24 de jun. de 2013

My Dear Nerd - What If - Capítulo 26 - Partido I


  POV ANNA
 Olhei para o lado vendo um Justin nervoso ao meu lado. Já fazia cinco minutos que estava prestes a enviar o vídeo para a internet, mas ele me implorava para que desse tempo á seu preparo psicológico. Eu ria fraquinho dele. Era tão bobinho! Alem de ser lindo, inteligente, fofo... Ou para abreviar, o namorado perfeito, ele possuía um dom incrível. Sua voz era sem dúvidas a voz mais linda que já ouvi em toda vida. Não entendia o porquê do nervosismo dele. Sim, era fofo observar suas bochechas coradas, seus lábios carnudos perfeitamente desenhados se contorcerem, seus olhos castanhos observarem a tela no computador portátil com receio, os pequenos passinhos de dança que fazia mesmo estando sentado. Mas como digo a grama do vizinho sempre parece ser mais verde. Damon a minha frente parecia não se importar, devorando algumas batatinhas que... Espere...
- Hey! Essas batatinhas me pertencem, sabia? – comentei irônica para ele. Ele riu debochado como sempre levando mais uma delas a boca. Meu coração bateu a mil. Não acredito que ele estava fazendo aquilo comigo. Com meus bebês!
- Sua frase não se encaixa na situação minha cara. Afinal, comido não é roubado!
- É roubado sim! Você roubou minhas batatinhas! Se não devolver, vou beliscar seu traseiro! – ameacei. Ele gargalhou pondo a mão na barriga. Aproveitei a situação para pegar o potinho que, para ser sincera era grande, onde estavam as batatinhas que ele tinha roubado. Minhas batatinhas, vale lembrar.
- Juju se decide logo! Já estou ficando com ADP! – comentou Ashley ao lado de Damon.
- O que é isso? – perguntou Justin. Seu olhar era confuso e encarava Ashley que por sua vez, deu de ombros.
- Ataque de Pelanca. – respondi simples, triturando as batatinhas em minha boca. Encarei o computador em meu colo, levando meu olhar para o garoto de óculo ao meu lado.
- Eu posso postar? – perguntei a ele.
- É cara, deixa de frescura. Mas que coisa! Isso está me tirando do sério! – reclamou Damon, momentos depois de ter parado de rir. Justin arrumou o óculo ao rosto respirando profundamente.
- Você tem razão...
- Sei que tenho. – rebateu Damon. Vi ele levantar limpando a calça. Tirei o dinheiro do bolso da roupa, estendendo a mão em sua direção.
- Já que está em pé, pode comprar um Doritos para mim? É que estava esperando alguém levantar... Você sabe. Minha preguiça quase sempre vence a fome. – expliquei dando de ombros. Ele riu recusando o dinheiro.
- Pode deixar que eu mesmo compro, não precisa gastar seu dinheiro... Mas de que sabor você quer? – perguntou.
- Pode comprar o de queijo nacho e o de pimenta? – perguntei vendo-o rir assentindo positivo.
- Pode comprar alcaçuz para mim? Eu pago depois... – comentou Ashley.
- Deixe essa despesa por minha conta, princesa. – respondeu ele doce deixando um beijinho na testa da loira. Saiu logo em seguida. Ashley virou-se para nós, abrindo lentamente sua garrafinha de água.
- Posso enviar o vídeo? – perguntei mais uma vez. Ele suspirou pesado em seguida permitindo minha próxima ação com um aceno de cabeça. Desci o mouse até o botão ‘enviar’ e assim o fiz. Poderia ser o primeiro de muitos já que os parentes do meu namorado queriam vê-o cantar, e saber um pouco de sua vida.  Apertei sua bochecha deixando um beijo sobre a mesma em seguida.
- Será que eles vão gostar? – perguntou ele enquanto eu continuava a manusear a ferramenta, enviando o link do vídeo por email.
- Jujuba para com isso! Mamãe Rosa! Você tem uma voz linda, e se continuar dizendo que não tem, se continuar a me contrariar, considere-se um homem sem traseiro. – ameaçou ela, comendo outra batatinha...
- Hey! Porque estão roubando minhas batatinhas? Se estiverem achando elas gostosas comprem as suas bolas! Isso me irrita. – comentei baixo na ultima frase. Ainda não acreditava que a loira tinha rido de mim depois do meu pequeno discurso. É claro que tenho razão... Eu tenho, não tenho?
- Você e seus ciúmes doentios. Deixa de ser boba! Não vou roubar elas de você... Não todas elas. A intenção é só deixar você bravinha mesmo. É tão emocionante, tem uma adrenalina incrível. Sinto-me perto da morte... Mas é legal. – afirmou ela rindo encolhendo os ombros. Mostrei o meu educadíssimo dedo do meio. Sendo repreendida por Justin que fazia careta ao meu lado.
- Isso não é educado, anjo. – comentou repreensivo.
- Mas ela que começou.  – rebati em defesa ainda ouvindo a risada quase escandalosa de Ashley. Não escandalosa quanto a minha, mas... Era escandalosa. Fui abraçada de lado sentindo-o deixar um beijo em meus cabelos. Como sabia que ele não tinha gostado do gesto que fiz, resolvi fazer outra coisa.
- Já que não posso mostrar o dedo do meio, vou falar mesmo. Ashley, espero que feche bem o seu orifício anal, no meio dos glúteos...  Agora foi mais educado? – perguntei com a cara mais lavada que já fiz. Justin riu e Ashley pareceu não entender que eu a mandei fechar o... Bumbum, traseiro... Como preferirem chamar.
- Mesmo sendo uma ofensa... Sim, foi mais educado... E engraçado! – admitiu enquanto ria. A loira fez bico cruzando os braços. Ela encarou minhas batatinhas em meu colo. Pude ver um sorriso maroto invadir seu rosto.
- Peça desculpas... – disse em tom ameaçador. Neguei com a cabeça, ainda rindo.
- Porque faria isso? – perguntei enquanto ria. Justin ao meu lado, não parava um segundo de rir. Ele tinha uma risada gostosa. Acho que era por isso que estava rindo.
- Se eu fosse você pediria desculpas...
- O que aconteceria se eu não me desculpasse? – perguntei curiosa com um sorriso no rosto.
- Isso! – respondeu pegando minhas batatinhas saindo correndo pelo jardim da escola. Meu sorriso sumiu no mesmo instante. Levantei com rapidez, percebendo logo depois que a bolsa ainda estava em meu ombro. Joguei-a no chão, ao lado de Justin segundos depois.
- Hey! Isso é golpe baixo! – reclamei aos berros correndo atrás dela que ria correndo em sua velocidade máxima pela escola. À medida que corria esbarrei em algumas pessoas, até bati em Britney sem querer, mas não tinha tempo para me desculpar. Tinha que salvar meus bebês da Carnibatatas loira. Mais conhecida como Ashley.
[...]
POV JUSTIN
Tirei a caneta do pequeno estojo, anotando no caderno tudo o que o professor escrevia no quadro negro. Anna era minha dupla e permanecia sentada ao meu lado. Estava calada, escutava músicas nos fones de ouvido. Coisa que não aconselho, já que a sala de aula é ambiente para se aprender, mas, ainda sim podia notar um sorriso em seu rosto enquanto escrevia ainda que preguiçosa. Ri baixinho tornando a escrever o que havia no quadro.
- Que preguiça. – comentou mais para si mesma do que para mim.
- Professor, quem terminar de copiar pode ir embora? – perguntou Anna Mel, um pouco mais alto. Ela estava tão entediada assim? A aula estava sendo bastante divertida.
- Mas é claro... Que não. Agora se sente e continue a copiar as atividades sem os fones de ouvido.  – respondeu grosso. Ela por sua vez reclamou baixinho continuando a copiar. Ri baixo, esticando meu corpo até ela deixando um beijo carinhoso em sua bochecha. Um beijinho de conforto. Tornei minha atenção ao caderno até sentir uma bolinha acertar em cheio minha cabeça. Virei olhando para trás. Arrependi-me em seguida, ao sentir uma borracha se chocar com força contra meu rosto, quase acertando meus óculos. Reclamei baixinho vendo Britney e suas amiguinhas rirem de mim.
Virei-me depressa antes que Anna percebesse o que aconteceu. Sabia que se ela visse, sairia às tapas com a loira. Talvez fosse suspensa ou algo pior. Não queria aquilo para ela. Então preferi me manter quieto, tentando a todo custo, ignorar o ardor de meu rosto. Arrumei o óculo ao rosto, sentindo a mão pequenina da minha namorada acariciar a minha.
- Professor, me permite ir ao Toilette? – questionei baixo o suficiente para que apenas ele ouvisse. Recebendo um sim como resposta, levantei da cadeira andando rápido em direção a saída.  Respirei fundo, acariciando o rosto que ainda ardia. Irritava-me saber que as pessoas não me respeitavam que, apreciavam ver o sofrimento em meus olhos. Mas eu deveria ser forte o suficiente para ignorá-los. Ignorá-los para apoiar Anna Mel no que ela precisasse. Ela precisava de apoio, de um suporte. De um porto seguro. Era tudo o que minha pequena precisava nesse momento. E não poderia falhar. Não poderia desampará-la.
- Tadinho do nerd indefeso! Vou fazer um carinho em você, o que acha? – perguntou uma voz debochada ao fundo. Interrompendo bruscamente meus pensamentos. Bufei irritado, virando e encarando o ser loiro a minha frente. Britney tinha o olhar debochado e braços cruzados. Trazia em mãos um envelope amarelado. Em seu sorriso pude sentir que minha aparente tranqüilidade acabaria.
- O que quer de mim? – perguntei simples deixando as mãos nos bolsos.
- Eu quero uma coisa de você, é bem simples. Vou direto ao ponto. Quero que termine o namoro com a Anna Mel dois dias depois de sua festa de quinze anos conjunta. Quero que diga a ela que foi nada mais do que uma diversão. Quero que diga a ela que, desejava apenas, saborear seu corpo, que sua única intenção era ter alguém para satisfazer suas vontades sexuais. Que eu sou a única que amou e que ama. Quero que diga a ela que sou sua nova namorada. – respondeu dando de ombros. De olhos arregalados observei-a rir em pura ousadia.
- Isso não é verdade! Eu a amo! Jamais farei isso! Nunca! – rebati firme. Mas que loucura. Isso é o absurdo dos absurdos!  Jamais faria isso com Anna. Jamais.
- Não precisa ser verdade, idiota! É claro que vai dizer, não seja tolo! – resmungou irritada.
- Nem que me obrigue. Não farei isso com ela. Anna Mel precisa de mim...
- É claro que vai fazer. Irá fazer o que eu mandar, se não quiser que sua amada fique exposta para a toda a cidade como ‘a vadia da vez’. Afinal, uma ‘moça de respeito’ jamais faria sexo oral no namorado na sala de teatro desativada, não é mesmo? O que acha que a mãe dela acharia da filha ao ver essas fotos? O que Mike faria? Tenho certeza de que eles ficariam desapontados com a filhinha perfeita. – deu de ombros por mais uma vez estendendo o envelope que carregava em mãos, na minha direção ainda com um sorriso debochado. De mãos trêmulas peguei o papel em mãos. Tirei dele, em seguida, algumas fotos. Meus olhos se encheram de lágrimas ao constatar que Britney não estava mentindo. Havia fotos nossas em meio a carinhos íntimos, em nossa pequena aventura. Ela nos seguiu e fotografou, usando o que tinha para atingir-nos de alguma forma.
- Além de que tenho fotos do pai dela beijando outra no carro. Como acha que Anna Mel reagiria se toda a cidade de Stratford ficasse a par da situação amorosa dos pais? Será que ela gostaria que todos soubessem que sua mãe teve um marido infiel? Aposto que ela ficaria envergonhada. – continuou a questionar maldosa. Uma lágrima molhou meu rosto lentamente, à medida que passava as fotos. Isso é cruel!
- Você não pode fazer isso! É cruel! Anna nunca fez algo parecido com você.
- Claro que não, pois fez coisa pior. Aquela vadia quase matou meu irmão e você quer que eu simplesmente aceite e perdoe o mal que me fez? Ele não olha mais para mim nos dias de hoje. Ignora-me completamente! Você acha que a Anna Mel merece perdão? – questionou ela irritada.
- Isso não pode ser verdade! Está mentindo para que eu fique contra ela, não acredito em você! – rebati momentos seguintes. Estava certo de que se algo do gênero realmente tivesse acontecido ela teria me contado.
- Entenda como quiser, eu não me importo. Só quero que ela pague pelo que fez. Ela vai saber como é perder alguém que ama, e vou começar por você. Mas isso é só o começo, porque ela vai perder muito mais. Agora, se me dá licença tenho coisas mais importantes para fazer. E lembre-se, você tem uma semana e dois dias para terminar essa relação ridícula. Caso contrário... Você já sabe. – disse ela caminhando para longe depois de retirar as fotos de minhas mãos antes que pudesse tomar alguma atitude. Outras lágrimas molharam minha face, enquanto assistia a loira rebolar em direção a sala de aula. Vi ela parar virar e sorrir debochada.
- A propósito, adorei seu vídeo na internet. Você canta muito bem. – comentou com uma leve ponta de sarcasmo, retomando sua caminhada. Esmurrei o armário em raiva passando as mãos desesperadamente pelos cabelos em puro desespero.  Aquilo definitivamente não deveria estar acontecendo. Não poderia ser tão baixo a ponto de fazer isso com ela. Mas não me restam escolhas. Eu precisava protegê-la, mas deixá-la para ficar com Britney era uma verdadeira punhalada nas costas. Encostei a cabeça no armário deixando as lágrimas escorrerem livremente pelo rosto, como se estivessem tirando um pedaço de mim. Como se estivessem arrancando meu coração. Como se estivessem me tirando à vida. Anna é a minha vida. Mas Britney decidiu por pura vingança me tirar o que mais amo. Mas, infelizmente não havia escolhas.
[...]
Suspirei arrumando a roupa ao corpo. Fazia exatas duas horas que Anna Mel estava visitando a mãe. Desde que a vi entrar no quarto meu coração se apertou. Meu sorriso se foi junto a meu ânimo. E novamente estava preso em pensamentos torturantes e dolorosos. Saber que teria de deixá-la era doloroso. Não queria fazer isso, mas simplesmente não havia escolha. Não havia saída. Não poderia simplesmente entrar na casa da loira e roubar as fotografias. Sabia que ela provavelmente faria cópias. Eu desejava protegê-la, e agora o único modo de fazê-lo era me afastar dela. Para evitar um problema maior, uma vergonha maior. Ela jamais olharia para mim depois do que faria com ela, mas era para seu próprio bem. Só tinha uma semana para ficar com ela, mas não me sentia preparado para deixá-la.  Eu não queria deixar o amor da minha vida ir embora, não desejava ser seu motivo de lágrimas. Mesmo ouvindo Britney mencionar algo ruim que Anna fez a ela e seu irmão. Não conseguia acreditar em uma palavra sequer que saísse da boca dela. A minha pequena não era má, nunca faria mal a alguém. A não ser, claro, que lhe roubassem os doces. Anna Mel era a pessoa mais bondosa, mais pura de coração, mais engraçada, inteligente... A mais linda e encantadora. Terminar nosso relacionamento seguindo de palavras duras e mentirosas, no momento em que ela mais precisa de meu apoio, é o mesmo que levar uma facada nas costas. E entenderia perfeitamente se ela nunca mais desejasse falar comigo. Justo quando eu estava sendo feliz com a mulher que amo, uma pessoa com o coração ruim destrói tudo isso.
- O que foi? Porque está tão calado? Anima-se, Jujuba! Pula, fica saltitando pelos corredores, sai gritando como se estivesse com a febre da macaca louca... A mãe da Anna está bem, carambolinhas! Que cara de enterro é essa? – perguntou à loira parando a minha frente de braços cruzados. Suspirei sorrindo mesmo que falsamente para ela. Tentando esconder a dor de que a pessoa que amo seria apunhalada. E quem a apunhalaria pelas costas era eu. Eu...
- Não estou com ‘Cara de Enterro’. Apenas estou com leves dores de cabeça. Nada com o que se preocupar. – contei a primeira mentira que me veio à mente. Ela sorriu tirando algo da bolsa. Logo depois percebi que era um medicamento para dor. Entregou em minhas mãos momentos depois.
- Eu vi quando jogaram aquelas bolinhas e pedaços de borracha em você. Não fique triste, nós te amamos... Não é, Damon? – dizia ela questionando Damon ao final. Ainda distraído ele encarou a loira, como se perguntasse para que ela repetisse sua frase.
- O que disse?
- Eu disse que nós amamos a Jujuba.
- Você e a Anna podem até amar. Mas eu não amo... Sabe, eu gosto de mulheres. – comentou piscando o olho no final da frase. Ashley riu o que me permitiu acompanhá-la por instantes.
- Não seu bobo, não estou falando desse jeito. É amor de amigos. É que ele sofre Bullying todos os dias e acha que não é o suficiente para ninguém. Estava quase chorando aqui, com uma carinha que dá pena, tadinho. – comentou a loira em resposta.
- Não estava chorando! – protestei em defesa.
- Sinto muito por passar por isso todos os dias, deve ser uma barra. Mas isso não me impede de não gostar de você.  Prefiro ser amigo de mulheres de seios grandes. Nada contra você, só acho que deveria impor o que pensa. Acho também que deveria cortar o cabelo, tirar esses óculos, comprar roupas novas... Sabe? Para parecer mais Homem e mais descolado. Mas eu ainda não gosto de você. – respondeu simples.
- Com o perdão da palavra eu também não gosto de você.
- Então estamos acertados, nenhum de nós curte a presença do outro. Estamos quites. – respondeu dando de ombros sem importância.  Repeti o ato sentando a cadeira na sala de espera do hospital com Ashley ao meu lado.
- Como são carinhosos. – comentou com ironia.
- Não por isso. – respondeu Damon o deboche com um risinho de canto.
- Como vocês acham que a mãe da Anna vai reagir quando souber da morte do marido? – perguntou à loira, momentos depois da resposta de Damon.
- Acho que vai reagir bem mau. Ela gostava mesmo dele. Mesmo sendo um canalha, ela o amava. – respondeu Damon encarando o chão. Olhei para frente, vendo um tumulto ao longe, mais exatamente a porta do quarto de Rose. Vi ao longe Anna e Mike a frente da porta enquanto alguns enfermeiros e outros funcionários tentavam entrar na sala. Ouvia gritos femininos e assim corri ao encontro da minha namorada. Ela tinha as mãos na boca e encontrei em seus olhos, vestígios de lágrimas. Estava assustado sem saber o que houve.
- Mas o que aconteceu? – perguntou Damon quando estava perto de nós. Ele estava curioso e preocupado. Não tanto quanto eu estava. Parei a frente de Anna que já derramava lágrimas silenciosas.
- O que houve anjo? – perguntei olhando no fundo de seus olhos pude sentir a dor de ver suas lágrimas molharem seu rosto. Quando pensei em me aproximar para abraçá-la ela saiu de meus braços correndo para longe de mim. Tentei alcançá-la, mas fui impedido por Ashley que foi a procura da amiga.
- O que houve com ela Mike?  O que houve lá dentro? Porque ela está chorando? Por quê? – questionei o segurando pelos braços, quase que chacoalhando seu corpo em busca de respostas. Minha respiração estava acelerada e o coração pulsava forte dentro do peito.
- Depois de contarmos tudo o que aconteceu enquanto ela estava no hospital, Anna Mel entregou uma carta que achou no sótão da nossa casa. Depois que minha mãe leu a carta, e ouviu a filha dizer que o marido se matou por culpa, acabou se descontrolando e... Ela falou coisas horríveis! Acusou-nos como motivo das brigas, nos disse que não deveríamos ter tratado Alex mal por ser o homem que ela ama. Ela chamou Anna de assassina por ter dado a pressão necessária para que ele se matasse. Ela chamou minha irmã de assassina. A própria filha! – disse Mike em lágrimas.

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