UDDP-z41BxDvZzFiPXO0nH_W7141sUh1CrsRrO-fAZoRI2w9BpQdlga170nsRFgAK4Is-b5tmm1w1n65lhXFOFN_GgGC0hxkVCLp1UY/s1600/Wesley-and-Aria-3-pretty-little-liars-tv-show-33440755-500-250.gif" /></a></div>
<br />
<br />
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<b><i>POV ANNA</i></b><br />
É, as aulas tinham voltado. Férias sempre parecem passar tão rápido, e sempre fico impressionada com isso. Justin e eu estávamos nos aproximando, o que parecia ser bom, mas em compensação, ele ainda não lembrava de nada. E tinha uma garota tentando conquistá-lo, coisa que eu tentava ignorar, mas era difícil.<br />
Outra pessoa de quem me aproximei ainda mais nas férias foi Sara. Eles ficaram conosco na mesma casa durante todas as férias, e até dividi meu quarto com ela durante esse tempo. Mas nos últimos dias ela começou a ficar estranha, como se estivesse me evitando. O fato é que, ao menos não que me lembre, eu tenha dito ou feito algo que a ofendeu, depois das férias, ela simplesmente passou a me evitar de um jeito tão óbvio que fiquei com medo de perder sua amizade.<br />
Dobrei o corredor, voltando meus pensamentos para Justin e para a garota que estava paquerando ele, e o fato de fazerem o mesmo curso e serem da mesma turma. Pensei se teria chances contra ela, mas aquilo era inútil. Quer dizer, tivemos toda as férias toda juntos e mesmo assim nada aconteceu. Ele não era mais meu Justin, apesar de amá-lo como se fosse. Mas tudo tinha acabado. E a dura realidade de que teria de seguir em frente sem ele era aterrador.<br />
Então decidi focar nos estudos. E na Amora. Nos meus amigos. E na maravilhosa oferta de trabalho no restaurante do meu professor de culinária se eu ficasse ainda melhor na cozinha. Isso me ajudava e era por isso que não queria ficar parada. Pensar nas pessoas que perdi só iria me deixar ainda pior. Estava tão ansiosa para me manter ocupada, que até aceitei ajudar a comissão da faculdade a organizar uma festa de boas vindas depois das mini férias de abril. Também fui as compras com as garotas e compramos os trajes perfeitos para a festa de hoje a noite. Sara foi conosco, mas me evitou o quanto pode. Dessa vez, resolvi deixá-la em paz.<br />
Abri a porta do banheiro e fui direto conferir minha aparência no espelho. Lembrei que o professor de história da arte concedeu apenas poucos minutos para essa minha saída. Lavei as mãos e conferi a maquiagem e também o cabelo, quando a porta de um dos box's se abriu atrás de mim e o reflexo de Sara surgiu no espelho.<br />
Ela parou por um segundo quando me viu ali, enquanto eu observei seu olhar espantado por alguns segundos antes de me virar pra ela, com um sorriso tímido.<br />
- Oi Sara. - falei.<br />
- Eu preciso ir agora. A gente se fala mais tarde. - respondeu, andando até a porta, não chegando a alcançá-la porque segurei seu braço para impedi-la de ir embora.<br />
- Você está me evitando. - acusei.<br />
- Não estou.<br />
- É claro que está e não finja que não sabe disso. - cortei. - Sinto se fiz ou disse algo que ofendeu você, não tive intenção. - larguei o braço dela esperando que ela pudesse me esclarecer o que houve.<br />
- Você não fez nada. Só estou com muita pressa nesses últimos dias. - ela sorriu de lado, dando um passo pra trás. - A gente se vê na festa. - ela disse, fugindo de novo. Com um suspiro cansado, terminei o que fazia e voltei pra sala de aula. Seria um longo dia.<br />
[...]<br />
- Deixe por isso aqui. - a loira me parou no meio do caminho para arrumar alguma coisa que estava no meu cabelo. Sara e Caitlin pararam um pouco mais na frente, em uma conversa animada. O som era abafado do lado de fora, e eu podia imaginar que o lugar estava cheio. Os garotos chegaram antes de nós, e eu temia ver Justin com aquela garota. Tentei não pensar nisso.<br />
- Estou orgulhosa de você, caso não sabia. - disse ela, quando terminou o trabalho.<br />
- Orgulhosa? Você não tem motivos pra estar orgulhosa. - fiquei tão confusa quanto poderia.<br />
- Porque acha que não tenho motivos? - ela cruzou os braços.<br />
- Porque fiquei em negação, fugi da situação, e além de tudo estou irritada porque tem uma garota qualquer tentando conquistar meu ex.<br />
- Foram tempos difíceis e você é humana. É natural. Mas está aqui, não está? Enquanto ao Justin, você sabe muito bem o que pode acontecer ali. Talvez ele recobre a memória, talvez não. Nenhuma dor é eterna. Você vai ser feliz e eu vou sempre ser sua loira linda que você ama muito. - ri e a puxei para um abraço. Quando nos soltamos, disse que ela estava linda e ela respondeu dizendo que sabia disso. Quando nos juntamos as outras, entramos no salão, todas sorridentes, e percebi que estava certa. A primeira coisa que vi foram pessoas dançando e Caitlin e Ashley foram se juntar à Damon e Mike na pista de dança.<br />
Em silêncio, Sara e eu fomos até John. Do lado dele estavam as duas pessoas que eu menos queria encontrar.<br />
- Meninas. - John nos saudou assim que chegamos. - Encantadoras.<br />
- Nós sabemos. - respondeu Sara, e não pude conter uma risada. Isso fez com que Justin e a garota com quem conversava percebessem nossa presença. Ela era mais alta que eu, morena, e mais corpulenta. Atendia pelo nome de Amber. Ele parecia feliz em nos ver.<br />
- Oi gente. - disse ele, e sorriu pra mim. Me forcei a sorrir de volta e não bancar a ciumenta. - Bom trabalho Anna. Esse lugar ficou incrível.<br />
- Verdade. Apesar das fotos do baile do ano passado parecerem melhor, você fez um bom trabalho aqui. O salão está "legal". - comentou Amber, se apoiando no ombro dele. Tentei entender se era uma alfinetada ou um comentário sincero.<br />
- O lugar está mais incrível que todos os anos anteriores. - Sara disse, olhando pra mim. Era a primeira vez em dias que ela falava comigo sem que eu precisasse me esforçar pra isso. Então, percebi que ela me defendeu de uma alfinetada de Amber.<br />
- Só fiz meu trabalho. Obrigada. - sorri pra ela, agradecida.<br />
- Naturalmente, ainda faltam...<br />
- Se você soubesse o que essa garota consegue fazer, ficaria de queixo caído. É a melhor namorada que Justin já teve. Apesar de não lembrar disso, é claro. - Sara cortou antes que Amber pudesse continuar, e vi ódio nos olhos dela com o que Sara tinha feito. Fosse como fosse, não se deixou transparecer por que Justin estava ali.<br />
- Eu gostei muito. - disse John, percebendo o clima tenso.<br />
- Eu também. - concordou Justin. - Você contratou um excelente Dj. - continuou elogiando, ajudando a mudar de assunto.<br />
- Demoramos tanto assim pra vir? - perguntou minha amiga, surpresa.<br />
- O que? Nem Drácula viveu tanto tempo quanto vocês gastam pra se arrumar. - John respondeu, mas parecia rir. Ele era estranho... mas eu gostava dele.<br />
- Somos quatro mulheres, John. O que você queria? E além do mais...<br />
- Não demoramos muito. - completei a frase pra ela.<br />
- Ainda bem que não esperaram por vocês. Dançamos muito, não foi? - Amber sorriu pra Justin, que só confirmou com a cabeça mas não sorria. Tive a impressão de estar desconfortável. Eu sinceramente não queria saber nada sobre eles. As coisas ainda ficaram piores porque, assim que ela terminou de falar, um grupo de pessoas puxaram Sara e John pelo braço, rindo e cantando, levando meus amigos para se divertirem, e bem longe de mim. E agora estávamos os três ali, em uma situação nada confortável.<br />
- Soube que sua mãe e seu avô morreram. Como é que você está?<br />
- Esse é um assunto que não quero discutir com você, nem com ninguém, Amber.<br />
- Só tentei ser gentil. Justin me contou que você estava muito triste e que precisava de ajuda. - olhei pra ele no mesmo instante, sem acreditar no que tinha ouvido. Esqueci o ciúmes, pois estava furiosa demais com ele, e nenhum olhar culpado que ele me transmitisse ia resolver.<br />
- Bom, eu só falei que...<br />
- Pelo visto, você anda falando coisas demais. - cortei, falando alto o suficiente para ele entendesse que essa seria a palavra final. Não queria ficar mais um segundo sequer ali, nem saber até que ponto ele tinha falado alguma coisa. Saí de perto, me enfiei no meio da multidão, ignorei ele chamando meu nome. Andei até a outra ponta do salão, longe o suficiente dos dois, e dei uma boa olhada no lugar.<br />
Quantas pessoas sabiam disso? E do que sabiam? Até onde ele tinha aberto a boca, e até onde Amber se esforçou pra espalhar fofocas sobre a ex do cara que ela pretende ter algo? Ele não era assim, de contar coisas pessoais minhas pra qualquer um. De fato, ele tinha mudado. Peguei um copo de refrigerante na mesa, e dei um gole bem grande. Quando olho pra frente novamente, vejo Sara vindo na minha direção.<br />
- Que merda eles fizeram? - perguntou assim que parou na minha frente. Contei a ela o que houve. - Quer saber? Eles que se danem! Vem cá. - ela tirou o copo da minha mão, deixou na primeira mesa que viu e me puxou pra pista de dança.<br />
- O que você está fazendo?<br />
- Te puxando pra dançar, o que acha? - respondeu. - Esqueça aqueles idiotas e dance. Se ocupe. Não é isso que está tentando fazer? - continuou ela. Respirei fundo, percebendo que ela tinha razão.<br />
Tive muitos minutos de paz, dançando com Sara. Encontramos os outros e dançamos juntos, rimos e apostamos quem era melhor. Era tão divertido que muita gente acabou se juntando ao grupo, Damon Mike e John começaram uma dança maluca pra fazer graça. Vi Justin do outro lado do salão, olhando pra nós, com medo de se aproximar do grupo, com Amber do lado. Não deixei que isso tomasse lugar nos meus pensamentos. Pelo menos até ela dar um beijo inesperado nele. Não quis ficar mais ali, ou saber se ele tinha gostado ou não.<br />
<i>Ouçam Sia - Elastic Heart</i><br />
Todos estavam distraídos demais quando saí. Consegui me controlar bem até estar do lado de fora do corredor. Empurrei um vaso de vidro com plantas dentro no chão, uma mesinha, o cartaz da festa de hoje. Estava bem silencioso desse lado, e cada coisa que eu quebrava parecia fazer um barulho horrível. Mas não me importei nenhum pouco. Deixei as lágrimas caírem. E foi assim até eu chegar na área externa. Só parei no meio da ponte de madeira que estava sobre o laguinho que dividia o campus, com os dormitórios do outro lado deste. Pus as mãos no corrimão e me permiti respirar fundo.<br />
Eu deveria saber que isso aconteceria um dia, mas admito que, não estava preparada. Olhei pra lua, e era como se a cena se repetisse várias e várias vezes, o beijo, Justin e outra garota. Era o ponto final. Eu sabia que tudo tinha acabado, mas a confirmação era bem pior, apesar de necessária. Respirei fundo uma, duas, três vezes.<br />
- Ele é um idiota. - virei pra trás ao ouvir a voz de Sara. Não limpei meu rosto. Logo, ela estava bem na minha frente.<br />
- Você está bem mais falante hoje. Porque se afastou de repente? Eu fiz algo errado? - perguntei. Não queria falar de Justin. Já tinha demais dele na minha cabeça, ele e seu beijo com Amber. Ela respirou fundo antes de responder.<br />
- Eu sei. Sinto muito. É que estava sentindo coisas que não deveria, e temi tomar uma atitude e trair a confiança de um amigo. Mas percebi que ele está errando demais, e não merece toda essa cautela.<br />
- Do que você está falando? - perguntei confusa.<br />
- Não sei se vai gostar disso, mas eu sou gay. - ela disse.<br />
- E?<br />
- Não ficou surpresa? - perguntou. Parecia nervosa.<br />
- Bom, surpresa sim. Mas se isso te faz feliz, eu fico feliz também. Ser gay não é um defeito, Sara.<br />
- O ruim não é isso. É de quem eu gosto.<br />
- De quem você gosta? E o que isso tem haver com você ter estado tão distante nesses últimos dias?<br />
- Tem haver porque estou apaixonada por você, Anna. - fiquei ainda mais surpresa quando ela segurou meus ombros e me beijou. Nunca pensei que isso pudesse acontecer entre nós, mas comecei a entender o receio dela de ficar perto de mim, do jeito que me olhava ou quando parecia que estava massageando minha pele quando me ajudava com o filtro solar. Mas não recuei. Acabei retribuindo aquele beijo doce de uma pessoa que gostava tanto de mim.<br />
- Que merda é essa? - nos separamos quando ouvimos a voz indignada de Justin, parado no começo da ponte.<br />
<br />
<br />
<b><i>NOTAS</i></b><br />
Oi gente. Passei um tempão sem postar, sinto muito. Espero que alguém ainda leia esta fanfic. Se sim, espero que tenham gostado do cap e me perdoem pela demora. Beijos e até o próximo :)<br />
Roupa da Anna: http://data2.whicdn.com/images/30612372/large.jpg<br />
Roupa da Cait: http://data3.whicdn.com/images/114423552/large.jpg<br />
Roupa da Ash: http://data2.whicdn.com/images/113453344/large.jpg<br />
Roupa da Sara: http://data.whicdn.com/images/147792874/large.jpgAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-4952921891279682242015-05-09T19:49:00.000-07:002015-05-09T19:49:08.424-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 25 - Chamo Isso de Amor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbyGzu3Z2ca2P9K8RN8rhtHPRn-o-sxl7tMSitD6SXNzk6k4Tu-nMA9iAuvdvTRQOUo9VFt2-il5bDYCHV5xNEnnX7c98SkqDFPt2W4oAkMUzASzlFOwATrxbflb03s_b4FEBrY7mj-3c3/s1600/fanfiction-idolos-justin-bieber-yellow-raincoat-837039,060620132042.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbyGzu3Z2ca2P9K8RN8rhtHPRn-o-sxl7tMSitD6SXNzk6k4Tu-nMA9iAuvdvTRQOUo9VFt2-il5bDYCHV5xNEnnX7c98SkqDFPt2W4oAkMUzASzlFOwATrxbflb03s_b4FEBrY7mj-3c3/s1600/fanfiction-idolos-justin-bieber-yellow-raincoat-837039,060620132042.gif" /></a></div>
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
Vou tentar resumir meu dia, que por sinal, foi uma loucura! Uma verdadeira montanha russa de emoções.<br />
Então vamos começar do começo.<br />
As coisas estavam bem no inicio da manhã. Muito bem mesmo. Quando acordei, Anna estava fazendo panquecas. A mesa tinha comida suficiente para oito pessoas comerem até não suportarem mais. Até Sara e John estavam lá. Todos estavam rindo, sentados na mesa de jantar. Amora e Collin perseguiam um novelo de lã, e os outros dormiam preguiçosos ao lado de seus donos; ou o mais próximo disso que podiam. Todos pareciam felizes como nunca antes visto; ao menos pelo que lembro, que não é lá muita coisa. Sentei ao lado de Sara, que comia uma banana.<br />
- Não é tão ruim assim. - reclamou a loira, do outro lado da mesa.<br />
- Esse tipo de coisa faz com que sinta vontade de me jogar do ponto mais alto do prédio da faculdade. Como a Angelina fez. - respondeu Damon, mordendo uma torrada. A loira parecia irritada.<br />
- Se bem que disseram que ela já caiu morta. - corrigiu Caitlin.<br />
- Bom, pelo menos a vadia não tomou a decisão de morrer sozinha. - continuou Damon, com um sorriso.<br />
- Será que vocês, por favor, pessoas más que deveriam me amar muito, focar no problema principal? - interrompeu a loira, no momento exato em que John ia fazer uma piada a respeito. Me arrumei na cadeira, confuso em saber qual era o "problema principal" ao qual ela se referia, e mesmo minha amiga Sara me advertindo com o olhar, fiz a pergunta que, segundos depois, percebi que não deveria ter feito.<br />
- E qual é o "problema principal", loira? E porque está tão chateada? - perguntei. Ela largou a torrada com pasta de amendoim com um suspiro em cima do prato.<br />
- Ninguém quer assistir meu filme comigo, acredita, pessoa que me ama? Ingratos! Todos vocês! - ela apontou para as pessoas na mesa. - Eu sou tão generosa em permitir que admirem minha beleza todos os dias, e como vocês me agradecem? Não querem nem assistir meu filme favorito comigo, e eu nunca peço nada em troca.<br />
- Na verdade, se você nos deixa "admirar você" todos os dias e quer que assistamos o filme com você, isso<i> é</i> pedir algo em troca. - corrigiu Damon, que logo se ocupou com sua porção de ovos com bacon para não encarar a loirinha e sua carinha que dizia claramente "vou arrancar todas as suas unhas se não calar a boca agora".<br />
- E qual é o nome do filme?<br />
- <i>Querida, Querida Unha</i>. É um filme excelente, Justin. Você deveria ver. - sugeriu ela.<br />
- Querida Querida...<br />
- É um documentário sobre unhas. - Anna me interrompeu, trazendo um prato cheio de panquecas pra nós e com bastante molho. Sentou do lado da loira, o único lugar vago. - E, acredite em mim, você não quer mesmo ver.<br />
- Hey, abelha, assim não dá! Vai que <i>agora</i> ele gosta do meu filme.<br />
- Documentário. - corrigiu Mike.<br />
- Isso também.<br />
- Esperem um momento. Como assim, <i>agora</i> eu vou gostar? Eu já assisti isso? - perguntei, confuso.<br />
- Já sim, mas é que agora você está falecido de memória e não lembra. - explicou Ashley.<br />
- Desfalecido de memória? - Sara olhou estranho para Ash que deu de ombros.<br />
- Gostaria de saber quem fez esse documentário, só pra dar neste ser humano cruel um banho de esmalte preto, aliás, de todas as cores, só pra ele aprender uma lição. - comentou John, enquanto repassava o prato de panquecas. Peguei as minhas e passei o prato para Sara<br />
- Você já assistiu? - perguntei.<br />
- Não tive como impedir. - ele fez cara de sofrido e todo mundo na mesa riu. Mike continuava com suas risadinhas tímidas, enquanto a irmã dava um sorriso de lado estilo Mona Lisa. Pensei que o choro de ontem tinha, afinal, ajudado. Sem falar que dormi muito mal noite passada, minha mente fixa no momento em que ela me beijou.<br />
- Vocês, de fato, não sabem apreciar uma obra de arte! - disse Ashley, pondo mais calda de chocolate em suas panquecas. - Espero que um dia, Deus ilumine a cabecinha de vocês e finalmente percebam que sempre estive certa, que sempre estou certa e que sempre estarei certa. Mas ainda, infelizmente, não me ouvir é um mal que acomete a família americana e canadense e brasileira.<br />
- Ainda bem. - comentou Sara. Dessa vez, todo mundo gargalhou. Sem exceção. Até Ashley que, mesmo meio brava com o comentário de Sara, deu uma risada antes de ficar séria de novo.<br />
- É mesmo, é? - levantou e todos nós a olhamos ao mesmo tempo quando ela fez isso. - Sabem a ida à praia de hoje? Esqueçam.<br />
- O que vamos fazer hoje, então? - perguntou Anna, confusa.<br />
Em troca, Ashley deu uma risada maléfica. Ou que ela achava que era maléfica.<br />
[...]<br />
É, eles estavam certos. Redondamente certos. Ashley era a única que tinha um sorriso de um canto ao outro dos lábios, os olhos vidrados na tela da TV, tão empolgada com o filme que não tirava os olhos da tela. Os outros dormiam. Damon cochilava com a cabeça no colo da loira, Anna dormia apoiada em Sara que estava apoiada em John que se apoiava em Cait que fazia o mesmo com Mike. A loira e eu eramos os únicos que estávamos acordados.<br />
Era um documentário bem maluco, que finalizava com a frase "Cuide bem das suas unhas e elas vão te agradecer". Quando <i>Querida, Querida Unha</i> acabou e a loira percebeu que o pessoal acabou dormindo, choramingou para mim.<br />
- Viu só, pessoa que me ama? Eles dormiram. De novo.<br />
- Não fique triste. - tentei. - Até que gostei do seu documentário. - menti e vi que ela abriu um sorriso.<br />
- Sério?<br />
- Sim, ele é bem... hmm... curioso. - <i>curioso</i> para dizer o mínimo, pensei. Mas ela parecia bem contente.<br />
- Viu só? Eu disse pra abelha que dessa vez você ia gostar! - ela sorriu ainda mais, apertando minha bochecha. Doeu um pouco, mas não disse nada. - Vamos assistir de novo quarta que vem? Certo! - perguntou e depois deu a resposta por mim. Enquanto eu percebia que teria que assistir aquilo mais uma vez, ela acordou todo mundo com gritos entusiasmados. Se eles estavam assustados com os gritos dela? Quem se importa? Eu vou ter que assistir <i>Querida, Querida Unha</i> de novo!<br />
Bom, depois que todo mundo tinha reabastecido as energias, fomos a praia. Enquanto os outros arrumavam as coisas, contei para Sara, John e Anna minha conversa com a loira e o quanto eu só pensava que tinha que voltar a assistir aquele documentário. Eles riram de mim, é claro, mas a parte boa dessas risadas é que Anna estava entre as pessoas que riam. E era muito, muito, muito bom mesmo ouvir o som da risada dela. Ela parecia menos triste, o que já era um grande avanço, considerando o quanto Anna é durona. E de repente, contar aquilo valeu a pena.<br />
- Vocês podem ajudar aqui, ou está difícil? - Damon gritou de onde estava. Ele e Mike precisavam de ajuda com o guarda sol e John e eu fomos ajudar. As garotas estavam usando protetor solar, passando o creme umas nas outras. Discretamente, observei Sara passar a loção nas costas de Anna, que agora vestia apenas o biquíni verde que lhe caía tão bem, e imaginei não Sara, mas eu, a pessoa quem destruiria a loção no corpo dela. Imaginei se a pele dela era tão macia quanto parecia e como queria ser as mãos de Sara, quando Mike me deu um peteleco na orelha.<br />
- Vai ficar cego se olhar demais. - ele riu e eu fiquei muito envergonhado. Arrumei o óculos e olhei para o mar, já que era bem pior observar o sorriso que ele tinha estampado na cara. Pior do que fazer, era ser pego. E fui pego com a boca na botija. - Relaxa cara. Não vou querer te bater ou outra coisa; você só estava olhando, apesar de que espero que não com segundas intenções "barra" pensamentos. - disse ele. Me apressei em assegurar-lhe que eu nunca faria isso com a irmã dele e ele assentiu com a cabeça.<br />
- Como vai você? De verdade? - perguntei pra ele.<br />
- Em relação ao senhor que morreu no meu ombro, quase neste mesmo lugar? Estou mal. - respondeu com um suspiro. - Você sabe que é o tipo de dor que não passa, a gente só aprende a conviver com ela. É o que estou fazendo. E acho que Anna também, do jeito dela, claro. Cada um tem seu jeito de lidar com a morte.<br />
- Tem algo que eu possa fazer por você?<br />
- Infelizmente não. O que nos deixaria feliz seria ter meus pais e avôs de volta, mas isso é impossível, então não há nada a ser feito. Eu só peço que não magoe minha irmã ainda mais. Não dê esperanças desnecessárias. Ela ainda te ama e não merece sofrer mais do que já está sofrendo. Já é o bastante, não é? - concordei com a cabeça, e fiquei admirado com a maturidade dele. De fato, Mike era a pessoa mais madura que conheci, pelo menos pelo que me lembro.<br />
- Acho que estou apaixonado por ela. - falei mais rápido do que gostaria, apesar de jurar a mim mesmo que não contaria isso a ninguém até ter certeza absoluta. Ele só me olhou por uns instantes, como se precisasse pensar no que dizer. Eu nem sabia porque tinha dito aquilo.<br />
- Certo. - foi o que ele disse, ainda um pouco surpreso com a rapidez da informação.<br />
- E não sei o que fazer. Estou completamente confuso. Quer dizer, eu a amei muito antes? Posso amar de novo, ou preciso lembrar de tudo para...<br />
- Você já amou uma vez, Justin. Pode amar de novo.<br />
Quando ele já estava razoavelmente longe de mim, ajudando os rapazes com as coisas, voltei a olhar para ela. E sorri.<br />
[...]<br />
<i><b>Ouçam Lionel Richie - I Call It Love</b></i><br />
- Qual é, eu sei que fui melhor no arremesso. Mesmo sem os óculos. - me gabei quando já estávamos fora d'água. Anna bateu em meu ombro, o que me fez rir mais. Andávamos juntos pela areia da praia até onde estavam nossas coisas. Tinha sido um dia muito divertido, e eu estava me gabando naquele momento de saber jogar bem vôlei. Mas ela não parecia nenhum pouco chateada por isso. Na verdade, parecia diverti-la. Me perguntei se já tinha feito aquilo antes.<br />
- Você roubou, estou dizendo. - retrucou, balançando a cabeça com um sorriso tímido nos lábios. Ela estava linda, ainda mais linda, com aquele biquíni que destacava ainda mais suas curvas perfeitas, os cabelos e corpo molhados, as bochechas rosadas e os olhos que pareciam ainda mais verdes e ainda mais brilhantes. Nos sentamos no pano estendido sobre a areia, em baixo do guarda sol, lado a lado, separados apenas por alguns centímetros.<br />
- Achei ofensivo. - ela riu. Foi inevitável. E ri junto, ainda olhando pra ela.<br />
- Eu cozinho para você, mantenho sua barriga cheia da melhor comida que vai provar em toda vida e ainda sim diz que foi ofensivo? Deveria te dar uns bons chutes no traseiro por isso. - ri de novo.<br />
- Se você alcançar. - dei de ombros. Ela me olhou de cima a baixo, como se estivesse se decidindo sobre o que fazer, então, levantei depressa e saí correndo pela areia, com ela atrás de mim.<br />
- Volte aqui, imediatamente, ou você vai ser incapaz de sentar por meses. - ela berrava, mas eu podia ouvir o riso em sua voz. Então ri ainda mais, entrando na água, sabendo que lá, seria mais difícil dela me chutar (porque eu tinha certeza de que ela conseguiria se estivéssemos em terra, ouvi Damon e Ashley falarem demais para ter certeza absoluta disso. E Damon disse que um chute no traseiro era garantido, não importa a altura da vítima). Anna veio atrás de mim, mas já estava tão cansada e respirava tão rápido que a segurei até que ela tivesse se recuperado um pouco da corrida. Resolvi brincar com ela.<br />
- Isso que dá ter pernas curtinhas. - brinquei, rindo. E foi aí que a coisa ficou estranha. Ela estava rindo no começo, mas as risadas se transformaram em choro. Um choro contido e baixinho, mas ainda sim um choro. E pude sentir a agonia dela. Me arrependi imediatamente de ter feito aquela piada. - Me desculpe, por favor. Perdão. Não queria chatear você, só estava brincando. - tentei me desculpar, mas ela negou com a cabeça, olhando pra mim.<br />
- Não estou chateada com isso, Justin. - ela respirou fundo, tentando se acalmar. Enxuguei suas lágrimas, esperando ela voltar a falar. - Enquanto eu corria atrás de você, com o coração batendo tão rápido e com o pulmão procurando por ar e as pernas cansadas, percebi que estou viva. Vivíssima! - ela voltou a chorar de novo. E entendi onde ela queria chegar.<br />
- Eu sei. Eu sinto muito. Muito mesmo!<br />
- É horrível, finalmente cair a ficha que ele não vai mais voltar. Que nunca mais vai correr como nós, sentir o cheiro do mar o vento nos cabelos, ouvir uma boa música, comer um belo café da manhã, sentir o coração bater rápido no peito, ler um bom livro, ou ver os netos se formarem na faculdade e se casarem. Eu percebi que estou viva e ele não. E dói tanto. Só quero que pare de doer. - ela parecia derrotada de novo, totalmente perdida. Toquei seu queixo com o dedo indicador e ergui lentamente a cabeça. Ela já não se preocupava em esconder as lágrimas.<br />
- É horrível mesmo. Mas quer saber? Um dia, vai deixar de doer. E aí, você vai lembrar dos bons momentos que teve com ele e pensar no quão sortuda foi por ter estado com ele. E isso vai encher seu coração de alegria, porque tenho certeza que ele gostaria de encher o coração de vocês de alegria e amor ao lembrar dele. E enquanto ele estiver em seu coração, ele sempre estará com você.<br />
- Obrigada. - ela sorriu fraquinho e me abraçou forte. Anna apoiou a cabeça na curva do meu pescoço enquanto minhas mãos rodeavam sua cintura de forma protetora. Fiquei feliz por estar vivo para sentir a respiração dela em meu pescoço. Voltei a falar.<br />
- E não, você não me perdeu. Só estou tentando achar meu caminho de volta pra você.<br />
<h1 class="yt watch-title-container" style="background: rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #222222; display: table-cell; font-family: arial, sans-serif; font-size: 24px; font-weight: normal; margin: 0px 0px 13px; padding: 0px; vertical-align: top; width: 824px; word-wrap: break-word;">
<br /></h1>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-17337926308437729702015-04-19T22:23:00.001-07:002015-04-19T22:23:15.717-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 24 - Férias de Verão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnQJtnZqTcBy3aA-q5alYzTph18T3gUZhdk72i-oWXaOS4W36h229H5y1XHdglHmYuKBMIs0ORhDfhy4PadRYOhpjdhbA83HmD35_viOuj2VLZx8A7wIq8ggXV0PVixgG7MWm7GAH_Cfd8/s1600/tumblr_ma7habgDRl1rzrmn8o1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnQJtnZqTcBy3aA-q5alYzTph18T3gUZhdk72i-oWXaOS4W36h229H5y1XHdglHmYuKBMIs0ORhDfhy4PadRYOhpjdhbA83HmD35_viOuj2VLZx8A7wIq8ggXV0PVixgG7MWm7GAH_Cfd8/s1600/tumblr_ma7habgDRl1rzrmn8o1_500.gif" /></a></div>
<br />
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
Férias de verão.<br />
Isso mesmo. Sempre gostei muito das férias de verão, apesar de gostar muito mais de aprender. Uma pausa para relaxar era sempre ótimo, e as vezes, até mesmo uma coisa necessária. E eu até que estava precisando parar e por os pensamentos em ordem. Preciso admitir que algumas coisas estão começando a aparecer. Apesar de serem vagas, é claro. Mas lembro, por exemplo, da primeira vez que falei com Anna Mel, e também da formatura. A mais confusa é uma em que eu, aparentemente, estou tentando tomar mais remédios do que um ser humano poder suportar, mas estou nervoso demais e não consigo abrir a tampa. É quando Anna aparece e briga comigo para tirá-los de mim. Mas a lembrança termina aí.<br />
Ninguém ainda sabe disso, é claro. Nem mesmo meus amigos, Sara e John. Até porque são poucas e confusas demais para que <i>eu</i> mesmo entenda. É difícil por em ordem cronológica. Outra coisa com a qual me sinto ainda mais confuso é o que realmente sinto em relação a baixinha que ainda está deprimida demais para se divertir. Sinto que posso estar <i>"afim"</i> dela, mas não a amo. Acho. Ou até apaixonado. É. Acho que posso estar apaixonado por ela. O fato é que ela é simplesmente encantadora, mesmo quando está triste. Enquanto todas as meninas passavam protetor solar e conversavam alto, entre risadas e os garotos comiam algo da cestinha de piquenique, ela estava na sombra de uma árvore, lendo <i>Em Chamas</i>. Ela estava lendo muitas distopias ultimamente.<br />
Tirei a camisa, ficando apenas de calção de banho e fui até ela.<br />
- É bom? - perguntei me referindo ao livro, assim que sente ao lado dela. Ela levantou devagar a cabeça, e me olhou como se não acreditasse que eu tinha interrompido a leitura dela.<br />
- Bem... eu ainda estou na metade. - mostrou o livro com seu dedo marcando o meio das páginas. - Mas como está valendo muito a pena, posso dizer que é bom.<br />
- Legal. Sabe, eu leio de tudo, mas gosto mesmo é de fantasia fantástica e ficção científica. Você já leu Star Wars ou O Guia do Mochileiro das Galáxias? - perguntei, tentando iniciar uma conversa. Digamos que, depois que perdeu o avô, ela não está tão <i>comunicativa</i> como antes.<br />
- Parei na metade do terceiro livro do Guia do Mochileiro das Galáxias. É engraçadinho, mas... sei lá!<br />
- Porque todo mundo diz isso, " é engraçadinho, mas... sei lá!"? - ri enquanto ela marcava a página e deixava o livro ao lado. - Quer dizer, eu gosto muito. Li muito rápido. Lembro que foi complicado conciliar os exercícios de matemática da escola com os livros.<br />
- Eu sei que gosta.<br />
- Sabe? - olhei confuso para ela.<br />
- Porque foi você quem me apresentou essa série. Na verdade, eu comecei a ler porque não aguentava mais ouvir você falando o tempo inteiro que iria reler e que eu deveria fazer o mesmo pois era muito bom. E quando comecei a ler o primeiro, você ficou tão empolgado, que quase me soltou um spoiler. E também ficou muito desapontado quando desisti da série. Mas eu prometi que voltaria para ela.<br />
- E voltou?<br />
- Não. - tive que rir disso. Primeiro por ser engraçado o modo como ela disse aquilo. Mesmo sem ter claramente a intenção. Segundo, por imaginar que meu outro eu estaria inquieto pela demora dela para retomar a leitura.<br />
- Então deve terminar. É muito bom.<br />
- Você me dizia isso também. E também roubava minha comida.<br />
- Não, eu não faria uma crueldade dessas! Jamais roubaria sua comida! - brinquei, o que me fez pensar ter visto um vislumbre de um sorriso no rosto dela.<br />
- Vamos dar uma caminhada. - levantei junto com ela. Ashley virou para nós, sem entender, já que nós estávamos nos afastando do grupo.<br />
- Hey, pessoal! Estão indo para onde? - gritou ela, acenando para nós.<br />
- Relaxa, vamos dar uma volta. Estamos com os celulares e dinheiro. Ligo qualquer coisa. - berrou Anna de volta, tranquilizando a amiga. Uma coisa engraçada é essa devoção feminina. Nessas últimas semanas, Caitlin e Ashley dormiam com Anna Mel, em uma tentativa de mostrar apoio e proteção (mas claro, em dias alternados para não tirar a privacidade que ela também precisava).<br />
- Lembrei da vez que te conheci. - contei, mesmo sem saber porque estava fazendo aquilo, quando eu tinha prometido para mim mesmo não fazer até ter uma quantidade suficiente para isso. Ou quando as coisas ficassem menos confusas. Ao meu lado, ela andava lentamente, e quando falou, sua voz soou não animada ou distante, mas sim cuidadosa.<br />
- Lembrou de quando me conheceu?<br />
- Sim. Bom, eu acho. A lembrança em si é quando eu estava andando pelo corredor da escola de cabeça baixa e de repente trombei em alguém. Esse alguém era você. Acho que te derrubei no chão, mas mesmo assim não ficou brava comigo. Levantou, sorriu pra mim e disse que estava tudo bem. Tudo é um branco depois disso.<br />
- É uma boa notícia, afinal. - disse mais pra ela do que pra mim. - E lembra de mais alguma coisa?<br />
- Minha cabeça está uma confusão danada. É difícil dizer o que é uma lembrança real de algo que minha cabeça cria. Mas estou me esforçando para lembrar. - assegurei para que ela não ficasse ainda mais triste.<br />
Eu me senti confortável ao lado dela, e por isso, talvez, tenha dito aquilo. E também por não ter muitas pessoas onde estávamos. Quando ela abriu a boca para me dar uma resposta, duas crianças passaram correndo por nós. Em seguida, um senhor que parecia ter quase setenta anos, corria atrás dos pequenos.<br />
- Voltem aqui, crianças! - gritava ele.<br />
- Você tem que pegar a gente, vovô. - gritou de volta o menininho, enquanto a garotinha do lado dele ria. Imaginei se Anna e Mike já brincaram assim com avô deles, se foram muitas vezes e se era divertido. Pensei em perguntar isso para ela, mas quando virei o rosto, vi que Anna não estava mais ao meu lado. Ela tinha parado de andar, e tinha ficado poucos passos atrás de mim. Fui até ela, confuso, mas entendendo a razão logo depois. Ela olhava pro mar, mas tinha lágrimas molhando seu belo rosto. Nunca a tinha visto chorar, por isso, não sabia o que fazer.<br />
- Estou bem. - afirmou, sem nem mesmo olhar pra mim, mas sabia que estava mentindo. O fato era que ela não estava aguentando mais.<br />
- Não, você não está. - cheguei mais perto, mas ela ainda evitava meu olhar.<br />
- Tá bom, não estou bem. Satisfeito? - quando finalmente se virou para mim, não se importou em fingir que não estava chorando, como sempre fazia desde o ocorrido. Fiquei triste por vê-la assim. - É que eu sinto tanta falta, que... que dói! Ele morreu, Justin. Oh meu Deus!... - aí ela começou a chorar de verdade. De soluçar. E eu a abracei o mais forte que pude, e Anna retribuiu meu abraço, escondendo o rosto na curva do meu pescoço. Ela dava leves tremidinhas por causa do choro, o que me fazia abraçá-la ainda mais forte.<br />
Me sentia triste por ela, como se quem estivesse passando por essa perda fosse eu e não Anna. Mas me peguei gostando daquele abraço. A verdade era que não queria mais largá-la. E não me importei nenhum pouco por termos ficado por horas ali, abraçados, enquanto ela se acalmava. Eu deixei beijos em seus cabelos, e disse que ia ficar tudo bem. E ia ficar tudo bem. Porque eu não ia deixar que mais ninguém a fizesse chorar. Nem mesmo eu.<br />
[...]<br />
O som das risadas foram abafados quando fechei a porta da sala. Caitlin e Damon contavam piadas. Mike estava dando risadas tímidas, muito tímidas mesmo, mas era um avanço. A noite estava fria em contraste com o dia ensolarado que tivemos. Anna estava parada na frente das escadas, apoiada na pilastra que sustentava o teto do terraço. Não tinha ninguém na rua. Meus passos até ela foram silenciosos e lentos.<br />
<i> Ouçam Kerli - Chemical</i><br />
- Oi. - falei quando parei ao lado dela. Pus uma das mãos nos bolsos, enquanto a outra arrumava os óculos.<br />
- Oi.<br />
- Você está melhor? - perguntei. Anna suspirou quando olhou pra mim. E seus olhos verdes encaravam os meus, castanhos. Me deixei levar pela beleza dos olhos dela e pelo som da voz de Anna. Parecia um anjo.<br />
- Como você consegue?<br />
- Não entendi.<br />
- Como você consegue ser tão amável? Tão confiável? Eu nunca chorei na frente de ninguém e, de repente, você aparece e... Meu Deus! - suspirou, dando um passo a frente, em minha direção. - Quer dizer, aquilo não deveria ter acontecido. Eu simplesmente chorei como um bebê e... Estou com raiva, muita raiva, porque não consigo não amar você e nem deixar de confiar. Porque eu te amo, Justin. Mesmo sabendo que perdi você. Assim como perdi meus pais, meus avós. E perder todos vocês é a pior coisa que já me aconteceu.<br />
- Você está com raiva de mim?<br />
- Estou. Porque essa situação toda me deixa maluca. <i>Você</i> me deixa maluca. Porque estar perto de você me deixa louca. E <i>não</i> estar perto de você, me deixa louca.<br />
E eu fiquei ali, parado como um idiota, olhando pra ela sem entender. Fiquei nervoso, com o coração batendo a mil, sentindo pela primeira vez uma vontade louca de beijá-la. Estava tentando não ficar nervoso quando ela andou até mim, segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou. Segurei sua cintura, amando a sensação maravilhosa da boca dela na minha. O beijo durou apenas alguns segundos; mas segundos suficientes para que eu nunca mais me esquecesse dele. E quando abri os olhos, encontrei os dela enquanto seu polegar acariciava meu rosto.<br />
- Eu tive semanas péssimas. Precisava disso. - explicou baixinho. - Boa noite, Justin. - ela soltou meu rosto devagar e caminhou para dentro de casa.<br />
E eu continuei lá, parado, com um sorriso idiota na cara.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-79155453751716494632015-03-30T10:19:00.002-07:002015-03-30T10:40:23.530-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 23 - Luto<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://24.media.tumblr.com/b51cbe872702d4b0a1165ca433015c3a/tumblr_mgzqjjZwc91r6hr20o1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://24.media.tumblr.com/b51cbe872702d4b0a1165ca433015c3a/tumblr_mgzqjjZwc91r6hr20o1_500.gif" /></a></div>
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
Na hora do jantar, duas semanas depois do enterro do avô de Mike e Anna, o silêncio entre os ocupantes da mesa já era esperado. Os irmãos estavam sentados lado a lado e falam apenas quando era necessário. O único som alegre era o dos cães que andavam de um lado pro outro pela casa, como se não tivessem a mínima ideia do que estava acontecendo. Eu tinha a estranha sensação de que Anna estava me evitando. Era como se não quisesse olhar pra mim. Ouvi uma conversa entre Damon e Ashley de que a baixinha sempre se fechava em seu mundo quando uma perda desse tipo acontecia. E que não sabia o que fazer pra ajudar, porque Anna Mel recusava ajuda. Mas ela precisava. E esse orgulho só piorava as coisas.<br />
O Spring Break se aproximava, e em uma semana, estaríamos viajando para Miami, onde iríamos passar essas férias. Nesse meio tempo, houve festas na faculdade e teria uma dessas amanhã a noite. Quando terminou, ela saiu da mesa e foi pro quarto com Amora seguindo a dona de perto. Foi quando Mike também se retirou, que a tensão entre nós acabou. Ashley suspirou tão profundamente que parecia que tinha ficado muito tempo sem respirar. Um detalhe é que a morena baixinha não cozinhava mais. E nunca mais a vi quando passava minhas noites em claro e ficava do lado de fora, vendo as estrelas. E senti falta daquilo porque desde aquele dia que ela quase me acertou a cabeça, nos víamos quase sempre durante as madrugadas de insônia.<br />
- Não aguento mais ver esses dois tão tristonhos assim! Parece que tá morrendo um atrás do outro da família deles, meu Deus! - desabafou a loira, deixando o prato vazio na mesa. - Sinceramente não sei como estão aguentando.<br />
- Não estão aguentando. - corrigiu Caitlin. E era verdade. Nenhum dos dois estava. Porém Mike estava um pouco melhor do que a irmã. - Temos que fazer alguma pra ela se distrair um pouco. Sei lá, tentar levar ela para a festa de amanhã. - sugeriu ela.<br />
- Duvido que queira ir, Cait. - respondeu a loira, frustrada.<br />
- Talvez o melhor a fazer seja deixar os dois passarem pelo luto sozinhos, como querem. Quando pedirem ajuda, vamos estar aqui. Como sempre estivemos. - o que Damon acabou de falar foi a coisa mais sensata que já ouvi depois dessas últimas semanas.<br />
<b><i>Ouçam: Taylor Swift - Safe and Sound</i></b><br />
Horas depois, todos estavam nas suas camas,assim como eu. Mas eu não conseguia dormir. Bem diferente de Collin, que parecia estar do décimo sonho. Desisti da minha tentativa ridícula de dormir e levantei da cama. Pensei em pôr os óculos, mas acabei desistindo e fui sem eles até o quarto dela. Abri a porta, e pela luz baixa do abajur, vi que ela estava acordada. Deitada de lado na cama, o rosto de na direção da porta, abraçada a cadelinha, que obviamente era uma companhia melhor do que um urso de pelúcia. Mas ainda sim, não disse nada quando me viu.<br />
Fechei a porta, agora atrás de mim, me deitei ao lado dela, e ficamos assim por alguns minutos.<br />
- Oi. - finalmente disse, baixinho. Ela só acenou devagar com a cabeça. - Sem dormir de novo? Já passam das duas da manhã, sabia? - minha tentativa de bronca "barra" piada não deu certo, obviamente. - Sinto muito por seu avô.<br />
- Eu também.<br />
- Quero te mostrar uma coisa. - levantei devagar da cama e sai do quarto.<br />
Ela me seguiu devagar, muitos passos atrás de mim. Cheguei ao jardim atrás da casa e deitei na grama. Durante todo esse tempo não olhei para trás, não descaradamente, é claro. Anna deitou do meu lado, alguns centímetros de distância. Não estava com Amora.<br />
- Hoje dá pra ver as estrelas. Olha. - eu falava baixo, mas sabia que ela podia me ouvir. E ela olhou pra cima. E fiz o mesmo, observando o céu estrelado que se estendia em sua vastidão infinita a cima de nós. - Acho que seu avô está em algum lugar por ai, perto daquelas outras duas, acho. Quem sabe até toda a sua família que morreu. - comentei, me referindo a um conjunto de estrelas.<br />
- Não tenho cinco anos, Justin.<br />
- Desculpe, eu só queria...<br />
- Ajudaria se parasse de me tratar como criança. Sei que nenhum deles está lá. - foi firme e direta. Acatei seu pedido. Parei de tratá-la como criança.<br />
- Você precisa parar com isso. Se trancar no seu próprio mundinho e esquecer de viver. Ignorar as pessoas e agir como se nada mais fosse importante. Ashley está ficando perdida, e as vezes a ouço chorar, mas graças a Deus, Damon sempre está lá para confortá-la. Você está magoando-a.<br />
- Estou magoando a loira? Vou te dar uma dica: meu avô morreu, Justin.<br />
- E isso te dá o direito de...<br />
- Me dá o completo direito. Sei que está me comparando com meu irmão, mas a forma como lidamos com a perda é totalmente diferente. E ela vai superar.<br />
- Não pode ser assim, Anna.<br />
- Seria muito melhor se parasse de me tratar como criança, parar de ter pena de mim. Só me deixem em paz. Isso não é pedir muito.<br />
- Então nos diga como lidar com o fato de você simplesmente deixar de viver? Eu até te daria apoio, mas acontece que me importo com você, e me incomoda te ver desse jeito. E se quer saber mesmo, está sendo idiota por afastar as pessoas de você.<br />
Como se tudo estivesse cooperando para tornar a situação ainda mais ruim, as nuvens começaram a aparecer, escondendo as estrelas e dando claros sinais de que logo iria chover. Ela não me respondeu de imediato, e fiquei muito mal com a sensação de tê-la magoado ainda mais do que já estava magoada. Mas era a verdade. E ela também sabia disso, apesar de permanecer no erro.<br />
- Sonho com eles a noite. - contou ela, baixinho. - Antes, era esporadicamente, mas agora, não só sonho com eles, mas também é como se eu revivesse o momento de suas mortes até mesmo quando estou acordada. Até as que não estive presente, como o suicídio do meu pai. O tempo todo. Só consigo dormir se tomar pílulas para dormir, mas não vou ficar dependente de remédios.<br />
- Quer contar sobre a morte dessas pessoas? Pode aliviar, desabafar sobre isso.<br />
Anna deu um suspiro cansado, como quem está quase desistindo de lutar. Uma chuva fininha começou, e o céu agora estava negro, como se estivesse sentindo a dor dela.<br />
- É muito difícil pra mim falar sobre isso. Não sei se consigo. E não quero tentar. - ela olhou pra mim, e vi seus lindos olhos verdes marejados. Aquilo doeu em mim. - Não sei explicar o quanto dói, Justin. Dói tanto que só consigo me focar na dor que sinto e no quanto me sinto sozinha e perdida agora.<br />
- A única coisa que quero é ajudar. Não sei porque, mas odeio ver você assim.<br />
- Quer ajudar? Então, por favor, nunca mais me julgue. Você não faz ideia do que é estar se recuperando de uma perda e vir outra pra te por no chão de novo. Você não faz ideia de nada. Quando eu não aguentar mais, pedirei ajuda. Prometo. - a voz dela era tão baixinha, enquanto a chuva ficava mais forte, mas nenhum dos dois se moveu para sair dali. Ela fechou os olhos, a cabeça virada para cima. Quando peguei sua mão, sua pele estava fria e Anna tremeu levemente ao meu toque.<br />
- Não fique mais ausente. Nós precisamos de você. <i>Eu</i> preciso de você.<br />
<b><i>Parem a música</i></b><br />
[...]<br />
Foi um dia divertido. A aula tinha sido maravilhosa e ao mesmo tempo muito engraçada. Minha amiga Sara é claro, que contribuiu para isso. Me fez até esquecer da madrugada de hoje com Anna. Uma das muitas qualidades de Sara era fazer qualquer um rir mesmo não querendo. Mas antes que diga, Anna Mel e Mike são uma exceção. Saímos de braços dados da sala, rindo feito idiotas. Um garoto que passou por nós, piscou para ela, que como sempre fez piada quando ele estava longe.<br />
- Sou tão gata assim?<br />
- Você é gata sim, mas está andando demais com a Ashley. - comentei rindo. Esse era o único dia que todos nós tínhamos o mesmo tempo livre, por isso foi fácil ver uma roda de jovens cheios de livros espalhados e conversando muito. Mike estava concentrado em seu livro de psicologia, enquanto Anna arrancava o capim do chão. John também estava lá, e nos sentamos perto dele.<br />
- Acho que Sara está ficando como você, loira. Só falta pintar o cabelo. - comentei e Ashley ficou muito contente com aquilo.<br />
- Jura? Se quiser, eu te ajudo a encontrar uma coloração que vai ficar super lindo em você e vai parecer bem natural. - começou ela, animada - Vou tornar você minha fiel discípula.<br />
- Porque tenho que ser fiel? - perguntou e todos na roda riram. Tá não foi todos.<br />
- Estou te oferecendo a oportunidade de ser minha companheira de beleza e você faz piada? Você não merece tal honraria! - a loira jogou uma mecha de cabelo para trás, meio ofendida meio rindo.<br />
A conversa seguiu esse ritmo feliz por um bom tempo, mas não por tempo suficiente. Porque Emília chegou mais uma vez para estragar a pequena harmonia que se instalou ali, Ela fez piadas de mal gosto, que ignoramos, mas tudo mudou quando ela passou a se referir particularmente para Mike e Anna. O estopim da briga foi Emília ter zombado da morte do Sr. Montês e Anna partiu tão rápido pra cima da outra que ninguém teve tempo de <i>pensar </i>em segurá-la. Um dos garotos tentou tirá-la de cima de Emília, mas Mike interviu, dando-lhe um soco que o fez cair no chão. Ele estava furioso.<br />
- Nunca mais encoste na minha irmã! - segurou-o pela gola da camisa e bateu de novo até tirar sangue do garoto. Do outro lado, Anna desferiu o último soco na já desmaiada Emília. Os irmãos ficaram lado a lado, enquanto o resto de nós ainda estava estupefato com o que tinha acontecido.<br />
- Vamos sair daqui. - disse ele.<br />
- Sei pra onde. - ela respondeu. Eles saíram.<br />
Fiquei perplexo por saber pra onde exatamente Anna o levaria.<br />
Os segui minutos depois.<br />
[...]<br />
Eles estavam enfaixando a mão um do outro, mas não falavam muito. Era aquele mesmo pub na praia que ela me levou antes do pior acontecer. Fiquei numa mesinha distante deles, e a distância me impedia de ouvir o que diziam. Arrumei o óculos observando Mike beijar gentilmente a testa da irmã e ir embora. Ela ficou ali, olhando pro nada, a xícara de chocolate quente intocada. Resolvi me aproximar dela.<br />
- É feio seguir as pessoas, Justin. - disse,assim que me sentei de frente para ela, mas não parecia zangada.<br />
- Não segui. Quando cheguei vocês já estavam aqui.<br />
- Como sabia que estava aqui? - quis saber, e no fundo, nem eu mesmo sabia como aquele lugar me parecia tão óbvio, mesmo não sendo tão óbvio assim. Além do mais, ninguém a encontraria aqui além de mim.<br />
- Não sei, eu simplesmente soube.<br />
- Está começando a se lembrar, então. Isso é bom.<br />
- Esse lugar tem alguma importância pra nós? Tivemos momentos importantes aqui? - perguntei, curioso. Ela acenou com a cabeça.<br />
- Sim, tivemos momentos aqui. Mas com certeza, o Justin que eu conhecia, sabia o suficiente sobre mim para me achar aqui. Sem nem mesmo precisar pensar. - sorri ao saber daquilo. Era um bom sinal, afinal. Aquilo me deixou mais esperançoso. Por que não precisei pensar pra onde ela o levaria, eu só sabia. - Veio aqui me dar uma bronca por hoje cedo? - perguntou, tomando pela primeira vez, um gole de seu chocolate quente.<br />
- Não. Não posso dizer que achei certo o que fez, mas entendo porque fez. E me colocando em seu lugar, acho que faria a mesma coisa.<br />
- Acha?<br />
- É. Eu me certificaria de que ela tivesse o suficiente para não esquecer de mim. Mas você fez um bom trabalho. - ela quase riu, mas não passou disso.<br />
- Acho que gosto mais de você agora. - eu ri, arrumando de novo aquele bendito óculo.<br />
- Mas não quer dizer que estou incentivando você a repetir aquilo.<br />
- Sabe aquilo que dizem de cantar vitória antes do tempo? Pois é. - ri de novo, mesmo sabendo que não era intenção dela fazer piada. - Mesmo perdendo a memória, não deixa essa coisa de <i>ser</i> você.<br />
- É uma característica minha. - pisquei pra ela,<br />
- Acha que vou ser expulsa?<br />
- Creio que nesse caso, uma suspensão para ambas as partes já é o suficiente. - expliquei pra ela.<br />
- Realmente preciso de um tempo longe daquele lugar, de qualquer maneira.Ver aquela garota me enoja profundamente. - comentou Anna. Pensei na festa de hoje a noite, e que ela precisava de uma distração momentânea. E também porque queria levá-la.<br />
- Quer ir a festa de hoje comigo?Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-62465327845867973802015-03-24T15:48:00.000-07:002015-03-30T10:40:12.435-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 22 - Sobre Anjos<div dir="ltr">
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</div>
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<i><b>POV ANNA</b></i><br />
<i><b> </b></i>Acordei sentindo alguém me cutucar o meu ombro. Meu corpo estava dolorido devido a cadeira do hospital que, mesmo acolchoada, era desconfortável. Olhei de Sara para meu avô, dormindo no leito, com vários equipamentos ligados a ele por agulhas, para levar soro para ele e essas coisas.<br />
- Eu trouxe isso pra você. - diz ela, estendendo um saco pra mim. Era um saco de papel pra viagem, e me perguntei como ela voltou da lanchonete tão rápido.<br />
- Rosquinhas e cappuccino? <br />
- Foi a primeira coisa que pensei. Não é nada nutritivo, eu sei, mas vai manter seu estômago cheio até poder comer algo de verdade. - ela sorriu, sentando na cadeira ao meu lado. Meu irmão estava dormindo em uma cadeira parecia com a minha na outra ponta da sala. Sara foi até ele, o acordou, e lhe entregou um outro saco que estava em suas mãos. O último, era para ela.<br />
- Obrigada. - agradeci quando ela voltou para o meu lado.<br />
Meu avô, Victor Montês, teve uma "crise do câncer". Mike e eu estávamos com ele quando aconteceu. Já no hospital, o doutor disse que nada se podia fazer por ele além de dar remédios que reduzissem sua dor. E disse também que ele não tinha muito tempo. Fiquei me perguntando como ele conseguiu o visto para viajar, estando tão doente. Como minha tia permitiu isso. A resposta veio segundos depois. Era uma despedida.<br />
A crise dele foi no dia seguinte a minha saída com Justin. Estou aqui desde a tarde de ontem.<br />
- Cadê os outros? - perguntou ela.<br />
- Ashley e Cait foram pra casa pra pegar algumas coisas pra mim. Os rapazes foram ajudar e parece que Justin e John irão dar o banho nos cães hoje. - expliquei.<br />
- Prevejo que os rapazes ficarão mais molhados que os cães. - comentou. Mesmo naquela situação, me deixei rir baixinho daquilo. Eu tinha terminado minha rosquinha quando meus amigos chegaram. Vinham em silêncio como o médico tinha recomendado. John e Justin pareciam exaustos e os imaginei dando banho em nossos cinco cachorros.<br />
- Oi abelhuda. - a loira me deu um abraço apertado. - O vovô abelhudo acordou?<br />
- Ainda não. - Sara cedeu seu lugar ao meu lado pra Ashley sentar. Mike levantou e sentou do outro lado da loira. Ela segurou nossas mãos e deu um sorriso. <br />
- Ele vai ficar bem, vão ver só! Vai viver mais do que a gente. Irá ver todos os nossos bisnetos fabulosos.<br />
- O estado dele é terminal, loira. Agradeço que queira ajudar, mas mentir pra nós e pra si mesma não vai ajudar. - respondeu meu irmão. Ele não foi grosso, só foi... sincero. Não havia mais esperança na situação dele. E foi por isso que fiquei sem resposta.<br />
- Vocês precisam de esperanças...<br />
- Mike está certo, Damon. Qualquer um aqui sabe que isso é perda de tempo. - interrompi, levantando da cadeira. <br />
- Pra onde você vai, Anna? Eu trouxe jogos! <br />
- Vou tomar um ar, Ashley. Volto logo. - beijei sua testa e sai antes que alguém pudesse dizer alguma coisa.<br />
Caminhei até encontrar uma janela bem grande, onde pude ver o sol se por. Era tão lindo. Pela milésima vez no dia, me perguntei se meu avô veria um desses antes de morrer.<br />
- Essa é minha parte favorita do dia. <br />
- O que você está fazendo aqui, Justin? - ele estava ao meu lado agora. Mas levou alguns segundos pra responder.<br />
- Você precisa de apoio. De um ombro amigo. De alguém que se importe com você.<br />
- Se importa comigo?<br />
- Também fiquei assustado com a rapidez com que você se tornou alguém com quem me importo. Não sei como explicar, só sei que odeio te ver desse jeito.<br />
- Que "jeito"?<br />
- Sem esperanças. Triste.<br />
- Esse é o tipo de coisa que não da pra evitar em uma situação como essas.<br />
- Nunca passei por uma perda como essas, pelo menos não que me lembre, mas, você nunca vai ficar sozinha. Tem seu irmão, sua tia, seus amigos. Tem a mim. - ele segurou minhas mãos entre as dele. - Você tem que ser forte.<br />
- É o que tento fazer desde que meu pai se matou, Justin. Desde que minha avó morreu, minha prima quase me matou, e minha mãe morreu num acidente de carro. - ele parecia surpreso com aquilo, mas não fiquei surpresa por estar triste por ele não lembrar disso. <br />
Mas fiquei surpresa com o abraço. Porém não o recusei. Aquilo me fazia sentir tão protegida e amada, que desejei ficar assim pra sempre. Era tão bom. Mas tivemos de nos separar e voltar para o quarto de hospital. Já era noite quando abri a porta. Ele tinha acordado, e o médico parecia frustrado. Meu irmão estava ao lado do vovô, e não demorei muito pra ficar perto deles.<br />
- Ele quer sair daqui. - disse Mike.<br />
- Estou tentando explicar pro seu avô, Anna, que sair daqui a essa altura é perigoso. Ele pode morrer a qualquer momento e sem os remédios para dor...<br />
- Vou morrer estando ou não estando aqui. Esses remédios me fazem dormir o tempo inteiro e não viajei de tão longe para morrer nesse hospital, sem ver meus netos antes de partir. Quero estar com minha família. Ou não posso ter o direito de morrer em paz? - Vovô parecia aborrecido e um tanto desesperado.<br />
Entendi o lado do doutor. Ele só estava tentando ser um bom profissional, tentando mantê-lo sem dor, já que mais nada podia ser feito. Mas também entendi meu avô. Era o último pedido dele. Morrer em tranquilidade, ao lado da família. Por isso foi ver Clarice, a prima que tentou contra minha vida. Por isso ele está aqui. Por isso minha tia está vindo pra cá. Ele queria uma despedida. E ninguém tiraria isso dele. Mike parecia ter compreendido isso também, porque o que dissemos juntos, foi a coisa mais difícil e ao mesmo tempo certa de se fazer.<br />
- Ele sairá daqui.<br />
[...] </div>
<div dir="ltr">
<i><b>Ouçam Not About Angels - Birdy</b></i><br />
Os problemas burocráticos foram resolvidos com rapidez. Dois dias depois, meu avô saia do hospital para o ar da manhã de sexta, sentado em sua cadeira de rodas, que era empurrada por Mike. Vovô parecia aliviado por poder ver o dia novamente. Minha tia chegou dois dias atrás com seu marido e uma barriga de grávida bem visível e redonda. <br />
Foi no carro dela que o colocamos e seguimos caminho em família. Meus amigos estavam no carro de trás. Foi ali também que ele, vovô, decidiu parar na praia para fazermos um piquenique. O que foi fácil, já que Ashley tinha jogos, os garotos uma bola de futebol americano e Sara tinha comida. <br />
O levamos de cadeira de rodas até a areia, e pusemos a toalha de piquenique de baixo da sombra de alguns coqueiros. Já sentado, pusemos as coisas ali. Era um circulo grande e risonho, o que formamos ali. Piadas, momentos constrangedores e loirices eram ditas. Apoiei a cabeça no ombro do meu velhinho e rindo dos meus amigos. John, Damon, Justin e Mike estavam empolgados com as dicas do marido da minha tia de como "pegar" mulher. Damon levou um puxão de orelha, é claro. Mas os outros três riam bastante.</div>
<div dir="ltr">
Então foi decidido que todo mundo ia jogar futebol americano. Ficamos apenas Mike, vovô e minha tia, por estar grávida, apesar que ela não queria sair de perto dele. Eu suspeitava que eles já tinham conversado, e eu sabia que ele sentia muito por não ver seu outro neto nascer. Me endireitei e vovô apoiou sua cabeça no ombro do meu irmão, seguido de um suspiro. Queria muito saber se o remédio para a dor que ele tomou antes de sair do hospital ainda fazia efeito. Ele pegou minha mão e fez um carinho.</div>
<div dir="ltr">
- Sou o avô e o pai mais orgulhoso e sortudo do mundo. E eu os amo. Vocês são a família que eu pedi a Deus, e não poderia querer nada melhor do que isso. Até porque não existe e nem jamais existirá algo melhor que vocês. Sejam fortes, fiquem unidos. E continuem sendo essas pessoas maravilhosas que são. </div>
<div dir="ltr">
- Nós também te amamos. Amamos muito. - respondemos Mike, eu e tia Alice, fazendo o possível para não chorar, para ser forte, como ele pediu. Ele respondeu dois minutos depois, ainda com a cabeça apoiada no ombro do meu irmão, e com uma voz tão baixinha que era quase um sussurro.</div>
<div dir="ltr">
- Minha família querida.<br />
O aperto de mão afrouxou.</div>
<div dir="ltr">
Em seguida o silêncio.</div>
<div dir="ltr">
E ele morreu com a cabeça apoiada no ombro do meu irmão.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-44409499091858989262015-03-12T22:58:00.000-07:002015-03-13T08:28:22.476-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 21 - Wild Heart <div dir="ltr">
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<a href="http://media.tumblr.com/tumblr_m65dgkZo0S1qmsuago1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://media.tumblr.com/tumblr_m65dgkZo0S1qmsuago1_500.gif" /></a></div>
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
Fiquei ali, sentada ao lado do meu avô, contando sobre o que tinha acontecido nos últimos dias. E também nos últimos anos. Ele era a única pessoa que a quem eu admitia, sem vergonha nenhuma, que chorava. Disse como chorei pela morte da vovô, a esposa dele, e como chorei pela morte dos meus pais. Ele logo entendeu que o motivo de não chorar na frente de ninguém era simplesmente porque eu odiava olhares de pena que as pessoas faziam, mesmo involuntariamente. E ele me entendeu e não julgou minha atitude. <br />
Meu avô era a pessoa mais sábia que já conheci, e era maravilhoso conversar com ele. Um grande homem. Me deu conselhos que só uma pessoa como ele poderia dar.<br />
- Seja forte. Pelas pessoas que ama e pelas que já se foram. Eles nunca terão ido embora enquanto os tiver guardados aqui. - ele apontou para meu coração e sorriu. - Tenho muito orgulho de você. E sei que seus pais também tinham.<br />
- Sente falta delas? - perguntei, me referindo a mamãe e vovó.<br />
- Muito mais do que imagina. - confirmou, suspirando em seguida. - Quando sua avó se foi, achei que minha vida tinha acabado também. <br />
- Mas se mante firme.<br />
- Porque eu sabia que minha querida gostaria que eu fosse firme por sua mãe e sua tia. E apesar da dor ainda estar comigo, a tenho em meu coração e memória. E ela de fato não foi <i>realmente</i> embora. - quando ele diz 'minha querida' está se referindo a minha avó.<br />
- Não sou tão forte como o senhor.<br />
- A dor é inevitável. Faz parte da vida. Todos vamos nos machucar em algum momento. Você só não pode viver uma dor sem fim.<br />
- Está falando isso porque o senhor pode ir embora a qualquer momento? - pergunto, mas evito a palavra 'morte'. <br />
- Todos nós podemos morrer a qualquer momento. - ele sorri gentilmente e beija minha bochecha. - Tenho que ir agora, querida. Seu irmão quer me mostrar alguma coisa e estou desconfiando que vai aprontar alguma. - rimos e ele vai embora. <br />
Me deito no jardim de casa, observando o entardecer daquela noite de terça feira. Repasso algumas vezes minha conversa com meu avô e percebo que tem razão. E do quanto estou feliz por estar aqui, por estar vivo. No meio disso, sinto alguém deitando do meu lado. Reconheço a voz imediatamente.<br />
- Um pôr-do-sol lindo. - diz ele.<br />
- Verdade.<br />
- Vi seu avô, faz uns dois minutos. - comenta. Ouço o barulho bem conhecido do pacote de Doritos sendo aberto. Mas ainda assim, não olho pra Justin. - Ele é um senhor bem simpático.<br />
- Ele é maravilhoso. - respondo.<br />
- Você quer? - Justin estende o saco pra mim, e obviamente não recuso. Deito de lado na grama, e ficamos frente à frente. - Como está?<br />
- Bem. - estranho a pergunta que foi feita com cautela.<br />
- Ashley me contou que seu avô está muito doente. E fiquei preocupado. - preciso lembrar de chutar o traseiro da loira por ser tão tagarela.<br />
- Estou bem. - é tudo que respondo. Não gosto de falar sobre esse assunto com ninguém. - E você? Já conseguiu lembrar de algo?<br />
- Está exatamente como antes. Mas continuo tentando. Meu quarto tem muitas coisas recheadas informações importantes e estou processando todas e as ponto em ordem cronológica. Talvez isso possa ajudar.<br />
- Pode chamar se precisar de uma mãozinha. - me ofereço e ele sorri. Ficamos alguns minutos ali. Apenas deitados, curtindo a guloseima.<br />
- Quer sair comigo? - pergunta tão de repente que levo alguns segundos para registrar aquela informação. - Bem, pensei que a gente podia ir pra o lugar do nosso primeiro encontro. Pode ajudar.<br />
- Nosso primeiro encontro aconteceu em outro país.<br />
- Então podemos ir pro primeiro lugar que fomos quando chegamos aqui. Se você quiser, é claro.<br />
- Me espera trocar de roupa? - pergunto, tentando não demonstrar o quanto estou feliz com a oferta. Ele concorda, sorridente.<br />
- Claro. Te encontro as sete n fim da escada? <br />
- Estarei lá.<br />
[...]<br />
- É um encontro. - cantarola a loira, arrumando meu cabelo.<br />
- Não, não é. Ele só quer tentar lembrar de alguma coisa.<br />
- Que parte do 'estou sempre certa' que você não entendeu? - pergunta, mas continua risonha. Caitlin sai do meu closet com as roupas e os sapatos. Ashley fica animada, mas me espanto com a produção. - Boa escolha, florzona. Amei a combinação.<br />
- Ah, obrigada. - Cait agradece, toda orgulhosa.<br />
- Gente, é sério, não exagera. - falei, mesmo sabendo que elas não ouviriam.<br />
- Relaxa. Só confia na gente. - respondeu Caitlin.<br />
- Isso mesmo. - continuou a loira. - Agora fica quieta que eu preciso terminar o seu cabelo e dar os retoques finais. - ela virou minha cabeça de frente para o espelho, e não ofereci resistência. De fato, quando elas terminaram de me vestir, senti que estava muito bonita. E fiquei feliz por ter confiado nelas. Peguei minha bolsa e a pus no ombro e desci as escadas. Tentei não ficar olhando muito pra Justin; ele estava muito lindo. Muito mesmo. Ele sorriu pra mim e estendeu a mão pra me ajudar a descer os últimos degraus, mesmo aquilo não sendo necessário.<br />
- Você está muito bonita. - foi a primeira coisa que ele disse.<br />
- Digo o mesmo pra você. - sorri de volta. - Está pronto para irmos? - perguntei.<br />
Depois que ele concordou, nós saímos. Como todos os meus amigos e meu irmão achavam que aquilo era um encontro, pudemos ficar com o carro esta noite. O caminho até o restaurante perto da praia foi relativamente curto, acho que devido ao fato de ele não parar de fazer perguntas. Deixei o carro perto da praça e fomos andando. Caminhamos de braços dados e percebi que aquele foi o mais próximo que cheguei dele desde a perda de memória.<br />
- Onde vamos? - perguntou ele, alguns minutos de silêncio depois. Sorri quando paramos perto de um restaurante e de algumas outras lojinhas perto da praia.<br />
- Tem um lugar que fomos e que, depois daquela noite, voltamos sempre que podíamos.<br />
- Mas é compreensível que voltamos. Do jeito que gosta de comida, não seria nenhuma surpresa querer entrar no primeiro restaurante que encontra, gostar, e decidir voltar. - ele riu.<br />
- Justin, você lembrou? - perguntei sem acreditar no que tinha ouvido. Ele parou de sorrir e parecia um pouco sem graça. Minhas esperanças foram todas pelos ares com sua resposta.<br />
- Não, eu sinto muito. Quer dizer, eu deduzi que era, pelo que sei da sua personalidade e... Espera, porque achou que lembrei? Foi assim que aconteceu?<br />
<b><i>Ouçam Daughtry - Wild Heart</i></b><br />
- Foi<i> exatamente </i>assim que aconteceu. - afirmei. Mas resolvi deixar aquilo pra lá e o puxei delicadamente pela mão para entrarmos no estabelecimento. - Mas pra nós, isso aqui era bem mais do que um simples restaurante. - sorri de novo, resolvendo esquecer o pequeno incidente anterior.<br />
Justin estava curioso e animado. O garçom, que já nos conhecia, não precisou perguntar mais de duas vezes sobre o que iríamos pedir. Era um senhor gentil, que sempre arrumava os óculos de cinco em cinco minutos. Expliquei pra ele que, além da excelente comida, do conforto e ótimo atendimento, mostrei a ele o andar de cima, que tinha um pequeno espaço de leitura para os clientes que preferiam um ambiente mais calmo para comer e ler.<br />
Mostrei o lugar pra ele enquanto esperávamos nossa comida ficar pronta, e ele estava muito contente. Não disse pra ele que aquele era seu "restaurante" favorito devido ao espaço que agora via diante dele. Porque aquela tinha sido a mesma reação que ele teve quando esteve aqui da primeira vez. Voltamos pra mesa e comemos. Ele estava ainda mais empolgado e isso me fazia rir. Durante a conversa e algumas curiosidades que eu contava pra ele, a comida acabou mais rápido do que percebi: como sempre, é claro. O garçom deixou uma caixa de chocolates sobre a mesa e foi atender outro cliente. Justin, obviamente, não entendeu.<br />
- Além de todas as coisas que te contei, - comecei. - aqui eles tem uma espécie de roleta russa, só que de chocolate. A graça disso é que, não importa quantas caixas você compre, nunca dá pra saber qual é gostoso ou não.<br />
- Vamos fazer assim, então: pegamos um bombom aleatório e provamos ao mesmo tempo. Quem fizer careta perde um ponto. - propôs ele. Me perguntei se ele tinha se lembrado disso, porque se não, era isso que fazíamos sempre que estávamos aqui. - Quem fizer mais careta, vai ter que deixar a Ashley a pintar as unhas de rosa.<br />
- Oh não! - ri, mas aceitei a aposta.<br />
Pegamos nossos bombons e comemos. Ele fez careta enquanto o meu chocolate era maravilhosamente doce. Quando terminamos, eu tinha perdido a aposta. Eu estava tão contente que não importei que deixaria a loira pintar minhas unhas. Ele insistiu em pagar a conta sozinho e saímos dali de barriga cheia e risonhos.<br />
Nós andávamos pela orla da praia, de braços dados, conversando sobre como alguns clientes nós olhavam estranho por causa das nossas risadas, quando começou a chover. No começo, eram gotas tão mínimas que não nos importamos muito. Mas depois a chuva ficou mais forte. Quando decidimos correr até o carro, já estávamos encharcados. Ele começou a cantarolar e correr, me puxando pela mão. Decidi me deixar levar pelo momento e não me preocupar com uma futura gripe.<br />
Justin me segurou pela cintura com as duas mãos e me ergueu no ar, antes mesmo que eu tivesse chance de reagir. Ele estava se divertindo imensamente. E eu também. Apoiei as mãos em seus ombros e ele deu uma volta comigo naquela posição. Quando me pôs no chão, continuei com os braços apoiados em seus ombros e ele com as mãos em minha cintura. Gradativamente, não estávamos mais rindo. Observávamos os olhos um do outro, em um encantamento silencioso.<br />
Foi maravilhoso enquanto durou. </div>
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<br /></div>
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<br />
<b><i>Roupa do Justin:</i></b> http://data2.whicdn.com/images/117818315/large.gif</div>
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<b><i>Roupa da Anna:</i></b> http://data1.whicdn.com/images/131080905/large.png</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-65103713675660072312015-03-04T11:23:00.002-08:002015-03-11T19:06:49.311-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 20 - Estamos Juntos?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="http://media.tumblr.com/tumblr_macg7ogi1Y1r7dslf.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://media.tumblr.com/tumblr_macg7ogi1Y1r7dslf.gif" /></a></div>
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<b><i> POV ANNA</i></b></div>
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Tentei explicar meu ponto de vista para elas. E alguns fatos que sustentavam minha teoria.<br />
Caitlin entendeu, mas Sara continuou um tanto irritada.<br />
- Essas pessoas, sinceramente, não tem nada melhor pra fazer. - comentou ela, andando ao lado de Caitlin que andava ao meu lado. Era nosso tempo vago, e foi uma surpresa agradável cruzar com Sara no corredor. Nosso destino era, como quase sempre, a área externa do campus. Sabe, a parte do jardim, que para minha felicidade, ficava próxima da biblioteca.<br />
- Eu lembro bem da época que todos pensávamos que Justin e Britney eram mesmo um casal. Fiquei muito confusa, porque vocês pareciam ser felizes juntos. Todos achavam. - disse Cait. - Agora está tudo se encaixando muito bem. Não é porque sou sua amiga, mas, na minha opinião, eles não pareciam felizes, sabe? Ou pelo menos não o Justin. Britney tinha uma espécie de felicidade maléfica, se isso é possível.<br />
- Então quer dizer que Emília só está seguindo os mesmos passos de Britney? Se aproximando do Justin para ferir você? - indagou Sara.<br />
- Sim, está.<br />
- Isso é muito infantil.<br />
- Sim, bastante. - concordei com Sara. - É por isso que não vou me deixar abalar, pelo menos vou tentar. Já passei por isso antes, claro que não da mesma forma, mas, acho que sei como contornar a situação.<br />
- Porque não falou pra ele sobre esse tipo de pessoas? Quer dizer, poderia ter evitado...<br />
- Não evitaria, Cait. Só o incitaria a ir ainda mais. - discordei. - Justin é uma pessoa curiosa, não importa se ele lembra disso ou não. Eu até falaria, mas preferi que ele tivesse sua impressão dela sozinho; porque eu acreditava que ela agiria como a criatura desprezível que ela é.<br />
- Você não esperava que ela fosse se jogar em cima dele. - Sara explicou com palavras o que eu queria dizer. Continuamos andando, e quando chegamos ao nosso destino, sentamos na grama lado a lado, e por um momento, ficamos quietas, apenas observando as pessoas passarem. Havia uma quantidade razoável de pessoas aproveitando o tempo livre por ali, assim como nós.<br />
Foi assim que lembrei que Sara e Justin estavam no mesmo curso, e, por tanto, na mesma classe. Perguntei a ela sobre ele e não gostei da resposta.<br />
- Estávamos saindo quando Emília apareceu com seu grupinho. Ela puxou ele pra longe, e o retardado me deixou plantada lá feito uma batata. - reclamou, mas acabei rindo depois. Só da afirmação final, é claro. Tentei não pensar que Justin e Emília poderiam estar em qualquer lugar, fazendo qualquer coisa e... Melhor não pensar nisso, pensei.<br />
- Você está passando tempo demais comigo. - disse pra ela, que riu.<br />
- Daqui a pouco, além de usar comida pra expressar como fiquei puta da vida por ele ter me largado, vou me de vestir batata-frita e cantar que sou crocante e salgadinha.<br />
Rimos todas. E por um longo tempo.<br />
Era a primeira vez que eu dava uma risada, desde o acidente de Justin.<br />
Sara tinha essa coisa de fazer as pessoas em volta dela rirem, e era tão natural que ela parecia não saber que era uma das pessoas mais engraçadas que já conheci.<br />
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
Aquela garota era muito estranha. A declaração de Anna foi bem específica hoje de manhã, e entendi perfeitamente que ela se referia a Emília em gênero, número e grau.<br />
Apesar disso, deixei que me guiasse.<br />
Creio que Anna Mel estava apenas tentando me ajudar, porém, minha curiosidade me instigou a continuar. Queria constatar eu mesmo que tipo de pessoa Emília era. E a verdade, é que não tive uma boa primeira impressão dela. Ela dizia coisas como eramos grandes amigos, de como tivemos um breve romance e de como Anna Mel ficou louca de ciúmes e que eu planejava acabar com ela para ficar com Emília. Apesar de estar confuso, eu não era ingênuo. Detectei a mentira assim que a ouvi. Podia não lembrar de nada, mas sabia que era um blefe, não só pelo jeito que ela contou mas, pela reação de surpresa de seus amigos: se fosse verdade, ninguém ficaria tão surpreso daquele jeito.<br />
Mas ainda estava curioso sobre aquela garota mentirosa. Quando saí da sala, ao lado de Sara, fui puxado pelo braço mais uma vez por Emília. Ponderando rapidamente se deveria permitir, concluí que se passasse mais tempo com ela, poderia descobrir mais coisas.<br />
O fato é que ela era ainda mais mentirosa e insuportável do que constatei da primeira vez. Eram histórias loucas de como nós dois planejávamos fugir, de como eu detestava o cãozinho de Anna e da minha suposta felicidade quando Angelina tentou por fogo na bolsa de Anna Mel com Amora dentro.<br />
Repulsa.<br />
Foi o que senti por ela.<br />
Uma reação instintiva, e me parecia bem familiar.<br />
Poderia ter esquecido uma boa parte da minha vida, mas sabia que jamais seria capaz de machucar um ser vivo. Principalmente se fosse um cãozinho. Apesar do pouco tempo que passei naquela casa, me apeguei rápido demais a todos aqueles cachorros e não conseguia me imaginar feliz com a quase morte de um deles. Por mais que tentasse. Amora era a menor de todos os cães daquela casa, e assim, a mais indefesa. Se parecia com sua dona tanto no tamanho (as duas eram baixinhas) como na fofura e temperamento. E ri quando lembrei da carinha de brava que Amora fez quando a tirei de sua soneca.<br />
Infelizmente, Emília entendeu aquilo como um avanço significativo.<br />
Ela continuou falando, mas minha atenção já não estava mais nela. Meu olhar estava concentrado num grupo de jovens rindo e conversando. Muito rápido, identifiquei Sara que provavelmente contava suas piadas que sempre me faziam rir. Depois Caitlin, e por fim, Anna Mel. Havia rapazes ali, e todos riam e brincavam como se não houvesse amanhã. Um desejo louco de estar ali com eles surgiu, sendo intensificado pela vontade de bater no cara mais próximo de Anna, que estava visivelmente flertando com ela.<br />
Emília puxou meu braço, pedindo atenção.<br />
- Porque está olhando para aqueles fracassados? - perguntou ela, desdenhosa. - Você costumava detestá-los. - afirmou.<br />
- E porque eu os detestava? - perguntei, curioso por saber até onde ela iria chegar. Enquanto ela mentia, Anna acabou me vendo ali e me olhou com uma intensidade que me deixou envergonhado. Foi quando Emília segurou meu rosto e me beijou. Não durou muito porque a empurrei para longe de mim, já bem irritado.<br />
- O que pensa que está fazendo? - questionei, demonstrando toda a minha irritação.<br />
- Ué, eu só...<br />
- Quer saber? Esqueça. - interrompi. - Você é uma mentirosa e egoísta. Uma garota mimada, mal criada. A conheço há poucas horas, e já tenho pena de você. Nunca mais me procure e faça o favor de esquecer que existo. - percebi que a cada palavra que ouvia, ela ficava mais furiosa, mostrando quem era de fato. Depois disso, levei uma bofetada. É. Eu já esperava por isso, esse era o motivo de não me abalar ou ficar furioso. Apenas ri o que visivelmente a deixou ainda mais irritada. Ela estendeu a mão para me bater mais uma vez, porém, segurei sua mão antes que o fizesse.<br />
- Vai se arrepender disso, Justin. - foi tudo que disse. Fiquei feliz quando Emília foi embora, mas quando me virei, no entanto, Anna Mel já não estava mais lá.<br />
Sara balançava a cabeça em desaprovação, e presumi que tinha visto Emília me beijar.<br />
Os outros pareciam não ter percebido nada.<br />
Eu, no entanto, só queria localizar Anna. E pedir desculpas.<br />
[...]<br />
No fim das aulas, o carro estava mais vago. Anna não foi com a gente na volta pra casa, e nem vi Sara. Presumi que estavam juntas, falando sobre coisas de garotas, ou Sara estaria dizendo como sou um bobão e ao mesmo tempo, tentando arrancar algumas risadas da amiga. Eu queria muito me desculpar com ela.</div>
<div dir="ltr">
Em casa, Mike e Damon assistiam ao basquete e faziam suas apostas. No outro canto da sala, Caitlin e Ashley estavam bastante atentas no xadrez; pelo menos, Caitlin tentava ensinar alguma coisa do jogo pra loira, que reclamava a falta de cor no tabuleiro. Entediado e preocupado com a demora de Anna, subi as escadas que levavam aos corredores de quartos com Collin e Amora em meu encalço. Foi engraçado assistir Amora tentar subir os degraus sozinha, mas conseguiu com muito esforço. Sentei perto da janela, e pensei como tive um dia e tanto. Pensei também no jeito como Anna Mel olhou para mim quando me notou perto de Emília. Ela passou de alegre para triste em um piscar de olhos. Eu me sentia muito culpado por isso. Entre esses pensamentos, vi Sara e Anna saírem juntas de um carro preto. E depois John. Presumi que tinham passado a tarde juntos, e fiquei aliviado por saber que ela estava com meus amigos. </div>
<div dir="ltr">
Eles conversaram por alguns minutos e até deram algumas risadas. Despediram-se com um abraço e Anna entrou. Ao ouvir a voz da dona no andar de baixo, Amora foi em sua direção sem olhar pra trás.</div>
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<i><b>POV ANNA </b></i><br />
Peguei minha cadelinha nos braços e subi as escadas, depois de levar uma bronca do meu irmão e da loira por não avisar que ia demorar. Aquilo me fez rir por dentro.<br />
Fiquei aliviada ao chegar no meu quarto e sentar na minha própria cama. Um lugar só meu. O problema foi que isso me fez lembrar o longo dia que tive, e que estava durando tempo demais. Procurei pensar no conselho de Sara, mas a única coisa que me vinha na cabeça era Emília beijando Justin. Eu ainda não sabia o que fazer sobre isso.<br />
Era uma situação muito confusa.<br />
Nós dois namorávamos, mas ele não lembrava disso. E como não lembrava, não achava que estava no meio de um relacionamento. O que significava, creio eu, que não tínhamos mais nada. </div>
<div dir="ltr">
Doeu perceber aquilo.<br />
Meus olhos estavam marejados quando ouvi batidas na porta. Respirei fundo e deixei quem batia entrar. Era justamente quem eu menos esperava.<br />
- Oi. - disse ele, parado na porta.<br />
- Oi. - respondi. Justin deu um passo para dentro. Parecia bem tímido. - Você demorou pra chegar hoje.<br />
- Eu sei.<br />
- Ficamos preocupados.<br />
- Sinto muito. - foi tudo que respondi.<br />
- Quero falar com você sobre algo.<br />
- Pode falar. - ele sentou do meu lado na cama, como se estivesse a ponto de dizer algo importante, e tudo que eu menos gostaria era de ouvi-lo falar de Emília de modo romântico.<br />
- É sobre o que você viu hoje de manhã...<br />
- Justin, não. - interrompi. - Não preciso ouvir isso, é obvio que vocês se entenderam e...<br />
- Não era isso que ia dizer. - revelou ele. - Na verdade, queria pedir desculpas por aquela cena. Sinto que magoei você e não tive intenção de fazê-lo. Me desculpe, mesmo. Percebi quem aquela garota é de verdade, e nunca mais irei me aproximar dela. <br />
- Tudo bem. - dei um sorriso sem mostrar os dentes. Fiquei feliz por ele ter vindo se desculpar mas tinha alguma coisa ali. Não tinha acabado, ainda não.<br />
- Mas preciso dizer que estou confuso com nossa situação. Mas que fique claro que meus pedidos de desculpas permanecerão mesmo depois da resposta. - ele respirou fundo para tomar coragem e olhou fixo nos meus olhos. - Nós somos ou não namorados? - exatamente o tipo de pergunta com o tipo de resposta que estava evitando. <br />
- Nós eramos, pelo menos até você perder a memória. - respondi, já sentindo a dor que a verdade iria provocar. Mas continuei firme.<br />
- Ainda somos? - questionou, chegando mais perto.<br />
- Acho que não. - respondi. E pela minha lógica, era a mais pura e dolorosa verdade. Apesar de não significar que iria desistir dele.<br />
- Você acha? - decidi que Justin parecer decepcionado com a resposta era tudo coisa da minha cabeça. Quando afirmei que sim, ele apenas sorriu e saiu do quarto. <br /> Sozinha e percebendo o que tinha acabado de fazer, comecei a chorar.<br />
[...]<br />
Meus dedos do pé estavam sentindo a mesma dor de todas as madrugadas famintas, de todas as vezes que vou para a cozinha no escuro e acabo batendo em tudo. Fiquei surpresa por ver a luz da sala acesa, e peguei a primeira frigideira que vi: o faqueiro estava longe demais. Fui andando na ponta dos pés, pronta para acertar o ladrão desprevinido na cabeça. <br />
Não fui tão rápida.<br />
Se fosse um ladrão de verdade, estaria perdida. Mas não era. <br />
Justin me olhava assustado, segurando minha mão no ar. Mesmo surpresa, ri do susto e da felicidade por não ser um ladrão. Ele também riu, mesmo sem entender.<br />
- Você queria ver se minha memória voltava dando outra pancada na minha cabeça? - perguntou enquanto soltava meu braço. Percebi o tom de brincadeira em sua voz.<br />
- Pensei que fosse um ladrão.<br />
- Ainda bem que não sou. - rimos. - Sentiu fome de novo? - perguntou.</div>
<div dir="ltr">
- Na verdade, só queria tomar um chocolate quente. Isso sempre me ajuda a dormir. - respondi. Ele vestia uma blusa preta de mangas e uma calça de moletom cinza. O cabelo estava um pouco bagunçado e parecia mais bonito com aquela carinha de sono. Justin sorriu pra mim, ficando ainda mais bonito. Precisei me concentrar muito para não ficar parada como uma idiota, olhando pra ele.</div>
<div dir="ltr">
- Também sem sono? Estou começando a suspeitar que isso pode ser contagioso. - brincou. Justin caminhou até a mesinha de centro e pegou uma caneca bege, estendendo-a na minha direção. - Chocolate quente. </div>
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A caneca estava cheia até a metade. Tomei um gole, sentindo o sabor maravilhoso que tinha. Justin andou até a porta da frente e saiu da casa. O segui ainda segurando a caneca de vidro. </div>
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- É triste não ter nenhuma estrela esta noite. - disse ele quando parei ao seu lado. Olhei para a vastidão do céu negro que se estendia sobre nós. Não tinha nenhuma estrela, mas não deixa de ser lindo. A calmaria da madrugada deixa tudo ainda mais "mágico". - Você deveria ter visto quando elas estavam no céu. Deu até pra localizar a Ursa Menor. </div>
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- Espero que não seja um tipo de trocadilho por a pessoa que está do seu lado ser baixinha. - brinquei, tomando outro gole do chocolate quente. Justin riu.</div>
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- Como você mesma diz: nos menores pacotes, estão os melhores salgadinhos. - ri com ele, contente por lembrar daquilo que falei por acaso há duas semanas atrás. Era um bom sinal, não era? Não de memórias reavidas, mas de sentimentos.</div>
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- Acha que ainda temos chances de ver alguma constelação hoje?</div>
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- É mais provável que apareça chuva do que estrelas. - apontou para uma nuvem imensa que se deslocava no céu. Não sei como não a notei antes. Senti as mãos dele segurarem as minhas e seus olhos observarem os meus. - Sinto muito mesmo. Eu não quero te machucar, Anna.</div>
<div dir="ltr">
- Tudo bem, Justin.</div>
<div dir="ltr">
- Eu realmente quero me lembrar de você. Juro que estou tentando. Sinto um vazio enorme, e nada parece fazer sentido. Odeio ter uma parte da minha vida da qual não lembro, é como um buraco no meio da estrada. Sei quem são Sara e John, mas não sei como e onde nos conhecemos. Não lembro de nenhum de vocês, nem dessa casa, nem dos cachorros. É horrível e assustador. </div>
<div dir="ltr">
- Entendo pelo que está passando. É muito triste pra todos nós, também.</div>
<div dir="ltr">
- Espero que tenha paciência comigo e que me ajude com isso, porque, sinceramente, estou perdido.</div>
<div dir="ltr">
- Eu sempre vou estar aqui por você.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-35532271496723942652015-02-18T07:41:00.003-08:002015-02-18T07:41:32.929-08:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 19 - Ela Sonha com o Paraíso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHQM3Ik5g_IljH37gRNVK9jJktOnZWfp0BBOhniRNtxVMAQtS3gbM7y2EaFvjSxKfTLWTHi9tFBJ_Rd2-77v6R24mDuH4Wz_kyFZfvgP_Eda6gXLe3Q5MO35PZzFLR2eO6FlaBFrUCrg2p/s1600/tumblr_n7iwo5EvLI1ryl337o2_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHQM3Ik5g_IljH37gRNVK9jJktOnZWfp0BBOhniRNtxVMAQtS3gbM7y2EaFvjSxKfTLWTHi9tFBJ_Rd2-77v6R24mDuH4Wz_kyFZfvgP_Eda6gXLe3Q5MO35PZzFLR2eO6FlaBFrUCrg2p/s1600/tumblr_n7iwo5EvLI1ryl337o2_500.gif" /></a><br />
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
Acordei assustada e com tanto medo que estava suando frio. Era a primeira vez em muitos anos que tinha aquele pesadelo. Eu tremia mais do que finos galhos de árvore no meio de uma tempestade. Tentei acalmar a respiração, mas meu coração parecia querer sair do peito.<br />
A primeira vez que isso aconteceu, foi depois que meu pai se matou. Naquela mesma noite, sonhei que estava no carro com ele, vendo seu desespero e sem fazer nada para ajudar. Aquilo era até pior que ter pesadelos com baratas. Sentei na cama, respirando e inspirando, mas não conseguia parar de tremer. Pareci mil vezes pior do que da primeira vez. Ainda tremendo, levantei da cama e sai do quarto, caminhando no escuro, assustada e quase chorando.<br />
Abri a porta do quarto de Justin, deitei do lado dele, me encolhendo toda, observando a noite, enquanto as batidas do meu coração iam aos poucos retornando ao ritmo normal. Pouco antes de dormir, tive a sensação de ser abraçada e de um beijo na minha bochecha.<br />
<b><i><br /></i></b>
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
Acordei com Anna Mel na minha cama.<br />
Calma.<br />
Não é exatamente o que está pensando.<br />
Na verdade, ela entrou no meu quarto, no meio da madrugada do sábado pro domingo. No começo, até pensei que fosse um ladrão, mas aí, ela deitou ao meu lado na cama, encolheu como se fosse um bebê. Percebi que ela estava agitada, e parecia estar no meio de uma tremedeira incontrolável. Pensei ouvir o início de um choro abafado que durou apenas alguns segundos. Percebi que era uma garota durona, apesar do medo de que sentia do provável pesadelo.<br />
As cortinas estavam um pouco abertas, e por essa brecha, a luz da lua atravessou a janela e se instalou no meu quarto; foi assim que pude ver ela acalmar-se aos poucos e pegar no sono. A cobri com o cobertor, pus meu braço em volta de sua cintura na intenção de fazê-la se sentir mais protegida (mesmo que estivesse dormindo) e dei-lhe um beijo de boa noite. É claro que não sabia porque cuidei de uma garota que invadiu meu quarto durante a noite, mas pensei que ela só não quisesse dormir sozinha.<br />
Na manhã de domingo, fui o primeiro a acordar. Anna tinha um sono tranquilo, e parei por alguns segundos para observá-la dormindo. Novamente, devo enfatizar que era muito bonita. Quando sai do banho, no entanto, a encontrei sentada na minha cama, e parecia um tanto tímida quando me viu. Arrumei o óculo, sorrindo pra ela em seguida.<br />
- Bom dia. - falei.<br />
- Bom dia. - respondeu baixinho. - Sinto por isso. - sentei na frente dela na cama.<br />
- Você teve um pesadelo? Parecia muito assustada. - Anna suspirou, como se parasse para ver os prós e contras de me contar a verdade. Por fim ela disse:<br />
- Meu pai se matou alguns anos atrás. - disse ela. - Sonhei com isso. - ela foi curta e direta. Fiquei muito triste por ela. - Desculpe por isso, não vai mais acontecer. - ela fungou, mesmo sem ter chorado e levantou da cama. Estava perto da porta quando a chamei. Ela parou e olhou para mim, e sem pensar muito, eu a abracei. Ela apoiou a cabeça em meu ombro, retribuindo o abraço.<br />
- Sinto muito. - falei. E sentia mesmo. Continuei abraçado a ela, e era uma sensação muito boa. Anna tinha um perfume de melancia, o que combinava muito com ela. Me espantei quando me vi forçado a soltá-la e não quis fazê-lo; mas nos soltamos devagar e relutantes, bom, pelo menos da minha parte. Tirei uma mecha de seu cabeço do seu rosto, pondo atrás de sua orelha e olhei bem para seus olhos.<br />
- Você está melhor? - perguntei. Ela sorriu fraco pra mim, mas parecia bem melhor.<br />
- Estou, obrigada. E bom, sobre ter entrado no seu quarto, foi só a força do hábito. - explicou. Concordei, acreditando nela. Ela deu meia volta para sair do quarto quando a chamei novamente. Virou-se para mim, esperando que eu dissesse algo.<br />
- Pode me fazer um favor?<br />
- Claro.<br />
- É que eu queria conhecer a cidade e o local da faculdade um dia antes das aulas, mas Sara me trocou por uma festa SPG e John por algo que tem que fazer mas que não me disse o que é. - ela riu, talvez por eu não ter gostado nada em ser trocado por uma festa.<br />
- O que é uma SPG? - perguntou ela, risonha.<br />
- Quer dizer; Só Para Garotas. Aquela traidora. - resmunguei. - Nunca mais vou emprestar minha tabela periódica pra ela. - Anna riu ainda mais.<br />
- Ela já pediu sua tabela alguma vez?<br />
- Não, mas se pedir eu não vou emprestar. - ela riu de novo, uma risada muito bonita de se ouvir, devo dizer.<br />
- Sinto que sou a segunda opção aqui. Sabe, só sinto.<br />
- O que? Não, nunca! - neguei rápido, porque tive medo que ela se sentisse ofendida. Mas ela me surpreendeu mais uma vez, rindo um pouco alto.<br />
- Tudo bem, estava brincando. - admitiu o que me fez rir junto com ela.<br />
- Que bom! - suspirei aliviado. - Então. Você pode me levar?<br />
- Só me deixe tomar um banho e tomar o café da manhã. - concordou, pisando amigável, saindo do quarto logo em seguida. Ri comigo mesmo pensando que, mesmo em tão pouco tempo de convivência, percebi muito facilmente que ela amava comer. E ri ainda mais, porque aquilo era muito fofo.<br />
[...]<br />
- É um lugar muito bonito. - afirmei, sentado no banco do carona no carro, no caminho de volta pra casa.<br />
- É verdade, apesar, é claro de ser estragado por <i>certas</i> pessoas. - disse ela, olhando atenta para a estrada. Não entendi.<br />
- Como assim?<br />
- Tudo que precisa saber por enquanto, é que lá existem pessoas legais e pessoas ruins. Mas não quero falar sobre isso agora. - explicou ela. Aceitei a explicação e arrumei o óculo no rosto. - A questão é que estou louca pra repetir o rito de passagem.<br />
- O que é esse rito de passagem? - perguntei curioso. Ela me olhou por breves segundos de olhos arregalados.<br />
- O quêeee? Você não lembra nem disso? - ela parecia indignada, mas percebi que era só brincadeira. - Eu deveria bater nesse seu traseiro branquelo por ser tão... tão... esquecido! Deveria dar um peteleco em você. - continuei rindo, sendo seguido por ela logo depois.<br />
- Como é isso?<br />
- É bem simples. Quando compramos esse carro, decidimos que cada um de nós iria inaugurá-lo cantando e dançando a primeira música que tocasse no rádio, em uma estrada longa e sem muito trânsito. Acho que você sabe porque do trânsito...<br />
- Para o carro se mover sem interrupções de sinais de trânsito, engarrafamentos e afins.<br />
- Entendeu direitinho. - sorriu. - É bem simples como pode ver, e como você não lembra de nada...<br />
- Quase nada. - corrigi alegre.<br />
- Ok. Quase nada. Então é como se fosse sua primeira vez nesse carro. E você vai inaugurá-lo cantando a primeira música que tocar no rádio. - esclareceu. - Ah, uma das regras diz que você deve fazer isso sem o cinto de segurança.<br />
- Como? - perguntei assustado. - Quer dizer, é uma coisa bem perigosa de se fazer. Você sabia que grande parte dos acidentes no trânsito são causados por...<br />
- Justin, qual é! É divertido.<br />
- E perigoso.<br />
- E divertido.<br />
- Não vou fazer isso.<br />
- Vai sim.<br />
- Não vou.<br />
- Vai sim.<br />
- Não vou.<br />
- Você não vai e ponto final. - disse ela.<br />
- Eu vou e ninguém vai me impedir. Aconteça o que acontecer. - respondi e ela deu de ombros.<br />
- Tudo bem, você quem manda.<br />
- Hey! - reclamei, me virando para ela. - Você usou o truque do pernalonga, isso não é justo! - Anna riu de mim, mas acabei rindo junto com ela.<br />
<b><i>Ouçam Coldplay - Paradise</i></b><br />
Tirei o cinto (em um ato de muita coragem) e liguei o rádio do carro. Sentia ela me olhar de esguelha, um meio sorriso no rosto. Como as regras mandavam, deixei a primeira música tocar. Ela disse para que eu aumentasse o volume, e assim o fiz. Conhecia a letra porque Anna ouvia muito aquela música, e no meio daquela estrada na orla da praia, com o vento batendo no meu rosto, me senti livre e feliz.<br />
- Cante. - disse e assim o fiz.<br />
E o mundo parecia novo e me sentia cheio de nostalgia. Era maravilhoso. Comecei a cantar mais alto, sem mais me preocupar com nada além daquilo. Não demorou muito para ela estar cantando comigo e estávamos rindo e cantando, sem a preocupação para a voz parecer bonita. Era bom do jeito que era.<br />
Aumentei ainda mais o volume.<br />
Era maravilhoso. Assustador. Me fez sentir livre.<br />
Anna Mel acelerou. Ríamos como idiotas. Sabia que ela estava atenta a estrada, mas não parecia preocupada em receber uma multa. Mas pela primeira vez desde que saí do hospital, nada mais me preocupava ou aborrecia. Não ali. Não naquele momento. Tirei os óculos e me senti ainda mais livre sem eles. Percebi que também estava feliz por ela estar ali comigo. Guardaria esse momento para sempre.<br />
<b><i>Parem a música</i></b><br />
[...]<br />
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
Entrei no carro no banco do motorista e Ashley sentou no banco do carona. Os outros se instalaram no banco de trás. Como é de costume, aconteceu a briguinha matinal pra ver quem dirigia. Estou aqui agora porque ameacei todo mundo com um chute no traseiro. Depois, a briga vou pra ver quem sentava no banco do carona. Quinze minutos depois, a loira conseguiu esse direito dizendo que jogaria esmaltes em quem reclamasse. A parte boa é que isso fez Justin dar algumas (muitas) risadas.<br />
- Então, pra onde vocês foram ontem? E porque só voltaram na hora de dormir? - perguntei quando já estávamos a caminho da faculdade.<br />
- Andamos por aí. - disse Damon.<br />
- Sabe, caminhando. - continuou Mike.<br />
- Cruzando as ruas da vida. - falou Cait.<br />
- E porque não nos chamaram? E não levaram o carro?<br />
- Não queríamos atrapalhar. - disse a loira.<br />
- E preferimos andar. - completou Damon.<br />
- É uma pena, afinal, vocês perderam Justin fazer o rito de passagem na volta da faculdade.<br />
- Justin fez o Rito de Passagem? E não estávamos lá pra ver ele amarelar? Qual é, não é justo! - reclamou Damon, o que nos fez rir. Quando foi a vez de Caitlin, ela ria mais do que cantava, mas acabou valendo porque ela normalmente ria de tudo, até de uma mosca de biquíni.<br />
- Claro! Numa manhã de domingo e não tinha ninguém em casa. Foram vadiar e nem avisam, ué! Queriam que esperássemos por vocês? - perguntei dando de ombros.<br />
- Hey, vadiar não. - discordou meu irmão. - Fomos apenas andar sem rumo definido pelas ruas da cidade. Apenas.<br />
- Na verdade, nós procuramos vocês. - comentou Ashley em resposta. - Mas não queríamos incomodar, sabe? Entende? - Ashley erguia e descia tanto as sobrancelhas com aquele olhar de "humm, sei, danadinha!" que pensei que fossem parar na testa. Sem falar do sorrisinho malicioso de "conseguiu, né, garota? hehe" que me fez sentir uma imensa vontade de gargalhar.<br />
- Sua idiota, não houve nada de mais.<br />
- Claro que sim. - ela concordou, ainda com aquela cara de "finjo que acredito".<br />
O demoramos alguns minutos para chegar. Mas assim que estacionei o carro, vi Sara e John se aproximando de nós. Depois que todos desceram do carro, guardei a chave na bolsa.<br />
- Pronto pro primeiro dia? - perguntou Sara para Justin. Ele afirmou com a cabeça. De repente, me perguntei se ele lembrava que tinha sofrido bullying no ensino médio. Se não lembrava, era a única parte boa de ter perdido a memória.<br />
- Você vai ficar bem cara, não precisa ter medo.<br />
- Não estou com medo, John. - respondeu Justin. - Só estou tentando me acostumar a tudo isso.<br />
- Eu posso te ajudar a se acostumar, docinho. - reconheci aquela maldita voz e minha raiva surgiu de forma rápida e avassaladora. Ali estava Emília, sorrindo pra ele.<br />
- Ela já sabe. - Damon sussurrou para mim ao meu lado. Concordei com a cabeça.<br />
- Sabe o que eu te falei sobre pessoas ruins, Justin? - perguntei a ele, fazendo sua atenção se voltar para mim.<br />
- Sei.<br />
- Pois é. Está vendo uma bem a sua frente. - apontei para Emília, que sorriu para mim. Eu odiava aquele sorriso.<br />
- Deixe de ser mentirosa e ciumenta, Anna. - disse com uma falsa suavidade. - Nós eramos grandes amigos, Justin. Confiávamos um no outro...<br />
- Mentirosa descarada.<br />
- E você é uma baixinha muito nervosa. - rebateu Emília.<br />
- Como é? Ninguém mexe com minha anã não, sua horrorosa! - reclamou Ashley ameaçando ir na direção de Emília, sendo impedida por Damon. Isso fez Emília rir de satisfação.<br />
- Vem comigo, Justin. Vou te levar pra longe desse bando de loucos. - ela puxou ele para longe dali. Ele parecia não saber o que fazer ou em quem acreditar, mas resolveu segui-la mesmo assim. Sara estava de boca aberta em surpresa.<br />
Entendi exatamente o que meu professor de culinária quis dizer.<br />
Haverá muitos momentos difíceis.<br />
E infelizmente ele estava certo.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-80293101850710490852015-02-15T11:58:00.001-08:002015-02-15T11:58:16.389-08:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 18 - Estranho <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://cdn2.gurl.com/wp-content/uploads/2014/02/aria-confused.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://cdn2.gurl.com/wp-content/uploads/2014/02/aria-confused.gif" /></a></div>
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
Duas semanas depois, Justin tinha voltado pra casa. Ele continuava a não lembrar de ninguém além da família e Sara e John. O convenci a voltar pra cá, dizendo que a melhor forma de lembrar de nós, era estar no lugar que viveu os últimos meses, com as pessoas que ele conviveu durante os últimos e longos anos. Era muito estranho, toda aquela situação. Não fazia sentido ele lembrar de algumas coisas e não de outras, apesar de todas elas estarem interligadas.<br />
Ele voltou, mas na saída do hospital, ele foi com Sara e John, em um carro separado. Eles pediram desculpas, mas os tranquilizei dizendo que eles não tinham culpa de nada. E realmente não tinham. Mas as vezes eu via nos olhos de Sara que ela não sabia como agir. Era sábado de manhã quando resolvi passar no quarto dele, antes de ir para meu curso de culinária avançada. Amora estava em meus braços quando me parei na frente da porta aberta.<br />
<b><i><br /></i></b>
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
Peguei um dos livros da estante. Seu título era Harry Potter e o Enigma do Príncipe, e foi estranho tocá-lo e sentir uma estranha familiaridade. Quando o abri, vi que havia algo escrito ali, em letras pequenas e graciosas, uma espécie de dedicatória na folha de rosto do livro.<br />
<i>"Oi! Espero que enquanto você lê esse livro, ame essa história tanto quanto eu, apesar de você já saber que é meu livro favorito da série. Espero que lembre que esse é o primeiro de muitos livros que compartilharemos, entre muitos anos de namoro. Espero que sempre lembre de nós.</i><br />
<i> Com amor, Anna."</i><br />
Respirei fundo, adicionando aquela informação. Pelo jeito, ela realmente era minha namorada, e parecia me amar muito. Na noite passada, virei a madrugada descobrindo coisas por esse quarto, e pude concluir que eu também a amava muito. Mas eu não lembrava dela. Por mais que tentasse. E eu queria lembrar. Ainda estava com o livro nas mãos quando senti que tinha alguém parado na porta do quarto. Lá estava ela, e dessa vez, com um cachorrinho nos braços. Sorriu de leve pra mim.<br />
- Oi. - disse ela.<br />
- Bom dia. - respondi.<br />
- Dando uma olhada no lugar? - perguntou, apontando para o livro na minha mão.<br />
- É, passei um bom tempo vendo tudo, espero que não se importe, vou por tudo no lugar depois.<br />
- Tudo bem, pode mexer no que quiser. - tranquilizou a garota, fazendo carinho no cachorro em seus braços. - Espero que tenha descoberto alguma coisa útil.<br />
- Descobri muitas coisas, na verdade. - falei, dando um passo na direção dela. - Mas são coisas demais, e não lembro de grande parte delas. - continuei. Não sabia porque estava sendo tão sincero com ela, afinal, eu não a conhecia, mas mesmo assim eu estava contando. E apesar disso, pude notar que ela ficou um pouco triste quando disse que ainda não lembrava de nada. Se foi isso, tentou disfarçar.<br />
- Você vai lembrar, é só uma questão de tempo. - a voz daquela garota era tão doce e tranquila que era muito fácil se deixar levar por ela. Se realmente nós tivemos algo, eu poderia concluir que tinha um ótimo gosto para garotas. Ela era, sem dúvidas, a garota mais linda que já vi.<br />
- E se eu nunca lembrar?<br />
- Gosto de pensar positivo. - sorriu fraco.<br />
- Esse cachorrinho é seu? - perguntei.<br />
- Essa folgada aqui, que só faz comer e dormir? - rimos da cadelinha que dormia. - É sim. O nome dela é Amora. - concluiu. Achei engraçado por nome de comida a um cão.<br />
- Eu posso... Hmmm.... Segurar a Amora um pouquinho? - questionei tímido, mas ela sorriu pra mim, e entendi que podia. Amora era tão leve que era muito fácil segurá-la apenas com um dos braços e tão peludinha que provocava algumas cócegas. Não pude evitar um contato físico com Anna quando ela pôs a cadelinha nos meus braços, o que provocou um certo arrepio pelo corpo, que logo tratei de disfarçar. - Porque você está acordada tão cedo, em um dia de sábado?<br />
- Eu tenho curso de culinária avançada aos sábados de manhã. - explicou ela, muito perto de mim, passado as mãos por todo o pelo macio da cadelinha. Os olhos dela subiram lentamente e pararam quando encararam os meus. Anna tinha lindíssimos olhos verdes e não pude evitar encará-los. Esperava não parecer um bobo. - E como quero ser uma chefe de cozinha famosa, preciso trabalhar duro.<br />
- Quer ter o próprio restaurante? Isso é ótimo! - exclamei admirado. Ela riu. - Eu ouvi a garota loira, sabe, a maluca, dizer que você cursava Artes. Porque você está nesse curso se quer ser chefe?<br />
- Posso te contar um segredo? - perguntou, e confirmei que sim. - Nem eu sei! - tentei não gargalhar para não acordar a cadelinha, mas aquilo não funcionou como deveria. Quando paramos de rir, Amora me observou com seus grandes olhinhos castanhos e parecia muito aborrecida por ter sido acordada daquela maneira. A devolvi para a dona, agora, rindo de Amora.<br />
- Ela não gostou de acordar desse jeito. - ri.<br />
- Nenhum pouco. - afirmou risonha.<br />
- O que vai fazer sobre a faculdade?<br />
- Vou esperar o processo de seleção começar para tentar gastronomia. Acho que já aprendi o suficiente. - respondeu. - Está pronto para voltar, na segunda?<br />
- Não sei dizer, mas Sara estará lá, então, acho que não vai ser tão ruim.<br />
- Boa sorte então. - dessa vez, o sorriso foi sem mostrar os dentes. Me perguntei o que a chateava. - Tenho que ir agora, não quero me atrasar. - sua fala foi acompanhada de um suspiro cansado.<br />
-Tudo bem. - balancei a cabeça, afirmativo. Então ela se virou e saiu do quarto mais rápido do que veio. Agora eu me via sozinho naquele quarto, com um Husky Siberiano dormindo ao pé a minha cama. Me aproximei da mesinha de cabeceira e vi uma foto nossa, digo, Anna e eu, juntos, sorrindo, felizes. Peguei no porta retrato para olhar a foto mais de perto. Suspirei infeliz em seguida.<br />
[...]<br />
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
- Sinto muito mesmo, realmente é uma situação desconfortável. - disse meu professor de culinária, no fim da aula.<br />
- Ele lembra de pequenas coisas, mas grande parte ainda é desconhecida pra ele. É como se estivesse no meio de estranhos, não parece confiar em ninguém que mora lá. Apesar de, é claro, do lugar estar cheio de evidências de que ele realmente viveu ali.<br />
- Justin só está inseguro e confuso. É normal. Você só precisa ter paciência, porque momentos ainda mais desconfortáveis virão.<br />
- Eu sei. E muito obrigada por me ouvir. - suspirei, me apoiando na mesa. - Mas é muito difícil fazer alguém acreditar em você enquanto essa pessoa olha pra você como se fosse um estranho.<br />
- Pense positivo, e tudo dará certo. - disse ele, segurando minha mão. - Está de carro? Posso levar você até sua casa, se quiser.<br />
- Não, obrigada, mas eu tenho que ir a um lugar primeiro. Além do mais, caminhar é um exercício que vai me me ajudar a não ficar gorda, vendo o quando eu como por dia. - ele riu. Me despedi dele com um beijo na bochecha e fui embora. No caminho, como sempre, encontrei Margo e acenei para ela.<br />
No caminho de volta, não parava de pensar em como o ajudaria a se lembrar das coisas, de nós, e o que faria caso ele nunca recuperasse a memória. Essa incerteza era a pior coisa, de fato. E agora, me via na posição de reconquistá-lo, mas eu não sabia por onde começar. Se ele estava confuso, eu também estava. E com ainda mais medo. Eu queria acreditar que ainda havia esperança, esse era o único motivo por ainda continuar aqui. E ainda não sabia como dizer pra mãe dele o que tinha acontecido e tinha medo da reação dela.<br />
Quando cheguei em casa, no entanto, estavam todos na sala, Justin, sentado ao lado das únicas pessoas que lembrava.<br />
- Abelha! Que demora, estávamos todos esperando por você. - falou a loira, assim que abri a porta.<br />
- Ué, porque?<br />
- Vamos dar uma volta por ai, todo mundo quer um piquenique na praia...<br />
- Menos eu, sua amiga maluca me arrastou do quarto como se a casa estivesse pegando fogo. - Justin falou, e me assustei brevemente por ele ter tido coragem de falar.<br />
- Não sou maluca, sua jujuba esquelética.<br />
- É esquecida, Ashley. - corrigiu Damon.<br />
- Isso também! - concordou ela, em seu vestidinho rosa de verão. - Então vamos logo...<br />
- Vossa Majestade se importa se eu tomar um banho antes de irmos? - perguntei fazendo reverência, uma brincadeira típica, mas que ela na maioria das vezes, acreditava.<br />
- Tudo bem, lhe concedo alguns minutos, mas seja rápida. Minha beleza belezuda não pode esperar muito. - concordou ela. Subi as escadas rindo.<br />
<br />
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
Aquilo era bem estranho, e aquela loira era bem maluca. Uma pessoa aparentemente legal, mas muito maluca. Meia hora depois ela tinha quase me empurrado escada a cima para chamar Anna, fazer com que ela terminasse mais depressa.<br />
Quando vi Amora brincando com uma bolinha de borracha no chão, entendi que era o quarto certo. Entrei devagar, e a estranha familiaridade me pegou de surpresa mais uma vez. Era um lugar acolhedor e muito elegante. Escutei o barulho do chuveiro e presumi que ela ainda não tinha terminado. Andei pelo quarto, e encontrei uma foto nossa na mesinha de cabeceira dela. Parei para olhar mais de perto. Havia outras espalhadas pelo quarto, dela com as amigas provavelmente no ensino médio, outra dela com a loira, outra com o irmão, uma com Caitlin, a garota risonha, e outra com o namorado da loira maluca.<br />
O fato era que estava entretido demais no que via, que não percebi que o chuveiro tinha sido desligado e que alguém saída do banheiro. Quando olhei para trás, tive uma visão completa de Anna apenas com uma toalha azul claro. E sim, fiquei muito, mas muito nervoso mesmo.<br />
- O que você está fazendo aqui? - perguntou ela, segurando a toalha mais firme.<br />
- Desculpa, é que Ashley pediu pra chamar você e... - cocei a cabeça com uma mão e com a outra arrumei o óculo no meu rosto. - É isso. Tchau! - quase sai correndo dali, envergonhado, mas gostando do que vi.<br />
<br />
<b><i>NOTAS FINAIS</i></b><br />
Olá pessoal, espero que tenham gostado do cap. Beijocas e até o próximo :D<br />
<b><i>Roupa da Anna:</i></b> http://data3.whicdn.com/images/163159227/superthumb.webp<br />
<b><i>Foto Antiga da Anna:</i></b> http://data1.whicdn.com/images/162783812/large.jpgAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-57583077410835706052015-02-14T16:15:00.001-08:002015-02-14T16:52:02.744-08:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 17 - Caindo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaHbeDZGXRnPBoOc0gFt0b8744jo67og9H1qUt1OlYcLOIWLEDnGEhFGEiJv2bTelTI3c7zJmZRH2qtApy4gQUwhR6Nrsk0CHqy6R8PU3O13-j3Ds6g6NNdQvUDiLJs4Xb_kZpH7rqcYfS/s1600/tumblr_mdk3buVlTg1rjb07wo1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaHbeDZGXRnPBoOc0gFt0b8744jo67og9H1qUt1OlYcLOIWLEDnGEhFGEiJv2bTelTI3c7zJmZRH2qtApy4gQUwhR6Nrsk0CHqy6R8PU3O13-j3Ds6g6NNdQvUDiLJs4Xb_kZpH7rqcYfS/s1600/tumblr_mdk3buVlTg1rjb07wo1_500.gif" /></a></div>
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
Meu avô resolveu nos fazer uma visita na faculdade. Quando entrei no corredor principal, que dava acesso as salas de aula e ao portão de saída para o campus externo, de mãos dadas com Justin, sorri quando o vi ali. Nos abraçamos quando ficamos próximos, e percebi meu irmão ao lado dele.<br />
- Olá para vocês. - ele sorriu docemente. - Mike e eu estávamos esperando vocês.<br />
- Perdão pela demora, não sabíamos...<br />
- Tudo bem, Justin. - meu avô cortou, ainda sorrindo. - O que acham de acompanhar este velho aqui, em uma caminhada por essa faculdade magnífica?<br />
- O senhor não é velho. - disse Justin, bondoso.<br />
- Só um pouquinho ancião. - completei, rindo.<br />
- Anna! - reclamou Mike. - Não é ancião... Ele só é mais velho do que os dinossauros, mas que diferença faz, não é mesmo? - disse ele, risonho. Vovô bateu na cabela dele, e rimos ainda mais.<br />
- Venham logo, suas crianças idiotas. - todos nós riamos como loucos. E tudo foi muito divertido.<br />
Mostramos nossas salas, aturamos meu irmão se exibindo enquanto explicava a área da psicologia que estudava, que era a Psiquiatria, e como era fascinante e que não era apenas "falar com os doidos". É claro que fiz uma piadinha sobre um "doido" cuidar de outro "doido", que fez todo mundo rir. Justin também entrou na brincadeira, e fez uma piada nerd; ninguém riu porque entendeu, é claro, e sim pelas caretas que ele fazia e a risada contagiante dele no final.<br />
Estávamos todos entusiasmados e contentes. Mike estava do lado esquerdo de vovô, eu do seu lado direito e Justin e eu ainda estávamos de mãos dadas.<br />
- Vocês gostam mesmo daqui? - perguntou o bom velhinho.<br />
- Adoramos esse lugar. Tirando, é claro, o fato de algumas coisas estranhas terem acontecido aqui. - respondi simples.<br />
- Estranhas? - perguntou ele.<br />
- É, uma garota foi morta nesse prédio, no próprio dormitório. - continuou meu irmão.<br />
- E também uma colega morreu afogada, durante uma festa. - concluiu Justin. - Mas a nossa diretora, sra. Dumpper, nos garantiu que iria redobrar a segurança do campus, que as mortes seriam esclarecidas e que isso nunca mais irá se repetir. - agradeci mentalmente a ele por ser inteligente e rápido o suficiente para não deixar meu avô preocupado.<br />
- Que bom, meu rapaz. Ficaria muito preocupado de deixá-los sozinhos aqui, sabendo que tem um maluco à solta e que a segurança continua a mesma. - sorriu aliviado para Justin, que retribuiu da mesma maneira. Paramos na frente da escada em caracol, que dava acesso aos dormitórios. Aquele era um outro prédio da faculdade, ou ala, como preferir chamar. Ou simplesmente dormitórios. - Aliás, muito obrigado pelos livros que me emprestou e recomendou, Justin. Li e adorei todos.<br />
- Por nada, senhor. - agradeceu, mas parecia feliz e um tanto orgulhoso de si. Achei aquilo bem fofo. - Tenho outros livros e, se quiser dar uma olhada neles, ficarei feliz em recomendá-los.<br />
- Eu adoraria. - sorriu largo dessa vez.<br />
- Hey, pessoal, aquilo ali, na escada, no pequeno espaço de degraus no primeiro andar, e o recomeço do degrau das escadas no segundo, que vai para o dormitório das meninas no segundo andar, é um livro? - perguntou meu irmão, apontando para a escada em caracol. Era um livro, de fato, mas só se podia ver a lombada dele, que era bem grossa.<br />
- É um livro sim. - disse Justin, olhando para cima. - Porque alguém deixaria um livro cair ali? Um livro grosso como esses, não é possível que o dono não o tenha sentido ou ouvido cair.<br />
- Acho que essa pessoa estava muito apressada pra isso. - Mike opinou.<br />
- De qualquer forma, vou pegá-lo e ver de quem é. - respondeu Justin. Soltou minha mão com doçura e foi subindo as escadas que davam algumas voltas. Quando chegou no topo, pegou o livro com as duas mãos e o abriu. Foi até o corrimão de madeira, e olhou para baixo, onde ainda esperávamos por ele. - O livro é da Emília. - disse.<br />
Achei estranho, porém nada mais importava depois do que vi. Uma pessoa vestindo preto dos pés a cabeça, luvas também pretas e capuz, surgiu atrás dele enquanto examinava o livro, apoiado no corrimão. Ele não percebeu e não pude alertá-lo, devido a rapidez com que aconteceu. O encapuzado se aproximou dele e o empurrou com livro e tudo. Justin caiu do primeiro andar, e já no chão, estava desacordado.<br />
[...]<br />
- Ninguém dá notícias, Ashley, como posso ficar calma desse jeito? - perguntei, de braços cruzados e batendo o pé no chão com impaciência. Meus olhos estavam marejados, mas não ia me permitir chorar até saber o estado real dele.<br />
- Eu sei disso, abelhuda que me ama, mas ele vai ficar bem. E além do mais, a Jujubona não caiu de uma altura tão alta...<br />
- É de grande altura, loira. - corrigiu Caitlin.<br />
- Isso também. - concordou ela. - Talvez ele fique com uma dor de cabeça dos infernos e algumas dores. Mas só isso. - ela estava tentando me acalmar, e no fundo eu queria de verdade acreditar nela. Foi por isso que sentei na cadeira da sala de espera, mas levantei no estante seguinte quando o doutor chamou pelo parente dele.<br />
- Sou a namorada dele. Como ele está, doutor, seja sincero. - falei, me obrigando a ficar calma.<br />
- Ele está bem na medida do possível. Teve sorte da altura não ter sido grande, mas, ainda sim, isso causa danos que, ou desconhecemos, ou que ainda não podemos explicar. O cérebro humano e a forma como ele funciona em algumas situações ainda são um mistério para os cientistas, apesar de os estudos sobre ele estarem ainda mais intensificados. O fato é que ele quebrou alguns ossos, mas nada muito grave, mas está bem. Só precisa de repouso, e tomar os remédios que estão nessa receita para aliviar as dores.<br />
- Então, ele está tecnicamente bem? - perguntou Sara. É, todos os amigos dele estavam ali. Sara, John, Damon, Ashley, Mike e Caitlin. Meu avô e eu.<br />
- Tecnicamente, sim. - respondeu o doutor.<br />
- Podemos vê-lo? - perguntei.<br />
- Vocês são muitos, não podem entrar todos de uma vez.<br />
- Por favor, doutor, é rápido. O senhor pode até ir com a gente. Damos todos um "olá" bem rápido pra ele, e depois vamos de dois em dois pra falar com ele e conversar melhor. - propôs Ashley. Como eu disse anteriormente, ninguém resiste aquela carinha fofa que ela fazia. Então fomos todos juntos ao quarto dele. E foi justamente no momento em que ele tinha acabado de acordar.<br />
- Não falem todos de uma vez, mantenham a voz baixa e aproximem-se apenas o necessário da cama. Ele ainda não está totalmente recuperado. - recomendou o doutor, ainda na porta. Quando finalmente entramos, Sara foi a primeira a ir até ele. Justin sorriu quando a viu.<br />
- Justin, seu bobão! Nós ficamos preocupados. Nunca mais faça isso. - ela ralhou com ele, que riu. parecia não entender muito bem o que estava acontecendo.<br />
- Oi pra você também, Sara. - riu. - Mas como eu vim parar aqui?<br />
- Você foi empurrado da escada dos dormitórios da faculdade, Justin. - respondi com cautela, chegando mais perto. Ele me olhou estranho.<br />
- Fui empurrado da escada? Faculdade? Do que você está falando?<br />
- Mas...<br />
- Quem é você? - me interrompeu, me olhando de cima pra baixo.<br />
- Como assim, quem sou eu? Sou Anna, sua namorada.<br />
- Namorada?<br />
- É, estamos juntos há quatro anos. Estudamos e moramos no mesmo lugar, todos nós, com exceção de John e Sara. É nosso primeiro ano na faculdade. - cheguei mais perto, mas ele continuava a me olhar como se fosse uma estranha.<br />
- Desculpe, mas só lembro dos meus amigos, Sara e John. Não lembro de como os conheci, é claro, mas sei que os conheço. E não lembro de ter uma namorada. Acho que você me confundiu com outra pessoa. - eu ia responder quando o doutor segurou meu braço. Percebi que ele queria dizer alguma coisa. Por isso, mesmo intrigada, sai do quarto. Os únicos que ficaram lá, foram Sara e John. Uma vez do lado de fora, me permitir falar e expor minha dúvida pra fora.<br />
- O que foi que acabou de acontecer lá dentro? - perguntei. - Ele não lembra de ninguém que está aqui. Nenhum de nós! O senhor disse que ele estava bem.<br />
- E está. Fisicamente. - começou ele. - Mas, como falei antes, é muito difícil saber como o cérebro vai agir depois de um incidente como esses. Ao que tudo indica, posso diagnosticar pelos sintomas, que ele sofreu uma perda parcial de memória.<br />
- Ele vai ficar bem? Vai lembrar de tudo, não é? - perguntei, tentando não chorar.<br />
- Se tratando do cérebro, não podemos afirmar nada. Eu sinto muito.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-52006458299898237622015-02-02T20:40:00.000-08:002015-02-03T21:25:31.133-08:00OneShot: Animals<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnafkiSt0Z5ji4GT5j20hrZEaYHLrYNWaftVLbkz5pN-SqSXWlwwHvDhWAoyKTMPULOmtO84jUfHhj_wHUiyF3aoijDaKAmoZRFqTSv3Fm7O2E6BkIG4RIuofp4WCss_suMclbwl_1Fqg/s640/bieber-photoshoot-vibe.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnafkiSt0Z5ji4GT5j20hrZEaYHLrYNWaftVLbkz5pN-SqSXWlwwHvDhWAoyKTMPULOmtO84jUfHhj_wHUiyF3aoijDaKAmoZRFqTSv3Fm7O2E6BkIG4RIuofp4WCss_suMclbwl_1Fqg/s640/bieber-photoshoot-vibe.jpg" /></a><br />
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Era assim que ele perseguia e pegava suas vítimas e as arrastava para o sono sem fim, como um demônio que vinha do inferno para se alimentar de criaturas indefesas e inocentes. Porque era isso que ele era. Não havia nada sobre amor, compaixão ou respeito do lugar de onde ele veio. Tudo que ele conhecia eram coisas perversas e que nem o ser humano mais cruel fazia ideia que existia. Porque ele era o ser humano mais cruel de todos.<br />
Parado do outro lado da calçada, parado a espera do momento certo para agir, ele não parava de olhar para uma garota ruiva de olhos castanhos claros, sua nova vítima, uma presa fácil. Mas ele gostava de fazer jogos. Justin, era assim que se chamava. E apesar da aparência angelical, seus olhos castanhos, quase em cor de mel, transmitiam toda a violência de que era capaz sem sentir uma gota de remorso.<br />
Mas ele lembrava exatamente do dia em que pôs os olhos na jovem e linda Lucy. Sua atenção estava completamente voltada para o estabelecimento no momento em que ela saiu. Sorria, enquanto acenava em despedida para as amigas, indo na direção oposta a elas, sozinha. Ele organizou suas roupas e começou a caminhar lentamente. Tinha chegado a hora.<br />
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<b><i>Quatro Semanas Atrás...</i></b></div>
Agora ele precisava de mais outra pessoa, para sua nada pequena coleção de vítimas. Ele era conhecido como O Estripador, mas qualquer um que o olhasse, jamais diria que aquele rapaz era capaz de tanta crueldade. Se aproveitava de sua perfeita camuflagem de bom rapaz como um diabético aproveita a chance perfeita para comer chocolate.<br />
O fato era que Justin não sabia desde quando tinha esses impulsos violentos e cruéis. E não tentava controlá-los. Considerava-se um grande artista, orgulhando-se de como seus crimes ganhavam fama e atormentavam pessoas por todo o país. Pensou que iria demorar para encontrar a vítima perfeita, mas naquele dia de sol, ele teve sorte; ela, no entanto, não sabia que a partir daquele dia, passaria a ter muitos 'piores dias de sua vida'.<br />
Foi fácil para ele se aproximar dela, usando sua bela máscara de personalidade. Lucy estava encantada com Justin.<br />
<b><i> Três Semanas Atrás...</i></b><br />
Justin estava confuso. Conquistou a amizade de Lucy sem nenhum motivo, tendo em vista o modo como acabava com suas "presas". Ele não sabia porque não tinha torcido seu pescoço, ou arrancado um de seus membros enquanto ela ainda respirava. Lucy confiava nele, esse era o erro dela. Confiava rápido demais nas pessoas e aquilo acabaria com ela.<br />
Enquanto tentava entender a si mesmo, ele a cercava como um tigre cerca sua caça, como se precisasse provar algo para si. A seguia, sem que ela soubesse, até sua casa; a observava pela janela. A perseguia na rua, ou quando saia com as amigas. A ruivinha nunca notaria que seu possível assassino estava tão perto e seguia seus passos onde quer que fosse. Justin tinha uma foto dela, muito bem guardada, junto de muitas outras, garotas que ele tinha matado ou torturado. Tornou-se um jogo para ele, e claro, ele estava adorando.<br />
<b><i>Duas Semanas Atrás...</i></b><br />
Ela o tinha convidado para uma festa em sua casa; não estavam sozinhos lá. Alguns poucos amigos, suficientes para manter o lugar razoavelmente cheio estavam na residência de Lucy naquela noite. Foi uma chance perfeita para ele conhecer ainda melhor o interior daquele lugar. E foi isso que ele fez. Se ela soubesse quem Justin era de verdade, jamais teria deixado ele se aproximar. Mas ele era charmoso o suficiente para que ninguém tivesse uma má impressão dele. Isso dava muito certo.<br />
Foi assim que O Estripador, ficou ainda mais próximo da garota, comemorando o aniversário dela junto com ela, na casa dela, com os amigos dela. Ele lhe deu um presente, e aquilo também fazia parte de seu jogo manipulador. Deu certo, como sempre.<br />
<div style="text-align: left;">
<i><b>Uma Semana Atrás...</b></i></div>
A confusão na cabeça de Justin era enorme. Gostava de jogar com a mente das pessoas, mas aquilo já durava muito tempo. Pela primeira vez agiu sem pensar quando a convidou para jantar. Lucy aceitou o convite, encantada com o rapaz. Ele tinha raiva também. Não estava conseguindo matá-la e suas suspeitas de possíveis sentimentos por ela o atormentavam. Justin ão iria permitir aquilo. Mas se viu com ciúmes dela, um ciúmes possessivo e assassino.<br />
Tinha passado dos limites, aquilo tinha que parar. Ele sempre deveria estar no controle, e o tomaria para si novamente, e se viu obstinado e obcecado: tinha chegado a vez dela.<br />
<i><b>Hoje...</b></i><br />
Justin pôs as mãos nos bolsos, e caminhou até ela, decidido, sem fazer nenhum barulho. Lucy andava por uma rua vazia e um tanto escura, o que o fez se perguntar se ela era muito corajosa, ou muito burra. Mas engana-se quem pensa que ele tomaria alguma atitude ali; ele tinha classe demais pra isso. Seus assassinatos eram bem articulados e bem teatrais, com visões espetaculares de corpos mutilados, uma "obra" de arte mórbida e horrível. Quando chegou perto o suficiente, Justin pôs uma das mãos no ombro da garota, que virou-se para ele, assustada. Ao reconhecê-lo, sorriu.<br />
- Você me assustou, Justin. - disse, um tanto aliviada. Ele apenas sorriu, mas ela não fazia ideia do significado daquele sorriso. - O que está fazendo aqui?<br />
- Eu é quem deveria perguntar. - falou com sua voz rouca e sedosa. - É um lugar muito perigoso para uma garota bonita andar sozinha.<br />
- Sei me cuidar. - respondeu, feliz pelo elogio e pela "preocupação" dele.<br />
- Ainda assim, insisto em levar você até sua casa. - pensando que Justin estava apenas cuidando dela, aceitou a oferta. Ao chegarem, Justin foi convidado para entrar e tomar um chá; obviamente não recusou. Eles sentaram-se no sofá e bebericaram o chá; O Estripador não tocou em nada, muito menos na xícara de chá, afinal não seria louco de deixar provas que o incriminassem. Iniciou uma conversa, para que ela não reparasse neste pequeno detalhe.<br />
- O que acho do Estripador? - perguntou ela, depois que ele perguntou-lhe sua opinião sobre o assassino cruel. - É assustador, e muito bizarro.<br />
- Saberia reconhecê-lo se o encontrasse? - rebateu o garoto.<br />
- Acho que sim, psicopatas devem aquele "ar" de maldade, sabe?<br />
- Se eu fosse você não julgaria por aparências; ele pode muito bem ser bonito, alto, charmoso. Nunca parou pra pensar nisso?<br />
- Não penso nessas coisas. - Lucy deixou sua xícara na mesinha de centro. - Porque está perguntando essas coisas, Justin?<br />
- O que faria se estivesse cara a cara com ele, nesse exato momento? - ele chegou mais perto, e pela primeira vez, Lucy ficou apreensiva perto dele. - Não sei Justin, porque está perguntando isso?<br />
- Não precisa ficar assustada, só estava curioso. Estava brincando com você. - Lucy sorriu aliviada por alguns segundos, mas parou de sorrir depois do que ouviu a seguir. - Mas agora a brincadeira acabou e você precisa morrer.<br />
Ela levantou-se rápido do sofá e correu para longe, mas não foi rápida o suficiente. Justin a segurou por trás e apertou seu pescoço, estrangulando-a. Lucy lutava, mas ele era mais forte e tinha muito mais prática em matar alguém do que ela em se libertar. Antes que Lucy perdesse a consciência, ele revelou que era O Estripador, para que ela soubesse quem <i>realmente</i> a estava matando e que seria a próxima na lista de vitimas. Foi assim que ela morreu. Ele limpou as marcas de seus sapatos do chão, e usou apenas meias enquanto deixava o local do crime impecável. Deitou o corpo com cuidado no sofá, e parecia que ela estava dormindo. Dormindo como um anjo, o que de fato ela era para ele.<br />
Justin admirou sua beleza e percebeu finalmente que estava apaixonado por ela. Do seu jeito louco e possessivo, mas estava apaixonado. Não a matou por ciúmes, mas porque precisava fazê-lo desde que a viu. Apesar de apaixonado, era assim que ela deveria estar: morta. Foi pensando nisso que ele saiu da casa e essa foi a razão por não ter mutilado o corpo de Lucy enquanto ela ainda estava viva.<br />
No dia seguinte, era a vez dela de ser manchete policial.<br />
Ele voltou a cometer outros crimes hediondos.<br />
Porém jamais haveria outra vítima como ela. Doce Lucy.<br />
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<i>Aviso: fiz essa OneShot ouvindo uma música da banda Maroon 5 chamada Animals, daí, o título.</i>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-15903149317431419102015-02-01T19:31:00.003-08:002015-02-01T19:31:47.294-08:00My Dear Nerd - Hear by Heart - Capítulo 16 - Um Dia Quase Normal<div dir="ltr">
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<a href="http://data2.whicdn.com/images/59143145/large.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://data2.whicdn.com/images/59143145/large.gif" /></a></div>
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
Guardei meu material na mochila, me preparando para ir embora da sala. Como era a última aula do dia, fiz tudo mais devagar. Enquanto isso, posso contar o que houve durante esse tempo.<br />
Fiquei surpresa quando recebi a visita do meu avô. Naquela mesma noite, ele contou para meu irmão e eu que decidiu fazer uma surpresinha e por isso não contou a ninguém que vinha. Ele disse que, primeiro, foi com minha tia visitar Clarice, minha prima presa. Ele disse que Clarice ficou feliz quando soube que ganharia um irmãozinho, e o pai dela, o qual sempre esqueço de mencionar, estava com eles também. Mas nenhum deles gostava da nova realidade de Clarice. Mas esse é um assunto que abordaremos em breve. Enfim, meu avô passou aqui para nos surpreender e ficaria aqui por um longo tempo. Acho que para se despedir da forma correta, seja ela qual for.<br />
Não tive tempo de falar sobre <i>"o assunto"</i> com ele, e nem queria. Na hora de dormir, naquela noite do Cine Pipoca, fui para o quarto de Justin com Amora e conversamos por horas. Tomamos um banho agradável de banheira juntos e fomos dormir. Não houve nada além de risadas e beijinhos durante o banho, e enquanto isso, Amora e Collin brincavam com o mordedor em forma de carneiro deles. Uma vez, minha cadelinha estava deitadinha perto da parede da sala, com a cabecinha apoiada nas patinhas; foi na época que ela estava doente, e todos os outros cãezinhos se deitaram ao lado dela, e era como se dissessem "Tudo bem, estamos aqui por você". Muito fofo!<br />
Tem sido dias tranquilos desde que meu avô chegou; como se ele trouxesse alegria onde quer que fosse. A loira continuava no seu "normal" e os demais, bem, doidos como sempre. Justin parecia ainda mais nerd e ainda mais bonito. Poderia classifica-lo como quase popular. E eu agradecia por ele não descer a noite para a cozinha pra comer meu Doritos furtivamente. Ele me avisava quando queria comer, e eu comia junto com ele, claro.<br />
- Anna! - ouvi gritarem por mim no corredor. Sempre perco a noção do tempo quando estou conversando com vocês. Virei para trás, vendo Justin e Damon andarem em minha direção. Percebi apenas agora que já estava no corredor, com minha sala de aula muitas portas atrás de mim.<br />
- Porque demorou tanto? - Justin perguntou, quando parou a minha frente. <br />
- Provavelmente estava comendo escondido. - sugeriu Damon. Até que ele estava certo; em partes. <br />
- Não sei porque vou perguntar isso, mas vou fazê-lo mesmo assim: Você viu Ashley por aí? - quis saber, pondo as mãos nos bolsos.<br />
- Não, mas provavelmente está no banheiro retocando a maquiagem e arrumando o cabelo mais do que já está arrumado. - respondi simples. </div>
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- E porque Caitlin não está com você? - questionou Justin, confuso.</div>
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- Não tenho essa aula com ela.</div>
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- Ah, bom. Certo. - disse ele. - Agora só falta encontrarmos os outros. - continuou ele. No segundo seguinte os demais andavam até nós. Até Sara estava entre eles; Sara e John.</div>
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- O que vocês estão fazendo aqui? Esperamos um tempão por vocês lá fora. - disse Sara.</div>
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- Procurávamos por vocês. - respondeu Damon.</div>
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- O que tem lá fora de tão importante que largamos mais cedo hoje? - perguntei.</div>
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- Vão fazer algo pra homenagear Angelina e Raquel. Estão formando fileiras lá fora pra que todo mundo entre organizadamente no auditório principal. - informou John.</div>
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- O auditório está lindo! Bem, foi o que disseram. - Cait deu de ombros. - Quer dizer, eu até gostava da Raquel, mas não me importo nenhum pouco com Angelina, aquela cascavel. </div>
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- Ela me disse uma vez, Angelina, que ela tinha dois quartos reservados apenas pra guardar as roupas dela. - comentou a loira. - Isso não é verdade, não é? - perguntou ela, fazendo aquela carinha de "Poxa, ela não merecia as roupas que tinha!".</div>
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- Claro que não, ela só disse isso pra tentar fazer mal a você. - tranquilizou Cait, mesmo que todos soubéssemos que podia ser verdade; afinal, Angelina tinha pais milionários.</div>
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- Que bom! - a loira sorriu, aparentemente acreditando em Caitlin.</div>
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- Acho melhor irmos logo, antes que venham nos chamar pessoalmente. Não sei vocês, mas não vou muito com a cara da diretora desse lugar. - Sara disse, e como ela estava com razão, seguimos seu conselho. </div>
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Durante o caminho, alguns grupinhos de conversa foram formados. Caitlin, Ashley, Sara e eu andávamos um pouco mais a frente, conversando sobre coisas de garotas; riamos bastante, uma se apoiando na outra, fracas de tanto rir. Justin, Damon, Mike e John vinham logo atrás. Eles também gargalhavam, apesar de eu não fazer ideia do que falavam. Provavelmente, coisas de garotos. Mas quando todos sentamos em nossos respectivos lugares no auditório, as risadas e brincadeiras cessaram por motivo de respeito. Como tinham muitas pessoas entrando, meus amigos e eu sentamos na mesma fileira, porém, completamente misturados. A ordem era: Damon, Mike, Ashley, Sara, eu, John, Caitlin e Justin.</div>
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- Você está vendo Emília e aqueles outros garotos retardados? - perguntou Sara em meu ouvido.</div>
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- Estão lá na frente. - apontei discretamente.</div>
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- Você sabe que ela ainda anda espalhando pela faculdade que a culpa pela morte de Angelina é sua? - questionou, olhando pra mim.</div>
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- Como assim ela anda dizendo que a culpa é minha? Você acredita nela, Sara? - perguntei sem entender. Na verdade, eu nem tinha ideia que esses boatos existiam. </div>
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- Claro que não. Você é o tipo de pessoa que só bateria numa mosca se ela pousasse na sua comida. - afirmou. - Só algumas pessoas acreditam nela, e alguns só estão com a pulga atrás da orelha. Mas são poucos, não se preocupe.</div>
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- Não sabia disso.</div>
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- Pensei que soubesse. Ela fala isso desde que Angelina morreu. Ela até te acusou em público, lembra? Todo mundo viu.</div>
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- Lembro que ela me acusou em público, mas eu sou inocente.</div>
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- Eu sei que é. - ela sorriu.</div>
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- Seria muito cruel dizer que pode ter sido bom ela ter morrido? - sugeriu John. Sara balançou a cabeça, rindo muito baixinho.</div>
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- Não se preocupe: todo mundo pensa assim. - a voz dela foi a última coisa que ouvi antes do silêncio completo e em seguida, a voz da diretora da faculdade iniciar seu discurso. </div>
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<i> - É uma festa de praia, o que você está vestindo está ótimo. - disse Kate, tentando ser paciente. - Você precisa parar de ser insegura, Anna, caso contrário, ele não vai mais gostar de você.</i></div>
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<i>- É garota, você vai se dar bem hoje. Ele é um gato! - concordou Britney o que me fez ficar um pouco envergonhada. </i></div>
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<i>- Vocês acham mesmo que estou bonita? - perguntei, dando uma olhada no que vestia.</i></div>
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<i>- Você está muito bonita, é uma pena que não tenha nenhum tom de rosa na sua roupa. - falou Ashley, ao meu lado. Sorri para ela agradecida.</i></div>
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<i>- Você ficaria sexy se usasse o vestido que mostrei...</i></div>
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<i>- Estava me sentindo nua com aquele vestido, Kate. Era muito desconfortável. - falei.</i></div>
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<i>- Você quem sabe. Depois, não reclame se ele perder o interesse. Vamos. - interrompeu Kate, e andamos mais rápido em direção a praia. Tinha uma festa lá, e mais pessoas do que pensei que teria. Uma mistura do pessoal mais velho com os da minha idade. Ashley e eu ficamos nervosas quando percebemos que nossa direção era o círculo do pessoal mais velho, e precisei andar de braços dados com Ashley para não perder o controle das próprias pernas quando percebi que Damon estava naquela roda. Kate e Britney pareciam muito confortáveis e sorridentes. </i></div>
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<i>- Como vão perdedores? - saudou Kate, sorrindo quando chegamos perto deles. </i></div>
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<i>- Perdedores o meu pau! - disse um garoto, risonho, dando um abraço nas duas. Me assustei com o palavrão e Ashley não parecia tão diferente. Tentei não parecer tão criança, fingir que já estava muito acostumada à palavrões, mas não era algo tão fácil de fazer, sabendo que eles eram bem mais velhos do que nós. </i></div>
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<i>- Você está gostoso, Dave, o que andou fazendo?- perguntou Britney, cruzando os braços.</i></div>
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<i>- É a pura genética, linda. - sorriu convencido. De repente, pareceu notar eu e a loira ao lado das outras duas. - E quem são essas gracinhas? - perguntou, olhando curioso para nós.</i></div>
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<i>- São nossas amigas. A loira é Ashley e a morena Anna Mel. - apresentou Britney. Na maioria das vezes nem parecia que elas tinham só quatorze anos. </i></div>
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<i>- Muito prazer garotas. - ele beijou a mão de cada uma, mas sempre mantendo o contato visual. - Querem uma bebida? Temos outras coisas além de bebida, se quiserem.</i></div>
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<i>- Para com isso, Dave, está assustando as garotas. - falou um rapaz, ficando ao lado de Dave. E esse garoto era Damon. Fiquei tensa. - Olá meninas. - sorriu gentil e sorrimos de volta para ele.</i></div>
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<i>- Só estou sendo receptivo, ou um bom anfitrião. Como quiser chamar. - justificou-se.</i></div>
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<i>- Você é um idiota, cara. Sabe disso não é? - o outro riu e Damon riu junto com ele.</i></div>
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<i>- As garotas se amarram nos idiotas, cara.</i></div>
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<i>- Só as igualmente idiotas. - comentou Kate, a sobrancelha erguida. Dave riu, mas não gostei daquilo; parecia ter uma segunda intensão, sei lá. </i></div>
<div dir="ltr">
<i>- Vocês esqueceram de dar o convite pro nerd ali? - perguntou Dave, risonho, apontando para um garoto sentado na areia, um pouco longe. Ele usava óculos, estava com um livro nas mãos e não parava de olhar pra cá.</i></div>
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<i>- O Justin? - perguntou Ashley, inocente, mas eu sabia exatamente a intensão do comentário daquele garoto. E não gostei daquilo. </i></div>
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<i>- É. Kate, você não me disse que ele perseguia uma das suas amigas, não é? Qual delas você falava?</i></div>
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<i>- Anna.</i></div>
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<i>- Essa morena?</i></div>
<div dir="ltr">
<i>- Exato.</i></div>
<div dir="ltr">
<i>- Você disse que ele me perseguia? - perguntei sem acreditar, virando para Kate. Ela deu de ombros.</i></div>
<div dir="ltr">
<i>- Mas não é o que ele faz? Esse virgenzinho parece despir você com os olhos. As vezes dá até pena dessa criatura. - ela riu acompanhada por Dave e Britney.</i><br />
<i>- Para com isso, ele me olha, mas não é desse jeito.</i><br />
<i>- E que 'jeito' seria esse Anna?</i><br />
<i>- O jeito que uma pessoa normal olha para outra, ou... não vou ficar falando isso pra você. Mas é melhor parar com isso agora mesmo.</i><br />
<i>- Pelo jeito você vai ser defensora dos pobres e indefesos quando ficar mais velha. - Dave gargalhou alto. - Ele voltou pro livrinho dele. Quanto tempo será que isso vai durar? Se eu fosse você, menina do cabelo preto, teria muito cuidado com ele. Vai que...</i><br />
<i>- Já chega Dave. Deixe ela em paz.</i><br />
<i>- Mas estou falando do nerd. - disse Dave.</i><br />
<i>- Deixe ele em paz também. Vá usar suas ervas ou qualquer outra coisa. - advertiu Damon. - E não encoste no garoto; ele não está fazendo nada com você. E nem com vocês. - dessa vez ele apontou para Kate e Britney.</i><br />
<i>- Nos rendemos. - riram as duas.</i><br />
<i>- Venham comigo. - Damon chamou-nos. Kate piscou pra mim, mas mesmo assim puxei a loira comigo, afinal de contas, ele falou com ela também. Britney e Kate ficaram com Dave, mas ainda tive o desprazer de ver ele estender o que seria um cigarro de maconha pra elas; não quis ver se elas aceitaram ou não. - Desculpem por isso, vocês tiveram o azar de conhecer o cara errado. Dave não é uma boa pessoa, mas tem pessoas legais por ali. Não julguem todos errado por causa dele. - ele caminhava para longe daquela roda, e percebi que andávamos lentamente pela orla da praia, a areia nos meus pés, o vento frio e o cheiro do mar. Ainda tinham alguns grupinhos por aqui e por ali na areia. </i><br />
<i>- Você bebe e usa drogas? Você só tem quatorze anos, Damon. Não é legal fazer isso. - disse a loira ao meu lado. Ele riu, mas foi uma risada gentil.</i><br />
<i>- Tem razão. Mas não faço nada daquilo.</i><br />
<i>- Mas então porque fica com eles? - dessa vez eu que perguntei. Ele olhou pra mim e quase me perdi naqueles lindos olhos azuis. </i><br />
<i>- São meus amigos. Pode não parecer mas eles são legais. E como já falei, não juguem os outros baseadas no Dave. </i><br />
<i>- Minhas unhas estão horríveis. - a loirinha disse baixinho.</i><br />
<i>- Tem uma garota aqui que sabe fazer unhas como ninguém. Ela está sentada ali, é a morena. - apontou para uma garota sentada na areia, parecia ter do lado uma maleta, muito parecia com a de Ashley, onde ela costumava guardar seus esmaltes. - O nome dela é Tori. É só você dizer qual a sua situação que ela vai te ajudar no mesmo instante. - ele disse. Ela, animada, deu um beijo na bochecha dele e saiu correndo na direção da garota, e balançava os braços, tentando fazer sinal para a menina. Eu ria daquilo se não tivesse ficado tão nervosa por estar sozinha com Damon. Sozinha pela primeira vez. </i><br />
<i>- Ela vai se dar muito bem com Tori, parece gostar muito de unhas. - ele riu. E que risada linda! Nossa! - Você pode me tirar uma dúvida? - perguntou ele. Continuamos nossa caminhada lenta pela areia, lado a lado. </i><br />
<i>- Claro. - sorri pra ele.</i><br />
<i>- Porque você é amiga de Kate? - essa pergunta me pegou de surpresa. - Você parece legal, e pra ser sincero ela não é o tipo de garota "legal". Você gosta dela e de Britney?</i><br />
<i>- Não sei, acho que sim. Elas são legais as vezes.</i><br />
<i>- Isso pode ser estranho de se dizer, mas eu observava você na escola. Te acho a garota mais bonita da escola. - fiquei sem graça com aquela revelação, mas feliz ao mesmo tempo. - Sei que deve estar pensando que sou atirado, o que só estou mentindo pra ficar com você, mas a verdade é que é a primeira vez que acho uma garota verdadeiramente atraente. Desculpe, mas é a primeira vez que flerto com uma garota. - ele parecia meio encabulado, e apesar de achar aquilo fofo não sabia se podia acreditar ou não. Mas qual é, ele só tinha quatorze anos, eu não podia deixar influenciar por Kate, e se eu cometesse um erro com ele, ainda teria uma vida inteira pela frente para nunca mais repeti-lo.</i><br />
<i>- Duvido muito. - falei em tom de brincadeira.</i><br />
<i>- Juro! - cruzou os dedos na minha frente o que me fez rir. - Só tenho quatorze anos, você acha que minha mãe me deixava namorar antes disso? - rimos. </i><br />
<i>- Tudo bem, acredito em você. - ri. - E pra não ser o único a flertar, vou dizer que você não é de se jogar fora. - ele sorriu.</i><br />
<i>- Espero que não ache que sou apressado demais, mas você aceita sair comigo amanhã a noite? Eu passo no seu quarto as 19:00pm, mas se não quiser tudo bem, não estou querendo pressionar você. - ri de sua última frase, e a possibilidade me encheu de ideias. Um encontro? Ual!</i><br />
<i>- Vou pensar no seu caso. - ele riu, meio nervoso, meio feliz, meio em expectativa. Que fofo.</i><br />
- Podem vir, pessoal. Temos microfones dos dois lados. Vocês podem falar o que Angelina Torres representou na vida de vocês, uma historinha engraçada, qualquer coisa! - a voz da diretora foi a primeira que ouvi quando voltei ao presente. Pelo visto, era a vez da homenagem a Angelina. Acho que além dos poucos amigos, ninguém mais quis falar nada dela.<br />
- Você acha que alguém vai subir lá? - ouvi John perguntar a Cait.<br />
- Dúvido!<br />
- Tudo bem, vocês estão tímidos. - falou a diretora, a sra. Dumpper. Precisei segurar a risada com aquela declaração. Era óbvio que ninguém ia falar bem de Angelina Torres. - Vamos fazer um minuto de silêncio, em respeito a ela. - e esse minuto silencioso veio e se foi mais rápido do que percebi, mas ninguém parecia se importar muito com aquilo. - Isso foi lindo. Formidável! - sorriu. - Agora, levantem-se lentamente e saiam devagar. Tenham um bom dia, todos vocês. - disse ela.<br />
A certeza que eu tinha, era que os alunos só estavam sendo respeitosos por Raquel. Tirando o fato que ela flertou com Justin, ela era uma pessoa legal. Muita gente gostava dela e talvez seja por isso que o auditório estivesse cheio hoje. Foi por isso que todos saíram em silêncio do lugar, fileira por fileira, como se não tivessem mais nada pra fazer pelo resto do dia. O clima só voltou ao normal quando chegamos ao estacionamento.<br />
- O que vocês vão fazer agora, galera? - disse John, assim que nos aproximamos do carro.<br />
- Bom, nós vamos pra casa. - respondeu Damon, apontando para si e depois para Ashley. E Caitlin e Mike concordaram com os dois.<br />
- Nós vamos visitar a livraria nova, você vem com a gente? Vai ser divertido. - convidou Justin, apontando para mim e Sara, mas seu amigo negou com a cabeça.<br />
- Não, livrarias não são o tipo de passeio que me "inspiram". E além do mais, acabei de lembrar que tenho umas coisas pra resolver. Vejo vocês amanhã. - ele se despediu com um aceno.<br />
[...]</div>
<div dir="ltr">
- Anna vem cá, você precisa ver isso! - Sara pegou meu braço e me puxou para a sessão de discos da livraria. Depois de ficarmos um pouco juntos observando os livros, nos separamos para ver melhor a sessão de livros que mais interessava a cada um. Por isso levei um susto com Sara quando ela me puxou, toda estabanada e animada. Quase pulei de alegria quando vi o que ela tinha me mostrado.<br />
- O novo cd do Justin Timberlake! - comentei animada. - Eu estava louca pra comprar, mas pela internet ia demorar pra chegar e sou muito ansiosa e...<br />
- Ia ser terrível ficar esperando. Entendo perfeitamente. - ela concordou, sorrindo. - Está muito lindo.<br />
- Verdade!. - disse, olhando pro cd.<br />
- E o melhor: ainda restam dois discos. - sorriu. Ou seja, um meu e outro dela. - Eu adoro essa música. - apontou para uma faixa.<br />
- <i>TKO</i> é uma música um tanto ousada. - comentei.<br />
- Baby, every day in training to get the gold, That's why your body's crazy, But you can't run from yourself, That's where it's difficult. Girl i can see in your eyes, That there's something inside that made you evil, Where did you go cause it just ain't fair, Over here thinking 'bout the shit you say, Don't know why it gets to me... - ela cantou o começo da música, muito bem até. Sorri, me empolgando com aquilo.<br />
- It cuts right on my eye, yeah it hurt, won't lie. Still can't see, think I saw you with another guy. Can't fight, knocked down, then i got over you. Can't fight no more, you knock me out. What am i supposed to do? - cantei com ela que riu.<br />
- I don't understand it, Tell me how could you be so low? - ouvi alguém cantar atrás de mim, com uma linda voz, e quando me virei para olhar, era Justin. Sorri. - Been swinging after the bell, And all of the whistle blows. Tried to go below the belt, Trough my chest, perfect hit til the dawn. Dammit babe. This ain't the girl I used to know, No, not anymore, TKO. - finalizou, parando ao meu lado. Nos olhamos e rimos.<br />
- Canta bem, Justin! - Sara disse, tentando se conter. A graça estava apenas em termos cantado uma música juntos e... Tá, só posso dizer que foi engraçado, mas não sei explicar porque.<br />
- Fazemos um belo trio cantando. - comentou ele, risonho.<br />
- Mas como é que você conhecia a letra da música? - perguntei curiosa, segurando meu disco. Sara estava com o dela, é claro.<br />
- Sério que vocês estão mesmo me perguntando isso? - arqueou a sobrancelha, e depois entendi. Ele convivia com duas fãs loucas, ou seja, eu aposto que ele não aguentava mais ouvir aquela música. Sara e eu rimos dele, é claro.<br />
- Mas olha só, agora o repertório vai mudar um pouco. - Ergui um disco. O mais recente de Marron 5. Ele riu, e Sara, no entanto, arregalou os olhos.<br />
- OMG, VOCÊ TAMBÉM GOSTA DE MARRON 5?<br />
- Uhum!<br />
- Caraca, amigo, casa comigo velho! - disse abrindo os braços, o que me fez rir, o que fez Justin rir, o que fez uma mulher que passava por perto rir também. Até uma senhora com sua netinha riram do que Sara falou. Ela pegou outro disco pra ela, alegre.<br />
- I miss the taste of a sweeter life, I miss the conversation. I'm searching for a song tonight, I'm changing all of the stations. - cantei, e os outros dois resolveram me acompanhar na parte seguinte. - I like to think that we had it all, We drew a mapto a better place, But on that road i took a fall, Oh baby why did you run away? - cantamos um pedacinho de Maps.<br />
- Gente, nós vamos dar uma passada na praia, no meu carro, ouvindo essa música maravilhosa. E não aceito um "não" como resposta. - disse Sara, fazendo movimentos com a mão livre.<br />
No final das contas, eu comprei dois livros da<i> Aghata Christie</i>, um do <i>Stephen King</i> e os dois discos. Sara pegou os dois discos, <i>O Hobbit</i> e <i>O Chamado do Cuco</i>. Justin, pegou um livrinho de medicina (não me pergunte porquê!) o último livro da trilogia <i>O Senhor dos Anéis </i>(pra completar a coleção dele) e resolveu comprar os três primeiros livros de <i>O Guia do Mochileiro das Galáxias</i>. É claro que compramos essas coisas todas porque a loja em questão estava com promoção de inauguração. Saímos felizes e gastando pouco.<br />
Porém o que tinha marcado ainda mais o meu dia, era a definitiva constatação do quanto Sara era uma pessoa legal. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-90362170614737194282015-01-27T17:18:00.001-08:002015-02-14T16:16:28.961-08:00Algumas Coisinhas...<div dir="ltr">
Sei que passei muito tempo sem escrever mais nada... A verdade é que tava sem tempo e no começo do ano a gente só quer relaxar. <br />
Mas tô de volta!<br />
Voltarei a escrever as fics e ter mais frequência por aqui. Em muito breve, vocês verão atualizações e postagens mais frequentes e maiores. Peço (mesmo) desculpas pelo tempo que não postei nada. E se ainda tiver alguém aí, obrigada pela paciência!<br />
Beijos! :3</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-77952050708815911322014-11-18T20:55:00.001-08:002014-11-18T20:55:24.800-08:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 15 - Esclarecimentos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFrJn3mxY6d_PudVK6S8RzGJbgOCfvRLVmYSUYwSBoVmPE2-YF88wEX_vggPDG81M-qiJgJPa2pSYRM4eCHdkawo7RftjbI-AK3jJI_fV5GtyvK7FIV_a8cworZ2ZR7NsnJ3h-WjyhDoGP/s1600/giphy.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFrJn3mxY6d_PudVK6S8RzGJbgOCfvRLVmYSUYwSBoVmPE2-YF88wEX_vggPDG81M-qiJgJPa2pSYRM4eCHdkawo7RftjbI-AK3jJI_fV5GtyvK7FIV_a8cworZ2ZR7NsnJ3h-WjyhDoGP/s1600/giphy.gif" /></a></div>
<i><b>POV ANNA</b></i><br />
Sentei no sofá ao lado de Justin, mesmo temendo o que iria ouvir. Ele estava nervoso, mas não tanto quanto eu. Pelo simples fato de não fazer ideia, até um dia atrás, que ele estava envolvido nisso. Não sabia o que ele tinha ouvido e visto, além de ser horrível relembrar algo que tentava esquecer todos os dias. Aquele dia me assustava, e saber que não conseguia lembrar exatamente do que fiz ali, era ainda pior. Queria acreditar que não tinha provocado fogo nenhum, pois tudo levava a crer que Kate estava morta, e não me perdoaria se tivesse tirado a vida dela mesmo que sem intenção. Mesmo que ela merecesse morrer. Para ser honesta, nada daquilo deveria ter acontecido. Só tínhamos quatorze anos na época.<br />
- Não sei por onde começar. - ele disse baixo, com os braços apoiados nos joelhos. Ele não ousou me olhar nenhuma única vez.<br />
- Eu dei um dia para pensar no que diria, Justin. Não exigi que contasse ontem porque era o aniversário do Damon, e ele não merecia ter a felicidade interrompida devido nossos esclarecimentos. Mas agora a casa está vazia, a noite está calma, os cães estão dormindo e você já teve tempo suficiente para pensar. Não só desde ontem. Deveria ter me contado isso há muito tempo.<br />
- Anna...<br />
- Quero que me conte o que aconteceu, Justin. Eu preciso saber.<br />
- Tudo bem, eu vou contar. <br />
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"> "Era uma noite de domingo, tranquila como essa. Estava andando na minha bicicleta, quando passei pela sua rua. Você estava com Ashley, e pareciam sérias demais para duas garotas de quatorze anos numa linda noite de domingo. Nenhuma das duas falava, mas andavam de braços dados e à passos rápidos. Lembro perfeitamente de como você estava bonita, mas algo parecia perturbar você. Por isso resolvi seguir vocês, mesmo que de longe. Fiquei preocupado. Nunca vi você tão séria como estava naquele dia.</span><br />
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"> Fiquei temeroso quando percebi que estavam a caminho da casa de Kate. Ela era o tipo de garota perigosa demais para a idade, e me preocupava saber que você andava com ela. Mas no lugar de entrarem pela porta principal, passaram reto por ela e seguiram por um beco um tanto pequeno, que ficava ao lado da casa de Kate, que dava para o armazém da família localizado atrás residência da família Benner. Eu deixei minha bicicleta do outro lado da rua, e as segui. Quando cheguei perto do armazém, só tive tempo de ver você entrar.e o portão se fechar. Fiquei perto de uma árvore, lembrando o quanto pareciam aflitas durante todo o caminho até lá; aquilo me fez perceber que não era uma visita de amigas prontas para diversão, mas sim um acerto de contas ou algo parecido. </span><br />
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"> Lembro que passei bastante tempo ali, parado, esperando você e Ashley saírem. Até ouvir alguns gritos virem do armazém. Não consegui entender exatamente o que estava acontecendo, mas reconheci a voz da loira, a sua voz, a da Kate e de Britney. Entendi que estavam brigando, pela agressividade na voz de Kate. A única coisa que entendi foi a voz suplicante de Ashley pedindo para que vocês se acalmassem, mas ninguém pareceu ouvir ou acatar. Você estava furiosa, Anna. Foi por isso que comecei a me aproximar da construção, tomando o cuidado para não ser visto nem por vocês, nem por alguém de fora. </span><br />
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"> Então ouvi o som de algo cair no chão, como se alguém estivesse em luta corporal. Nunca descobri se você estava brigando com alguma das meninas, mas era impossível não ouvir o som de tapas e vozes ofegantes. A única certeza que tenho, é que o que caiu no chão durante a briga, foi o estopim para o que aconteceu em seguida. Não tinham mais gritos ou tapas. Todo o som parecia ter sumido, para ouvir o que tinha tomado seu lugar. Se espalhou tão rápido quanto o vento, e como estava perto, pude sentir o calor como se estivesse lá dentro. O lugar estava pegando fogo. E fiquei apavorado. Aquele armazém continha produtos inflamáveis que estavam ajudando o fogo a se espalhar ainda mais rápido. </span><br />
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"> Corri até a porta, e tentei de tudo para abri-la. Mas alguém a tinha trancado por dentro. Agora, eu ouvia vozes desesperadas e preocupadas, eu sentia o pavor na voz de cada uma de vocês. Quando identifiquei sua voz, Anna Mel, a segui dando quase uma volta completa no galpão, até achar uma porta um pouco menor do que a central. O crepitar do fogo lá dentro me fazia tremer, mas consegui arrebentar o cadeado da porta com um pedaço de madeira. Quando entrei, uma cortina de fumaça atrapalhou minha visão durante alguns segundos, mas depois, minha visão ficou um pouco mais clara. Uma espécie de linha formada pelo fogo dividia o lugar ao meio, separando você e Ashley de Kate e Britney. A fumaça começava a me deixar tonto e um tanto sem ar, mas ainda sim continuei. </span><br />
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"> Foi então que eu vi você, deitada no chão como se estivesse dormindo, e Ashley ajoelhada a sua frente. Ela chorava e chacoalhava você, tentando te acordar mas nada daquilo estava funcionando. A loira estava tão apavorada que não conseguia pensar. Corri entre as paredes e produtos em chamas até chegar em vocês. Se sua amiga ficou surpresa ao me ver ali, ela não demonstrou, porque estava preocupada demais em me ajudar a tirá-las dali. Peguei você no colo e Ashley se apoiou no meu ombro. Fui guiando-as, voltando pelo mesmo lugar pelo qual entrei. Ela vacilou algumas vezes, principalmente quando uma mecha de seu cabelo loiro quase tocou o fogo. Enquanto saíamos, tive certeza de ouvir a voz de Kate pedir socorro. Mas ela já estava distante demais, e mesmo se retornasse, seria impossível tirá-la do lugar em que o fogo ia cercando-a. Eu não conseguiria salvá-la.</span><br />
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"> Quando estávamos do lado de fora, respiramos tão fundo a procura de ar puro, que perdi o equilíbrio e cai perto de uma árvore. Lembro que fiquei com você nos meus braços, ouvindo o choro da loira e o crepitar das chamas que devoravam o armazém sem piedade. Não lembro de ter ouvido Kate gritar enquanto morria, e não sei como Britney conseguiu escapar, mas lembro de ter virado uma última vez e ver o lugar explodir. Assustados, fomos embora o mais rápido que pudemos. Ashley empurrava minha bicicleta enquanto eu carregava você. Passamos por um parque infantil vazio, e a primeira coisa que fiz foi deitar você na grama para começar os primeiros socorros. Peguei minha garrafa d'água da cesta da bicicleta e lavei seu rosto e deixei você deitada de lado. </span><br />
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"> O ar puro e nossos cuidados, ajudaram você a se recuperar aos poucos. Você acordou, mas como estava de costas para mim, não me viu. Talvez ainda estivesse meio tonta e sem entender o que acontecia. No final, foi fácil deixar vocês na casa da loira, ao qual os pais tinham viajado e a governanta "barra" babá dormia como uma pedra. Você também acabou adormecendo, provavelmente dois minutos depois de acordar no parque, e antes de levarmos você pra casa. Lembro que Ashley me perguntou como tinha parado lá, e porque as tinha salvo a vida. Ela estava imensamente grata e assustada com o que tinha acontecido. Depois de verificar que ela estava bem, a fiz prometer que não diria nada do que houve a você. Fiz Ashley prometer que nunca diria que estive lá. Que para você, ela explicaria que tirou, sozinha, vocês duas de lá. Ela resistiu por algum tempo, mas acabou cedendo. Fui embora minutos depois. E Ashley, bom, ela cumpriu a promessa." </span><br />
<span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><i><b>OUÇAM: </b>Plumb - Don't Deserve You</i></span><br />
Depois de ouvir tudo aquilo, eu realmente não sabia o que dizer. Ali estava toda verdade e ainda sim custava em acreditar que tudo aquilo tinha acontecido. Mas Justin não estava mentindo. Eu não sabia o que pensar, fazer ou dizer. Minhas mãos tremiam um pouco com a lembrança do que houve, mas, de repente, as coisas pareciam se encaixar. Era tão louco, e ao mesmo tempo maravilhoso, saber que ele tinha nos salvado.<br />
- Por favor, diga alguma coisa. Seu silêncio está de deixando louco. - Justin falou baixo, ao meu lado. Sua voz tinha um tom de súplica. - Não fique chateada com a Ashley, ela não disse nada porque eu fiz com que ela prometesse.<br />
- Não estou brava com ela. - falei baixo, olhando para meus pés. - Ela é a pessoa mais leal que já conheci, e se ela prometeu, ela vai cumprir. Mas não entendo você. Não entendo nenhum pouco.<br />
- Não me entende? - perguntou com cautela.<br />
- Não. Não entendo porque preferiu manter isso em segredo desde o início. - quando olhei para seus olhos cor de mel, lembrei que quando acordei no parque e vi minha amiga me socorrendo, senti alguém me manter naquela posição enquanto eu puxava o ar puro para meus pulmões, e esse alguém não era minha amiga. Era ele. Sempre foi ele. - Você nos salvou, Justin. Você é um herói. Não só me salvou a vida, mas também salvou a vida da minha melhor amiga, na verdade ela é mais do que uma melhor amiga, é uma irmã. Você fez uma coisa maravilhosa. Nenhuma de nós estaria aqui se não fosse você. Porquê teve vergonha disso?<br />
- Não tive vergonha.<br />
- Não é o que parece. - levantei do assento, passando as mãos nos cabelos. - Estou tentando entender você, mas não dá. Se não teve vergonha, porque quis esconder?<br />
- As pessoas diziam que eu perseguia você, que eu seria capaz de espiar pela janela pra ver você trocar de roupa. O que acha que aconteceria se eu contasse o que houve? Você certamente pensaria que as pessoas estavam certas, que eu estava te perseguindo quando tudo aconteceu. Eu não queria que você pensasse aquilo de mim, principalmente com as pessoas que você andava, Anna. <br />
- Jamais pensaria algo assim de você, Justin.<br />
- É porque me conhece muito bem agora, mas naquela época, quase nunca nos falávamos. E seria fácil que você fosse influenciada por eles. Eu salvei você, mas não foi pra ser o herói da cidade. Salvei você porque te amava e não deixaria você morrer, principalmente daquele jeito. Eu queria você bem, e depois que estava em segurança, vi que minha missão tinha sido comprida. E sinto muito por não ter contado.<br />
Ali estávamos os dois, trocando olhares intensos, de pé, no meio da sala de estar. Eu ainda não sabia como reagir ao que tinha ouvido. Tudo que podia, era sentir meu coração bater à mil. Lembrei que antes do armazém em chamas, Justin já sofria Bulliyng, e me irritou saber que aquilo contribuiu para que esse acontecimento fosse um segredo. Poderia ter conhecido-o antes, poderíamos... Céus! Agora, só podia pensar no quanto era sortuda, no quanto estava grata por ele ter aparecido e nos tirado de lá, por ele ter estado lá por mim desde quando não havia um "nós". E, bom, agora, só podia pensar no quanto queria beijá-lo.<br />
- Falando como a Anna do passado: Obrigada, Justin.Você salvou minha vida e a da minha amiga. - suspirei fundo, dando um passo a frente. Estávamos à alguns poucos metros de distância.- Falando como a Anna do presente: Obrigada, Justin. Obrigada por estar sempre lá por mim, mesmo sem eu merecer. Obrigada por salvar a vida da doida que eu amo tanto, obrigada por ter cuidado de mim e me amado. Obrigada por ser quem você é, e não, eu jamais odiaria você por isso. Não tem que se desculpar por nada. Você é um herói, Justin. O meu herói. E eu não mereço você. <br />
Poucos segundos depois, ele tinha segurado meu rosto com as duas mãos e beijado minha boca. Imitei seus movimentos, saboreando aquela maravilhosa sensação que aquele beijo provocava em mim. Era sempre como se fosse a primeira vez, e agora não era diferente. Era ainda mais especial porque tive mais uma confirmação de que podia confiar minha vida a ele; e a vida das pessoas que eu amava. Com ele, eu estava segura. Pela primeira vez, desde a morte da minha mãe, eu estava feliz. Estava em casa.<br />
<b><i>Parem a música.</i></b><br />
[...]<br />
<i>UM DIA DEPOIS... </i><br />
- Eu quero lasanha também, não esquece de mim! - ouvi a voz de Caitlin vir da sala. Todos estavam esperando a comida ficar pronta para por o filme. Era dia de Cine Pipoca, porém, com lasanha. Lembro que estava conversando com Justin na cozinha quando Ashley apareceu. Não tivemos chances de conversar depois que falei com Justin na noite passada. Na suas roupas rosas de sempre, ela acenou tímida pra mim, olhando Justin de esguelha. Ele entendeu o recado: ela queria falar comigo.<br />
- Vou acalmar aqueles malucos. - ele beijou minha bochecha. Quando passou pela loira, acenou, sorridente. - Olá loira!<br />
- Oi Jujubona.- respondeu baixinho. Ela ainda ficou parada no mesmo lugar quando ele saiu, e restava apenas nós duas. - Você está chateada comigo? Eu sinto muito, sinto mesmo! Juro por todos os tubos de esmaltes cor de rosa da face da terra! Juro pela minha cachorrinha, por mim e até pelo Damon lindão. Eu não queria mentir, eu não quero perder sua amizade. Você é como uma irmã pra mim. Tá, uma irmã rebelde que não gosta de rosa, mas irmã mesmo assim.<br />
- Não estou chateada com você. - ela arregalou os olhos com a surpresa de tal maneira que não consegui não gargalhar.<br />
- Como assim? Quer dizer, eu escondi algo de você e...<br />
- Eu sei que escondeu algo muito sério de mim. - falei quando parei de rir. - Mas fez isso porque tinha prometido a outra pessoa. Entendi desde o primeiro momento porque você escondeu de mim. Além do mais, você poderia ter me deixado lá pra morrer e ter salvado a própria pele. Justin me contou que viu você tentando me reanimar. Não me deixou lá, quase morreu junto comigo. Se isso não é ser amiga, então eu não sei o que é.<br />
- Então você me perdoa? - ela deu um passo a frente, receosa. Andei até ela e lhe dei um abraço forte. Ela me abraçou de volta. - Prometo que nunca mais vou prometer algo desse tipo a alguém se for precisar esconder de você. Juro juradinho. - contou quando nos separamos.<br />
- Tudo bem. - ri. - Ah, e prometa que vai me contar se afanar um dos meus doritos. Noite passada notei que faltou um.<br />
- Eu tenho que contar sempre comer? Sempre? - perguntou.<br />
- Claro. São meus bebês, ué!<br />
- Tá bom, eu prometo sempre contar se for comer seus doritos. - concordou meio a contra gosto e sorri vitoriosa. Agora meus doritos estão salvos dessa devoradora sem controle! Enquanto ria, tiramos a lasanha do forno e partimos pedaços iguais para todos. Tá bom, vou ser sincera, o pedaço maior era o meu, mas ninguém ia perceber a diferença. E, em minha defesa, foi eu quem fez: então eu mereço comer mais do que eles. Mas voltando, nós levamos os pratos em bandejas para a sala. Só percebi segundos mais tarde quem estava sentado entre os garotos, conversando animadamente. Não pude conter o sorriso feliz.<br />
- Vovô?<br />
- Minha querida, é bom ver você! Seus amigos adoráveis me contaram que você fez lasanha para o Cine Pipoca de hoje. Posso me juntar a vocês? - o sorriso em meus lábios pareceu respondê-lo perfeitamente bem. Sim, ele não só podia, como devia. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-67216766180597652402014-10-30T22:20:00.003-07:002014-10-31T08:41:50.357-07:00 My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 14 - Festa de Aniversário<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
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<a href="http://media.tumblr.com/tumblr_m9cje7eRXt1ruz9j7.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://media.tumblr.com/tumblr_m9cje7eRXt1ruz9j7.gif" /></a></div>
<i><b>POV ANNA</b></i></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Pus o bolo no centro da mesa, e logo desviei o olhar para não devorá-lo antes da festa. Hoje era aniversário de Damon e resolvemos fazer uma festa surpresa para ele. Enquanto arrumávamos a casa, os convidados que iam chegando nos ajudavam a organizar o que faltava, e deixavam seus presentes na poltrona que apelidamos de Trono dos Presentes.</div>
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Enquanto isso, Ashley o distraia até quando tudo estivesse pronto. Sorri aliviada quando percebi que tudo estava em seu devido lugar. Até mesmo o cartaz feito por Ashley de "Feliz aniversário, Damon Lindão!", já tinha sido o primeiro a ter seu lugar definitivo, e era, obviamente, todo cor de rosa. A casa estava cheia de bolas coloridas e tinha ponche suficiente para encher uma piscina. A primeira medida que tomei foi guardar o restante da comida no meu quarto, o trancando bem logo em seguida. Já nossos bichinhos estavam no quarto do meu irmão. </div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Já esta tudo pronto, querida? - Justin perguntou, parando ao meu lado. Sorri para ele, percebendo o quanto estava bonito. Ele sorriu de volta.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Está sim.</div>
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- Ótimo, Cait já mandou uma mensagem pra Ashley, eles não devem demorar a chegar. - disse ele, ficando agora, a minha frente. - A propósito, você está linda. - sorriu e me beijou bem de leve.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Obrigada. Você também está lindo.</div>
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- Minha santa paciência, vocês só sabem falar isso? - reclamou Sara, parando a nossa frente.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Quem foi que te convidou, garota? - perguntei irritada. Eu só conseguia lembrar do modo como ela debochou do meu horror a baratas, quando escutei a conversa dela com Justin. Porém, tudo que ela fez foi sorrir para mim.</div>
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- Eu a convidei, Anna. - olhei para Justin incrédula.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Como? </div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Eu disse a você que a convidaria, ela é minha amiga. - disse gentil.</div>
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- Como você pôde, Sara? - falei sem acreditar no que via.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- O que foi que eu fiz? - disse, me olhando estranho. - Se não quer que eu fique, vou embora ago...</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Como você pode estar comendo antes mesmo da festa começar? Você faz ideia do quanto estou me segurando para comer apenas quando o aniversariante chegar, e você me aparece com uma empadinha, como se não fosse nada de mais? - não entendi porque, de repente, meu namorado e sua amiga, tiveram uma crise de risadas. </div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Você estava certo, Justin, ela é doidinha! - dizia Sara, entre algumas risadas.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Doida coisa nenhuma! Estou falando sério, parem de rir os dois! - exigi irritada.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Tudo bem, me perdoe. - desculpou-se Sara.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Está desculpada, mas fique o mais longe possível do meu quarto...</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Acha que vou roubar alguma coisa ou algo parecido? Que vou comer alguma comida que você tenha escondido?</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Acho. - fui tão sincera que me assustei com isso. Antes que Sara pudesse falar, e Justin reclamar comigo, John veio até nós, animado. Justin o tinha convidado, e devo admitir que ele era legal, de um jeito estranho, mas era.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Eles chegaram, pessoal! - anunciou.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Todos para seus lugares, Mike, apague a luz. - falei alto o suficiente para que os dois do lado de fora não ouvissem nada.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Meu irmão apagou as luzes da sala, onde ficamos parados em silêncio, formando uma espécie de "U" no cômodo, deixando bastante espaço perto da porta. Enquanto Sara se moveu para o lado do amigo, John fez o mesmo comigo. Estava aprendendo a me acostumar com o tipo de humor dele.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Eu adoro essa parte. Quando menos se espera... BUM! - sussurrava em meu ouvido, fazendo até, onomatopeias. Tentei não rir. - Você é pego desprevenido. Parece muito com filmes de terror.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- A diferença básica é que é uma festa surpresa.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Mas poderia ser um assassino.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Absolutamente! - concordei, rindo baixo. Ouvimos a porta abrir e as vozes de Ashley e Damon invadir a sala. Ainda estava tudo escuro. Justin deu um breve aperto em minha cintura e falou em um sussurro no meu ouvido.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- É agora. - assenti positivo, mesmo sabendo que ele não podia ver. Quando as luzes foram acesas, Damon arregalou os olhos, assustado, enquanto cantávamos Parabéns pra Você. A loira ria da cara que ele fez, porque ele obviamente não esperava por isso. Ele olhava para todos os lados, reconhecendo os rostos, se recuperando do susto.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- PARABÉNS DAMON! - gritamos quando a música acabou. Ele parecia não acreditar que aquilo estava acontecendo, e era muito fofo.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Nossa, isso tudo pra mim? Valeu galera. - agradeceu, envergonhado, coçando a cabeça. - Agora estou entendendo porque estavam todos vocês de segredinhos.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- A ideia inicial foi da Ash, mas todos ajudaram. - comentei sorrindo.</div>
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- E a Anna fez quase toda a comida sozinha. - disse Justin, orgulhoso.</div>
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- Eu cuidei da bebida. - falou Mike.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Ashley e eu cuidamos da música, da organização desse espaço, e dos convidados. - comentou Cait ao lado do meu irmão.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Temos comida, bebida, música e gente bonita? Então solta o som, parceiro! - Damon falou, já empolgado, e o garoto que estava como Dj hoje obedeceu sem questionar. </div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Hey linda, quer dançar? - disse John para Sara, que aceitou o convite num piscar de olhos. Eles sumiram entre as pessoas e Justin e eu rimos. Ele segurou minha mão, nos levando para o meio das pessoas e começamos a dançar ao som da música. Justin era um dançarino nato, movendo-se tão bem de acordo com a música, que me deixava orgulhosa e impressionada. Não sei quando tempo ficamos dançando, mas sei que foi o suficiente para fazer meus pés doerem e o corpo dar sinais de cansaço. Quando saímos do meio daquelas pessoas, Justin me levou para perto da escada, mas ainda sim precisou gritar para se fazer ouvir.<br />
- Quero te mostrar uma coisa. - berrou ele, e apontou com o dedo indicador para a escada. Concordei e o segui escada à cima. O som ficou abafado quando Justin fechou a porta do quarto dele. Era um lugar tão familiar, tão acolhedor.<br />
- O que você quer me mostrar? - perguntei curiosa, sentando na cama. Ele pegou o violão que estava apoiado perto da porta; em seguida, tirou um papel meio amarelado do bolso da calça. Sentou a minha frente na cama, logo depois.<br />
- Bom, eu compus muitas músicas para o meu álbum de estreia, e gravamos no estúdio algo bem bacana. Queria que ouvisse uma delas, porque é graças a você que ela está aqui. - aquilo me fez sorrir. Então quer dizer que ele fez uma música pra mim?</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Ela vai para o cd? - perguntei curiosa e feliz. Ele afirmou com a cabeça, dando uma arrumada básica nos óculos.<br />
- Eu estou um pouco nervoso, nunca cantei para uma garota.<br />
- Então me sinto honrada. - sorri para ele. Então ele tocou o primeiro acorde, e depois mais outros e sua voz invadiu o quarto. Ele dividia olhares entre o violão e meu rosto: eu estava encantada. A voz de Justin estava ainda mais linda, combinava perfeitamente com ele. Eu não conseguia parar de olhar, nem de sorrir com aquilo.<br />
- Did you know that I loved you; Or were you not aware? You're the smile on my face; And I ain't going nowhere. I'm here to make you happy; I'm here to see you smile; I've been wanting to tell you this; For a long while. - ele sorriu tão verdadeiramente que meu coração batia forte. - Who's gonna make you fall in love? I know you got your wall; Wrapped all the way around your heart; Don't have to be scared at all, oh my love; But you can't fly unless you let ya; You can't fly unless you let yourself fall.<br />
Era como se a música agitada que vinha do andar de baixo não chegasse até os meus ouvidos. Ele tinha minha total atenção. A letra era linda, o que me fez pensar que ele escreveu isso pensando nos nossos tempos de escola, tempos esses em que nós éramos simples amigos. Meu sorriso parecia ficar maior a cada verso que saia de sua boca, e quando a música acabou, não pude evitar beijá-lo. Nós riamos durante o beijo, e aquilo me fez perceber que meu amor por ele ficava cada vez maior. Senti seus braços largarem o violão e rodearem minha cintura, como se fossem feitos para se encaixar bem ali. Era um abraço que me fazia sentir completa, amada, protegida.<br />
- Ficou muito bom. - falei, com o rosto a centímetros do dele. - Obrigada.<br />
- Eu que agradeço. - sorriu. - Sabe, sinto que apesar de namorada, você é minha melhor amiga. Posso contar coisas a você, me sinto inteiramente a vontade perto de você, posso contar qualquer coisa porque sei que vai me ouvir e entender. Posso ser sincero, eu mesmo. Isso é fantástico. - ele me beijou mais uma vez, porém, apesar disso, algo me incomodava. Porque eu estava escondendo algo dele. Tá, não é algo que se diga, "nossa, mas que horror!", até mesmo porque eu nem sabia se aquilo era real. Como eu ia contar pra ele que estava vendo um "fantasma"? Ele pensaria que enlouqueci de vez completamente. Por isso tratei de esquecer isso e me concentrar nele.<br />
- Adorei a canção. - afirmei, apoiando a cabeça em seu ombro. Será que eu devia contar pra ele? Será que me julgaria louca? Será que entenderia? A ideia de contar o que estava acontecendo foi embora com a mesma rapidez com que veio. Senti suas mãos fazerem carinho em meus cabelos. - Justin, você nunca me julgaria, não é? Quero dizer, se eu falasse algo estranho, você me acharia louca?</div>
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- Me dê um exemplo de "coisa estranha". - disse calmo.</div>
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- Algo tipo... - pensei numa forma mais suave de dizer: estou vendo o fantasma da garota que fez meu ensino fundamental ser uma droga. Mas não tinha como dizer sem parecer uma perturbada, por isso, desisti no meio do caminho. - Quer saber? Esqueça que perguntei isso. - falei tentando soar displicente. </div>
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- Quer me contar alguma coisa? O que perturba você? - perguntou ele. Era difícil esconder coisas de Justin, pelo simples fato dele me conhecer tão bem quando eu mesma. Parecia que ele podia sentir que algo estava acontecendo comigo. - Não precisa falar agora, se não quiser. Mas vou estar aqui quando quiser e puder falar. - ele deixou um beijo em meus cabelos, e me senti calma de novo. Confortável e segura. Aquela era uma das muitas coisas sobre ele que eu amava: Justin não me forçava a dizer algo que eu claramente não queria. Era paciente e compreensivo.</div>
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- Obrigada. - agradeci, beijando sua bochecha. - Agora é melhor descermos antes que a comida acabe. E falta bater os parabéns, Damon fazer os desejos e dar o primeiro pedaço do bolo, apesar de sabermos que quem vai receber é a loira. - assim como eu, ele riu, imaginando a carinha de 'falsa' surpresa que ela faria.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Tem razão. Além do mais, tenho que fazer um pouco de companhia para a Sara. - concordou ele.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Companhia? Ela está muito bem com o John, lembra? - perguntei rindo, sendo acompanhada pelo nerd. Era de fato uma situação engraçada, no fim das contas. Afinal, eram os dois amigos dele que se deram 'bem de mais' logo de cara. </div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
-Aqueles dois! - riu, enquanto saíamos de seu quarto, retornando para a festa. Ainda na escada, vi Damon e Ashley dançando no meio das pessoas; assim como Mike e Cait. Eles estavam felizes, e era maravilhoso vê-los assim.</div>
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- Então resolveram seguir meu conselho e foram se pegar num lugar mais reservado? - Sara apareceu a nossa frente, o sorriso quase maior do que a cara. Quase levei um susto.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Não estávamos nos pegando. - respondeu Justin. - Fomos apenas conversar sem precisar gritar para ser ouvido.</div>
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- Uhum, sei! - ela fez uma cara de quem não tinha acreditado. - Você finge que é verdade, e eu finjo que acredito. - ela riu, balançando a cabeça.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Pensei que estivesse com o John.</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Pois é, baixinha, eu estava. Mas foi buscar uma bebida para nós.<br />
- Sabe dizer se ainda tem comida? - perguntei, desviando meu olhar dela, para a festa e as pessoas, a procura de alguém que estivesse devorando alguma coisa. Mas, no entanto, tudo que via eram jovens segurando copos de plástico, cheios de bebida alcoólica.<br />
- Porque você só pensa em comida? Parece que tem um buraco negro na barriga...<br />
- Ah, cala a boca, Sara!<br />
- Você quer beber alguma coisa, Anna? - perguntou Justin, arrumando o óculo com o dedo indicador. - Eu consegui refrigerantes e sucos, sabe, pra não ser apenas bebidas. E como sabemos que a maioria vai beber, alguém precisa ficar sóbrio. Não que isso seja uma indireta para você não beber, eu só...<br />
- Tudo bem, eu entendi. - ri, fazendo carinho na bochecha dele. Parecia ainda mais macia do que antes. - Eu gostaria de um refrigerante, obrigada.<br />
- Só isso?<br />
- Bem, pode trazer todo e qualquer tipo de comida que encontrar no caminho.<br />
- Porque eu perguntei, mesmo? - ele riu, deixando um selinho em meus lábios. - Volto logo.<br />
Vi Justin descer os últimos degraus e sumir no meio daquela massa dançante, chamada humanos. Senti um certo vazio quando ele se foi, e não ajudou em nada quando percebi que Sara ainda estava ali, parada na minha frente, um degrau a baixo, me olhando como se estivesse tentando achar em mim, algo que pudesse comentar e assim começar uma conversa. Então lembrei da conversa dela com Justin ao celular, de como ele deu dicas para que ela pudesse puxar assunto comigo. Não sabia se ela iria realmente tentar ser minha amiga por ele ter pedido, e diferente de tudo que imaginei, eu não sabia como reagir. Por isso fiquei parada onde estava e tornei a olhar para a frente, onde as pessoas dançavam, implorando mentalmente para que meu namorado não demorasse.<br />
- Ele é nerd o tempo todo? Tipo, até mesmo quando estão sozinhos? - ela perguntou, chamando minha atenção para ela.<br />
- As vezes. Mas ele é um doce. E pra ser sincera, ser nerd o deixa ainda mais atraente. - respondi simples, encarando-a. Ao que parecia, ela estava tentando ser minha amiga porque ele pediu. O problema com Sara era que eu não gostava dela desde o primeiro dia em que tivemos contato. Okay, você me pergunta: "como você pode não gostar de uma pessoa que nem conhece?". A questão era que eu também não sabia o motivo da antipatia. </div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
- Justin fala muito de você. Sabe...<br />
- Sara, antes de mais nada, quero que saiba que escutei sua última conversa com ele ao celular, no dia que faltou energia no meu quarteirão. Eu sei que está fazendo isso por ele, então é só fingir que nos damos bem quando ele estiver por perto.<br />
- Eu sei que você ouviu, ele me contou. E não estou fazendo isso só por ele.<br />
- Está fazendo isso porque, então?<br />
- Porque começamos com o pé esquerdo desde que nos conhecemos, e particularmente não gosto de ter "inimigos", principalmente quando a pessoa em questão é a namorada do meu melhor amigo. Acho que devemos ter uma segunda chance, você até parece ser uma pessoa legal. - tentei encontrar nela algo que denunciasse sua mentira, porém tudo que via era alguém falando a verdade em seus mínimos detalhes. E isso me deixou sem resposta por alguns segundos. - Além disso, ele também comentou que você é fã do Justin Timberlake, que gosta de ler e que cozinha muito bem. Temos gostos em comum, e eu adoraria conversar sobre a nova música do JT ou qual livro vai ser lançado esse mês, apesar de ser Justin quem me dá essa informação, já que ele está sempre mais bem informado sobre livros do que eu. E tem coisas que só se devem falar com uma mulher.<br />
- Ele nunca sabe o que fazer quando estou com cólica. - comentei, rindo. - Ele sempre diz: "Respire fundo, faça uma massagem na região dolorida enquanto vou buscar o remédio. Qualquer coisa grita!". E sempre diz que estou linda, mesmo usando uma roupa horrorosa.<br />
- Viu só porque acho que vale a pena tentarmos ser amigas? Não dá pra conversar sobre isso com ele.<br />
- Pensei que você tivesse outros amigos além dele. - confessei, meio intrigada. Então quer dizer que ela queria ser minha amiga? Tá, por essa eu não esperava. Quer dizer, Sara é uma garota muito bonita, descolada, falava com todo mundo. <br />
- Não tenho muitos amigos, só tenho aqueles a quem sei que considero verdadeiros amigos.<br />
- Desculpe, eu achei que estivesse fazendo isso apenas porque Justin pediu.<br />
- Em parte sim, afinal ele é meu melhor amigo, mas acho que vale a pena sim. Só começamos do jeito errado. - ela deu de ombros, mas não tirava os olhos dos meus.<br />
- Tudo bem, então. Prazer, Anna Mel. - estendi a mão para ela, um pequeno sorriso apareceu em meus lábios. Ela também sorriu, apertando a mão que eu tinha estendido.<br />
- Prazer, Sara. - Não sei quanto tempo passamos conversando, mas sabia que estava adorando conversar com ela.<br />
[...]</div>
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<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
- Sempre me pergunto como essas pessoas conseguem fazer tanta sujeira. - reclamei, entrando na cozinha, depois de jogar o último saco de lixo no seu devido lugar. Anna estava sentada a mesa, comendo seu pedaço de bolo, tranquila e feliz. Durante a festa, quando estava voltando com a comida e o refrigerante da minha namorada, a vi conversando animadamente com Sara e fiquei contente por ver que elas tinham finalmente se entendido. A festa já tinha acabado, mas Damon ainda fazia o último pronunciamento quando voltei.<br />
- Valeu mesmo, pessoal! Eu não fazia ideia que tinham preparado tudo isso pra mim. Só me pergunto como conseguiram fazer toda essa comida sem que eu percebesse. - Damon apontou para a mesa, quase abarrotada da comida feita pela minha namorada.<br />
- Tenho meus truques, meu caro amigo. - Anna piscou orgulhosa, dando outra garfada no bolo.<br />
- Você gostou mesmo? - perguntou Cait, sentada ao lado de Anna Mel. Ashley estava com a cabeça apoiada no ombro do aniversariante e este, por sua vez, abraçava sua cintura de lado. Mike estava em pé ao lado de Caitlin, mas apoiado com as duas mãos no balcão de mármore. Me sentei ao lado direto da baixinha, que devorava com prazer o bolo a sua frente.<br />
- Se eu gostei? Eu amei, Caitlin! Como poderia não gostar?<br />
- Ah, brigadinha! - murmurou a loira, apoiada no ombro dele. Sonolenta, mas ainda doida. - Vou pegar o seu presente, eu deixei no quarto. - Ashley deu um beijo na bochecha dele e saiu desfilando pela cozinha, mesmo que ainda sonolenta. Damon estava com um sorriso bobo no rosto, enquanto a observava. Os nossos cães podiam andar livremente pela casa agora, e pareciam adorar isso. Amora, no entanto, estava sentada perto de Anna.<br />
- Você pode pegar o resto da comida, querido? Quando eu terminar esse bolo, eu te ajudo com o resto. - pediu minha baixinha, e como sempre não pude resistir a carinha fofa que ela fazia. Deixei um beijo em sua testa e levantei da cadeira. Foi um pouco difícil andar com os cachorros correndo por todo lado, mas ao chegar nas escadas pude caminhar mais livremente. Enquanto o aniversariante contava piadas no andar de baixo(deduzia pelo som das risadas), eu estava no corredor superior, pronto para abrir a porta do quarto da baixinha quando quase trombei com a loira.<br />
- Jujubona, tá fazendo o que aqui?<br />
- Anna pediu para levar a comida do quarto dela lá pra baixo. - a loira riu.<br />
- Então ela realmente guardou uma parte da comida no quarto? Porque eu e minha beleza maravilhosa não estamos surpresas? - ela riu, e abraçou um pouco mais o presente de embrulho azul ao corpo. Estranhei a cor, e acho que ela percebeu isso. - Tá bom, eu queria um papel de embrulho rosa, mas não se dá um presente cor de rosa para um garoto. E sabe, meu Damon lindão merece um presente incrível, ele é maravilhoso. Sabe, Jujubona, nunca pensei que pudesse amar tanto alguém quanto amo ele. Não sei se fico feliz ou assustada.<br />
- Damon ama você, tenho certeza que não fará nada para magoar você. - tranquilizei. - Até porque, você sabe usar muito bem seus sapatos de bico fino.<br />
- Para, seu bobo! - ela riu, balançando a única mão livre. - Mas então, cê já contou pra Abelhinha?<br />
- Contei o que?<br />
- Sobre aquele treco, cê sabe, do dia que você nos salvou do incêndio. - Ashley falou num tom de voz mais sério, no entanto outra pessoa respondeu sua pergunta por mim, justo a que menos esperava.<br />
- Não, ele não contou. - fiquei de frente para Anna, deixando o pavor tomar conta de mim. - Mas agora, ele vai me contar tudo.<br />
<br /></div>
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</div>
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<i><b><br /></b></i></div>
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<i><b>NOTAS FINAIS</b></i></div>
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Oi meu povo! Depois de séculos eu volto :( bom, isso se deve, em parte, por ter perdido o capítulo todo e perdê-lo quando meu PC apagou de repente. Desde então ele está com problema e o teclado deu a loca, ou seja, tenho que escrever o cap inteiro pelo cel a partir de agora, então eu peço que tenham paciência, tá? Ainda estou pegando o jeito. Mas o que acharam do cap? Ficou bom? Me digam o que vocês acham nos comentários, sim? Espero que alguém ainda leia essa fic mesmo depois da minha demora rsrs Beijos flores e até o próximo :3</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Roupa da Anna: http://data3.whicdn.com/images/112576982/large.jpg</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Roupa da Ash: http://data3.whicdn.com/images/114418281/large.jpg</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Roupa da Cait: http://data2.whicdn.com/images/113904220/large.jpg</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Roupa do Justin: http://data3.whicdn.com/images/113908602/large.jpg</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Roupa do Damon: http://data3.whicdn.com/images/140715609/large.jpg</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Roupa do Mike: http://data2.whicdn.com/images/82471407/large.jpg</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
John: http://data2.whicdn.com/images/139852091/large.jpg</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
Sara: http://data1.whicdn.com/images/140587548/large.jpg</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://media.tumblr.com/5150f0cf3a2f2a129a8d81797fd7322d/tumblr_na5wn9mwVf1r59rfoo2_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://media.tumblr.com/5150f0cf3a2f2a129a8d81797fd7322d/tumblr_na5wn9mwVf1r59rfoo2_500.gif" /></a></div>
<b><i><span style="font-size: 13.5pt;">POV ANNA</span></i></b><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não quero jogar isso. Prefiro comer, já
disse. - falei pela milésima vez. Justin tinha voltado para o meu closet pra
tentar encontrar seu óculos. Depois, foi atender a ligação da amiga. E até agora não tinha voltado. </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Você sempre prefere comer, Anna Mel. -
disse Mike, e do jeito que eu o conhecia ele estava revirando os olhos. </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- É claro que não só prefiro comer: gosto
de beber também. Tipo, sucos, refrigerantes, essas coisinhas. - dei de ombros.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Eu quero... <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Nós não vamos pintar suas unhas, Ashley.
Não somos doidos. Além do mais, está muito escuro para isso. - retrucou Damon,
interrompendo-a e ela fez bico.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Cadê o Justin? - quis saber Caitlin. Dei
de ombros, apoiando os cotovelos nas pernas. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Está no celular, falando com a
Sara. - bufei irritada.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- A colega de classe dele? - respondi a
pergunta com um aceno de cabeça afirmativo. - Ué, mas porque ela está ligando
pra ele a essa hora?<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Ao que parece, os dois tem um trabalho
em dupla. Escrever uma canção, ou sei lá. - falei com desdém. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Mas porque não deixam pra resolver isso
amanhã? - se intrometeu Ash. - Cê sabe que gosto quando todos me dão atenção,
afinal, minha beleza precisa de admiradores. - Damon lhe deu um beijo na
bochecha. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Pode deixar, querida, vou sempre admirar
você. - eu conhecia aquele tom de segundas intenções. Ela piscou cúmplice, e eu
não precisava de mais iluminação pra saber que ela tinha ficado vermelha.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Vai lá chamar ele, quero todo mundo aqui
pra jogar, ora esmaltes! <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Tá bom, vou lá. - levantei da poltrona,
liguei a lanterna do celular e saí da sala. Fui até a cozinha, e o vi apoiado
na porta que dava para o jardim, de costas para mim. Desliguei a luz da
lanterna e fiquei ali, parada.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Você realmente não tem jeito! - ele riu
baixo. - Sabe muito bem que não é essa a música que vamos apresentar, Sara. -
ele parecia muito relaxado, como se aquela conversa o divertisse. As batidas do
meu coração pareceram mias aceleradas, como sempre acontecia quando ficava
nervosa. Ele pareceu ouvir algo que ela dizia do outro lado da linha. Retomou a
fala segundos depois.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- É claro que é verdade que faltou energia
no quarteirão inteiro. Porque mentiria sobre isso? Mas não vou pregar uma peça
nos meus amigos, apesar de ser uma ideia legal aproveitar o apagão e
assustá-los. - ele riu mias uma vez. - Você é perversa! Como pude arrumar uma
amiga como você? - ele parou para ouvir o que ela dizia.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"> Fui o mais
silenciosa possível para que ele não notasse minha presença. Eu iria ouvir essa
conversa até o fim. Entre tantas outras pessoas com quem ele poderia fazer
dupla, ele escolheu justo Sara Lavigne. Entre tantas outras pessoas, ele escolheu justo aquela garota pra ser sua amiga. Se eu estava com ciúmes? Sim, estava. Se
tinha razões para isso? Sim, também. Se era errado escutar a conversa dele, não
confiar nele? Era, mas que se foda.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Assustar Anna? Você é doida? Ela chuta
meu traseiro! - Justin riu mais uma vez. Essa foi uma das raras vezes em que
queria ouvir o que ela dizia. - Uma barata de borracha na comida dela? Não,
Sara, um sustinho tudo bem, mas isso já é maldade. Você sabe que ela tem fobia
desse inseto... - ele parou por alguns segundos. - Eu sei que não gosta dela,
mas isso não se faz.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Desgraçada! - xinguei em um sussurro. E
fiquei com raiva por Justin ter contado aquilo pra ela. Não queria que ninguém
soubesse justamente para que ninguém pudesse usar isso contra mim. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Ora, por favor, Sara, ela é uma pessoa
incrível, dê uma chance a ela. - Justin parou mais uma vez, deixando-a falar. -
Não estou dizendo isso porque a amo! Você é minha grande amiga, e não sabe o
quanto me deixa triste saber que vocês não se dão bem. - a ligação tinha ficado
tensa.<span class="apple-converted-space"> </span>Cadê as piadinhas
internas?, zombei mentalmente, lembrando o quanto ela adorava jogar isso na
minha cara sempre que podia. - Quem sabe um dia desses você não fala com ela?
É! Anna também é superfã do Justin Timberlake. É um bom pretexto pra iniciar
uma conversa! Porque nunca pensei nisso antes, é perfeito! - ele falou como se
tivesse tido a ideia do século. Mas nem morta eu perderia meu tempo conversando
com aquela criatura. - Me prometa que vai tentar ser amiga dela... - pediu ele a Sara. Cęruzei os
braços, dando um pequeno e silencioso passo a frente. - Ótimo, já é um começo.
- ele agradeceu, feliz. - Desculpe, mas preciso desligar. Ashley quer fazer um
jogo, e como a conheço bem, deve estar me esperando louca da vida. Até a aula.
- com uma risada, ele encerrou a ligação. Fiquei onde estava, com os braços
ainda cruzados. Graças a luz da lua, vi sua silhueta se virar, o que me fez
deduzir que estava virado na minha direção. Quando Justin fechou a porta do
quintal, o cômodo ficou em completa escuridão. Ouvi o som de seus passos, e não
demorou muito para que ele trombasse em mim. Nada muito forte, é claro. Por
isso, permaneci onde estava. Logo, a luz do celular dele estava na direção do
meu rosto, para saber onde tinha batido. Justin sorriu aliviado quando me viu,
e tratou de tirar aquela luz da minha cara.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Desculpe, querida, machuquei você? -
perguntou doce, com a mão livre fazendo carinho em meu braço. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não, estou bem. - foi tudo o que falei,
para não perguntar a ele, aos berros, o que ela dizia do outro lado da linha.
Não ia passar pelo papel de louca ciumenta, armar uma cena ridícula de ciúmes.
Mas vontade não me faltava.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- O que estava fazendo parada aqui?<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Ashley estava nos deixando loucos com
sua demora, ela quer que todos estejam presentes pra começar o jogo maluco
dela, então vim até qui pra te chamar. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- E porque não falou nada?<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não queria interromper a conversa com
sua<span class="apple-converted-space"> </span>amiguinha. - pronunciei
a última palavra com tanto desdém, com tanto nojo, que só percebi que tinha
denunciado meus ciúmes com o som da risada dele. Droga, escapou! Saiu sem
querer, juro!<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Já disse que fica uma gracinha com
ciúmes? - ele apertou minha bochecha, rindo. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não tenho ciúmes daquela sem sal. - dei
de ombros. Ele riu mais uma vez. Droga, de novo?!<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Eu<span class="apple-converted-space"> </span>amo<span class="apple-converted-space"> </span>você. - Justin juntou nossos
lábios em um beijo doce. - E apesar de ficar uma graça com ciúmes, não precisa
ficar assim. Sara é apenas minha amiga, e só tenho olhos para você. Onde você
acha que vou encontrar uma garota que ponha nome de comida no cachorro, ou que
come mais do que pode e continua perfeita? Doida, mas leal, inteligente e
linda? Tudo bem que você é anã, mas fazer o que, nem tudo é perfeito. - dei um
tapa no seu ombro e ele riu. Ri também. Ele estava certo. Justin estava comigo,
não com ela. Não deveria me preocupar.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Idiota! - ri. - Não sou anã, apenas
estou demorando para crescer. E se falar que sou anã, mais uma vez, te chuto o
traseiro. - ameacei e Justin beijou minha bochecha. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não encontraria alguém como você nem em
um milhão de anos. Principalmente se a baixinha em questão é especialista em
chutar traseiros. - ri novamente, e segurei sua mão o guiando para fora da
cozinha. Ou tentando fazer isso. Estava tudo muito escuro ali.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Você realmente não tem amor a sua vida.
- resmunguei enquanto andávamos. Ele me apertou contra si, e sua boca estava
próxima demais do meu ouvido.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Será que alguém vai notar se eu roubar
você por algumas horas? - sussurrou ele, suas mãos estavam em minha cintura, e
sua respiração quente batia no meu pescoço, me deixando arrepiada. Desejei que
estivéssemos sozinhos aqui. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Tenho certeza que vão. A loira deve
estar de cabelos em pé com nossa demora. Podem até estar pensando que estamos
nos pegando.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Podemos realmente nos pegar, para que
eles acertem a 'previsão'. - ele pressionou ainda mais seu corpo contra o meu.
- Fomos interrompidos, mas agora não me importo em não ver você.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não?<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Senti-la será o bastante. - ele deu uma
mordidinha na minha orelha, e aquilo foi o bastante. Me virei para ele e beijei
sua boca. Sua língua brincava com a minha, enquanto suas mãos tratavam de me
apertar ainda mais contra ele. Bagunçava os cabelos de sua nuca, enquanto a
outra mão tocava seu rosto, fazendo carinhos. Ele estava com óculos. Ainda nos
beijando, andamos até que eu tivesse minhas costas apoiadas na parede. Nossas
bocas se separaram, e os beijos dele foram para minha bochecha, depois meu
queixo e pescoço. Eram beijos sensuais e maravilhosos. Ele foi descendo cada
vez mais, me deixando com mais vontade de "avançar" a cada carícia.
Justin beijou meu ombro esquerdo, que estava desnudo e distribuiu carinhos na
área próxima dos meus seios. Apertei seus ombros e mordi os lábios, desejando
muito mais. Ele me prendia entre ele e a parede e uma de suas mãos
estavam em baixo da minha blusa, e pude sentir minha pele se arrepiar com seu toque.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- CADÊ VOCÊS DOIS, ORA PINÓIA ROSA? - ouvimos o
grito da loira, vindo da sala. Justin bufou, mas não parou o que fazia. Nos
beijamos mais uma vez. - Se não vierem pra cá, agorinha mesmo, pessoas que me
amam, vou até aí.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Será que dá pra começar sem a gente?
Justin está resolvendo o trabalho dele. - falei alto, tentando manter a
concentração que me era tirada com facilidade com Justin beijando meu pescoço.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- E você vem, abelhuda? - ela tornou a
perguntar.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não, eu estou comendo. Encontrei essa
delícia maravilhosa enquanto revistava a geladeira, vai ser um pecado deixar
essa torta aqui. - menti. Ele beijou meu seio por cima do top. Arfei, adorando
aquelas carícias. É claro que era um risco enorme fazermos isso aqui, com todos
muito bem acordados, no cômodo do lado. Mas as coisas ficavam muito melhores
assim, uma adrenalina danada!<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Tá bom, abelha e jujuba malvada. Mas só
vão poder jogar na próxima rodada. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Okay. - respondi, pondo fim a conversa.
Ele me beijou de novo, e suas mãos agora, deram um apertão nos meus peitos. Já
as minhas, desceram até sua calça e apertaram seu membro por cima da calça. Ele
se espremeu ainda mais contra mim. - Precisamos ser rápidos, querido. Eles não
podem suspeitar de nada. - sussurrei em seu ouvido.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- E ainda por cima, não dá pra ver a
calcinha nova que está usando. - reclamou baixo. Tratei de tirar-lhe o cinto e
desabotoar a calça jeans. Ele fez o mesmo comigo, porém, descendo-a até metade
das coxas. Ele tirou o celular do bolso e ligou a lanterna, e iluminou o lugar
que queria. - Calcinha preta, com lacinho vermelho? Aprovadíssimo! - tirei a
carteira do seu bolso e peguei a camisinha. Segurei o celular para ele abrir a
embalagem e por a proteção em seu devido lugar. Desliguei a lanterna e senti
ele abaixar pouco a pouco minha peça íntima, deixando-a também no meio de
minhas coxas. Seus dedos fizeram carinho na minha intimidade molhada, e
precisei morder os lábios para não gemer. Ouvíamos os outros quarto rindo e
conversando, provavelmente jogando o que a loira tinha proposto.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"> - Mesmo sem ver, você é maravilhosa,
querida. - disse ele no meu ouvido. Segundos depois, o senti entrar em mim
devagar, e nos beijamos quando ele tinha entrado por completo. A sensação era
maravilhosa. No primeiro minuto ele foi lento, mas a intensidade e a velocidade
aumentaram muito rápido. Nos beijávamos o tempo inteiro, para reprimir os
gemidos, e o medo de sermos pegos parecia nos dar ainda mais desejo. Tudo que
pedia era que a luz demorasse muito a chegar, ou que, desse tempo para que
pudéssemos terminar sem que ninguém percebesse.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Maravilhosa, Anna. Simplesmente
maravilhosa. - Justin gemeu no meu ouvido, muito baixo. Abracei-o ainda mais
forte, e segundos mais tarde, meu corpo estava e êxtase. Depois, Justin também
tinha chegado ao seu ápice. Nossas respirações eram rápidas e descompassadas e
meu nerd apoiou a cabeça na curva do meu ombro. Mesmo sobre a roupa, podia
senti o coração dele bater rápido; o meu não estava muito diferente. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Amo você. - sussurrou ele.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Eu também, querido. - respondi do mesmo
jeito. Ele ainda estava em mim, e tremia um pouco. - Vamos nos arrumar e sair
um de cada vez, para que ninguém suspeite. Caso eles perguntem alguma coisa, é
só concordar com tudo que eu falar.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Tudo bem, mas espere um pouco. Estou
acabado. - disse ele, e ri baixo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">[...]<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Já enjoei desse jogo, loira. - reclamou
Cait, sentada no chão. Formávamos um círculo perto da lareira. Tomei outra
colherada de sorvete, morta de fome, depois das minhas travessuras com Justin
na cozinha.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Resolveu o problema, Jujubona que me
ama? - perguntou a loira. Justin deu de ombros.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Ainda não, falta acertar o ritmo,
terminar o refrão e essas coisas. E também não dava pra me concentrar com Anna
Mel falando o tempo inteiro o quanto aquela torta era maravilhosa. - dei um
murro de leve no seu ombro pra sustentar aquela mentirinha cabeluda. Até agora,
ele estava indo muito bem.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Hey, não posso fazer nada a respeito!
Não tenho culpa se a comida me chama, bolas! Você é nerd e deveria ter feito o
trabalho há muito tempo. - devolvi, segurando com todas as forças a vontade de
rir. Tinha certeza que ele estava na mesma situação.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Que tal brincarmos de Eu Nunca? -
sugeriu Caitlin, animada. Justin e eu trocamos olhares disfarçadamente,
nervosos com aquela sugestão. Será que eles suspeitavam do que tínhamos feito?
Damon encheu uns copinhos pequenos de vidro com uísque, e quando terminou,
deixou a garrafa sobre a mesa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Tá, minha pessoa maravilhosa começa. -
disse a loira. - Eu Nunca afanei esmaltes alheios. - Caitlin pegou seu copinho
e bebeu tudo em uma só golada. - Ahá! Eu sabia que foi você que pegou meu
esmalte de glitter rosa! - disse Ashley, fazendo a dancinha da vitória sentada.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Eu Nunca enchi a cara por ciúmes ou
desilusão amorosa. - falou Damon bebendo seu drink. Em seguida, Justin e Mike acompanharam-no.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Quando foi que você encheu a cara por ciúmes ou desilusão amorosa? - perguntei curiosa para Justin.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Naquela festa da escola, no segundo ano, quando você disse que estavam armando pra me humilhar na frente de todo mundo, sabe? Fiquei tão triste, pensando que você tinha armado pra mim, que tinha ajudado eles, que enchi a cara pela primeira vez na vida. Foi quando conheci Collin. E também quando tive que humilhar você na sua festa de aniversário pra proteger você da megera loira da Britney.- explicou ele.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- E você, Mike? - perguntei.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Tem uma garota que está me deixando de cabelos em pé. - foi tudo que respondeu. Ele e Cait ainda não se resolveram? Preciso falar com ele depois.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Damon? - me dirigi ao meu amigo.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Quando terminei com você...</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Mas, pera, pensei que tava tudo bem pra os dois terminar, e...</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Eu sei, Anna. Estava tudo bem. - ele me interrompeu, calmo. - Mas quando a ficha caiu, e percebi que realmente tinha acabado, foi difícil. Mas tudo deu certo, no fim das contas. A outra vez que fiquei bêbado, foi porque estava morrendo de ciúmes dessa loira aqui, - Damon apontou para Ashley, que estava ao seu lado. - E o namoradinho idiota que ela estava arrumando. Me deu uma dor de cabeça, viu, moça?- dessa vez, ele falava com ela, que riu.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Tudo bem, xuxu, amo só você. - ela riu, vermelhinha.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- "Xuxu"? Não me chama disso na frente dos outros, loira. - reclamou, e mesmo assim foi amável com ela. Ele encheu os copinhos vazios para mais uma rodada.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Eu Nunca Nunca Nunca roubei a comida dos outros. - eu sabia que aquele jogo seria perfeito para descobrir quem estava afanando minha comida, mas, fiquei surpresa ao ver todos virando seus drinks de uma só vez.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Mas oi? - perguntei espantada. - Todos vocês estavam comendo minha comida? Vai todo mundo levar chutes no traseiro! - disse. - Mas só quando não estiver com tanta preguiça.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Tenho uma bem legal! - falou Justin, animado. - Eu Nunca confundi geometria espacial com geometria plana. - ele sorriu e todos nós bebemos, menos ele, óbvio. Ele ria como idiota. Tá legal, foi fofo. - Como vocês podem confundir esses dois assuntos? </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Pra começo de história, nem sabiamos que tinha diferença! - Damon defendeu todos nós.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Eu Nunca Nunca Nunca saí beijando todos, só por estar com vontade. - disse Cait.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Eu Nunca Nunca Nunca deixei alguém confuso sobre meus sentimentos. - rebateu meu irmão. </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Eu Nunca Nunca Nunca...</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Se for pra terem briga de casal, é melhor irem pra um quarto. - Damon interrompeu a fala de Caitlin.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não estamos tendo uma briga de casal! - eles protestaram ao mesmo tempo. Revirei os olhos. </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Acho melhor jogarmos outra coisa. - sugeriu Justin, tentando tirar a tensão que tinha se instalado na sala.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Pode ser banco imobiliário. - sugeriu a loira. - Mas não quero ir até o sótão pra procurar. Tá escuro.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Porque o jogo está lá? - perguntei confusa.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Ué, ninguém estava usando, então guardei lá. Cê pega pra mim, abelhuda? - eu até diria que não, mas ela estava fazendo aquela carinha fofa de sempre, pra me convencer a ir. Pior que ela conseguiu me convencer. Fofinha demais, fazer o quê? Levantei do chão antes que desistisse.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Quer que eu vá com você, querida? - Justin perguntou, me olhando de onde estava sentado.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não precisa, voltarei logo, obrigada. Mas preciso da lanterna do seu celular, o meu descarregou.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Tudo bem. - concordou ele, sorrindo.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">[...]</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Onde será que ela pôs essa porcaria? - reclamei, perdida no meio de tanta coisa velha. </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"> A única fonte de luz vinha do celular de Justin, o que não ajudava muito, mas que também era melhor que nada. Tentei ir até umas caixas, quando ouvi a porta bater atrás de mim. Assustada, virei rápido na direção do barulho, mas não tinha ninguém lá. Tudo bem, Anna, não foi nada de mais; disse em pensamentos, tentando me acalmar. Nem sou medrosa, né?</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"> Andei até a porta e girei a maçaneta. Nada! Fiz isso mais duas ou três vezes, mesmo sabendo que a porta estava trancada. </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"> -Pra onde vai tão rápido, Anna Mel? Está tudo bem. - meu coração bateu mais rápido quando virei para trás e vi Kate, parada ali, com aquele sorriso sarcástico de sempre.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Kate?</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- E conhece outra? - ela riu. - Soube da sua pequena briguinha hoje com o nerd.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não foi uma briga... Espera, como você sabe disso? - perguntei curiosa e assustada.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Se eu fosse você, tomaria muito cuidado com essa tal de Sara. - sugeriu. - É o celular dele, não é? - perguntou, apontando para o aparelho na minha mão.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- É, porquê?</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Conselho de amiga? Leia as mensagens dele. Veja as fotos, os videos. Não é porque ele é nerd, que é um santo.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Está sugerindo que Justin é infiel? </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Só estou dizendo pra ter cuidado, mas se quer minha opinião, talvez seja, sim. - Kate deu de ombros.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não acredito em você. Eu confio nele. Você não vai me fazer questionar a fidelidade do meu garoto.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não vou, porque você vai acabar fazendo isso sozinha. Mais cedo ou mais tarde. Só achei que seria melhor te avisar antes de acontecer, afinal, é pra isso que servem as amigas.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Não somos amigas. - rebati.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Já fomos um dia. - ela deu de ombros. - Depois não diga que não avisei.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Cale a boca, sua cobra mentirosa! - falei firme e ela obedeceu. Meu coração batia tão forte que poderia sair do meu peito. Eu não poderia me deixar envenenar por ela. Justin não faria isso. Só de pensar na hipótese dele me trair, partia meu coração. - Saia da minha casa, da minha vida! Não torne a me perturbar mais. - disse respirando fundo e fechando os olhos para impedir as lágrimas de cair. Quando os abri, novamente, Kate não estava mais lá. </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"> Me apoiei na porta, fazendo o possível para esquecer o que ela tinha dito. O celular dele estava em minhas mãos, e nada me impedia de ver se realmente tinha algo que o incriminasse. Mas aquilo não seria justo, eu iria violar a privacidade dele e Justin confiava em mim. Se eu olhasse, porém, poderia acabar com essa dúvida de uma vez. Mas eu não poderia deixá-la por dúvidas. E até porque ele não me deixaria sozinha com seu celular se tivesse algo que não quisesse que eu visse. E se deixasse, seria muito burro.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Eu confio nele, Justin me ama e não há motivos para desconfianças. - falei baixo olhando para o celular. </span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"><span class="Apple-style-span"> Ouvi meus amigos gritarem no andar de baixo e de repente um clarão preencheu o sótão: a energia tinha voltado. Suspirei aliviada. Desliguei a lanterna e, segundos depois, ouvi batidas na porta. Olhando na direção dela, vi que um apoio para papéis impedia que a porta se abrisse. Não sabia como aquilo tinha parado ali, percebendo que esse foi o impecílio quando as luzes estavam apagadas. Tirei aquilo dali e deixei a passagem aberta.</span><span class="Apple-style-span"> Justin entrou sorrindo, e aquilo me fez sorrir.</span></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- O que está fazendo aqui? - perguntei lhe devolvendo o celular.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Esqueça o jogo. Vamos assistir um filme e Damon está pedindo pizza. - ele riu, e de repente, esqueci tudo que Kate tinha dito. O sorriso dele, aquele sorriso inocente e lindo que eu amava estava ali e me senti idiota por cogitar desconfiar dele. Por deixar fazer Kate transformar um ciúme em algo maior, algo que nem existia. - E acho melhor e vir logo enquanto ele pede...</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">- Damon é quem está escolhendo? Como pode isso? - perguntei espantada e o puxei pela mão para fora, sem me preocupar em fechar a porta. Ele riu enquanto me acompanhava. Aquilo foi o suficiente.</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><i><span style="font-family: inherit;">NOTAS FINAIS</span></i></b></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-family: inherit;">Oie povo! Eu ia postar no domingo, mas eu tinha que estudar pra prova de hoje e tenho essa semana toda de provas, mas vou tentar postar logo. Gostaram do cap? Ficou bom? Espero que tenham curtido. Beijos e até o próximo :D</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-80006307383866827312014-08-29T18:48:00.001-07:002014-08-29T18:48:06.569-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 12 - Blackout parte 1<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUB1IFFO7HpPa1dOaFL23DVzRGESGdTeAXtuT6x2AOXQ_HhxbozLqApiCzmd6k5Nol26h3aqaxDtJ1fFyqNcGhUDzlzNRt_QlCUaKtsTDJswUTDGumvrEYIEjwAwabucKrEDZrsl56LFis/s1600/tumblr_m15x4x1E681rp4duqo1_500_large.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUB1IFFO7HpPa1dOaFL23DVzRGESGdTeAXtuT6x2AOXQ_HhxbozLqApiCzmd6k5Nol26h3aqaxDtJ1fFyqNcGhUDzlzNRt_QlCUaKtsTDJswUTDGumvrEYIEjwAwabucKrEDZrsl56LFis/s1600/tumblr_m15x4x1E681rp4duqo1_500_large.gif" /></a></div>
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
- Olha, eu sei que dá trabalho, aliás, que deu trabalho pra encontrar isso, mas eu acho que cê errou em alguma coisa aí. - comentei, sentada ao lado de Cailin, levando um doritos a boca. Ela tinha o macbook sobre o colo, fazendo a parte dela em nosso trabalho em grupo. Como eu já tinha feito minha parte logo no primeiro dia em que o professor passou o seminário - viu, só, Justin, sinta orgulho, estou estudiosa -, aproveitava o momento livre para devorar uma bela e maravilhosa rosquinha. Nós estávamos no mesmo lugar onde encontrei Justin escrevendo uma canção, e onde também Collin nos encontrou e resolveu parar para conversar. Minha amiga respirou fundo, ainda olhando pra tela.<br />
- No que foi que errei, agora? Quero dizer, onde é que você está vendo o erro? - perguntou ela. Faziam exatamente dois dias desde que fomos jogar boliche, era uma bela quarta feira, mas isso não pareceu afetar em nada no humor da minha amiga. Acho que ela andou brigando com Mike, e hoje apareceu no intervalo das aulas com uma garota a tira colo. Ele estava chateado com ela - por algum motivo que não sei - e ela estava, mais do que claramente, com ciúmes do meu irmão. Ela tentava disfarçar, mas não dava muito certo. Penso que ela ainda não admitiu para si mesma que está com ciúmes.<br />
- O que houve entre vocês? - perguntei, sem mais delongas.<br />
- Hein?<br />
- Não sou idiota, Cait, o que tá havendo entre vocês? E pro caso de querer dar uma de "do que está falando", é sobre você e Mike. - ser mais direta do que aquilo era impossível. Porque eles não ficavam logo juntos? Mas que presunto!<br />
- Não esta acontecendo nada. - me olhou.<br />
- Eu sei reconhecer uma mentira cabeluda quando me vejo uma. Desembucha.<br />
- Eu só estou preocupada com ele, okay? - se defendeu. - Não é legal ficar saindo com qualquer uma, só porque é bonito e tem que satisfazer o ego. Quero dizer, ele vai parecer desesperado por uma namorada. Isso não faz bem pra ele, sabe?<br />
- Não faz bem pra ele ou não faz bem pra você? - perguntei arqueando a sobrancelha. <i>Tá com medo da concorrência, é?!</i>, preguntei mentalmente.<br />
- Como?- questionou, engolindo em seco.<br />
- Vocês tem a minha bênção.<br />
- O que? - arregalou os olhos, assustada. - Não, Anna! Eu não estou apaixonada por ele ou algo parecido. E, além do mais, ele é seu irmão, e você é minha melhor amiga. Simplesmente não rola. - falou rápido, o que me fez ir. - Até porque, somos apenas bons amigos.<br />
- Não precisa fingir pra mim, Caitlin. E idaí que ele é meu irmão e você é minha melhor amiga? Não há nada de mau nisso, vocês se gostam, e adoro saber que o meu irmão bobão vai ter alguém pra cuidar dele e amar. - falei sorrindo. - E claro, me ajudar a roubar a comida dele e todas essas coisinhas.<br />
- Endoidou o cabeção? - perguntou com os olhos arregalados. - Eu hein? Cada doido com suas manias. - ela deixou o computador do meu lado e levantou da grama, limpando o traseiro. Dei de ombros.<br />
- Sabe que não adianta em nada tentar esconder esse tipo de coisa de mim, não é? - perguntei, pondo o computador no meu colo. - Até porque tá bem na cara que ele gosta de você também.<br />
- É claro que não. - respondeu ela, tentando fazer o tipo de "não ligo", mas, ainda sim, pude captar um tom de quem quer saber mais. - Quer dizer, porque você acha que ele gosta de mim? Como tem tanta certeza? - por já esperar que ela perguntasse exatamente aquilo, eu ri.<br />
- Uma das coisas que faço melhor do que comer, minha cara, é saber quando algo maior do que um 'clima' entre duas pessoas está surgindo. - dei de ombros, fazendo aquela pausa dramática que tanto gostava. - Mas só falei pra deixar ao menos um de vocês cientes que tem todo meu apoio, e se não estão juntos ainda, por minha causa, esqueçam isso.<br />
- Hein? - Caitlin não sabia como agir, pelo simples fato de eu ter 'desmascarado-a' sem que ela tivesse tempo de se preparar. Se Mike e Cait não fossem tão frescos, com essa de 'não devo ficar com você" seriam fofos.<br />
- Ah, me trás uma caixa bento? Obrigada. - agradeci antes mesmo dela dizer qualquer coisa.<br />
- O que é uma caixa bento? - o tom de sua pergunta deixa claro que ela me achava doida.<br />
- É assim que embalam sushi pra viagem. - expliquei e fiquei feliz quando ela finalmente entendeu.<br />
- E porque está adicionando coisas na minha parte da pesquisa? - perguntou ela, curiosa.<br />
- Vou ajudar você, já que não tenho nada melhor pra fazer com meu quase abundante tempo livre. - ela fez careta, e eu ri mais uma vez. - Brincadeirinha.<br />
- Sua palhaça! - ralhou, para depois sorrir. - Volto logo.<br />
Enquanto ela saia, dei uma olhada básica no que ela escrevia. Como sempre, Cait tinha começado certo e se perdido no meio do caminho, saindo o foco do assunto principal. Arrumei o notbook melhor ao colo e comecei a digitar do ponto em que o trabalho ainda 'valia a pena', por assim dizer.<br />
- Seria ousadia perguntar o que você está fazendo aqui? - quando reconheci o rosto de quem falou, o garoto já estava sentado do meu lado.<br />
- Tenho esse tempo livre, John. - respondi, com um sorriso simpático. Eu não o conhecia bem, na verdade. Ele era amigo de Justin, não meu. - E o que você está fazendo aqui?<br />
- Não estou muito na vibe de assistir aulas, se me entende. - deu de ombros, bebendo uma cerveja, cuja garrafa reparei apenas agora. - Você quer um golinho?<br />
- Não, obrigada. - recusei, certa de que foi uma decisão correta. Para ser sincera, de alguma forma, não confiava nele. - Porque não está gostando da universidade? - perguntei curiosa, mesmo não gostando da companhia dele.<br />
- Tem um grupinho chato de manés metidos a besta na minha turma. Bati em um deles hoje de manhã, que era amigo de uma tal de Emilly. Se não tivessem me impedido, teria acabado com aquele idiota.<br />
- Emília. - corrigi. - Bem vindo ao nosso mundo. - dei de ombros. - Ela adora atormentar os outros, principalmente depois de Angelina, outra amiga dela, morrer. É assim desde que chegamos aqui.<br />
- Eles, esse grupinho de idiotas, atormentam a você também? - questionou, curioso. Não gostava do jeito como seus olhos castanhos não desgrudavam dos meus.<br />
- Mas do que possa imaginar. - fui sincera, no final das contas. - Era pior quando Angelina estava aqui. Ela adorava nos atormentar. Não só a mim ou meus amigos, mas também o resto do pessoal que estuda aqui. Mas graças a Deus isso acabou. - sorri.<br />
- No fim das contas, Emília é menos aterrorizante do que a tal de Angelina. - ele concluiu por mim. - Justin me contou que ela era horrorosa. Que todos tinham medo dela.<br />
- É verdade. - assenti.<br />
- Você tinha medo dela?<br />
- Hein? - me senti encurralada com aquela pergunta. Era como se ele pudesse adivinhar que eu tinha medo. E eu tinha medo. Tinha muito medo dela. Mas não queria admitir. - Não sei, John. Na maior parte do tempo, eu só podia sentir ódio dela. - respondi por fim, me livrando de dizer a verdade, mas sem mentir. Eu a odiava o tempo todo, também.<br />
- Então foi legal ela ter morrido. - concordou ele, bebendo mais um pouco de sua cerveja. Era como se estivesse vendo um reflexo de mim mesma falando aquilo, feliz pela morte de outra pessoa, e percebi o quão horrível aquilo era. E fiquei surpresa ao ver que não tinha ficado feliz por alguém ter a mesma opinião que eu. - Foi um alívio para todos nós, então. Pois se a conhecesse, e se ela fosse realmente como todos vocês dizem, eu mesmo a mataria. - John deu uma risada alta. Fiquei horrorizada com aquilo. E aquilo bastou para que entendesse o que Justin queria dizer com "você está sendo cruel, Anna". - Você e Justin são um casal legal.<br />
- Obrigada. - sorri forçado, ao perceber o quão rápido ele tinha mudado de assunto. Me perguntei se ele era assim na companhia de Justin.<br />
- Vocês se conheceram aqui ou em outro lugar? - sua curiosidade sobre meu relacionamento com Justin não me deixou confortável.<br />
- Nos conhecemos desde os onze anos de idade. Mas, claro, só ficamos juntos depois disso. - sorri aliviada ao ouvir a voz de Justin. Ele sentou do meu outro lado e beijou minha bochecha. - Tempos maravilhosos, cara. Maravilhosos!<br />
- Posso imaginar que sim. - John sorriu.<br />
- Cait virá nos trazer uma caixa bento. - falei, olhando pra Justin. - Você quer?<br />
- Caixa bento? - perguntou o moreno, confuso.<br />
- Sushi. - Justin respondeu por mim. - É assim que eles embalam o sushi pra viagem. É muito bom, você deveria provar. - fiquei nervosa só de imaginar dividir minha comida com John. Eu ofereci a Justin, e não ao moreno bonitão.<br />
- Ah, aqueles trecos de peixe cru? Não, muitíssimo obrigado.- recusou-se e fiquei feliz por isso. Justin apenas riu. - Gosto muito mais das coisas quando estão bem fritas.<br />
- Não sabe o que está perdendo. - Justin rebateu. - Tempo vago? - se dirigiu a mim.<br />
- Sim, e você já foi liberado da aula? ele balançou a cabeça, afirmando.<br />
- Não acredito que você está bebendo durante as aulas. - disse Justin, apontando para a garrafa já quase vazia nas mãos do amigo.<br />
- Cara, esse líquido aqui salva minha vida. - John riu, dando um último gole na cerveja. - Eu pensei que ia gostar daqui, mas estava enganado. Só suporto este lugar por causa de vocês.<br />
- É bom saber disso. - falou Justin.<br />
- Mas, voltando ao sushi, como é que vocês conseguem comer segurando aqueles pauzinhos? Não escorrega, não? - aquela foi a primeira vez que ele me fez rir de verdade. Perto de Justin, até que ele era legal.<br />
[...]<br />
- Ainda tem essa gaveta aí, pra arrumar. - falei, apontando para a primeira gaveta da direita.<br />
- Essa aqui?<br />
- Essa mesmo. - concordei, com um aceno de cabeça. Era uma bela noite, depois de um dia cansativo de estudos na faculdade. Conversamos com John naquele jardim por um longo tempo, e ele se mostrou mais legal do que quando estávamos apenas nós dois. Agora, depois do jantar, dei a Justin a tarefa de organizar meu closet. Sentada em um banquinho, observava-o e dava instruções de como ele deveria fazer as coisas. Amora estava sentada perto dos meus pés, e eu comia minhas batatinhas onduladas.<br />
- Ual! Porque eu nunca descobri isso antes? - ouvi ele murmurar. Quando Justin se virou para mim, tinha em mãos uma calcinha roxa. Estava tão concentrada na comida que eu devorava com fervor que esqueci completamente que a gaveta que mandei ele arrumar, era, exatamente, a gaveta de calcinhas. - Lembro dessa. - disse ele, sorrindo. - Muito sensual. - andei até ele e puxei a peça de suas mãos com minha outra mão livre.<br />
- Deixe de ser bobo. - reclamei, envergonhada. - Não precisa arrumar isso, está dispensado.<br />
- Não, querida, agora faço questão de concluir meu trabalho. - ele tirou todas as peças , e quando as colocou novamente em seu lugar de forma organizada, separou-as em quatro pilhas:<br />
1) As que <i>apenas</i> a vi usar;<br />
2) As que não apenas a vi usar, mas como também tirei de seu corpo;<br />
3) As que não fazia ideia da existência.<br />
4) As suas favoritas<br />
A terceira pilha, obviamente, era bem menor do que as outras. Ele fazia pequenos comentários a cada uma que pegava, colocando-as em suas pilhas. No começo foi estranho ter meu namorado arrumando minha gaveta de peças íntimas, mas depois, aquilo se tornou engraçado. As coisas que ele falava, as caras e bocas que fazia, o jeito como falava que a terceira pilha, faria, em breve, parte da segunda. Fiquei ao seu lado, supervisionando tudo, e rindo da cara dele, como não poderia deixar de ser.<br />
- Quando foi que você comprou essa? Nunca vi você com ela. - disse outra vez, com uma calcinha de renda azul escuro. Ele parecia quase indignado. - Em breve, esta partirá para a pilha dois.<br />
- Você é muito idiota! - ri daquilo, terminando de comer minhas batatas onduladas. Joguei o saco vazio no lixo e voltei para o closet. Ele segurava outra peça em sua mão, e sorria orgulhoso quando fiquei novamente ao seu lado.<br />
- Essa é memorável! - disse, tocando-a. - Me faz lembrar do quão louco me deixou nesse dia com essa calcinha vermelha. Lembro como se tivesse acabado de acontecer. E, apesar de ter vestido bem em você, ainda te prefiro sem ela. - dei um tapa na cabeça dele, que riu. - Mas ainda sim, vai pra pilha quatro.<br />
O clima estava esquentando entre nós, era claro. Mas eu ainda não conseguia deixar de pensar no quanto me senti irritada com a presença do amigo de Justin, hoje de manhã. Ele parecia ser legal, mas tinha algo nos olhos dele que me faziam querer vomitar. Talvez fosse pelo falo dele ser parecido com Frad em alguns aspectos, ou até mesmo na aparência, mas o jeito dele me incomodava.<i> Ele</i> me incomodava. Eu só não sabia como dizer para Justin, sem dar a entender que adoraria se ele se afastasse desse cara. Eu não sabia se era uma cisma boba, por simplesmente não ir com a cara dele, ou se ele realmente era quem eu suspeitava. Tentei esquecer aquilo e me concentrar no presente, meu namorado e no clima que estava surgindo.<br />
- Tem mais alguma que eu ainda não tenha visto? - ele se virou para mim, e percebi que ele já tinha organizado tudo. Tinha alguma coisa a mais ali. Um sorriso safado cresceu em seus lábios e entendi perfeitamente onde ele queria chegar. Ele tirou os óculos e chegou mais perto, me segurando pela cintura.<br />
- Na verdade tem uma. - respondi baixo o suficiente para soar sexy.<br />
- Tem, é? - rebateu ele, o rosto ficando mais perto do meu.<br />
- Tem sim. E pra sua sorte, estou usando nesse exato momento. - mordi os lábios, encarando seus olhos castanhos arderem de desejo. Quando dei por mim, ele tinha me pressionado contra a parede do closet, esfregando seu membro duro exatamente no meio das minhas pernas. Sua boca estava agora em meu ouvido, e sussurrou as palavras seguintes de maneira tão sexy que pensei que não poderia esperar mais.<br />
- Então vamos mudar isso. Ele tomou meus lábios em um beijo sexy, que rapidamente foi correspondido por mim. Nossa felicidade, porém, não durou muito. Quando sua mão avançava para dentro da minha blusa, as luzes se apagaram como se as lâmpadas tivessem queimado. Amora começou a latir, assustada, e logo nos separamos. Consegui achar minha cachorrinha, me guiando pelos latidos estridentes dela. Peguei-a no colo, e fiz carinho em seu pelo com a mão livre.<br />
- Anna? - ouvi Justin me chamar.<br />
- Aqui, querido, perto da porta. - respondi alto, para não ter dúvidas de que ele me ouviria. Ele tropeçou algumas vezes antes de tocar meu braço.<br />
- PUTA MERDA, PORQUE SEMPRE COMIGO? - ouvi meu irmão gritar de raiva, o que dava a entender que tinha caído da escada; de novo.<br />
- SE ALGUÉM SE ATREVER A AFANAR MEUS NOVOS ESMALTES COR DE ROSA COM GLITTER EU MATO! - Ashley gritou logo em seguida. Ri dos dois bobos que gritavam, percebendo que a casa inteira estava sem energia.<br />
- Seu celular tem alguma lanterna? - perguntou Justin, já tirando (possivelmente) o seu do bolso da calça. Tive certeza disso, quando uma luzinha branca e fraca iluminou um pouco o cômodo. - Porque justo na parte boa, a luz acaba desse jeito? Não dá pra me concentrar direito com seres caindo da escada e loiras gritando para não afanarem os esmaltes dela. - reclamou ele, insatisfeito.<br />
- Pessoal, venham para a sala agora para ouvir um comunicado urgente! - Damon berrava do andar de baixo, convocando-nos para uma reunião de grupo. Sem escolhas, saímos do meu quarto sendo guiados pela luz da lanterna do celular de Justin, e fiquei feliz ao ver a lareira acesa, o fogo crepitando agradavelmente, nos aquecendo e concedendo um pouco mais de luz. Cait, Ashley, Mike e Damon estavam sentados no sofá maior, a nossa espera.<br />
- Se alguém tentar afanar alguma comida minha, eu deixo sem traseiro. - adiverti, sentando na poltrona restante. Justin sentou no braço desta, e apoiei meu braço em suas pernas.<br />
- Eu liguei pra companhia de luz, e todo o quarteirão está sem energia. E enquanto eles tentam resolver o problema, temos que esperar. - disse Damon, por fim.<br />
- Tenho uma ideia fabulosa do que podemos fazer pra passar o tempo! - a sugestão de Ashley fez todos os restantes trocarem olhares assustados. Oh Céus!<br />
<br />
<b><i><br /></i></b>
<b><i>NOTAS FINAIS</i></b><br />
Olá meu povo! Aqui estou eu, de novo, depois de um tempão sem atualizar. Como estão? Cara, será que alguém ainda lê isso aqui? Enfim, espero que tenham gostado do capítulo. Beijos e até o próximo! :D :3<br />
Roupa da Ash: http://weheartit.com/entry/81047750/in-set/13959417-my-dear-nerd?context_user=cutelectra&page=22<br />
Roupa da Cait: http://data3.whicdn.com/images/78542395/large.png<br />
Roupa da Anna: http://data1.whicdn.com/images/82247634/large.jpgAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-10857434969383404542014-08-02T19:36:00.000-07:002014-08-02T19:36:44.836-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 11 - Noite de Boliche<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitfqLbht-bXx5V6lVsoOg2S2jNNXS4twExXTjmEZnbS83TG-YjtwjkekwnE3mEnNp0Io5Ao7Hei8kDQtG4KcTUjVZBbE7Yau1U7f7Tj0JtfCqgqv_QEGZzVGesKFDOT1fnxOh7S1ndopBO/s1600/tumblr_inline_n54cd9i2x61secvds.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitfqLbht-bXx5V6lVsoOg2S2jNNXS4twExXTjmEZnbS83TG-YjtwjkekwnE3mEnNp0Io5Ao7Hei8kDQtG4KcTUjVZBbE7Yau1U7f7Tj0JtfCqgqv_QEGZzVGesKFDOT1fnxOh7S1ndopBO/s1600/tumblr_inline_n54cd9i2x61secvds.gif" /></a></div>
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
- Anna Mel, já chega de Doritos por hoje! - mamãe ordenou, parando a minha frente no sofá, me olhando de cima com aquele olhar acusador. Fiz bico, abraçando meus pacotes (sim, pacotes no plural), de modo a protegê-los dela.<br />
- Mãe, qual é! - reclamei em protesto. Lá estava eu, feliz da vida, comendo Doritos e assistindo meus programas de culinária, e do nada, ela aparece reclamando e dizendo que eu deveria parar de comer e assistir tevê; sabe, ter uma vida tão sedentária. - São apenas nove da manhã! As aulas foram suspensas por causa da reunião de pais e professores e, aqui estou eu: aproveitando essa folguinha maravilhosa para ser feliz.<br />
- É sobre isso mesmo que quero falar, mocinha. - disse ela. Quando entendi, finalmente, percebi que era sobre a escola. Mais precisamente as minhas notas. Tentei fugir do assunto mais uma vez, como sempre fazia. Tinha me esquecido da importância desse dia, e de como deveria ter feito algo que a agradasse tanto, que ela não chegasse a reclamar sobre as minhas notas e ameaçar tirar minha comida e meus programas de culinária. - Eu entendo perfeitamente, mamãe! - comecei, fingindo entendê-la. - Mike está me dando um péssimo exemplo, mais uma vez, com essas notas baixas e...<br />
- Quem foi que tirou notas baixas? - o meu irmão entrou de repente na sala, ao ouvir a menção de seu nome. Batatas Fritas!<br />
- Anna está tentando acusar você de tirar notas baixas para que não seja<i> ela</i>, o alvo da discussão. - respondeu Rose, minha mãe, sem tirar os olhos de mim. Eu realmente deveria mudar minha tática de distração, pensei.<br />
- Ahá, se ferrou bonito! - Mike riu da minha cara, uma bela e irritante gargalhada.<br />
- Cala a boca, idiota!<br />
- Mas oi? - ele parou de repente, ao perceber o insulto. - Idiota é uma pinóia!<br />
- Calem a boca, vocês dois! - mamãe falou mais alto, e assim fizemos. - Como é que você tirou uma nota dessas em matemática, Anna Mel?<br />
- Eu sou péssima em matemática! - quase berrei em aflição. - Pronto, falei.<br />
- Pressinto que alguém vai ficar de castigo. - cantarolou, Mike.<br />
- Já disse pra calar a boca, bobão! - reclamei, mas ele pouco se importou.<br />
- Que você é péssima em matemática eu sei, sua nota diz isso muito bem sozinha. - ela falou, e suspirou em seguida. - Porque...<br />
- Eu simplesmente não consigo entender Batatas Fritas do que o professor fala, por mais que eu tente. Já fui estudar com a Ashley, Britney e Kate várias vezes, mas eu não consigo aprender.<br />
- E como foi que elas passaram na prova? - questionou meu irmão. - Kate e Britney? - bom, ele não incluiu Ashley porque ela também tirou a mesma nota que eu.<br />
- Elas tem uma incrível facilidade para colar, que você não faz ideia! - respondi irônica. Era verdade que elas colavam, e que eu não conseguia aprender a matéria, mas eu não podia dizer a minha mãe, algo como: "mamãe, me desculpe, mas sua filha de quatorze anos não aprende, porque não consegue parar de pensar no bonitão, gentil e simpático Damon Salvatore."<br />
- Não pense em fazer o que elas fazem, entendeu? - mamãe voltou a falar. - Não importa a nota que tire, com tanto que seja honesta.<br />
- Sim, mãe. - concordei. Mas sabendo que, um dia iria colar. Todo estudante passa por isso, pelo menos uma vez na vida. Bem, isso segundo Kate.<br />
- Dessa vez será apenas um aviso. Na próxima vez quero uma nota muito melhor do que essa, então, acho bom você estudar bastante. - ela sorriu doce e com o alívio afrouxei o abraço que dei na minha comida. Até me dar conta de que meu irmão estava lá, na sala, e tornei a apertar o abraço em minha comida de forma protetora.<br />
- Ué, não vai ter castigo, choro, canal de culinária com senha, a doida da minha irmã sem Doritos? - perguntou Mike, sem acreditar no que acontecia. Ri daquilo, vitoriosa.<br />
- É isso aí! Não vou ficar de castigo. - falei sorridente, enfiando mais um Doritos na boca.<br />
- Mamãe?!<br />
- É isso mesmo, querido. - respondeu, achando engraçado a cara de horror que ele fazia. - Ah, meus parabéns pelas notas excelentes, querido! Estou muito orgulhosa de você.<br />
- Obrigada, mamãe. - respondeu, ainda atônito. - Mas você não vai castigar ela? Nem sequer tomar esses pacotes de Doritos que ela está comendo?<br />
- Não.<br />
- Isso é um ultraje! - falou, erguendo as mãos em protesto. Ele caminhou em direção á porta da sala de estar, para sair de casa. - Um absurdo, um completo absurdo! Minha mãe com certeza foi abduzida por um alienígena! - ele falava, como se estivesse fazendo um discurso. - Este mundo está perdido, está sim! - rimos dele quando fechou a porta. Fiquei surpresa por me dar conta de que ele era o único idiota, tipo,<i> idiota</i> mesmo, que eu amava, enquanto sentia mamãe beijar minha testa.<br />
- ABELHAAAAAA! - um grito fino me tirou do devaneio como se tivesse acordado com um balde de água fria.<br />
- Hein?<br />
- Estávamos te chamando há anos, mulher! Que indelicadeza a sua, me fazer gritar e por risco a minha beleza. - disse a loira, cruzando os braços. - Tava pensando em quê? - perguntou.<br />
- Na receita que aprendi na internet. - menti, mas pareci muito convincente.<br />
- Caitlin, você mal tocou no seu pudim. - falou meu irmão. Ela deu de ombros, tentando espantar a preguiça.<br />
- Não gosto de pudim...<br />
- Não gosta de pudim? - todos perguntamos ao mesmo tempo, assustados com aquela afirmação. Antes que alguém pudesse se apoderar daquela comida, puxei o prato para mim na mesma hora que todos, TODOS, fizessem o mesmo; acabaram agarrando as mãos uns dos outros no meio da confusão, ou as batendo no balção de mármore, enquanto eu estava feliz demais com o meu pudim recém adquirido. Pararam de brigar quando me viram com o prato.<br />
- Querida?<br />
- Sim, Justin?<br />
- Você me ama? - perguntou ele.<br />
- Sim.<br />
- Então divide o pudim comigo? - chegou mais perto, sorrindo e tentando me convencer. Interesseiro.<br />
- Nem com a mulesta do cachorro doido! - quando percebi, tinha falado em português.<br />
- Hein? - perguntou Justin, ainda esperançoso. - O que foi que você disse?<br />
- Nem que chovessem vacas, ou o leite de vacas. - respondi em inglês, para seu desapontamento. Você pode ser fofo, lindo e sedutor o quanto quiser, mas não pode ser mais sedutor e lindo do que esse pudim aqui, meu irmão!, pensei.<br />
- Mas é claro que se chovesse leite, seria o leite de vaca. - Mike ironizou, desapontando por não ter sido ele o sortudo a ter pego o pudim. E olha que ele estava sentado do lado de Caitlin.<br />
- Vacas não são as únicas a dar leite. - disse Cait, pensando. - Tem as cabras também.<br />
- As cabras dão leite, gente? - foi a vez de Damon questionar, confuso.<br />
- O que importa é que é leite. - falei, com a boca cheia. O pudim acabou mais rápido do que o planejado.<br />
- O que acham, pessoas que me amam mais do que tudo nesse mundinho, de irmos ao boliche? - sugeriu a loira, de repente. - Não é porque é uma terrível noite de segunda feira, terrível apenas por ser segunda feira, que devemos ficar enfurnados em casa, fazendo trabalhos de escola e cansando minha beleza.<br />
- É faculda... Ah, deixa pra lá. - Justin desistiu da correção no meio do caminho.<br />
- Na verdade foi o Damon quem disse que tinha um lugar que dava pra jogar boliche aqui perto, e achei que seria legal a gente ir. Minha beleza precisa ser vista e admirada.<br />
- Só se me comprarem comida.<br />
- Mas você acabou de jantar! - disse Caitlin, de olhos arregalados.<br />
- Você não viu nada. - Justin e Mike disseram ao mesmo tempo, e riram logo em seguida. Gente doida, viu?!<br />
[...]<br />
- Para de reclamar, loira. - Caitlin falou, tentando manter a calma.<br />
- Como é que não tinham sapatos cor de rosa? Que irresponsabilidade é essa? - perguntou ela, pela milésima vez quando sentamos numa mesa de frente pra pista de boliche. Deixei minha mochila abastecida com muita comida (sabe, em caso de emergência) e sentei na cadeira mais próxima que encontrei. - Isso é um ultraje! Uma vergooooonha! - dizia ela, balançando as mãos, zangada. E ficou ainda mais furiosa quando ouviu as risadas do grupo. - Porque vocês estão rindo tanto? Se for de mim é melhor pararem, porque não tem graça. - fez bico e cruzou os braços em seguida. Justin sentou ao meu lado e vi Damon dar um beijinho carinhoso na namorada. Ashley usava sapatos maiores do que seus pés, e ela andava tão engraçado, com medo de cair, que aquilo foi uma atração a parte.<br />
- Para o jogo ficar mais interessante, vamos fazer umas apostas. - propôs Damon, animado.<br />
- Com tanto que eu receba minha comida. - dei de ombros.<br />
- Que tipo de aposta seria? - perguntou Justin, curioso.<br />
- A de quem me admira mais? - a loira falou, de repente, menos irritada. Muito fofa.<br />
- Não. - a resposta de todos nós, juntos, fez com que os lábios dela formassem um biquinho. Bico de quem não está: gostando nada, nada.<br />
- Já que estamos em seis, três homens e três mulheres; - Damon deu uma boa olhada de cima a baixo na loira, e deu aquele sorriso malicioso que eu conhecia bem. Uma rosquinha... - três belíssimas mulheres. - ela sorriu cúmplice, dando até uma piscadinha. Ele riu. Duas rosquinhas... - E podemos competir assim: Homens x Mulheres.<br />
- E vocês ainda acham que vão vencer? - perguntei tão simples, que só depois de alguns segundos percebi que eles me encaravam. - É óbvio que vamos vencer, principalmente desses três bobões. - continuei, cheia de confiança.<br />
- Hey! - reclamou Justin. - Bobão uma pinóia!<br />
- Essa frase é minha, cara. - advertiu Mike.<br />
- Eu posso lhe assegurar, minha querida anã, que temos as armas necessárias para vencer as excelentíssimas damas. - começou Damon, o que eu tinha certeza ser um discurso. - Temos inteligência, temos coragem, temos força para segurar aquela bola.<br />
- Temos três dedos fortes. - afirmou Justin. - Dedos de jogadores profissionais em boliche.<br />
- Então estão querendo nos chamar de burras, é isso? - Caitlin cruzou os braços, a sobrancelha arqueada.<br />
- Estamos dizendo que somos menos frescos do que vocês, mulheres. - Mike afirmou.<br />
- Quêêêê? - a loira arregalou os olhos. Se virou para meu irmão, inacreditável. - Como é que é? Não somos frescas coisa nenhuma! Vocês, bobões, é que não nos dão oportunidade.<br />
- Tudo o que temos é bom senso e inteligência, coisa que não cabe nessa cabecinha dura de vocês. - Caitlin cutucou com o dedo indicador a testa do meu irmão, para dar ênfase ao que dizia. Resolvi ajudar, levantando da cadeira.<br />
- E vocês nunca venceriam as garotas numa partida de boliche. - provoquei, ficando ao lado das outras duas. Os garotos ficaram lado a lado também, e os dois grupos ficaram frente a frente.<br />
- Você acha mesmo? - Justin perguntou, de braços cruzados, olhar desafiador, parado à minha frente. Se ele soubesse o quanto ficava sexy assim!, pensei. Tudo bem, Anna, você vai resistir á tentação por hora. Quando chegar em casa, você vai poder usar e abusar dele, me aconselhei.<br />
- Tenho certeza, querido. - pisquei e ele sorriu. Que lindinho! <i>Se mantenha!</i><br />
- E o que vocês apostam, garotas? Porque se nós ganharmos, vocês vão ter que fazer tudo que quisermos por uma semana inteirinha. - Damon disse por todos e os outros dois pareciam estar de pleno acordo, como se já tivessem discutido aquela questão muito antes.<br />
- Para nós o mesmo. - falei. -<i> Quando</i> vencermos, vocês farão tudo que quisermos por um mês inteirinho.<br />
- Aumentamos a aposta para um mês, também, se vencermos. Um mês que vocês, senhoritas, terão que fazer o que quisermos. - Mike deixou o tempo para pagar a aposta de igual para igual.<br />
- Como tem tanta certeza de que vão vencer? - questionou Justin, divertido.<br />
- Somos mulheres, isso responde tudo. - dei de ombros, provocativa e divertida. Já sei até o que ele vai fazer para pagar a aposta.<br />
[...]<br />
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
- Não esquece cara, ainda estamos empatados. Você precisa acertar, porque as garotas estão indo muito bem. - aconselhou Damon, enquanto eu me preparava para jogar. Por um lado estava orgulhoso da minha garota não ter errado nenhuma até agora; por outro, eu já sabia exatamente o que pedir para que ela o fizesse por um mês inteirinho. Fui para a pista e arrumei melhor meu dedo dentro da bola pesada. Dobrei um pouco os joelhos e mirei os olhos na direção dos pinos. Tinha de ser certeiro.<br />
- Vai lá, bonitão! Você consegue! - gritou Anna Mel, tentando me desconcentrar. Mas não vou mentir dizendo que não gostava daquilo, porque, afinal: ela estava me chamando de bonitão aos berros. Eu me sentia muito elogiado, okay?<br />
- Não erra Justin, confiamos em você cara! - gritou Damon, em resposta à Anna. Ri daquela briguinha, tornando a me concentrar no que estava prestes a fazer.<br />
<b><i>Ouçam Mirrors - Justin Timberlake</i></b><br />
A verdade é que quando tentei jogar, a música favorita da minha anã preencheu o lugar. Respirei fundo, tentando me concentrar mais uma vez, mas a batida envolvente de <i>Mirrors</i> do <i>Justin Timberlake</i> não me deixava. Eu já podia imaginar que ela estaria cantarolando, animada. Mexendo os pés, dançando contidamente na cadeira. Com essa ideia, virei de costas para a pista e larguei a bola no chão. E ela estava exatamente do jeito que imaginei. Tão empolgada com o a batida da música que não percebeu o que eu tinha acabado de fazer.<br />
Com um sorriso na cara, andei até ela e estendi minha mão em sua direção. Distraída, ela me olhou de baixo para cima, mexendo a cabeça e cantarolando a letra da música. Quando finalmente percebeu o convite para uma dança, suas mãos tocaram as minhas e nós ficamos em pé ali. Coloquei as mãos em volta de sua cintura, e começamos com passos lentos. Ela estava tão animada! Cantava, agora, mais alto, e pude ver um grande e verdadeiro sorriso invadir seu rosto. Um sorriso que eu não via há muito tempo. Aquilo foi o que bastou para que eu começasse a cantar também. A dança já era muito mais animada, Anna fazia caras e bocas e cantava alto e não dava a mínima se alguém achasse aquilo estranho. Também não me importei.<br />
- It's like you're my mirror; My mirror staring back at me... - cantarolei junto com ela, o mais idiotas dos sorrisos na cara.<br />
- I couldn't get any bigger; With anyone else beside me... - ela cantou tão alegre e sorridente que aquilo me fez rir.<br />
<br />
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- And now it's clear as this promise; That we're making... - cantarolei.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Two reflections into one. Cause it's like you're my mirror; My mirror staring back at me, Staring back at me. - prosseguiu Anna, bem alto.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
Ouvi os outro quatro começarem a dançar em casais, e os garotos pareciam felizes demais para perceber que eu tinha desistido da minha jogada pra dançar com a baixinha. Ashley dançava da maneira que podia, com aqueles sapatos maiores que ela, e Damon parecia achar aquilo uma graça. Caitlin e Mike estavam um pouco mais perto de nós e conversavam animadamente. Mas nenhum deles parecia se divertir tanto quando Anna, que repetia cada palavra cantada, feliz da vida, me incentivando a cantar junto: claro que ela não precisou de nenhum esforço pra conseguir aquilo. Apesar de sentir alguns olhares sobre nós, seis doidos dançando numa pista de boliche, resisti a timidez por Anna.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
E, por mais estranho que fosse, alguns casais tímidos e apaixonados iniciaram uma dança ao ritmo da música. Pouquíssimas pessoas ficaram paradas em seus lugares, assistindo à multidão de "dançarinos" crescer gradativamente. De repente, era como se estivéssemos naquelas festas bonitas de gente rica, todo mundo dançando civilizadamente, felizes, sorridentes até dizer chega, ao som de uma música ideal para o momento. Bem, só pareceu, mesmo, porque aquilo nada tinha a ver com uma comemoração glamurosa. Estava encantado com o sorriso e a alegria que Anna Mel esbanjava ao acompanhar o cantor, uma alegria contagiante e maravilhosa. Tive o prazer de ouvir sua risada entre um berro e outro que dava, vi que ela gargalhava ao ver a loira dançar atrapalhadamente por causa dos sapatos e do olhar de risada de dor de Damon: ela estava pisando no pé dele, várias vezes seguidas. Sem querer, é claro. As coisas não poderiam estar melhores!</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- I can see you lookin' back at me; Keep your eyes on me... - cantou ela, dessa vez, olhando com firmeza pra mim.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Baby, keep your eyes on me. - segurei seu rosto com uma das mãos, acariciando seu rosto com o dedo polegar.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
Nossos rostos se aproximaram devagar, e nossos olhos estavam presos um no outro, uma deliciosa sincronia. Sabe, como nos filmes, só que bem melhor. O momento que se seguiu depois, foi um doce encostar de lábios, que durou segundos maravilhosos. Seguido de um beijo de verdade. Dançamos lentamente, enquanto trocávamos beijos carinhosos, e não me pergunte como conseguimos fazer aquilo. Quando nos separamos, sorrimos e continuamos a dançar. Mike e Caitlin não mais conversavam; pareciam imersos em seus pensamentos, ou, o que eu eu suspeitava, estavam admirando a aparência um do outro em silêncio, quando o clima de romance pairou sobre aqueles dois. </div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
Mesmo com o fim da música, Anna não pareceu voltar a ser infeliz e a continuar o luto, permaneceu animada, mesmo que tivéssemos parado de dançar. Os casais ao nosso redor, iam parando aos poucos de dançar, voltando para o momento de descontração em que estavam antes. Mike e Cait soltaram-se a contra gosto(acredito eu) e voltaram lentamente para seus assentos. Sorriram. Anna deixou um beijo na minha bochecha, sorridente, antes de voltar para sua cadeira.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Obrigada. - disse ela.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Por nada, anã.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Cê tem amor pela vida, não? - perguntou de olhos arregalados, já sentada ao lado de Caitlin. Ri daquela ameaça e peguei a bola que tinha jogado no chão. </div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- É sua vez de jogar, Justin, vai logo. - reclamou Damon, voltando a vida real. Tinha certeza de que a loira tinha pisado várias vezes em seu pé, sem querer. Deveria estar doendo. - E não erra.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Erre sim, querido! - gritou Anna.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Não erra, não! Mostra pra elas que os homens são os melhores. - os dois berraram em resposta. Bobões idiotas, pensei, rindo.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
[...]</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Estou acabado! Nunca mais faço uma aposta na vida. - reclamou Damon, se jogando no sofá. </div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
Bem, se você está curioso pra saber quem venceu a aposta, releia a frase a cima e vai ter sua resposta. E Damon tinha razão. As garotas estavam adorando aquilo, e nos fizeram lavar toda a louça suja, descongelar a geladeira, lavar o chão da cozinha e ler a correspondência. Aquele era um trabalho que geralmente elas faziam, por não sabermos fazer esse tipo de coisas. E, como não fazíamos do jeito certo (para elas) as garotas nos observavam trabalhar à porta da cozinha, dizendo como deveríamos fazer as coisas. "Você está fazendo errado!" "Você precisa esfregar mais o fundo da panela!" "Não se lava direito o chão, apenas jogando a água. Está esperando que ela faça todo o serviço sozinha? Precisa esfregar!".</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
Elas pediram para prepararmos um banho de banheira maravilhoso, com direito a pétalas de rosas, velas aromáticas em cada banheiro. Além de taças com vinho tinto e uma boa música. Ainda tivemos que dar banho nos cachorros, já que eles pareciam não se dar por suficiente todo o trabalho que estávamos tendo, e decidiram que iriam brincar no jardim até ficarem totalmente imundos, para nos dar mais trabalho. E vamos acrescentar de que eles não queriam tomar banho. Agora, elas já estavam em suas camas, dormindo à sono alto, em uma cama grande e macia. Me sentei numa poltrona e respirei fundo, aliviado por finalmente poder sentar. </div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Porque você tinha que errar aqueles malditos pinos? - perguntou Mike, cansado e irritado.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Foi sem querer cara...</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Elas vão acabar com a gente. - ele interrompeu as desculpas de Damon, e suspirou.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Vou ficar pobre. - murmurei.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Hã?</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Comida.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Ah, tá, Anna vai torrar seu dinheiro com comida. - entendeu Damon. - Pior será para mim, meu caro. Acho que os senhores já repararam, mas tenho uma namorada louca por sapatos e roupas. </div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Se tivéssemos vencido, eu teria ganhado um beijinho da Caitlin. - Mike murmrou, como se falasse consigo mesmo. - Você realmente não deveria ter errado, cara. - reclamou, em voz alta.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Sinto muito, cara! - rebateu, cansado. - Você acha que quero passar meus dias batendo pernas no shopping e pintando unhas? E se ela mandar eu usar algo rosa? Se isso acontecer, juro que me mato! - rimos de seu desespero, quando ele passou a mão sobre os cabelos, exasperado.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Boa noite, galera. - falei levantando, caminhando na direção das escadas. Eles acenaram com a cabeça, em resposta, e continuaram conversando sobre quem ficaria de cabelos brancos primeiro, antes mesmo de terminar o mês. Já no corredor dos quartos, trombei com nada mais, nada menos, do que a loirinha. Fofa como sempre, em seu pijama cor de rosa. Um pouco curto, devo admitir, mas ainda sim, fofa.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Oi Jujubona! - disse, contente. - Já vai dormir?</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Oi, é, vou sim, estou acabado! - respondi.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- O dia de hoje foi glamuroso, não acha? - começou ela, sorrindo. - Jogamos boliche, apostamos, dançamos, e vencemos a aposta. As garotas, é claro! - esclareceu ela. - Você foi muito fofo hoje, sabia?</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Fui? - perguntei curioso e ela balançou a cabeça, afirmando.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Sim, muito fofinho, Jujubona! Tirou a Abelinha pra dançar a música favorita dela, tipo, favorita de TODOS OS TEMPOS, mesmo quando era sua vez de jogar. Desistiu daquela jogada por ela. Muito fofiiiiinho! - ela apertou minhas bochechas, enquanto dizia "fofiiiiinho!". Aquilo doeu pra cacete.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Loira, cê tá machucando minha bochecha. </div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Desculpinhas. - falou sem graça, largando minha cara. Acariciei a região dolorida, para só depois, rir dela. - Mas ela ficou tão feliz! Eu sabia que ela ria de mim, dançando com aqueles sapatos grandes, mas eu e minha beleza não nos importamos; afinal ela estava finalmente alegre. Você trouxe minha abelha de volta. Obrigada.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Faço qualquer coisa por ela, você sabe. </div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Sim, eu sei. - sorriu ainda mais. - Você sempre este lá por ela, mesmo quando não eram nem mesmo colegas. Como naquele dia horrível que você nos tirou de lá...</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Ashley, por favor, não fale isso em voz alta. - pedi, de repente, olhando para os lados, verificando se não havia ninguém que pudesse ouvir. - Aliás, não fale sobre isso.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Mas porquê, ora esmaltes? Você é um herói. - disse ela, o tom baixo. - Nos tirou daquele lugar horroroso, quando nós duas estávamos incapacitadas de fazer isso sozinhas. Nos salvou de morrermos queimadas, e isso não é nada do que se deve envergonhar.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Eu sei, mas se alguém souber, se Anna souber, vai causar um reboliço tremendo...</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Ela não pode passar a vida inteira achando que foi eu, a pessoa que a salvou. Nem estava consciente. Foi você, quem nos tirou de lá, que salvou a vida dela. E a minha também.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Ashley...</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Não entendo porque não quer que ela saiba que foi você. Nunca contei a verdade para ela, porque prometi a você que não o faria, mas ela precisa saber.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Obrigada por cumprir a promessa que me fez, mas ainda não estou pronto pra contar.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- E quando vai ter coragem pra falar? Anos se passaram, e para ela, você nunca esteve lá. E você sabe muito bem, Jujubona, que será melhor ela saber por você, do que por outra pessoa.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Você prometeu que não contaria...</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Não vou contar. - interrompeu. - Mas, cê sabe, sempre tem alguém que sabe além de nós, ou que acaba descobrindo e põe a boca no trombone. E se quer minha opinião, Jujubona fofa, ela vai ficar muito feliz por saber que sempre esteve lá por ela. Vai ficar orgulhosa e agradecida, vai ver.</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Você acha? - perguntei, curioso e confuso. Eu deveria mesmo contar a verdade?</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- É claro que sim! Certeza absoluta, Jujubão, cê acha que tá falando com quem? Sou a rainha das certezas, da beleza e de muitas outras coisas glamurosas. - balançou o cabelo, sorridente e eu ri. Ela voltou a ser doida. - Bem, agora me diga, fiel súdito, onde está o meu amado namorado?</div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Na sala, conversando com Mike. </div>
<div style="color: #222222; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14.666666984558105px; line-height: 25px; list-style: none; margin-bottom: 15px; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 40px !important;">
- Glamuroso! - ela deu pra falar isso o tempo todo, nos últimos dias. - Vou lá. Cê acredita que ele não massageou os meus pézinhos fofos? Pois é, isso me revolta também. - e saiu andando, falando sozinha o quanto aquilo era uma falta de respeito para com sua beleza. Agora sozinho no corredor, decidi que ela estava certa. Anna precisava saber, e eu contaria a ela. Mas não agora, não hoje. Em breve.</div>
<br />
<br />
<b><i>NOTAS FINAIS</i></b><br />
Olá, pessoinhas lindas, como vão? Acho que não demorei muito, né? Ou demorei? O.o Bom, pelo sim e pelo não, aqui está um cap que acabou de sair do forno, só pra vocês. Tentei recompensar fazendo-o beeem grande. O que acharam, vocês gostaram? Está bom? Espero que tenha agradado! Muitos e muitos beijos e até o próximo cap! :3<br />
<b><i>Roupa da Ash:</i></b> http://weheartit.com/entry/113327142/in-set/13959417-my-dear-nerd?context_user=Skye_Elise&page=2<br />
<i><b>Roupa da Cait:</b></i> http://weheartit.com/entry/78546042/in-set/13959417-my-dear-nerd?context_user=RedGinger23&page=14<br />
<b><i>Roupa da Anna:</i></b> http://weheartit.com/entry/88614703/in-set/13959417-my-dear-nerd?context_user=AnjinhaPipocas&page=5<br />
iPod da Anna: http://weheartit.com/entry/127325258/in-set/13959417-my-dear-nerd?context_user=AnjinhaPipocasAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-30364360681030021772014-07-20T07:57:00.000-07:002014-07-20T11:57:31.351-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 10 - Viagem de Carro<div align="center" class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<a href="https://31.media.tumblr.com/tumblr_lwvklqeLSD1r8vlpao1_500.gif"><span style="color: blue; font-size: 13.5pt; mso-no-proof: yes; text-decoration: none; text-underline: none;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75"
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<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://uploads.socialspirit.com.br/fanfics/capitulos/fanfiction-ashley-benson-my-dear-nerd--heart-by-heart-2226631,200720141317.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://uploads.socialspirit.com.br/fanfics/capitulos/fanfiction-ashley-benson-my-dear-nerd--heart-by-heart-2226631,200720141317.gif" /></a></div>
<b><i><span style="font-size: 13.5pt;">POV ANNA</span></i></b></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;"> Mastiguei o restante da
rosquinha com cobertura de chocolate, agradecida pelo carro ser grande o
suficiente para caber todos nós, sem nos sentirmos apertados ou
desconfortáveis. A loira teve a brilhante ideia de fazermos uma viagem de
carro, para que nos aproximássemos ainda mais um dos outros e nos divertir;
conhecer lugares novos. Apesar da certeza de que, o real motivo é para que eu
me acalmasse e esquecesse um pouco o luto. E para o meu irmão também sorrir um
pouco. Era um lindo começo de tarde de um sábado; é claro que não perderia
minhas aulas de culinária avançada por nada desse mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;"> Damon estava no banco do carona, ao
lado da loira. Não precisava dizer que todo mundo tinha medo quando ela estava
ao volante. Ashley era conhecida como<span class="apple-converted-space"> </span><i>Assassina
de Esquilos</i>. Ela não conseguiu essa fama atoa, acredite. Ninguém queria
admitir que estava tenso demais, com ela ao volante. Para onde iríamos? Ela
queria fazer surpresa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Vamos pessoal, falem alguma coisa,
pessoas que me amam! Não gosto desse silêncio. - falou ela, olhando para nós
pelo espelho do carro, os olhos azuis brilhando em animação.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Loira, olha pra estrada! - Justin falou,
tentando não demonstrar o quão tenso estava com ela ao volante. A loira deu
atenção a pista novamente.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Sabem, vocês estão muito tensos. Acho
que deveríamos balançar os nossos esqueletos fabulosos e relaxar. - ela se
abaixou no banco, tentando alcançar o rádio. Todos gritamos em uníssono, e ela,
assustada, voltou a posição original, os olhos arregalados e um biquinho na cara.
Apertava o volante com tanta firmeza, que podia deduzir que as pontas dos
dedos estavam ainda mais brancas do que eram. - Gente, mas que susto! -
reclamou, balançando a cabeça em reprovação. - Podia ter<span class="apple-converted-space"> </span><i>matado</i><span class="apple-converted-space"> </span>alguma coisa.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Você se abaixou pra por uma música!
Podia ter causado um acidente! - quase berrou Mike. - Quem foi que deixou você
no volante?<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Vocês estão muito quietos! Eu só queria
animar um pouco, seu chato! - mostrou a língua, como se ele fosse se ofender
com aquilo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Não sou<span class="apple-converted-space"> </span><i>'chato'</i><span class="apple-converted-space"> </span>quando tenho conhecimento da sua fama
de...<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- ... não ouse dizer...<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Assassina de Esquilos! - disse mesmo
assim, como se não tivesse ouvido a ameaça dela. - Eu, sinceramente, acharia
melhor outra pessoa dirigir do que essa loira doida. Eu não quero ver o corpo
de outro esquilo morto. Eu ser eu, no lugar de algum esquilo inocente. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Como é que é, seu desunhado de uma figa?<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- ASHLEY A FRENTE! - todos pulamos nos
assentos e o carro freou bruscamente. Se não fosse o cinto de segurança, a
loira teria batido a cabeça no volante. Eu, que não usava o cinto mesmo com os
protestos de Justin, por outro lado, muito diferente de Ashley não tive muita
sorte. Fui pra frente com tudo, ficando entre Damon e Ashley. Fiquei com o
corpo por cima da marcha, entre os dois bancos da frente; doeu pra caramba.
Quando passou o susto, ela e o moreno olharam pra mim, de olhos azuis
arregalados. Resmunguei baixinho, fazendo uma careta.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Cê tá bem, florzinha que me ama? -
perguntou a loirinha, preocupada. Os dois me ajudaram, junto a Justin, para que
eu voltasse ao acento de trás.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Eu disse pra você usar o cinto. - foi a
primeira coisa que Justin falou assim que tornei a sentar ao seu lado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Não começa, Justin.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Você está bem? - perguntou ele,
preocupado.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Estou, eu acho...<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Por todos santos! Você matou outro
esquilo, Ashley! - ouvir a voz do meu irmão me fez perceber, que ele já estava
do lado de fora do carro, olhando o provável esquilo esmagado pelo pneu.
Caitlin foi se juntar a ele para olhar. Todos acabamos fazendo o mesmo, e não
me surpreendi ao ver o esquilinho morto; nozes espalhadas no chão. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Como foi que você não viu, loira? -
disse Cait, abobalhada.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- É, - começou ela, deitando a cabeça de
lado pra pensar. - tinha nozes na pista.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Ainda tem nozes na pista. - comentei.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Você é um perigo no volante! - comentou
Justin, ao meu lado, olhando o pobre esquilinho. - Eu sabia que não poderíamos
deixar você dirigir. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Hey, não falem assim da minha pessoa e
beleza. A culpa foi dele, por andar na pista quando meu carrinho fofo estava
passando. Podia ter me esperado passar!<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Ele é um esquilo, Ashley. Não um ser
humano. - falou Damon, amável.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Sabe o que fez? - Mike chegou mais perto
dela, que se escondeu atrás de Damon. - Deixou mini esquilinhos esperando pelo
pai na casa da árvore, famintos para comer as nozes. A mãe esquilo está muito
preocupada com a demora do marido, e mal sabe que vai ter que criar os bebês
sozinhos. - ele chegou mais perto: ela, se encolheu mais. - E quando souber que
ele morreu, só Deus sabe o que ela vai fazer, e você é a culpada por uma
família destruída. E cinco esquilinhos sem papai.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Mike! - reclamou Damon, enquanto Ashley
se escondia atrás dele. - Não seja cruel com ela, não fez por querer.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Eu não queria matar esse esquilo
fofinho, juro! Tudo que vi foi as nozes na estrada. - respondeu baixinho. - Se
quiser, vamos esperar a esquila vir aqui e vou explicar pra ela o que
aconteceu, e vou jurar dar nozes pra ela e os filhos esquilos pra sempre. -
disse rápido, como se tivesse acabado de ter uma ideia brilhante, um plano
infalível. - Mas, hey! Como você sabe que são cinco esquilos bebês?<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Não sabia que você falava<span class="apple-converted-space"> </span><i>esquilês</i>. - meu irmão falou,
irônico. Mas a carinha que ela fez foi muito engraçada. Mike riu, mesmo que sem
querer.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Eu aprendo. - respondeu ela. O pessoal
riu com aquela declaração, até mesmo meu irmão. Mas eu, por exemplo, não
consegui rir junto com eles.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Acho melhor continuarmos o caminho. -
comentei depois de alguns segundos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Mas sua namorada não vai mais dirigir, a
não ser que queira ver outro esquilinho morto, Damon. - comentou Caitlin, e a
loira saia de trás do namorado aos poucos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Vamos logo, antes que a mãe esquilo
venha e queira me matar. Eu tenho pena de bater em animais, então não vai ser
uma briga justa. - comentou a loira, de repente, e todos riram novamente.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;"> No fim das contas, quem tomou
a direção foi Damon, enquanto a loira lhe dizia por onde ir. O resto da viagem
foi animada, ouvimos música, comemos e contamos piadas. Justin como sempre,
nerdeou um pouco. Ashley contou que um salão de beleza novo abriria daqui a
algumas semanas e que levaria a mim e a Cait lá. Não houve mais esquilos mortos
ou nozes não vistas pela estrada. O sol brilhava forte naquela bela tarde de
sábado. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;"> Não tivemos nenhuma
surpresa, assim que finalmente chegamos ao nosso destino. A casa de praia
em que passamos uma parte do último verão. Ela estava do mesmo jeito de que me
lembrava de como a deixamos, e não sabia se deveria me sentir confortável em
revê-la. Esse lugar era um velho conhecido meu, de tempos muito distantes e que
fazia de tudo para esquecer. Agora, ela me dava boas lembranças, ao menos de
uns tempos para cá. Fui uma das primeiras a sair do carro, e ficar de frente
para ela; admirando-a. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Já que o verão passado foi feito de
momentos maravilhosos, achei que seria uma boa ideia voltarmos pra esse lugar.
Vocês gostaram da ideia, pessoinhas lindas que me amam mais do que tudo? -
perguntou Ashley, orgulhosa de sua escolha, assim que todos nós estávamos do
lado de fora. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Acertou em cheio, loirinha. - falou
Caitlin, e as duas trocaram sorrisos entusiasmados. - Adoro a praia, e o dia
hoje está lindo. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Verdade, pessoal. - concordou Damon. - O
que acham de mergulharmos um pouco? Há tempos que não tomo um banho de mar.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Não temos roupa de banho, Damon. -
respondi como se fosse óbvio. - Não trouxemos. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Você acha que eu os traria aqui sem ter
nenhuma roupa de banho? - foi a vez de Ashley perguntar, com um sorriso idiota
na cara. As mãos na cintura em pose de diva. - Fiquem tranquilas que eu já me
encarreguei dessa parte, pessoas que me amam. - Caitlin e eu nos olhamos,
assustadas. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">[...]<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Tudo bem, agora podem repetir o quanto
eu sou incrível. - falou a loira, acho que pela milésima vez. Não admitiria nem
por um milhão de anos, mas ela foi incrível nessa questão. Tudo bem que,
tivemos um esquilo morto, mas fora isso, ela acertou em cheio. Bem, também
acertou em cheio o esquilo, mas acho que dá pra entender o que quero dizer.
Tivemos uma tarde maravilhosa, mais até do que as anteriores, se é que isso é
possível. Por incrível que pareça, a loira escolheu biquinis que não eram<span class="apple-converted-space"> </span><i>"à sua moda"</i><span class="apple-converted-space"> </span>por assim dizer. Caitlin e eu ficamos
felizes com a escolha da loira; eu com meu biquini vermelho tomara que caia, e
Cait com o seu biquini verde limão em cima e rosa em baixo. Ashley estava
completamente de rosa, como era de se esperar. Os garotos, por sua vez, exibiam
seus corpos musculosos e vestiam bermudas simples. Tiramos algumas fotos e
brincamos de volei na água, com uma bola que Damon fez questão de trazer. Por
fim, exaustos de nos divertir, sentamos na areia e começamos a beber, comer e
conversar. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;"> A tarde foi tão tranquila, que por
momentos, esqueci o luto que eu e meu irmão estávamos passando. Mike deu muitas
gargalhadas (as primeiras desde que mamãe faleceu) e brincou com todos. Claro
que o álcool tinha sua parcela de culpa, mas eu podia sentir sua felicidade
mesmo se estivesse a quilômetros de distância. E fiquei feliz por ele. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Loirinha, nós adoramos a ideia, mas não
vamos dizer que você é incrível. - disse Justin, zombeteiro. Ela lhe mostrou a
língua, irritadinha.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Invejoso. - disse ela, se encostando a
Damon. Ele a abraçou com carinho. Bebi mais um pouco da cerveja, e deixei a
garrafa vazia na areia. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Como você está agora, querida? - Justin
perguntou no meu ouvido. Os outros quatro estavam distraídos demais em outra
conversa, e Justin aproveitou esse espaço.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Esqueci que ela morreu por algum tempo.
- respondi sem rodeios. - Mas meu irmão está feliz, e isso me faz bem. -
continuei sentindo seu braços me apertarem um pouco mais, carinhoso. - Sabe,
acho que ele está apaixonado pela Cait.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Ainda bem que não sou o único que acha
isso. - respondeu ele, para minha surpresa. - Percebi isso desde as primeiras
semanas que ela começou a andar com a gente. O que ele está esperando para
tentar conquistá-la? Ela é uma garota muito legal, eles ficariam bem
juntos. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Ele parece estar muito inseguro em
relação a ela. E sabemos com Caitlin é com os garotos; muito difícil de se
apaixonar. Mas talvez ela fizesse Mike esquecer o que houve com mamãe. Ele
estava muito perturbado esses dias. - respondi baixo, observando o horizonte.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Ele não era o único. - retrucou Justin,
doce. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Esse é o meu jeito de encarar as coisas,
Justin.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Entendo. - disse com calma. - Eu só
espero que se recupere, e passe a lembrar dos bons momentos que passaram. Você
a teve em sua vida, e isso por si só já é maravilhoso. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Quem chegar por último é a mulher do
padre! - ouvimos Damon gritar em pura animação, e o quarteto saiu correndo em
disparada para casa, apostando uma corrida boba. Permaneci onde estava com
Justin. Estávamos finalmente sozinhos, desde que chegamos, e de certa forma,
aquilo foi muito reconfortante. Ele me passava uma tranquilidade que eu não
fazia ideia de onde vinha. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<b><i><span style="font-size: 13.5pt;">POV JUSTIN</span></i></b><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Senti Anna relaxar em meus braços, assim
que todos estavam dentro da casa. Fiquei contente com a surpresa de Ashley,
fazer todos nós virmos para cá. Tirar Anna Mel do lugar onde perdeu a mãe foi a
melhor ideia que a loira já teve em toda vida. Ela parecia menos triste,
afinal. E comparando os últimos dias, Anna parecia muito mais tranquila aqui: para mim, por enquanto, bastava. Já era alguma coisa. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Eu gosto muito daqui. - disse ela, como
se falasse sozinha. - É claro que não é mais bonito do que o Brasil, mas está
na lista. É claro que a bebida ajuda, mas ainda sim é bonito. - ri de seu
comentário.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Não deveria ter bebido tanto.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- Digo o mesmo, Sr. Certinho. - se não
fosse pela situação, tenho certeza de que ela estaria rindo de seu próprio
comentário; e como ela não conseguia rir, fiz isso por ela. - Você bebeu quase
mais do que eu. Não está em posição de reclamar de nada. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">- É claro que estou. - afirmei, sorrindo.
- Sou o mais responsável do grupo, por tanto, eu posso reclamar quando me der na telha. - entrei na brincadeira e ela me deu um tapinha no braço. Nos termos atuais de seu estado emocional, aquilo equivalia a um sorriso. Ou quase isso. Deu pra entender?!</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Você está tão bêbado quanto eu. - ela se virou para me olhar, com uma das sobrancelhas arqueadas. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Não, eu não estou e não adianta tentar me convencer do contrário, apenas para que tenha razão. - ela balançou a cabeça, negativa, o que me fez rir mais uma vez. - Se voltar a insistir nesse assunto, não vou mais comprar aquele pacotão de Doritos que você tanto quer, quando voltarmos para casa. - ameacei sorrindo.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Você não teria coragem. - duvidou, buscando em meu olhar algo que me denunciasse, que dissesse que eu estava mentindo. Para o seu desespero, percebi que ela pareceu não encontrar esses vestígios incriminadores em mim. - Mas que maldade! - exclamou, chocada. Ri. - Como você pode? Mas que horror! - continuou, os olhos verdes parecendo ainda mais vivos e brilhantes. Senti vontade de beijá-la, e assim o fiz. </span><br />
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7191295042569323636" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><span style="font-size: 13.5pt;">- Tudo bem, então. Você quem manda. - voltou a se apoiar em mim, observando o horizonte, que nos proporcionava um maravilhoso por-do-sol. - Se eu disser que você é o mais responsável e normal do grupo, vai me dar minha comida? - propôs.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Sua proposta me parece muito justa. - concordei. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Um policial ligou para mim, ontem. - disse de repente, e como não esperava pela notícia, simplesmente fiquei preocupado e perguntei sem pensar:</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- O que? Mas porque? Porque a polícia ligaria para você?</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- É sobre a Angelina Torres. Queriam me interrogar. Para falar a verdade, não sei porque eles demoraram tanto para me fazer perguntas. - ela disse, com simplicidade.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Como assim, <i>queriam</i>? Já falou com eles? - questionei confuso. Ela virou-se e se sentou de frente para mim. Como eu não soube disso?</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Já falei, sim. Na verdade, eles me pegaram de surpresa, enquanto trocávamos de sala, na faculdade. - respondeu calma, para que eu entendesse porque eu soube apenas agora. Me mantive calado para que ela continuasse a falar. - Eles me perguntaram se ela tinha inimigos, se era uma pessoa ruim, se fazia chantagem, usava drogas; disse 'sim' em resposta para todas as perguntas. Quando ele quis saber porque Emília tinha gritado comigo no dia que o corpo foi descoberto, disse que Angelina e eu nos odiávamos. Falei o quanto ela era perversa, disse o que ela fazia com a gente, assim como o restante dos universitários. Disse que ela comprava drogas com um traficante local, que tinha pavio curto e uma língua enorme. Disse que por isso, ela teria muitos inimigos, pessoas que a queriam morta. E vamos admitir que ela era insuportável. - concordei com a cabeça assim que ela parou de falar para respirar. - Em suma, disse a verdade sobre aquela cobra, e que não senti muito por saber que ela morreu. Mas, fiz questão de frizar pra ele, que, no entanto, eu não a tinha matado. Disse que sou inocente, caso eles tentassem encontrar provas contra mim, que não perderia minha liberdade por ela, apesar de não dar a mínima para ela. Não durou muito tempo, aquela conversinha. Falei o que precisava ser dito. - ela deu de ombros mais uma vez. - E se quer minha opinião, acho que fez algo tão ruim a alguém, que esse dito cujo a matou. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Anna...</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- E se quer saber, apertaria a mão do sujeito que a tirou de circulação. Me fez um grandessíssimo favor.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Não fale assim, Anna. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Mas porque, ora bolas? - perguntou sem entender. - Só estou sendo sincera.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Está sendo cruel. - corrigi. - Entendo que ela nos fez muito mal, mas Angelina já pagou pelo que fez com sua morte. Você não deveria ficar contente com a morte de outra pessoa. Querendo ou não, ela era um ser humano e fantasiar, feliz da vida, se gabar, com o jeito como ela morreu, podem tornar você uma pessoa horrorosa; e você não é uma pessoa horrorosa. Então não repita isso em voz alta. Ela morreu, por tanto, já pagou pelo que fez. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Não irei jamais perdoá-la, Justin. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Entendo. Mas se continuar se vangloriando pelo que houve, você vai acabar se tornando igual a ela. E tenho certeza, querida, de que você não quer isso. - ela negou com a cabeça, sem tirar os olhos de mim. - Então não repita isso, nunca mais. Alguém pode achar que você fez algo, se continuar com esse comportamento. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Sei que estou sendo terrível. - disse baixo. - Mas a odeio tanto. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Querida...</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Eu tento, Justin. Tento esquecer o que ela nos fez, ou simplesmente não pensar nela e esquecer toda essa raiva que sinto só de ouvir o nome dela. Tento ser uma pessoa boa e perdoá-la, mas eu simplesmente não consigo. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Você é um ser humano, é perfeitamente normal sentir todas essas coisas. É o que te faz ser única e insubstituível. Ficaria chocado se em um passe de mágica você perdoasse tudo que ela fez. Esse é um processo que leva tempo. </span><span style="font-size: 18.66666603088379px;">Você não vai deixar de ser uma boa pessoa por sentir mágoa de alguém. </span><span style="font-size: 13.5pt;">Mas não vai ajudar em nada falar dela como se fosse um monstro; mesmo ela sendo um. </span><br />
<span style="font-size: medium;">- Entendo, Justin. Mas é difícil, porque você sabe que ela era assim. Só contei a verdade sobre ela. - disse ela.</span><br />
<span style="font-size: medium;">- Eu sei, querida. - sorri, acariciando seu rosto. - Ela também me fez muito mal. E assim como você, estou tentando seguir em frente sem sentir todo aquele rancor. Ela pagou o que fez com a morte que teve. Todo o mal que fez voltou para ela, e isso basta. - Anna chegou mais perto e me beijou. Esses instantes maravilhosos, para minha infelicidade, não duraram muito. Um gritinho vindo da casa nos obrigou a parar para dar atenção ao que ouviríamos a seguir.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- ANNA MEL O DAMON TÁ ROUBANDO SUA COMIDA! - ouvimos Ashley gritar da casa. Quase como um foguete, minha namorada me deixou um beijinho nos lábios e se levantou, pronta pra correr. Ri daquilo. Ela estava voltando aos poucos, mas estava voltando. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Tudo bem, pode ir lá, salvar sua comida. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Eu volto logo. - prometeu ela. - Tenho que chutar o traseiro de alguém. - ela me deixou um beijo na bochecha antes de sair correndo na direção da casa e da comida que precisava ser salva, do traseiro de Damon que seria chutado. Balancei a cabeça, rindo daquilo. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- É, eu estava errada. - levantei num salto, olhando para a pessoa do meu lado. Ah não, de novo não! - Você realmente conseguiu a garota. Meus parabéns. - sua voz soava irônica como sempre, e como sempre, eu a detestava. - Nunca pensei que ficaria com ela, e principalmente, que duraria tanto. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Porque não me deixa em paz?</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Não vou embora, bebê. Nem tão cedo. - disse Kate, sorrindo. Eu odiava aquele sorriso. Pus as mãos nas têmporas, acariciando-as, afim de que aquela terrível aparição chegasse ao seu fim assim que abrisse os olhos. - Não adianta fazer isso, Justin, eu não sou um sonho.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Eu estou muito bêbado, sim, estou muito bêbado. - falei para mim mesmo, tendo certeza de que estava alucinando. Assim como todas as outras vezes em que (infelizmente) a vi. - Estou alucinando, mas está tudo bem. Vai passar.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Como você é ridículo. - debochou Kate, a <i>aparição</i>. - Não vai me dizer que está com medo de mim; se fosse você já teria me acostumado. Dadas as vezes em que nos vimos. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Não é medo. - respondi firme, finalmente encarando-a. - Detesto ver você, ouvir sua voz ou seu nome. Você morreu e deveria permanecer assim. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Como tem tanta certeza que eu morri?</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Não tinha como você escapar daquele lugar. Era impossível. Você morreu! - falei firme, tentando controlar a raiva. - Pare de me perseguir, me obrigar a suportar você.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Era tão <i>"impossível"</i> que você salvou a Anna e a Ashley, não é mesmo? - sorriu maldosa. Eu odiava lembrar daquele maldito dia.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Elas só estavam ali por sua causa. Não mereciam aquilo, e se pudesse, - cheguei o mais perto daquela aparição do que minha ousadia permitia. - faria tudo de novo. Você fez coisas muito ruins com todos que te rodeavam, mas principalmente contra Ashley e Anna Mel. Você manipulou, feriu e magoou muita gente. Que Deus me perdoe pelo que vou dizer, mas, você mereceu o que teve. Foi de grande alívio pra mim, saber que você nunca mais iria machucar, enganar e nem manipular a <i>minha</i> garota. - Kate riu.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Ela não é nenhuma santa, você sabe o que ela fez. - deu de ombros, fria como sempre. Odiei aquilo. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Anna não fez nada de errado! Ela não teve culpa, ao contrário de você e Britney. E você sabe. - tinha certeza que </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Ela não precisa de alguém para protegê-la, quando nós dois, sabemos perfeitamente que, ela não era tão diferente de mim. Você <i>sabe</i> o que ela fez, mesmo que tente fingir e esquecer. - ela sorriu novamente, dando um passo a frente. - Ela <i>fez</i>! Não importa o quanto diga que a culpa é minha, nada pode mudar os fatos. Acho melhor aceitar logo o que ela fez e pronto. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Anna estava se defendendo, salvando a própria vida. Pare de tentar fazer com que ela pareça culpada...</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- ELA É CULPADA! - gritou irritada. Depois, sua expressão se suavizou e o velho sorriso odioso, retornou ao seu rosto. - E <i>nada</i> pode mudar isso. - Kate deu um passo para trás, sem tirar os olhos de mim. - Acho melhor ir agora. Vou deixar você a sós com seus pensamentos e sua namorada culpada. - suspirei fundo, fechando os olhos e contando de um à três na esperança de que o espectro, fantasma, aparição, ou que porcaria que fosse Kate, sumisse assim que abrisse os olhos. Para minha completa alegria, ela realmente não estava mais lá, enquanto eu vasculhava a praia a sua procura.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;"> Porém, as suas palavras insistiram em permanecer mais um pouco em minha mente, e eu não sabia que diabo poderia fazer para esquecê-las. Anna não tinha feito por mal. Não, ela não tinha feito por mal, com aquelas intenções. Eu sabia que não. Anna não era Kate, ou pensava como ela, ou sequer agia como ela. Eu não podia deixar Kate por dúvidas em minha cabeça com relação a minha garota. </span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Pronto, voltei! - disse Anna Mel, com a respiração rápida, sentando ao meu lado na areia. - Damon tentou correr, mas consegui alcançá-lo...</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Mesmo com essas pernas curtinhas? - brinquei.</span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;">- Mesmo com essas pernas curtinhas. - concordou, balançando a cabeça de forma afirmativa. - Hey! Achei ofensivo! - falou de olhos arregalados ao perceber o que eu dissera. Aquilo me fez rir feito um idiota. Consegui esquecer com grande sucesso, as palavras do fantasma de Kate, graças á Anna Mel e sua comida, sua respiração rápida e o modo como ela explicava o chute que deu no traseiro de Damon. </span><br />
<br />
<b><i>NOTAS FINAIS</i></b><br />
Oi oi, meu povo lindo! Como vocês vão? Desculpem mesmo eu ter demorado tanto pra postar. :( Mas aqui estou eu pra vocês, nesse domingo com um cap novinho em folha. E como hoje é meu niver, resolvi postar hoje pra dar um presentinho pra vocês rsrsrs Espero mesmo que tenham gostado do capítulo. Muitos beijinhos e até o próximo. ps: será que alguém ainda lê essa fic? O.o</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Biquini da
Anna: http://data3.whicdn.com/images/78500543/large.jpg<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Biquini da
Ash: http://data1.whicdn.com/images/83058857/large.jpg<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Biquini da
Cait: http://data2.whicdn.com/images/82533204/large.jpg</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-58557307922436397692014-05-25T13:39:00.002-07:002014-05-25T13:39:15.965-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 9 - Descontrole<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://media.tumblr.com/3607e9af132bf7529ac4c80dc58952ee/tumblr_mizxrbalaT1s1klvwo1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://media.tumblr.com/3607e9af132bf7529ac4c80dc58952ee/tumblr_mizxrbalaT1s1klvwo1_500.gif" /></a></div>
<b><i>POV ANNA</i></b><br />
Respirei fundo olhando para meu reflexo no espelho do banheiro da faculdade. Fazia exatamente quase duas semanas que ela tinha partido. E eu me encontrava completamente perdida com tudo isso. A ficha ainda parecia não ter caído, e por vezes, pensei que iria encontrá-la na cozinha, preparando o café da manhã para Mike, meu pai e eu antes da escola e do trabalho, como ela sempre fazia. Quando ainda eramos uma família de verdade. Pensei que iria vê-la arrumando meu quarto, reclamando da bagunça e da quantidade de potes de sorvete e sacos de salgadinhos espalhados pelo quarto. Me lembrava muito bem de como ela sabia lidar perfeitamente com meu <i>horror </i>á baratas e de como ela dava boas broncas no meu irmão. De como ela separava nossas briguinhas, e o jeito como conversava comigo sobre garotos. Eu sabia que podia contar a ela que nutria um sentimento especial por Damon naquela época, e seus conselhos eram ainda mais incríveis.<br />
Aquilo me fez lembrar também do meu pai, e de como eu sentia falta dele apesar de tudo. De como ele nos ensinou a andar de bicicleta, de como empurrava meu balanço o mais alto para que me deixasse feliz. Das bonecas que me comprava e dos muitos potes de sorvete que me deu. Do primeiro real que ganhei com o dente de leite em baixo do travesseiro, que eu jurava ser a fada dos dentes, descobrindo mais tarde, quem realmente que deixou o dinheiro. De como dizia que eu deveria chutar todos os garotinhos que tentassem ser meus namorados quando tinha seis anos.<br />
<i>"Não foi acidental, sentimos muito."</i><br />
Aquela droga ainda estava na minha cabeça, presa como uma música muito ruim que não conseguimos esquecer. Aquilo queria dizer que, naturalmente, quem fez isso ainda estava livre. Fui interrogada assim que cheguei de viagem, porém, depois disso nada mais me foi dito, nenhuma novidade. Nenhuma. E minha irritação parecia ficar maior a cada dia que passava. Briguei com meu irmão por ele estar chorando, fiquei furiosa com o olhar de pena que os meus amigos sempre me dirigiam. Sentia ódio de Emília e seu grupinho com suas provocações e detestava a compaixão de Justin. Era um absurdo ver pessoas felizes e minha mãe morta. Eu odiava esse novo mundo sem ela.<br />
E aquilo me fazia pensar que, definitivamente, estava ficando louca. Eu via uma pessoa que, provavelmente estava morta, de vez em quanto. E quando falo isso, me refiro a Kate. Sim ela. Eram rápidos vislumbres, em que ela estava sempre de vestido algo preto. O sorriso era o mesmo de sempre. Quase me peguei contando para Justin o que estava acontecendo. Que via Kate, que conversei com ela na última festa que Raquel Anderson deu antes de morrer. Me pareceu certo em um momento em que quase contei tudo; agora, agradeci por não ter falado. Ele com certeza diria que estou louca e eu não tirava sua razão, se esse fosse o caso. Poderia contar para Ashley, mas ela diria a mesma coisa.<br />
Abri a torneira e molhei as mãos, em seguida joguei água no rosto tentando acalmar os nervos. O professor de história não ofereceu resistência em minha saída da sala, mesmo quando saí no meio da explicação. E também não me importava. E sem surpresa nenhuma, lavar o rosto também não resolveu.<br />
Vesti novamente o casaco de couro preto, mas não tive forças de andar novamente na direção da sala. Até que ouvi um grito. Confusa, saí dali parando no corredor. Outro barulho estranho, que dessa vez parecia vir de um lago próximo, perto do jardim de trás. Tentei não fazer barulho com as botas de salto, para ouvir qualquer ruído. Senti o sol bater em meu rosto assim que saí do prédio. Estava no jardim agora.<br />
- Querida? - quando virei para o lado, vi Justin sentado no jardim, papel e lápis na mão. E um violão. Ele levantou, caminhando em minha direção. Parecia confuso. - O que faz aqui? Você deveria estar na aula. - beijou minha testa, segurando minhas duas mãos em seguida. Como estávamos frente a frente, pude ver perfeitamente preocupação em seus olhos. E a maldita compaixão também.<br />
- Fui ao banheiro e escutei um barulho estranho vir daqui. E porque você está aqui?<br />
- Tenho esse período livre e resolvi escutar música e escrever novas melodias. Quando estiverem prontas vou mostrá-las para você. - sorriu deixando um beijinho em meu nariz. - Mas o que você disse sobre barulhos estranhos?<br />
- Alguns gritos. - expliquei como se fosse óbvio. - Você não ouviu? - ele mostrou os fones de ouvido em resposta. O barulho veio novamente, e nos viramos na direção do lago. Os arbustos bloqueavam nossa visão, mas a curiosidade era bem maior. Eu quase gritei também assim vi um homem de casaco preto e que correu em nossa direção de braços abertos, saindo de trás dos arbustos. Desisti de fazê-lo segundos depois, assim que reconheci seu rosto. Justin sorriu mas eu não consegui repetir o ato.<br />
- Pessoal! - quase berrou ele, abraçando-nos apertado e contente. - Como é bom ver vocês.<br />
- Também é ótimo ver você, Collin. - disse Justin para o ladrão. Sim aquele mesmo ladrão da loja de doces, o mesmo dia em que um Doritos morreu. - O que veio fazer aqui?<br />
- Estava dando uma passada pelas redondezas e resolvi falar com vocês.<br />
- E os gritos que escutei?<br />
- Ah, foi uma garota que tentei assaltar. Ela gritou assim que cheguei perto e nem esperou eu terminar de falar "passa a carteira!". Isso é muito frustante. - balançou a cabeça negativamente.<br />
- Frustante é você continuar nessa vida. Pensei que tinha arrumado um emprego e que frequentasse uma igreja. - disse Justin, e me apoiei nele segurando seu braço. Estava à um bom tempo sem comer, e meu corpo estava mais fraco do que o comum.<br />
- Eu tive um emprego!<br />
- E?<br />
- Cara, você não vai acreditar que se tem horário pra chegar e sair! - falou de olhos arregalados como se aquilo fosse a coisa mais absurda do mundo. Justin riu daquilo. - E tem muitas regras, tem fardamento, salário certo.<br />
- Isso é ótimo! - Justin falou alegre.<br />
- Não é não! - reclamou o outro. - Não nasci pra trabalhar, nasci pra ficar sem fazer nada. Não sei como vocês, pessoas de bem, conseguem ficar presos numa rotina pela vida inteira. Não cansa não?<br />
- Você não sabe o que está dizendo. - repreendeu meu namorado.<br />
- Pelo menos tentei.<br />
- Deveria continuar tentando. - insistiu o nerd.<br />
- Mas vamos sair desses assuntos tristes, porque hoje estou muito feliz. - disse Collin, o ladrão. Ele parecia mais jovem e bonito do que me lembrava. - Como está sendo a sensação de ser certinho e estudar nesse lugar perto desse bando de esnobes? Conseguiu gravar o primeiro disco? Vocês ainda namoram? - disparou em perguntas.<br />
- É claro que estamos juntos! - falei na defensiva, irritada com a possibilidade que ele criou de estarmos separados. Como se já não bastasse ser órfã.<br />
- Não entenda mal, baixinha, mas é que geralmente os casais do ensino médio não duram muito tempo. - justificou. - Eu sei disso, já tive muitos "clientes" assim. Mas estou muito feliz por vocês dois.<br />
- Com "clientes" você quer dizer "vítimas"; e baixinha é a vovozinha! Eu cresci desde que terminei o ensino médio, okay? - ele riu e Justin o acompanhou.<br />
- Okay. Mas porque você está com essa cara de enterro? - riu mais uma vez. - Quem morreu?<br />
- Minha mãe.<br />
- Oh! - ficou sem jeito ao perceber que eu não brincava. Uma raiva sem razão cresceu dentro de mim, pela milésima vez ao dia, e tudo que eu queria era sair daqui. - Foi mal, eu não sabia. Faz muito tempo?<br />
- Duas semanas. - respondi seca. Justin me abraçou de lado, receoso por mais um ataque de raiva.<br />
- Sinto muito, baixinha. Ela era uma velhinha legal, me deu até uma nota de cinquenta dólares uma vez.<br />
- Você assaltou a minha mãe? - perguntei sem acreditar no que tinha acabado de ouvir. Fiquei ainda mais furiosa. - Seu canalha ridículo, eu vou acabar com você! - antes que eu pudesse fazer alguma coisa, Justin me segurou ainda mais firme. - Desgraçado!<br />
- É melhor você sair daqui, Collin. - Justin falou de um modo tão firme que o outro não se atreveu a discordar. Ainda tentava me livrar dos braços fortes do meu namorado.<br />
- Eu sinto muito, muito mesmo, baixinha. - ele correu para longe, e quando ele sumiu no horizonte, Justin me soltou. Virei para ele, furiosa, esmurrando seu peito e ele apenas tentava me acalmar.<br />
- Como você pode? Deixou aquele cretino fugir, canalha! - berrei, tentando machucá-lo como podia. Tive que parar quando ele segurou meus pulsos com tanta firmeza, que não tinha forças para me soltar. Minha visão ficou turva e por um momento pensei ter visto dois dele.<br />
- Você precisa se acalmar, Anna. - quando consegui me livrar de suas mãos, dei um passo para trás, furiosa demais para me acalmar.<br />
- Vá a merda.<br />
Aconteceu quando tentei fugir para longe dele. Caí na grama, o corpo sem forças, escutando Justin gritar por mim, correr ao encontro do meu corpo desmaiado no gramado da faculdade.<br />
[...]<br />
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
<b>Ainda Quinta-Feira, 21:30pm</b><br />
Abri a porta que dava para o jardim e a vi sentada na grama. Vestia um pijama simples, fazendo pequenos carinhos na pequena Amora, deitada em seu colo. Ao seu lado vi a bandeja de comida parcialmente vazia, mas fiquei feliz por ela ter comido algumas frutas. <br />
<h1 class="yt" id="watch-headline-title" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 24px; font-weight: normal; margin: 0px 0px 5px; overflow: hidden; padding: 0px;">
<span class="watch-title long-title yt-uix-expander-head" dir="ltr" id="eow-title" style="-webkit-user-select: auto; background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: black; cursor: pointer; font-size: 0.9em; letter-spacing: -0.03em; margin: 0px; padding: 0px;" title="Demi Lovato - Heart By Heart [Karaoke / Instrumental]">Ouçam: Demi Lovato - Heart By Heart [Karaoke / Instrumental]</span></h1>
Andei devagar até ela e sentei ao seu lado. Algumas estrelas cintilavam no céu negro daquela noite fria. Enrolei o edredom ao redor de seu corpo, e logo a abracei por trás. Anna recostou a cabeça em meu ombro, e aproveitei para deixar um pequeno beijo em seus cabelos.<br />
- Sinto muito por ter gritado. Você não é um canalha. - sua voz baixa, entregava o quanto ela estava magoada.<br />
- Está tudo bem.<br />
- Você me perdoa?<br />
- É claro que sim. - respondi em seu ouvido, baixo e suave como um sussurro. Ela continuou fazendo carinhos no pelo macio e brilhante de Amora.<br />
- Eu não vou conseguir, Justin. - simplesmente disse, depois de alguns segundos em silêncio. - Viver em um mundo sem ela. Sem eles. Estou tentando, mas se torna pior a cada dia. Não consigo.<br />
- É claro que consegue.<br />
- Você está errado. Quanto mais tento é pior. Não encontro razões para continuar lutando. Não consigo controlar minha raiva. - ela virou o rosto para olhar o meu. - Eu fracassei com ela.<br />
- Não diga isso...<br />
- Digo porque é verdade. Fracassei como filha, não contei a ela o que vi meu pai fazer, guardei uma mentira e deixei que ela partisse o coração da pior forma possível.<br />
- Não foi sua culpa o que aconteceu com seus pais. Não tem como prever uma coisa dessas, Anna. Você não poderia saber o que se passava na cabeça dele...<br />
- Eu deveria ter desconfiado, ou sei lá. Ter feito alguma coisa para impedir, ajudar.<br />
- Você ajudou muito mais do que imagina. - a apertei mais forte contra mim. Escutei um ela suspirar, como sempre fazia para tentar impedir o choro.<br />
- Sinto tanto a falta deles.<br />
- Eu sei, querida. - beijei sua bochecha, tentando transmitir para ela todo meu carinho e cuidado.<br />
- Soube que meu avô tem problemas no coração. Eu só cheguei a saber porque ouvi meu irmão falando com minha tia e avô por telefone, há dois dias. Eles não queriam que eu soubesse por causa da minha, segundo eles, "reação estranha à morte da minha mãe". Foi por isso que briguei com ele, Justin. - eu não sabia o que dizer, horrorizado com a notícia. - Estou perdendo meu avô. - continuou. - E ninguém me disse nada. - notei mágoa nas últimas palavras. Eu precisava fazer alguma coisa.<br />
- Eles só estavam tentando proteger você. - tentei.<br />
- Não quero proteção, Justin, eu só quero a verdade. Ao menos eu estaria preparada quando chegasse o dia. Tentaria ajudá-lo de alguma forma.<br />
- Entendo o que está passando, meu bem, mas assim como eu, eles amam você. - segurei seu rosto para que ela olhasse para mim. - Eu sei que eles contariam para você, mas agora não era a hora certa para saber. Os acontecimentos foram muito recentes, e apesar da dor que você está sentindo, eu peço que lute pela sua vida. Tenho certeza de que Rose jamais gostaria de ver como você está agora. Você é a pessoa mais forte que conheço. - quando me permitir beijá-la, seus lábios eram macios contra os meus, um encaixe perfeito, um beijo que me fazia sentir vivo mesmo com ela estando triste. Não tirei as mãos de seu rosto delicado, sentindo sua respiração quente em meu rosto. A gota de uma lágrima rolou, molhando meu rosto e o dela durante o beijo; uma única e solitária lágrima. Quando nos separamos, observei seus olhos verdes, lindos e brilhantes encararem os meus. Meu polegar fez um carinho em sua bochecha, e sorri com a beleza daquela garota a minha frente, esbanjando dor e inocência.<br />
- Eu amo você. - disse perto da sua boca.<br />
- Eu também. respondeu ela.<br />
<br />
<br />
<b><i>NOTAS FINAIS</i></b><br />
Então meu povoooo! Como vocês estão? Eu estou muito animada, adoro um draminha básico hihi. Mas o que acharam do cap? Ficou bom? Vão ter mais surpresas daqui em diante, rsrs. Demorei muito pra atualizar? kkkk Eu espero mesmo que tenham curtido o cap, eu adorei escrevê-lo (como disse adoro um draminha, rsrs)<br />
Beeeijocas e até o próximo!!! :3<br />
<b><i>Roupa da Anna:</i></b> http://data1.whicdn.com/images/88624316/large.jpg<br />
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<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw-JMt2BUcxmXZ2Uy9FpRz5J0_eyKfNe4Exr32XQcApH7gFL6wAI-Hnse4LuInNZiJ1PvrSW0tAbKCWZVsUzy3vRai_Lo_QfIUo6YftiB5YZolLizt53vsUlgQiZ386kzddDTKG3bEgD1B/s1600/tumblr_lqprl2NYJT1qdczpm.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw-JMt2BUcxmXZ2Uy9FpRz5J0_eyKfNe4Exr32XQcApH7gFL6wAI-Hnse4LuInNZiJ1PvrSW0tAbKCWZVsUzy3vRai_Lo_QfIUo6YftiB5YZolLizt53vsUlgQiZ386kzddDTKG3bEgD1B/s1600/tumblr_lqprl2NYJT1qdczpm.gif" /></a><b><i> </i></b><br />
<br />
<br />
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
<br />
Me acomodei melhor ao banquinho pequenino, observando o dia ficar frio com uma rapidez enorme. Acho que não poderia contar nos dedos o tempo que Anna passou em seu quarto, com a mãe, resolvendo os assuntos inacabados do passado. Ela sentia falta da mãe, e talvez esse fosse o momento de por tudo em pratos limpos.<br />
Daquela varanda na frente da casa, podia se ter uma excelente vista da rua, e lá estava eu, tentando pensar em uma forma de confortá-la caso elas se desentendessem. Não me importava com as aulas que estava perdendo e tinha certeza de que minha namorada achava o mesmo.<br />
- Oie, jujubona. - a loira sentou ao meu lado e estendeu um copo de chocolate quente para mim. Peguei-o, incerto dos talentos dela na cozinha. - Pode tomar, essa é uma coisa que sei fazer muito bem, pra sua informação. - argumentou ela, irritadinha. Ri dando um bom gole, satisfeito com o doce sabor do chocolate em minha boca.<br />
- Ela ainda está lá dentro? - perguntei sem rodeios.<br />
- Sim. Mike decidiu sair para deixá-las mais a vontade e já foi pra faculdade. Eu mandei uma mensagem pra minha abelhinha dizendo que teríamos uma conversa a noite, sabe, pra ela contar como foi. Se ela quiser é claro. Acho que seria melhor para ela refletir um pouco depois desse encontro inesperado. Todos sabemos o quanto ela sentia falta da tia Rose.<br />
- Sentia falta mesmo. - comentei concordando com a loira.<br />
-Você vai ficar aqui e esperar elas terminarem? - perguntou o que me fez balançar a cabeça, confirmando. - Cuide bem dela, tá?<br />
- Eu sempre cuido. - sorri fraco, mas antes que ela pudesse responder a porta da frente se abriu, e Anna saiu de lá ao lado da mãe. As duas sorriam como nunca, e todo o medo de algo dar errado desapareceu.<br />
- Oi oi, tia Rose dos cabelos lindos! - Ashley acenou muito alegre e me levantei para observá-las. Toda aquela felicidade me atingia de uma maneira maravilhosa.<br />
- Olá minha querida. Você está maravilhosa. - respondeu a mulher.<br />
- Ah, para. - gesticulou com as mãos envergonhada. - Mentira, pode continuar. - rimos.<br />
- É bom ver você de novo, Justin. - falou Rose, agora para mim. - Vejo que está cuidando bem da minha menininha.<br />
- Sempre cuidarei bem dela, senhora.<br />
- Muito bem. Caso contrário, vai ter um traseiro chutado. - dei uma risada, sabendo exatamente onde ela tinha aprendido aquilo.<br />
- Quem vai levar um chute no traseiro é aquele girafão idiota! - reclamou Anna, ao lado da mãe. Não entendi, mas Rose riu da filha.<br />
- Como assim, tia Rose, pessoa que me ama? - perguntou a loira. Ao longe, vi Damon finalmente perceber o movimento, sair do carro e andar em nossa direção.<br />
- Mamãe me mostrou uma foto ao lado do novo "barra" velho namorado dela. O cara parece ter mais de dois metros de altura! - argumentou ela, meio irritadinha. - Se aquele girafão acha que não consigo alcançar o traseiro dele com o pé, está muitíssimo enganado.<br />
- O que foi que perdi aqui? Quem é o infeliz que vai levar um chute no traseiro da anã? - indagou Damon, assim que se juntou a nós. Nós rimos do que ele falou, mas Anna pareceu bem zangada.<br />
- A girafa e você.<br />
- O que é que eu falo sobre agressividade, querida? - repreendeu a mãe antes que a baixinha desse um passo na direção do amigo. O moreno deu um sorriso de vitória, pela proteção da ex-sogra. - Me deixe sair daqui primeiro, depois você solta os cachorros. - completou e Damon arregalou os olhos e todos rimos mais uma vez. A baixinha pareceu esquecer que foi chamada de anã.<br />
- Eu realmente quero conhecer esse cara. Vou dar umas boas lições nele.<br />
- Ele tem o dobro do seu tamanho, querida. - ela segurou o riso.<br />
- Não me importo. Tamanho não é documento, afinal, as melhores comidas estão nos menores pacotes.<br />
- Acho que o ditado não é assim. - tentei corrigir e minha namorada deu de ombros. Ela não conseguia conter a felicidade.<br />
- Está na minha hora, é melhor eu ir andando.<br />
- A senhora vai andando? A senhora tá morando aonde? - questionou a loira pensando que ela <i>realmente</i> iria andando até em casa.<br />
- Não, meu bem, é uma forma de expressão.<br />
- Ah tá. - mexeu nos cabelos dourados, aliviada.<br />
- Aquele carro do outro lado da rua é o seu?<br />
- É sim, filha.<br />
- Vou levar você até lá. - a mulher concordou com a proposta da filha e caminharam juntas a nossa frente. Quando pararam perto da pista e Rose deixou um beijo afetuoso na testa da filha. Elas se despediam em silêncio, aguardando o momento de se encontrarem mais uma vez. Então elas acabaram com o abraço e Rose caminhou pela pista na direção dos carros. No meio do caminho, deu uma rápida virada para acenar para nós e se despedir, e foi quando tudo aconteceu.<br />
Aconteceu muito rápido, e não tivemos tempo sequer de gritar ou pensar em gritar. A ficha caiu, quando vimos o corpo ensanguentado, estirado no chão e sem vida. Mas ainda tive tempo de ver Anna paralisada onde estava, os olhos arregalados e chocados, sem acreditar no que tinha visto.<br />
[...]<br />
<i>(Ouçam Birdy - Skinny Love) </i><br />
<br />
<b><i>Quatro Dias Depois</i></b><br />
<b><i> Porto de Galinhas, Pernambuco - Brasil</i></b><br />
<br />
- Eu não consigo acreditar nisso. - murmurrou Ashley, os olhos cheios de lágrimas.<br />
Era a primeira vez em toda vida que a via usando preto. Pus as mãos nos bolsos, sem acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Era um péssimo modo de conhecer o país natal dela. Anna estava com a família, as cinzas de sua mãe tinham sido jogadas no mar. Ela não derramou uma lágrima sequer, se manteve impassível e consolou o irmão. Mas aquele era o jeito de Anna de lidar com uma perda como aquelas. Ela abraçava o irmão, e era abraçada pelo avô, há alguns centímetros de nós. Conhecemos Ian, o namorado de Rose e tudo que minha pequena fez, foi, simplesmente, balançar a cabeça de forma positiva pra ele.<br />
Os olhos verdes que antes eram de pura alegria, tornaram-se um olhar ferino e de ódio, assim que descobrimos que o "acidente" foi proposital. Ela quase não falava e comia, o que me deixava sem saber o que fazer. Não se tinham palavras para amenizar aquela dor. Na maior parte do tempo ela era fria, desejando estar sempre sozinha. Eu entendia sua dor, mas não gostava de saber que seu coração tinha sido partido da pior forma possível. Quando senti um vento frio em minha pele, percebi, finalmente, que o sol que antes estava absurdamente quente há alguns instantes, tinha desaparecido para dar lugar ao tempo nublado e triste.<br />
- Parece mentira que ela morreu. - continuou a loira, abraçada por Damon de forma afetuosa e protetora. Nenhum de nós sabia o que aconteceria a partir de agora. O avô fez a proposta de que ela e Mike retornassem a morar no Brasil, definitivamente, para se afastar do lugar onde perdeu a mãe, seguir a vida no lugar onde nasceu. Nenhum dos dois irmãos tinha respondido, pedindo apenas tempo para pensar e pôr as ideias no lugar. Seria indelicado questioná-la sobre isso em um momento como esses, mas tinha medo de que no calor do momento, ela resolvesse aceitar a proposta.<br />
- Eles devem estar muito mal. - disse Caitlin. - Mas eu nunca sei o que dizer numa hora dessas. Mike parece tão frágil, e por outro lado a Anna parece tão calma, mas...<br />
- Mas ao mesmo tempo abalada. - completei baixo. - Tudo o que podemos fazer é oferecer nosso apoio, eles vão precisar muito.<br />
- Eu não sei porque alguém mataria a senhora Montês. - disse Damon, pensativo. - Quer dizer, ela era uma boa pessoa, sempre foi. Nunca teve nada contra ninguém, pelo menos pelo que sei.<br />
- O motorista nem parou para prestar ajuda. - continuou Caitlin. - Primeiro pensei que ele estava bêbado, mas depois do que o investigador disse, tudo fez sentido. Ela foi acertada em cheio, o carro desviou o caminho comum para bater nela...<br />
- Quem bateu em quem? - perguntou Anna, surgindo atrás de nós de repente, nos assustando e interrompendo Cait. Ela parou a nossa frente, de braços cruzados e olhar cruel. Como um adulto que descobre que seu filho desobedeceu uma de suas ordens.<br />
- A Ashley esbarrou na Cait sem querer, e acabou derrubando o copo de vidro no chão. - menti o mais rápido que pude.<br />
- Não foi o que me pareceu...<br />
- Mas foi exatamente o que aconteceu. - continuei firme na mentira, porém mantendo o tom de voz doce.<br />
- Vou ficar com vocês um pouco. - se pôs ao meu lado, o que me permitiu abraçá-la gentilmente de lado. Ela não me abraçou de volta. - Mike está fazendo um escândalo do outro lado. Nem meu avô está assim. - reclamou, parecendo irritada com os berros do irmão. - Mamãe não gostaria disso. Parece um franguinho.<br />
- Ele só está passando por um momento difícil, é normal que fique assim.<br />
- Eu também estou passando por um momento difícil, Cait, e caso não tenha reparado, quem a viu morrer fui eu e não ele. - retrucou Anna, impaciente.<br />
- Não foi bem... O que eu quis dizer... É que...<br />
- Tudo bem, eu entendi. Você está defendendo seu namorado. Normal. - respondeu, sem sequer dirigir seu olhar para ela.<br />
- O que ela está tentando dizer é que o modo dele de reagir é diferente. Você é mais forte, e vai ajudá-lo a lidar com isso, assim como fez com o seu paie sua avó. - Ash tentou ajudar Caitlin, mas não obteve resultado.<br />
Quando uma chuva fraquinha começou a nos molhar, acompanhamos de longe os parentes de Anna caminharem de volta para casa, Mike e seu avô abraçados. Ele parecia mais calmo, porém não menos triste. Minha pequena finalmente abraçou minha cintura e apoiou a cabeça em meu ombro; acho que não tinha coragem de olhar pra trás e saber que a mãe, agora, fazia parte do mar. Deixei um beijo em seus cabelos. De repente, ela soltou-se de mim e andou o mais rápido que podia de volta a praia. Apenas quem estava perto viu que ela tinha voltado, e percebendo o olhar preocupado de todos, principalmente da loira, falei alguma coisa.<br />
- Podem continuar, eu vou atrás dela. - não tive tempo de ver ou ouvir a resposta deles, pois já estava correndo/andando rápido de mais atrás dela.<br />
A praia estava praticamente vazia, e não era difícil encontrá-la com aquele vestido preto e simples até o joelho. As sapatilhas lisas da mesma cor, o casaquinho que a cobria até os pulsos mesmo que o inicio do dia estivesse quente, o cabelo preto em um penteado que eu não sabia o nome. Parei atrás dela, as mãos nos bolsos, observando-a jogar algumas flores ao mar. Por um momento esqueci que ela carregava flores nas mãos.<br />
- Será que foi rápido? - a voz dela era quase um sussurro; Anna permaneceu parada onde estava, admirando o horizonte, praguejando por sua mãe fazer parte dele sem que ninguém mais perceba que ela está lá. Minúscula. Reduzida a pó. Dei um passo a frente. Não sentia mais calor com aquele terno fúnebre.<br />
- Tenho certeza de que ela não sofreu. - afirmei, mesmo sendo mentira.<br />
- Não quero ir embora agora. - revelou no mesmo tom de voz. Sentei na areia e a convidei para sentar comigo. Anna sentou entre minhas pernas, apoiando a cabeça em meu ombro.<br />
- Vamos quando você quiser, okay? - ela balançou a cabeça. Abracei seu corpo, trazendo-a ainda mais para perto de mim.<br />
- Fale alguma coisa de nerd. Fale alguma coisa. Qualquer coisa. Preciso de uma distração. Mamãe precisa.<br />
- Quer saber um pouco mais sobre Einstein? - perguntei em seu ouvido, a voz perto de um sussurro.<br />
- Eu adoraria. - concordou, e me deixei falar baixo em seu ouvido, alguns dos meus conhecimentos sobre aquele homem, sabendo que ainda sim não conseguiria ser uma distração o suficiente. Ela ainda não aceitava a morte da mãe.<br />
Não conseguia, não queria, não podia.<br />
Essa era a questão.<br />
<br />
<i><u><b>NOTAS FINAIS</b></u></i><br />
Oi oi oi , meu povo bom! rsrs Demorei pacas, desculpas mesmo, mas aqui estou eu com um cap novinho em folha pra vocês. Aproveitei da greve da PM pra escrever e finalmente terminei esse capítulo. \o/<br />
Então, o que acharam? Ficou bom? Meio triste né? Eu sendo má. rsrs A partir daqui as coisas vão dar uma remexida muito boa por aqui :D<br />
Me desculpem por qualquer erro existente, okay? Até o próximo! Beeeijocas :3<br />
Ps: não tem muitos gifs do JB de óculos, então, imaginem que ele tá usando quando tiver gif dele. rsrs <br />
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<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09744542968090849617noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7191295042569323636.post-53981942828667059462014-05-03T09:35:00.000-07:002014-05-03T09:38:31.828-07:00My Dear Nerd - Heart by Heart - Capítulo 7 - O Garoto Novo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://24.media.tumblr.com/tumblr_lwvkzqnUk01r8vlpao1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://24.media.tumblr.com/tumblr_lwvkzqnUk01r8vlpao1_500.gif" /></a></div>
<i><b>POV ANNA</b></i><br />
- Não podemos simplesmente pensar que a Arte efêmera, é o tipo de obra que não dura por um longo tempo. Afinal, como todos nós nessa sala temos telefones celular, creio eu, com apenas um clique, a imagem pode ser eternizada. - falei para o professor, em resposta a sua pergunta. Era dia de apresentação de trabalho individual sobre Arte Efêmera, e eu acreditava estar me saindo muito bem. Em uma pequena mesa de rodinhas a minha frente, estava um lindo desenho uma abelha de tamanho médio, usando apenas doritos e queijo derretido. Foi um sufoco trazê-lo para a escola, com aqueles ladrões de comida que moram comigo. Um dia desses, peguei Justin comendo meu Ruffles Cebola & Salça, enquanto assistia a tv à cabo(outra noite que ele passou sem amorzinho gostoso).<br />
- Porém aí, vamos para outro tipo de arte. Como já foi explicado, arte efêmera é tudo aquilo que não dura por muito tempo, e por tanto, a obra em sí não durará por anos ou séculos. No caso, o que está tentando me dizer é que esse tipo de arte não está sozinho, já que é acompanhado muitas vezes pela fotografia. - discursou meu professor, enquanto eu tentava me concentrar no trabalho e não na comida a minha frente. Mas aquilo era um trabalho muito complicado.<br />
- Exatamente. - concordei, dando um passo a frente e ficando mais perto da mesa. Só precisava ter o cuidado de não sentir muita fome e comer tudo na frente de todo mundo. - E é fácil percebermos que esse é o melhor tipo de arte, porque só existe "aquele" momento para ser apreciada e é emocionante ver e até mesmo participar de todo o processo. Talvez seja por isso que mesmo registrando em fotografias, a emoção e o modo de observá-la é muito diferente da real. Por isso eu trouxe esse exemplo para vocês verem. - apontei a minha obra de arte com doritos para a turma.<br />
- Vamos poder comer sua obra depois? - perguntou um menino ao fundo.<br />
- Nem em sonho. - a turma riu, e eu continuei. - E se tentar eu vou te chutar até perder esse seu traseiro gordo aí.<br />
- Com tudo... - disse o professor, interrompendo a minha pequena conversa ameaçadora com aquele garoto de olhos verdes que me lembrava muito o Frad. - Adorei a apresentação do seu trabalho, e a criatividade que teve em demonstrar para nós como isso tudo funciona.<br />
- Obrigada. - sorri agradecida. Mas ainda de olho no danadinho que propôs comer minha obra de arte.<br />
- Então estão todos liberados. - ele concluiu, e parecia que uma avalanche humana passava por mim tão rápido que mal tive tempo de puxar a mesa com minha comida mais para trás. Quando apenas poucos restavam ali, ou seja, Caitlin, Kris a garota dos fones de ouvido, que guardava suas coisas para sair da sala como o outros, o professor e eu. Vi minha amiga morena (e mais alta do que eu) andar em minha direção, trazendo minha bolsa em uma das mãos.<br />
- Adorei a apresentação do seu trabalho. - falava ela, me observando guardar a comida em um recipiente mais adequado. - Você vai comer isso quando? - perguntou ela, parando ao meu lado.<br />
- Quando estiver sozinha para que ninguém me peça um pedacinho.<br />
- Até mesmo a Amora?<br />
- Até mesmo ela. - concordei e ela riu. - Acha o que? Que vou me "derreter" toda vendo aqueles olhinhos fofos me observando? Não vou resistir. - peguei minha bolsa, enquanto minha amiga gargalhava de forma contida ao meu lado. O professor chega mais perto, com sua velha prancheta de avaliação.<br />
- Você realmente fez tudo sozinha? - perguntou ele, curioso.<br />
- Sim senhor. E acordou durante a madrugada para dar os ajustes finais. - disse Caitlin, respondendo por mim. - Acordou todo mundo com aquela barulheira toda. Eu avisei pra ela fazer algo legal enquanto todo mundo tivesse acordado.<br />
- Mas eu tive a ideia de fazer isso durante a noite, não posso fazer nada! - me defendi, como sempre faço quando Justin descobre que comi alguma coisa dele, ou quando não vou muito bem na aula particular de cálculo ou álgebra. - E além do mais, esqueci de fazer uma carinha mais redondinha pra esse desenho. Ah, e vale lembrar que se fizesse quando todos estivessem acordados, vocês comeriam tudo.<br />
- Eu gostei muito do seu trabalho, muito bem desenvolvido. - ele escreveu algo na prancheta. -Tirou a nota máxima, Anna Mel. Muito bem.<br />
- E eu, professor? - perguntou Caitlin, entusiasmada.<br />
- Nota máxima também, senhorita. Teve um ótimo desempenho no desenvolvimento e apresentação do trabalho. - respondeu ele com um sorriso sincero nos lábios. - E pra falar a verdade, vocês são as alunas que mais se esforçam nas aulas e nas apresentações. Os outros não querem nada com a vida.<br />
- São um bando de retardados. - falei dando de ombros e ele riu.<br />
- Não sabem o que estão perdendo, mas o senhor precisa saber que eu sempre estou lá para 'puxar' a orelha dela. - a voz de Justin atravessou os meus ouvidos da mesma forma que ele entrou na sala com as mãos nos bolsos e sorriso brincando nos lábios. Parou ao lado de Caitlin, enquanto eu ainda podia ouvir a risada do professor. Deve ser um tipo de piada nerd ou qualquer coisa do tipo.<br />
- Não sabia que ele precisa puxar sua orelha pra você fazer os trabalhos, Anna. - brincou ele, ainda rindo.<br />
- Mas como assim? Eu lembro sempre de fazer os trabalhos, eu faço tudo sozinha. Até levo chutes da minha outra amiga loira por acordá-la no meio da noite! - argumentei na defensiva.<br />
- É verdade. Adorei ver Ashley correndo atrás da Anna com um esmalte cor de rosa. - comentou Caitlin rindo como uma idiota. Fiz bico. - Ri tanto que cai da cadeira. - afirmou ela. É mesmo, ela caiu da cadeira de tanto rir. Ela faz isso com muita frequência.<br />
- Qual é, esse é o dia de "chatear" a Anna? - resmunguei cruzando os braços. Todos riram. <i>De novo</i>.<br />
[...]<br />
- Dá pra você parar de tentar roubar a minha comida? Mas que feio, Cait! - reclamei, puxando o prato de comida mais para perto de mim. Esse, realmente é o dia de chatear a Anna.<br />
- Até hoje tento descobrir porque você consegue comer tanto e não engordar. - disse Ashley, na mesa a frente, quase lambuzando a cara inteira de torta de limão.<br />
- Eu também não sei como isso funciona, mas gosto disso. Acredite.<br />
- Eu sei que gosta, por isso não para de comer.<br />
- Sabe como é, né? - dei de ombros com um sorriso.<br />
- Não, não sei não. - discordou e sua carinha engraçada me fez sorrir. - Me falaram que tem um aluno novo por aí. Muito bonito por sinal. Mas acho que ele não viu minha beleza linda no meio de tanta gente feia naquele corredor enorme.<br />
- Como é que é? - Damon se virou para ela, parecendo indignado. - Mas e eu? Você pode tirar o cavalinho da chuva e esquecer esse cara! Tá pensando o que? Eu hein!? - reclamou enciumado, sendo muito fofo e apertável. Ela deve ter achado a mesma coisa, porque apertou as bochechas dele, feliz pela reação do namorado.<br />
- Tá tudo bem, fofinho! Não precisa ficar com ciúmes, ele é fofo, mas você é muito mais "tudo" do que ele. Tudinho mesmo mesmo mesmo mesmo. - tentou tranquilizar, mas ele ainda continuou resmungando até receber um beijo na bochecha da loira. Okay, eles se merecem, são dois doidos.<br />
- Qual o nome e a idade? Faz que curso? Tem algum parente por aqui? - Caitlin perguntou em disparada, sem nenhum tipo de vergonha em demonstrar interesse. Acho que vi uma pontada de ciúmes no rosto do meu irmão boboca. Lá estava a Cait doida por garotos novamente.<br />
- Porque você está tão interessada nesse cara? Nem conhece ele direito.<br />
- Mas vou conhecer, ué!<br />
- Como é que é? Não quero ver você perto dele nem pintada de outro e banhada de diamante.<br />
Levantei da mesa (já tendo deixado o prato de comida vazio, porque não sou idiota) pus a bolsa no colo e me despedi dos meus amigos, dizendo que tinha esquecido um porta retrato muito querido no meu antigo quarto da faculdade. O que era verdade, mas adorei usar aquilo como desculpa porque não aguentava mais ouvir aqueles dois brigando por ciúmes bobos. Pareciam casados, cara!<br />
Deixei um beijo nos lábios do meu namorado e sai da lanchonete perto da faculdade, passando pelo campus. Muitas pessoas, gente rindo, brincando e falando comigo. Pois é, acredite se quiser, eu sou popular aqui também. Atravessei a porta principal e subi alguns degraus na maior preguiça. Quando olhei para baixo, já no primeiro andar, senti meu corpo ser arremessado ao chão. Quando olhei para frente, foi que entendi que tinha esbarrado em alguém. Mais precisamente um garoto. Eu e minha velha mania de esbarrar nas pessoas. <br />
- Me desculpe, não te vi aí. - falei para o garoto que me ajudou a levantar do chão. Tá, eu admito, ele era realmente bonito. Damon vai precisar se cuidar um pouco mais. - Eu tenho essa mania de esbarrar nas pessoas. Se não me cuidar, vai acabar virando alguma profissão maluca. - gesticulei com as mãos. <br />
- Tudo bem, isso acontece. - ele deu um sorriso de canto, mostrando um pouco da fileira perfeita de dentes brancos perfeitos.<br />
- Você é o aluno novo, não é?<br />
- Eu e mais alguns. - manteve o sorriso, os olhos não saiam de mim. - Você deve ser Anna Mel, se estiver certo.<br />
- É, mas como sabe meu nome? Quero dizer, essa faculdade é enorme e...<br />
- Você é muito popular por aqui. - deu um passo a frente, e aquilo me fez engolir a seco. - Poderia me mostrar tudo isso, não é? Você deve conhecer esse lugar muito bem.<br />
- E conhece. - a voz de Justin atrás de mim atingiu meus ouvidos antes mesmo que pudesse formular alguma resposta para o garoto bonito a minha frente. Virei e vi que ele estava na companhia de Caitlin, que não parava de olhar para o rapaz. - Olá, querida. - me abraçou e beijou a minha bochecha. Ele não parecia nem um pouco afetado pela beleza do garoto. - Como vai, cara? - perguntou Justin educado, e ambos deram um aperto de mãos.<br />
- Estou ótimo, obrigada pelas dicas. Me ajudaram bastante. - agradaceu o moreno bonitão.<br />
- Por nada. - sorriu. - Pelo visto já conheceu minha namorada. Anna esse é John. - apresentou Justin, e percebi que não tinha perguntado o nome do rapaz. Cait permanecia anciosa perto de nós. - Ah, e John, essa é Caitlin.<br />
- Oi. - sorriu tímida. Acho que ela brigou com o meu irmão de novo. Ele sorriu pra ela, e acho que ela estava delirando por dentro com aquele gesto.<br />
- Anna está ocupada agora, mas acho que a Caitlin não se importaria de levá-lo para conhecer melhor o lugar. - sugeriu meu nerd. Os olhinhos azuis dela pareciam brilhar. O garoto se virou para ela.<br />
- Não quero incomodá-la, se não puder entenderei perfeitamente. - disse.<br />
- Não, de forma alguma, será um prazer. - respondeu ela um pouco rápido demais. Oh sim, eu sei o quanto vai ser "prazeroso" pra ela esse pequeno passeio.<br />
- Foi muito bom conhecê-la, Anna. Seu namorado falou muito de você nos poucos momentos em que pudemos nos falar. Vejo vocês por aí. - disse por fim, dando o braço para Caitlin segurá-lo. Os dois logo desapareceram de nossas vistas, e pude enfim dar um beijo longo no meu nerd, quando finalmente estávamos a sós no meu antigo quarto de faculdade. Ele me segurava pela cintura, comigo sentada em seu colo, sentados na cama de solteiro, e sorri para ele.<br />
- Ele é seu amigo desde quando? - perguntei curiosa.<br />
- O conheci hoje, mas parece ser um cara legal. - passou as mãos pela minha perna.<br />
- Pareciam se conhecer há muito tempo.<br />
- Foi a impressão que teve? - segurou o riso.<br />
- Uhum. - concordei beijando-o novamente. - E acho que Caitlin achou a mesma coisa. - rimos juntos, supondo o que se passava na cabeça da nossa amiga.<br />
- Vi os olhos dela brilharem enquanto segurava o braço dele. - comentou rindo. - Mas não quero falar sobre ele. - uma de suas mãos seguraram minha cintura, me trazendo para mais perto de si.<br />
- Então o que quer fazer?<br />
- Isso aqui. - ele respondeu em um sussurro, antes de estarmos com os lábios grudados de novo. Minhas mãos faziam pequenos carinhos em sua nuca, enquanto sentia a mão dele avançar pela minha perna. Os toques mais firmes, o beijo mais quente sugeriam claramente que ele queria muito mais do que um beijo. Aproveitando isso, rebolei bem forte e devagar em cima dele, e senti seu membro despertar. A mão que segurava minha cintura, foi para minha bunda, dando um apertão ali. <br />
- Mas como você é safado! - fingi surpresa quando desgrudamos nossos lábios.<br />
- Você de deixou de castigo por quase dois dias. E durante isso, ficou me provocando o tempo todo. Como achou que eu fosse resistir? - se defendeu, o que me fez rir. - Você é gostosa!<br />
- Eu não estava provocando...<br />
- Você dormiu apenas de roupas íntimas, tomou banho comigo e fez insinuações por um bom tempo. - argumentou e gargalhei diante de seu sofrimento. - Sem mencionar ontem a noite, quando você ficou pegando no meu pinto por debaixo das cobertas na hora do Cine Pipoca.<br />
- Não fiz isso, eu sou um anjo. - ri, lembrando que nossos amigos estavam bem do nosso lado e o coitado tinha que fingir que nada de mais estava acontecendo. Tá, foi muito engraçado brincar com ele.<br />
- Acho que mereço um perdão absoluto depois de todos esses dias de sofrimento. - sugeriu. - Além do mais, ajudei você com o pudim ontem..<br />
- Não preciso de ajudar pra fazer qualquer comida que seja, você estava apenas se aproveitando. - arqueei a sobrancelha e ele riu.<br />
- Você quem começou tudo. - mordeu os lábios apertando novamente meu traseiro.<br />
- E sou eu quem vai acabar com isso. - sorri de forma nada inocente para ele. - Mas no próximo castigo, pare de se comportar como um cão no cio.<br />
- Próximo castigo? Cão no cio? Eu não me comportei assim, e como você já pode estar pensando em um futuro castigo? - perguntou indignado e resolvi calá-lo com um beijo. Bem, deu certo. Ele nem protestou, na verdade até aproveitou, me trazendo para o mais perto que podia. Rebolei em seu colo e sua mão saiu do meu traseiro e tirou meu casaco cinza, sem interromper o beijo. Senti suas mãos nos meus braços desnudos, enquanto sua boca avançava para meu pescoço. Nos separamos por um momento para que eu tirasse sua camisa de mangas e o óculos dele. Ele me olhou e sorriu.<br />
- Você é o borrão mais sexy que já vi na vida. - disse e ri baixo, beijando-o novamente. Senti os dedos de Justin por baixo da minha camisa, fazendo pequenos carinhos na minha barriga, subindo cada vez mais, até encontrar meus seios, onde apertou-os por cima do sutiã. Gemi baixo em sua boca, e nos interrompemos mais uma vez para que ele retirasse minha blusa. Deixei minhas mãos em seus ombros, enquanto sentia sua boca caminhanho graciosamente pela minha pele, deixando rastros de beijos e mordidinhas por onde passava. Deixou um selinho no espaço entre meus seios e beijou-me novamente. Enrrolei minhas pernas ainda mais ao redor dele, e finalmente estávamos deitados na cama.<br />
Em cima de mim, ele se apoiou na cama com os joelhos e tirou meu sutiã com muita faciliadade. Deitou por cima do meu corpo e nos beijamos novamente. No momento em que sua boca se deliciava com meus seios, meu celular tocou, em cima da mesinha de cabeceira perto de nós. Ignoramos a chamada, intrertidos demais no que faziamos, entrertida demais com a boca de Justin me sugando. O telefone tocou pela segunda vez, e novamente o ignoramos, avançando ainda mais nos carinhos. Na terceira, porém, irritada demais com aquela interrupção, peguei o celular e atendendo a chamada, sem sequer olhar para o identificador de chamadas.<br />
- Você tem noção do quanto está sendo irritante? Quem é você e o que quer? E fale logo. - respondi grosseira. Justin permaneceu deitado sobre mim, esperando que eu finalmente encerrace a ligação.<br />
- Calma, nervosinha.<br />
- O que você quer Mike? - perguntei impaciente e Justin bufou irritado ao meu lado.<br />
- Onde você está?<br />
- Não interessa! A pergunta certa é o que <i>você</i> quer comigo?<br />
- Preciso que venha para casa agora. É importante. Te vejo em dez minutos. - depois disso, encerrou aligação, sem dar tempo o suficiente para que eu respodesse algo.<br />
- O quão importante é? - perguntou meu nerd, um pouco irritado. Sentou ao meu lado na cama, onde pude ver o volume que insistia em aparecer ali.<br />
- Quando ele desliga desse jeito, é porque é muito importante. - respondi. Pude ouví-lo resmungar um "Mas que droga!". - Sinto muito.<br />
- Tudo bem. Acho melhor você se arrumar, enquanto eu dou um jeito nesse garotão. - disse apontando para suas partes baixas. Mordi os lábios e me ajoelhei de frente para ele, os peitos a mostra, o corpo em uma posição que ele já conhecia muito bem.<br />
- Quem disse que<i> você</i> dará um jeito? - entendendo o recado, se apressou em tirar o cinto, abaixar as calças e a cueca. Sorri, começando com meu trabalhinho prazeroso, ouvindo-o gemer baixo por mais.<br />
[...]<br />
- Que saudades eu sinto de comer isso! - exclamei de boca cheia, muito feliz por sinal. Justin ria, andando com o braço enlaçando minha cintura de lado. Atravessavamos a esquina para nossa casa, e apesar do dia estar nublado, me sentia feliz. - Há quanto tempo eu não como um Ruffles assim? <br />
- Faz 40 minutos, Anna. - respondeu ele, rindo.<br />
- Faz muito tempo. - argumentei, ofendida.<br />
- A propósito, o que você fez com aquela abelha de doritos? - perguntou curioso.<br />
- Está bem guardada, sã e salva. E nem tente procurar por ela durante a noite, você nunca vai achar.<br />
- Nunca diga Nunca. - piscou.<br />
- Quer ficar de castigo de novo?<br />
- Tudo bem, me calei. - ergueu uma das mãos se rendendo. Rimos e abri a porta de casa com mais rapidez do que esperava. Logo vi meu irmão, parado de frente para a porta e perto do sofá.<br />
- Finalmente você chegou, pensei que não viria nunca. - foi a primeira coisa que ele disse assim que me viu. Revirei os olhos.<br />
- O que você quer, bobão? - perguntei, segurando o pacote de Ruffles cebola e salça na mão.<br />
- Já pode vir. - meu irmão disse para alguém, que provavelmente estaria na cozinha. Não pude conter o espanto e a felicidade com o que vi.<br />
- Mãe?<br />
- Olá, querida.<br />
<br />
<br />
<i><b>Notas Finais</b></i><br />
Oi gente! Nossa! Há quanto tempo eu não atualizo essa fic? Parece até uma eternidade, e, UAL, como eu sinto saudades disso. Eu sei que vocês, provavelmente, estão querendo chutar meu traseiro, isso se alguém ainda lê essa fic, mas mesmo assim peço desculpas. Estou realmente muito atarefada com a escola, faço 3 ano do ensino médio, então é muito puxado. Trabalhos enormes, apresentações pra resolver a atividades de matemática todos os dias estão consumindo meu tempo quase inteiro. Consegui escrever hoje, não achei o cap muito bom, mas mesmo assim espero que tenham curtido. Nos vemos em breve, pessoal. Muitos beijos, mini doritas :D<br />
<b><i>Roupa da Anna</i></b>: http://data1.whicdn.com/images/106109508/large.jpg<br />
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<a href="http://25.media.tumblr.com/tumblr_m838t2usa81rcu1vho1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://25.media.tumblr.com/tumblr_m838t2usa81rcu1vho1_500.gif" /></a></div>
<b><i>POV NANCY</i></b><br />
Ódio! Simplesmente senti ódio daquele cara enquanto minha mãe contava a história, a verdadeira história, do que tinha acontecido no passado. A cada frase que saia da boca dela, me enchia de fúria que nem eu mesma poderia calcular. Era bem simples de explicar. Nos conhecíamos desde a época em que nem nos entendíamos por gente. Estudávamos na mesma escolinha, todos na mesma classe, amiguinhos de infância. Freddy era o jardineiro contratado pela escola e como não tinha outro lugar para morar, ele tinha uma sala-casa só pra ele nos fundos da escolinha.<br />
Nós brincávamos com ele, achávamos que ele era o surper-homem que tinha a missão de brincar com a gente, nos trazer doces e de nos fazer felizes. Nossos pais confiavam nele, pelo fato de parecer ser um homem de 40 anos com a idade mental de 10. Ninguém desconfiava de nada. Nem nós mesmos.<br />
- Como poderíamos achar que algo estava errado? Vocês eram tão inocentes! - justificou ela, parando no meio da história, tentando conter as lágrimas.<br />
Ela disse que eu era a preferida dele, e como sempre se sentava ao meu lado para desenhar comigo, naquelas cadeirinhas para crianças e suas mesinhas quase perto do chão; todo desajeitado e sempre com um brilho nos olhos.<br />
- Você gosta mesmo de desenhar? Então eu tenho algo bem legal pra te mostrar. - ele propunha, falando baixo, como se fosse algo muito secreto. - Mas você tem que guardar segredo, pras outras crianças não ficarem com ciúmes. - eu sorria e aceitava e fui com ele. Pintamos e nos divertimos por um momento.<br />
Até que aconteceu.<br />
Segundo ela, dissemos que Freddy nos levava para uma espécie de caverna e bem... Abusava de nós. Nossos pais perceberam nosso comportamento estranho e acabamos contanto tudo em meio a lágrimas. Ele fez isso com os garotos também. Justin, Jesse, Dean. E segundo ela, também, ele fugiu antes que eles pudessem fazer alguma coisa. Nos garantiu que agora, nada nem ninguém poderia nos machucar e que os sonhos que tínhamos eram apenas lembranças reprimidas em uma época horrível. Ela pediu desculpas e a perdoei no mesmo instante. Ela, assim como os outros pais só queriam nos proteger e entendemos isso. Dei um beijo em sua bochecha e levando a foto comigo, sai de casa acompanhada por Justin.<br />
- Acreditou nela? - perguntou enquanto fechava a porta do caro, sentado no banco do carona. Apertei o cinto.<br />
- Ela não mentira sobre uma coisa dessas.<br />
- Então ela deve estar certa.<br />
- Sobre o que?<br />
- Esses sonhos, Nancy. Podem ser apenas lembranças ruins.<br />
- Se são apenas lembranças, porque não é exatamente como aconteceu anos atrás? Ele não nos abusa nos sonhos, apenas tenta nos matar. Eu vi Dean ser morto.<br />
- Talvez seja só ilusão da nossa cabeça.<br />
- Sonhos não matam, Justin. - ele acabou concordando, com um suspiro baixo. Engatei a ré.<br />
- Então vamos para a biblioteca novamente e tentar encontrar o retante dos alunos que estão nessa foto. - comentou ele, olhando fixamente para os nomes das crianças, atrás da foto. Ia marcando com um "X" de caneta vermelha os que já estavam mortos.<br />
- O que fazemos depois disso? Quero dizer, como vamos fazer esse cara parar? - perguntei curiosa.<br />
- Vamos dar um jeito. - assegurou ele. Agora olhava pra mim. Sorri quando ele segurou meu rosto com uma das mãos de forma protetora. Ouvi uma buzina de carro e tremi dos pés a cabeça. Tirei a mão dele dali.<br />
- Justin, filho, entre no carro. - era o pai dele, com o carro parado atrás do meu, impedindo que eu pudesse avançar e sair dali. - Você tem treino de natação, não pode se atrasar. - olhei para Justin que suspirou irritado.<br />
- Eu vou e aproveito e tento descobrir mais alguma coisa. Encontro você na biblioteca em uma hora e meia.<br />
- Promete?<br />
- Prometo boneca. - deu um beijo doce e um pouco molhado na minha bochecha e saiu do carro. Suspirei feliz por aquele contato e triste por ele ter de ir com o pai. Os dois adultos se olhavam de forma estranha, antes do carro preto sair o mais rápido que podia, levando Justin para longe de mim. Ela tinha avisado ao pai dele que lembramos de tudo. Ligado pra ele. Tenho certeza. Fui em direção a biblioteca.<br />
<b><i>POV JUSTIN</i></b><br />
Nadei do melhor jeito que pode, mas meu corpo estava exausto demais para isso. Preocupado com Nancy. Ela não me disse quando foi a última vez que teve um bom sono, e do jeito que a conhecia, dava pra saber que fazia um bom tempo que ela não dormia. Talvez se o treinador visse meu bom desempenho, me liberasse mais cedo. Já com meu pai, não consegui nenhuma informação. Permaneceu sempre calado e toda vez que falava alguma coisa ele dizia que eu deveria me preparar desde já para o treino.<br />
Na segunda rodada, sem completamente nenhuma resistência física, senti que algo me puxava cada vez mais pro fundo da piscina. Minhas tentativas de voltar para a superfície pareciam não resultar em nada, mas consegui depois de alguns segundos chegar até o topo. Respirei fundo, deixando o ar entrar nos meus pulmões. Não estava mais na piscina de treinamento. E sim uma suja e qualquer piscina ao céu aberto, água preta e que cheirava mal.<br />
Saí dali o mais rápido que pude, tremendo de frio. Detestava usar aquele traje de banho minúsculo, detestava fazer natação no lugar de basquete, mas era o que meu pai queria que eu fizesse. Abracei meu próprio corpo percebendo agora o que tinha acabado de acontecer.<br />
Merda! De novo não!<br />
Até que escutei um barulho vindo de longe. Quando olhei, percebi que um homem vinha correndo em minha direção sendo seguido por um carro que vinha logo atrás dele. Nada do que eu fizesse para chamar a atenção daquelas pessoas adiantou, então comecei a correr, seguindo-os por mais ou menos, ao que parecia ser dois minutos. O cara entrou em um lugar em que não sei ao certo descrever, mas ele estava cercado.<br />
- Sai daí Krueger! - gritava um dos adultos; o pai de Jesse. Os carros eram estacionados de qualquer jeito ao redor da <i>casa-seiláoque</i> e saiam aos montes. Eles gritavam com o homem que tinha se escondido ali.<br />
- Vamos pegar você Freddy, não adianta se esconder! - agora era o pai de Dean. - Abre a porra dessa porta, seu desgraçado!<br />
- Eu não fiz nada, por favor, me deixem em paz. - ele gritava em desespero para os outros do outro lado da porta. Cheguei um pouco mais perto.<br />
- Dêem a volta para garantir que ele não vai sair pelos fundos. - disse o meu pai, bem mais jovem, robusto e furioso.<br />
- Essa é sua última chance, saia daí agora! - gritou Jeremy.<br />
- Eu não fiz nada, por favor, fiquem calmos. - berrou o outro, em pânico. - Por favor.<br />
Meu pai saiu da frente da porta trancada por Freddy do outro lado e se dirigiu até o porta malas do carro. Foi seguindo pelos outros e inclusive a mãe de Nancy; morena, alta e magra. Ela arregalou os olhos ao que viu meu pai retirando.<br />
- Não podemos fazer assim, não desse jeito. Tem que haver outra forma. - dizia ela rápido, quando meu pai estendeu o latão de gasolina e pôs um paninho de limpar vidros com metade dentro do recipiente e a outra metade fora.<br />
- Não há outra forma, não quero ver meu filho sentado à frente de um tribunal, contando o que aquele miserável lhe fez nos mínimos detalhes. - cortou meu pai. - Isso vai acabar aqui.<br />
Fechou o porta malas e andou novamente na direção da <i>casa-seliláoque</i>. Acendeu o esqueiro e deixou que o fogo consumisse o paninho limpa vidros até que chegasse próximo da gasolina. Então o arremessou pela janela de vidro da casa.<br />
A casa toda começou a pegar fogo.<br />
Agora entendia perfeitamente porque ele tinha o rosto deformado daquele jeito.<br />
- Saia daí, Krueger! - berrou meu pai. - Vamos, saia! - continuou berrando e a porta de ferro da frente se abriu e de lá saiu um homem em chamas, gritando de dor, o fogo lhe consumindo por completo. Correndo na minha direção.<br />
Foi então que acordei fora da piscina, cuspindo toda a água que tinha engolido. O treinador perguntando o tempo todo se estava bem e o que tinha acontecido.<br />
Agora eu sabia o que tinha acontecido. Nancy precisava saber também.<br />
[...]<br />
- Estão todos mortos. - foi a primeira coisa que ela me disse assim que terminei de contar como foi o pesadelo. Mostrou a foto, com os rostos das crianças marcadas com um "X" de caneta vermelha. Ela marcou as crianças mortas. - Ele matou todas durante o sono, Justin. Eu pesquisei tudo na internet. Todos morreram, só restam nós dois. - eu sabia que ela tentava segurar o choro, por isso a abracei o mais forte que pude, tentando reconfortá-la.<br />
- Está tudo bem, vai ficar tudo bem.<br />
- Não não vai! Você não ouviu o que falei? O que a minha mãe nos falou? Ele nos machucou antes, e depois o matamos. Ele quer vingança por termos falado a verdade. - ela me abraçou o mais forte que suas forças permitiam. Parti o abraço e segurei seu rosto com as duas mãos para que ela olhasse apenas para mim.<br />
- Hey, vai ficar tudo bem. Vamos, primeiro, ir até esse jardim de infância que vemos nos sonhos, acho que tem mais alguma coisa que precisamos saber. Acho que ele quer nos mostrar mais alguma coisa, tem um motivo para nos mostrar aquela escola.<br />
- Mas não sabemos onde fica, se ainda está em funcionamento...<br />
- Eu fiz algumas pesquisas antes de vir pra cá, sei onde fica. Lá vamos encontrar algo que nos ajude a mandar esse cara pro inferno.<br />
- Você tem certeza?<br />
- Confia em mim? - fiz carinho em sua bochecha com o dedo polegar e ela balançou a cabeça de forma positiva. Se não fosse a situação em que nos encontrávamos, certamente a beijaria. - Então vamos, não temos tempo a perder. - soltei seu rosto e levantei da cadeira. Ela fez o mesmo, secando as poucas lágrimas que tinham molhado seu rosto há segundos atrás. Saímos juntos da biblioteca da cidade a caminho do carro dela que me deixou dirigir.<br />
<br />
<b><i>NOTAS FINAIS</i></b><br />
Oi pessoal, aqui estou eu de novo! rsrs Agora fui bem rápida, né? hehe Acho que a partir de agora, terão apenas dois ou três capítulos no máximo. Essa fic é bem pequenininha mesmo. O que acharam do capítulo? Espero que tenham gostado, vou deixar uma surpresa pra vocês no próximo que... hehehe :9 Então é isso! Beijocas e até o próximo :D<br />
<b>Video da mãe da Nancy contanto a história:</b> http://www.youtube.com/watch?v=EjD0zpCOOyA<br />
<i><b>Video do sonho do Justin:</b></i> http://www.youtube.com/watch?v=UYaTTaBxJ1w<br />
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